Pular para o playerIr para o conteúdo principal
  • há 3 meses
ASSINE O ANTAGONISTA+ COM DESCONTO: https://urless.in/6M3jH
--
Felipe Moura Brasil comenta reaproximação entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
--
Cadastre-se para receber nossa newsletter:
https://bit.ly/2Gl9AdL

Confira mais notícias em nosso site:
https://www.oantagonista.com

Acompanhe nossas redes sociais:
https://www.fb.com/oantagonista
https://www.twitter.com/o_antagonista
https://www.instagram.com/o_antagonista

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Muito bem, diante de jornalistas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pediu desculpas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, ontem à noite.
00:08Eles fizeram um pronunciamento depois de um jantar de reconciliação na casa do ministro do TCU, Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.
00:16Na semana passada, Guedes afirmou que Maia trava o andamento de privatizações e o presidente da Câmara rebateu, chamando o ministro de desequilibrado.
00:25A gente informou aqui na semana passada e comentou. O Maia admitiu que foi indelicado e grosseiro.
00:31Tem a sonora do presidente da Câmara aí, produção? Pode soltar.
00:35Tem uma coisa na vida que não prescreve que é gratidão.
00:39E na minha última eleição, a única pessoa do governo, Bolsonaro, que me apoiou, explicitamente mesmo, sem dizer, foi o ministro Paulo Guedes.
00:47Mas, infelizmente, nos meses seguintes da Previdência, por divergências, por erros e assumo os meus, nós fomos nos afastando.
01:00E agora na pandemia, mais ainda, em alguns momentos até, e semana passada, deixo aqui o meu pedido de desculpa, foi indelicado e grosseiro.
01:08E não é do meu feitio, ao contrário.
01:11Pois é, e o encontro marcou a inclusão de Maia nas discussões sobre o Renda Brasil.
01:18O presidente da Câmara afirmou que o novo programa assistencial do governo precisa ser criado, mas que o teto de gastos precisa ser mantido.
01:26Tem mais uma sonora dele, pode soltar a produção.
01:28Eu deixei claro ao ministro Paulo Guedes, ao ministro Ramos, ao ministro Fábio, no meu diálogo com o governo, que repetisse ao presidente da República hoje,
01:37que a agenda de reformas, ela não pode parar, independente da eleição municipal.
01:43Então, o teto de gastos é a primeira das nossas urgências, porque com a regulamentação do teto de gastos, a gente resolve o programa social.
01:53A reforma tributária, combinada conosco no ano passado com o governo, que tem como base as propostas da Câmara do Senado e a CBS do governo,
02:05e algo além que o governo entenda relevante, encaminhar que nós estaremos prontos para dialogar.
02:12E a reforma administrativa que o ministro Paulo Guedes, desde o ano passado, esperava o envio por parte do governo,
02:16e que chegou, a gente sabe que estamos no final do ano, mas sem também uma recuperação, uma modernização do Estado brasileiro,
02:26uma melhoria da eficiência do gasto na administração pública, o Brasil também não vai andar.
02:32Está aí. O ministro Paulo Guedes retribuiu as palavras de Maia e lembrou do apoio da Câmara dos Deputados
02:38às pautas do governo Bolsonaro durante a pandemia de coronavírus.
02:42Guedes ressaltou que nunca houve divergências pessoais. Solta a sonora aí.
02:47De meu lado nunca houve também diferenças pessoais, nós todos estamos trabalhando pelo Brasil,
02:53e às vezes temos desentendimentos, são normais, por diferenças de ponto de vista,
02:57mas sempre abertos a conversarmos e recolocarmos no lugar essa necessidade de cooperação que nós temos.
03:04Coisa bonita, né, a reconciliação. O ministro afirmou que há uma pauta muito boa no Congresso
03:10e que começará a trabalhar com Rodrigo Maia pelo retorno da agenda de reformas.
03:15Guedes afirmou que a próxima etapa da reforma tributária deve ser encaminhada nos próximos dias.
03:21O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, celebrou os laços reatados e falou em um novo iniciar
