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Durante a Assembleia-Geral da ONU, o presidente dos EUA, Donald Trump, fez um aceno a Lula que animou senadores brasileiros.

Apesar da comemoração, parlamentares ressaltaram a necessidade de cautela diante do tarifaço imposto pelos EUA e defenderam que o Brasil busque diálogo para evitar novos conflitos diplomáticos.

Meio-Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto de Brasília.

Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes do cenário político e econômico do Brasil.

Com um olhar atento sobre política, notícias e economia, mantém o público bem informado.

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Transcrição
00:00Senadores brasileiros celebraram o aceno feito pelo presidente americano Donald Trump
00:05ao presidente Lula durante a Assembleia Geral das Nações Unidas na última terça-feira, 23.
00:14Mas eles têm visto o gesto com cautela e como o início é um longo diálogo
00:21para tentar revogar o tarifácio estabelecido pelos Estados Unidos.
00:26Mas para falar sobre esse clima, o Wilson Lima tem um convidado.
00:33Wilson, com você agora em Brasília.
00:36Então, Duda, eu estou aqui ao lado do presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado,
00:40o senador Nelsinho Tradi, do PSD de Mato Grosso do Sul.
00:45Senador, eu vou lhe fazer uma pergunta de uma forma até bem humorada,
00:48como uma pessoa me abordou nas redes nessa semana, ela perguntou para mim.
00:53Wilson, esse aceno do Trump é amor ou é cilada?
00:59Boa tarde para você, seja bem-vindo.
01:01Boa tarde, é um prazer estar falando com todos os ouvintes, telespectadores
01:06que acompanham nas redes sociais esse programa do Antagonista,
01:10aqui diretamente de Brasília.
01:12Nós estamos aqui no plenário da Câmara, na frente do plenário da Câmara dos Deputados,
01:19e está tendo aqui uma visita de uma escola pública, por isso aqui o barulho,
01:24mas aqui é sempre barulhento.
01:26Mas em se tratando de Trump, ele é imprevisível, né?
01:30Eu acho que a gente tem que esperar acontecer o que previamente foi anunciado aí pela imprensa.
01:37Não dá para a gente saber o que vai rolar, vamos dizer assim, na semana que vem.
01:44Se vai ser presencial, se vai ser por telefone, se vai ser videochamada.
01:50O importante é voltar algum tempo atrás e ressaltar para todos que a gente sempre insistiu
02:00que houvesse uma reunião de alto nível entre o presidente do Brasil e o presidente dos Estados Unidos.
02:10O senhor trabalhou inclusive por isso, né?
02:11O senhor foi para Washington, o senhor, a senadora Tereza Cristina, a senadora Marta Márcio Pontes,
02:16fomos lá a uma comissão suprapartidária, trabalhando justamente por isso.
02:22Porque não tem como você chegar no entendimento se não sentar as duas lideranças maiores de cada país.
02:31Ainda bem que isso foi provocado pelo presidente Trump,
02:34houve a receptiva através do presidente Lula,
02:37e a gente espera que esse assunto possa ser superado
02:40e que essa situação não venha a gerar tantos transtornos como já gerou em diversos setores
02:48que foram sobretaxados no Brasil.
02:50Doutor Teixeira, se você tiver pergunta, por favor, o senador está te ouvindo.
02:55Eu passo aqui para o Rodolfo Borges.
02:57Senador, obrigado por estar aqui conosco.
03:00A questão é a seguinte, o que ocorreu desde que vocês fizeram aquela viagem para os Estados Unidos,
03:10desde daquilo, mudou alguma coisa nas relações entre Brasil e Estados Unidos
03:15ou tudo está na dependência de um encontro entre esses dois presidentes?
03:20Boa pergunta.
03:24A gente foi lá sabendo que o que a gente teria que atingir
03:30era a diminuição da tensão e tornar a possibilidade de uma reunião
03:38numa situação assim menos atritosa, como estava antes.
03:44Eu penso que isso foi atingido.
03:46A gente deu um exemplo, mostramos que o Brasil tem mais de 200 anos
03:51de relações diplomáticas com os Estados Unidos.
03:55A gente não quer se afastar dos Estados Unidos.
03:58A gente tem inserido dentro da nossa sociedade essa prática.
04:05Temos inglês nas escolas.
04:07É um idioma que a gente tem como sendo o segundo idioma
04:11a ser aprendido e falado no Brasil.
04:15Temos tradições com os Estados Unidos.
04:19Isso não podia se perder em função de posições ideológicas diferentes.
04:25Acho que esse recado foi dado e a gente está vendo o fruto dessa situação.
04:31Não vou dizer para você que foi por causa disso
04:33que vai ter essa relação de alto nível entre Lula e Trump.
04:39Mas que a gente contribuiu em alguma parte, contribuiu.
04:42Eu imagino, senador, que para a Comissão de Relações Exteriores
04:46e para várias integrantes, inclusive da bancada ruralista,
04:50foi um alívio essa sinalização do Trump.
04:52Tudo bem, ainda é um primeiro passo, não dá para se cravar absolutamente nada.
04:57O Trump é imprevisível.
04:58Já tem gente dizendo que, olha, pode ser...
05:00O próprio Itamaraty parte da premissa de que pode ser uma armadilha
05:03para atrair o Lula e fazê-lo passar para aquela mesma situação que o Zelensky.
05:09Mas eu imagino que, pelo menos, pelo fato de ter sido o primeiro passo,
05:14já é uma sinalização de que, pelo menos, o Trump quer conversar.
05:17E é algo que os senhores batalharam lá naquela reunião,
05:21lá naquela viagem a Washington.
05:23É verdade.
05:24Eu venho de um estado, essencialmente, do setor do agro.
05:28E eu tenho muito orgulho disso.
05:30E eu vi o sofrimento desse pessoal lá,
05:33a hora que teve essa sobretarifa.
05:36É muito importante que eles possam conversar,
05:38diminuir essa tensão,
05:41fazer com que esse entendimento possa
05:43permear outras áreas,
05:46que não só econômica, área política,
05:48e fazer com que a gente possa ter os Estados Unidos,
05:52como a gente sempre teve, como um grande parceiro.
05:55São Paulo.
05:56Vou passar para Ricardo Kertzmann.
06:00Boa tarde, senador.
06:01Seja muito bem-vindo.
06:03Como todos nós sabemos,
06:05e o senhor acabou de afirmar também,
06:07ninguém pode afirmar o que exatamente vai definir,
06:11o que vai decidir o presidente Donald Trump daqui em diante.
06:15Tem aquele ditado popular nosso aqui no Brasil
06:17que diz que de bumbum de neném, cabeça de juiz,
06:21a gente nunca sabe o que pode vir.
06:23E é o caso da cabeça do presidente Donald Trump.
06:26O senhor falou agora há pouco também
06:28que desde a visita que vocês fizeram aos Estados Unidos,
06:31que foi uma visita protocolar, vamos dizer assim,
06:33porque não trataram de nada de forma objetiva,
06:37de lá para cá não houve nenhum avanço prático,
06:39a não ser agora essa sinalização
06:41entre o presidente Trump e o presidente Lula
06:43de que pode haver algum diálogo.
06:45Se tudo der certo e esse diálogo ocorrer,
06:47a comissão, o senhor especificamente,
06:50vocês vão buscar o governo brasileiro,
06:52o governo Lula,
06:52para poder participar ativamente das negociações,
06:56se elas vierem a ocorrer?
06:58Com certeza.
06:59A gente tem procurado fazer isso
07:02mesmo antes dessa sinalização.
07:05Fizemos já várias reuniões
07:07junto ao vice-presidente Alckmin,
07:09que foi a pessoa designada para tocar esses assuntos.
07:12Nós não podemos perder essa sinalização.
07:16Se veio um aceno de lá para cá,
07:19tem que vir outro daqui para lá.
07:20E isso nós vamos cobrar e vamos ficar em cima.
07:23Porque o que não pode é deixar-se perder
07:25essa relação entre o Brasil e os Estados Unidos,
07:28que já remonta há mais de 200 anos.
07:30É, porque definitivamente é preciso
07:33que de fato se dê avanço, né,
07:35para esse tipo de diálogo.
07:37Agora, senador,
07:38o senhor como presidente da comissão,
07:40agora com essa possibilidade de caminho aberto,
07:42o senhor vai conversar com o Itamaraty,
07:44vai fazer aquela pressão,
07:45olha, já tem uma porta aberta.
07:47Por favor, façam a parte de vocês.
07:49Com certeza.
07:50O que a gente foi lá para poder ouvir
07:53era exatamente isso.
07:54Houve, sim, um resultado prático nessa situação.
08:00Mais de 700 produtos saíram da primeira sobretarifa.
08:04Agora, com esse aceno,
08:07vamos continuar cobrando o governo brasileiro
08:10para que não perca esse fio da meada.
08:13Aproveite essa oportunidade
08:14e vamos avançar nessa questão.
08:17Obrigado.
08:18Senador Nelsinho Tradi, do PSD de Mato Grosso do Sul,
08:21aqui no meio de Brasília.
08:22Entrego para você, meu caro amigo Duda Teixeira.
08:25Joia, muito obrigado, senador.
08:28Fico aqui, então, com Rodolfo Borges e Ricardo Katzmann.
08:33Como é que vocês veem essa possibilidade
08:36de um acordo com Donald Trump e o governo brasileiro?
08:41Porque tem um ponto aí que o governo brasileiro
08:44vai ter também que fazer algumas concessões.
08:46Falam de permitir que os Estados Unidos
08:50explorem minerais de terras raras no Brasil.
08:54reduzir impostos de produtos americanos
08:58que vêm aqui para o país,
09:00parar de ficar ameaçando
09:03de regular as redes sociais.
09:07O Lula também fala de taxar as redes sociais.
09:10Enfim, para conseguir fazer que essa negociação avance,
09:14vai ter que fazer concessão.
09:15E aí, não sei até que ponto
09:18que Celso Amorim,
09:20assessor da presidência,
09:22assessor do Lula,
09:23ou até que o próprio Lula
09:24estejam dispostos a fazer
09:27esse tipo de concessão.
09:28O que é?
09:31O que é isso?
09:34E aí
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