03:26marcado pelo diálogo. Solta a sonora do Alcolumbre.
03:30Essa reunião de hoje marca um novo iniciar dessa relação com franqueza, com honestidade, com divergência,
03:40que é natural da vida pública as divergências, mas sempre respeitando,
03:46sempre dialogando para construir os consensos,
03:48porque se nós levantarmos os dissensos, a gente não consegue construir os consensos.
03:54Tá aí, só faltou um abraço, né, naquele nível Jair Bolsonaro e Dias Toffoli entre todo esse pessoal.
04:01Mas no período da pandemia também, é melhor evitar.
04:04Agora, esse tipo de diálogo, de reconciliação,
04:09e que a gente espera, evidentemente, que resulte em, não é que espera, né,
04:13a gente prega que deve resultar em reformas que sejam realmente importantes para o país,
04:20que sejam mais duras, menos preocupadas em incomodar grupos de pressão.
04:25A gente tem apontado aqui os problemas da reforma administrativa.
04:28O governo sentou em cima dela, disse que ia mandar em 2019 para o Congresso,
04:32atrasou, depois sempre bota a culpa na pandemia, mas é mentira, podia ter mandado antes.
04:37Veio uma reforma desidratada, está sendo criticada por muita gente, não só por mim.
04:42Aqui os economistas que a gente tem entrevistado também criticam o fato de só atingir servidores mais à frente,
04:50não os que estão em vigor agora.
04:53Tem as questões de deixar de lado militares, os políticos, magistrados.
05:00Tudo isso está gerando uma crítica aos privilégios que são mantidos,
05:04apesar de o governo ter dificuldades com as contas públicas.
05:09Então, esse tipo de...
05:11Isso sim, era esse ponto que eu queria chegar, só para fazer uma analogia com o que vai vir pela frente ainda nesse programa.
05:17Esse tipo de reconciliação, se resultar em coisa boa, evidentemente em pauta boa para o Brasil,
05:22faz parte da articulação política.
05:25Que eu defini num artigo na Cruzoé, muitos meses atrás, quando esse tema estava em debate,
05:31no artigo Articulação das Birras,
05:32mostrando que no Brasil essa expressão absolutamente genérica, elástica,
05:37ela serve desde o diálogo republicano necessário entre o governo e parlamentares,
05:43no convencimento de itens, de projetos como reformas econômicas, por exemplo,
05:49até mensalão para compra de apoio parlamentar.
05:53Então, esse termo é usado para questões que são lícitas, legítimas e necessárias,
05:58mas também para movimentos e manobras espúrias, muitas vezes ilicitudes.
06:05E, às vezes, até dependendo de quem fala, já comentei isso aqui com vocês,
06:10pode ser usado para fingir que é uma coisa lícita, mas, na verdade, ter ali uma intenção imoral,
06:15por exemplo, de tomar lá da cá, de troca de cargo pelo apoio,
06:19independentemente se a pauta é boa ou não para o Brasil,
06:21ou de eventual compra, que a gente espera que não volte a acontecer no país.
06:26Então, quando a gente prega o diálogo republicano, é uma coisa,
06:30não quer dizer que está pregando que o presidente da República vá lá se reunir
06:35com membros de outros poderes, como o Poder Judiciário,
06:37na calada da noite de sábado para comer uma pizza e festejar um encontro,
06:42uma indicação ao Supremo Tribunal Federal.
06:44Então, são coisas diferentes, mas vocês vão ver esses militantes picaretas aí
06:47nas redes sociais usar uma mesma expressão elástica para fingir que a imprensa
06:52estava cobrando uma coisa e que agora o presidente está fazendo isso.
06:56Não é isso que o presidente foi fazer na casa do Toffoli.
06:59Mas, nesse aspecto aí, de Paulo Guedes com o Rodrigo Maia e tal,
07:03é um entendimento.
07:04Vamos ver se esse entendimento vai gerar frutos positivos para o Brasil.
07:08A gente vai acompanhar etapa por etapa e vai criticar quando eles aliviarem a mão
07:12em nome de outros interesses, como a popularidade, a renovação do mandato,
07:18isso que a gente tem visto os políticos fazerem.
07:26E aí, de novo,
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado