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Felipe Moura Brasil entrevista o procurador Helio Telho para discutir a gestão de Dias Toffoli no comando do STF e a aceitação da denúncia contra 26 pessoas por envolvimento no esquema ligado ao Sistema S.
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00:00Muito bem, a gente tem visto aí esse cerco à Operação Lava Jato, a gente viu hoje a Lava Jato do Rio de Janeiro atuando em relação a esses escritórios de advocacia e eu quero falar de todos esses temas com o procurador Hélio Telho, que eu tenho a honra, a alegria de receber aqui no Papo Antagonista. Boa noite, procurador.
00:20Boa noite, Felipe, tudo bem?
00:21Tudo bem, e com o senhor?
00:23Tudo bom, boa noite aí aos seus ouvintes e aos internautas que nos estamos acompanhando.
00:30Procurador, é tanto assunto, e eu vejo que o senhor tem comentado na medida do possível, evidentemente, no Twitter, que fico até com dificuldade de escolher por qual começar.
00:41Mas começando por hoje, porque eu queria ouvir também aqui, aproveitando que a Eliana Calmon já falou, mas queria ouvir uma exposição por sua parte, da operação hoje, essa operação esquema S, que vem ali com S também de cifrão, remetendo a todos os valores aí que circularam entre a Fê Comércio e os escritórios de advocacia.
01:03Como é que o senhor viu essa operação e, obviamente, a reação, por parte, inclusive, da OAB, de alegação de criminalização do exercício da advocacia?
01:13Há uma fronteira aí entre o exercício da advocacia e a bandidagem, né?
01:17Bom, eu não vou falar aqui especificamente sobre essa operação, porque o que eu conheço dela é o que saiu na imprensa, né, saiu na mídia, eu não conheço detalhes, eu não participei das investigações, eu não conheço o processo.
01:35E quem tem mais autoridade para falar sobre isso são os colegas que estão atuando no caso.
01:41O que eu posso dizer é, em tese, como hoje funcionam as coisas e como eu acho que deveriam funcionar em relação à advocacia, né?
01:56Nós temos hoje, eu até postei mais cedo, 99% dos advogados trabalham duro, pesado, para defender o direito dos clientes deles e para trazer o sustento para casa.
02:14Eles não têm esquemas com pessoas poderosas e não abusam das prerrogativas da advocacia para lavar dinheiro ou, eventualmente, desviar dinheiro público.
02:31Claro.
02:31Mas, como em toda profissão, toda instituição, existem as chamadas ovelhas negras.
02:41E, para essas ovelhas negras, no caso especificamente da advocacia, o que a gente tem é uma falta absoluta de instrumentos que permitam coibir os abusos das prerrogativas dos advogados.
03:00A gente vê um esforço muito grande da OAB de preservar as prerrogativas dos advogados, o que são relevantes, são importantes para a democracia, né?
03:12A nossa democracia não teria a força que tem, se não fosse pelas prerrogativas da advocacia.
03:21Mas, a gente não vê também, por parte da OAB, nenhuma atitude voltada a prevenir e a reprimir os abusos dessas prerrogativas.
03:34A gente vê, por exemplo, nós temos uma lei, que é a lei de lavagem de dinheiro, que determina uma série de medidas para todos os agentes econômicos evitarem se envolver em lavagem de dinheiro.
03:53A advocacia deveria também ter as suas normas para que isso não acontecesse em relação a advogados e escritórios de advocacia.
04:02Essa lei também se aplica à OAB, mas todos, praticamente todos os segmentos econômicos que estão ao alcance dessa lei, baixaram normas, resoluções, estabelecendo regras para evitar que a sua atividade econômica seja envolvida em lavagem de dinheiro,
04:25e a OAB não fez isso. Pelo contrário, a OAB resiste muito em fazer isso e não quer que essas normas sejam aplicadas aos advogados.
04:35O que é muito ruim. Por quê? Ruim para a própria advocacia.
04:39Porque a gente vê situações como a de hoje, que cria escândalos como esse, que mancham a imagem da advocacia, sendo que, como eu disse, 99% dos advogados não participam desse tipo de coisa, não tem nada a ver com isso,
04:57e acaba vendo a imagem da sua profissão manchada. Por quê? Porque a OAB não se preocupou em preservar isso.
05:05E preservar, que eu digo, não é proteger o advogado que comete crimes, e sim evitar que eles cometam crimes ou punir, dentro da esfera disciplinar, aqueles advogados ou escritórios que cometem crimes.
05:22Separar o joio do trigo. A reação da OAB não foi de separar o joio do trigo. A reação da OAB foi de misturar tudo.
05:32Misturar o advogado ruim com o advogado bom, como se fosse tudo a mesma coisa. Isso é péssimo para a advocacia.
05:40Agora, procurador, a gente viu, nos últimos dias, o Conselho Nacional do Ministério Público censurando o Deltan Dallagnol,
05:47em razão de tweets que consideraram críticos ao senador Renan Calheiros, durante a eleição para a presidência do Senado.
05:55E a gente vê aí a velocidade com que isso andou, graças a uma decisão do Gilmar Mendes, que derrubou a decisão do Celso de Mello de suspender o caso.
06:04Então, os procuradores, de um modo geral, têm sido alvos, muitas vezes, seja por uma medida como essa de censura,
06:14seja por um discurso, às vezes, histérico, como eu tenho comentado, no próprio plenário do Supremo Tribunal Federal,
06:21pelo Gilmar Mendes, o que acabou rendendo, inclusive, um processo do Deltan Dallagnol,
06:24mas também por meio das decisões em tribunais superiores contra decisões tomadas pelo juiz Sérgio Moro, pela Lava Jato, de um modo geral.
06:34E o que preocupa a gente é justamente que os investigadores, que os procuradores sejam punidos e ganhem aí todo um ódio do establishment político, jurídico,
06:46muitas vezes em razão dos seus acertos, não de eventuais erros, enquanto que aqueles para os quais o Ministério Público apontou o cometimento de crimes
06:58que foram condenados em instâncias, nas primeiras instâncias, na primeira instância, na segunda instância, às vezes até no próprio STJ, acabam se safando.
07:08Como é que o senhor tem visto aí toda essa movimentação de reação àquilo que o combate à corrupção, por parte da Lava Jato e de outras forças-tarefa, trouxe para a sociedade brasileira?
07:24Bom, eu acho o seguinte, o Conselho Nacional do Ministério Público é um órgão constitucionalmente criado para controlar, exercer o controle do Ministério Público.
07:36Se dizia muito quem vai controlar o controlador, então criou-se o Conselho Nacional do Ministério Público para exercer esse tipo de controle.
07:46Agora, esse tipo de controle, ele, quando mal exercido, ao invés de vir em benefício da sociedade, porque a gente também não quer, como eu disse,
07:57eu estou cobrando aqui que a OAB tome providências contra o abuso das prerrogativas da advocacia, eu não posso aqui ficar defendendo que os procuradores,
08:09que o Ministério Público não tenha esse controle e que também não exista algum tipo de controle contra os abusos que eventualmente possam ser praticados pelos membros do Ministério Público.
08:21Não estou defendendo aqui isenção de controle.
08:25O que me preocupa é o desvirtuamento desse controle, de modo a que, ao invés de ele vir em benefício da sociedade,
08:38para coibir os eventuais desvios dos procuradores que prejudiquem a sociedade, venham para manietar a atuação do Ministério Público, dos procuradores,
08:56cercear a liberdade de expressão que todo brasileiro tem, todo cidadão tem, e o membro do Ministério Público não é um cidadão de uma categoria inferior,
09:09ele paga os seus impostos como todo cidadão, e tem os mesmos direitos de todo cidadão, é um cidadão comum,
09:18no que diz respeito ao exercício das liberdades constitucionais, entre elas, a liberdade de manifestação do pensamento.
09:29Hoje, se a gente for analisar, os membros do Ministério Público, e também a gente tem visto algumas ações nesse sentido do CNJ,
09:37em relação aos magistrados, estão sendo relegados, estão sendo a categoria de cidadãos inferiores, com menos direitos,
09:48principalmente os direitos de liberdade de expressão. E esse desvirtuamento do controle, ele não vem em benefício da sociedade,
10:00ele vem porque essa mordaça, essa manietação, essas algemas na atuação dos membros do Ministério Público,
10:11vem em prejuízo da sociedade. Então, eu acho que a gente precisa de uma correção de rumos,
10:17por parte do órgão de controle do Ministério Público, no sentido de que a atenção,
10:26a energia do órgão de controle, ela tem que ser voltada para aqueles, para coibir a desonestidade do procurador,
10:38por eventual corrupção do procurador, desvios administrativos que venham, que eventualmente estejam sendo praticados,
10:49mas não para manietar ou amordaçar o procurador que fala, quer dizer, nós temos, em nome da sociedade.
10:57Então, se você, porque o Ministério Público, a Constituição, acometeu ao Ministério Público a função, o dever, a obrigação de defender o interesse público.
11:11O interesse público é o interesse de todos, é o interesse da coletividade.
11:16Então, se você cala o membro do Ministério Público, se você o impede de manifestar livremente o seu pensamento,
11:26você está calando a defesa do interesse da sociedade, isso é ruim para a sociedade.
11:30Daí é que eu digo que há um desvirtuamento na ação, na atuação dos órgãos de controle,
11:39quando se arvoram na condição de censores, para censurar a liberdade de expressão dos colegas.
11:49Não só o colega Deltan Dallagnol foi censurado essa semana, mas na mesma sessão o colega Wilson Rocha Assis também foi censurado,
12:00por uma crítica que ele fez ao Presidente da República.
12:03E isso, ou seja, todo mundo pode criticar o Presidente da República, ou pode criticar o adversário do Presidente da República,
12:13mas o procurador, se criticar alguma autoridade, ele vai ser censurado.
12:18Quer dizer, então, a voz da sociedade não pode criticar os agentes públicos que, eventualmente, estejam sujeitos à crítica.
12:28Então, isso, evidentemente, que fragiliza a defesa da sociedade.
12:34Certo, procurador Helio Telho.
12:36E tem sido tema de debate recorrente a prorrogação da Força-Tarefa da Lava Jato.
12:41E acabou de sair no Antagonista.
12:43A seguinte notícia, eu vou ler aqui uma parte, já aproveito que o senhor está no ar comigo para a gente comentar.
12:49O Augusto Ares, Procurador-Geral da República, decidiu prorrogar a Força-Tarefa da Lava Jato no Paraná
12:55até 31 de janeiro de 2021.
12:58Até então, o funcionamento era renovado por um período de um ano,
13:02prazo que, na semana passada, foi defendido pela conselheira do Ministério Público Federal,
13:06Maria Caetana Sintra Santos.
13:08Na prorrogação, medida que cabe somente ao Procurador-Geral, a PGR,
13:13manteve a designação dos 14 procuradores que atuam nas investigações.
13:1711 deles terão dedicação exclusiva.
13:19A manutenção de dois procuradores regionais, que antes atuavam perante a segunda instância da Justiça,
13:26ainda deverá ser ratificada pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal.
13:31E nessa autorização, o vice-procurador-geral, Humberto Jaques de Medeiros,
13:35registrou que as unidades do MPF que cederam membros para a Força-Tarefa,
13:40afirmaram que a medida foi um sacrifício.
13:42E aí tem lá as declarações, os detalhes a respeito disso,
13:47no Antagonista, na notícia, Aras prorroga Lava Jato apenas até 31 de janeiro.
13:53Quer dizer, a notícia já está destacando que o prazo dado pela prorrogação
13:58foi curto, mais curto do que os anteriores.
14:01Procurador, a gente viu o Augusto Aras na TVPT,
14:05obviamente depois de ele ter dito, não assisto à TVPT,
14:08mas pela gravidade do que ele disse, repercutiu,
14:11falando que é preciso cuidar para que o Lava Jatismo não perdure.
14:16Qual é a importância da prorrogação da Lava Jato na sua visão?
14:21E quais são as condições para que ela continue a atuar com independência?
14:28Talvez já esteja até respondendo a pergunta,
14:30a independência deve ser uma das condições,
14:33de maneira que a sociedade seja beneficiada por esse papel de fiscalização.
14:41Bom, eu sou um apoiador da Lava Jato,
14:44quem me segue no Twitter sabe disso.
14:48Eu acho que o modelo de força-tarefa,
14:53ele realmente precisa ser revisto.
14:56Ele precisa ser revisto, não pelos motivos
14:59que os críticos da Lava Jato apresentam.
15:05Eu acho que precisa ser revisto,
15:07porque é um instrumento que dá muito certo,
15:12funciona muito bem,
15:14quando tem o apoio da chefia da instituição,
15:18da administração da instituição.
15:19Quando tem o apoio do procurador-geral da república,
15:22quando tem o apoio do procurador-chefe,
15:25quando tem o apoio das unidades que cedem procuradores
15:29para que a força-tarefa funcione,
15:33ou pelo menos quando a administração central não atrapalha.
15:39Então, enquanto houve apoio,
15:41ou enquanto a administração central não atrapalhou a força-tarefa,
15:45ela trouxe resultados expressivos, históricos, inéditos
15:52para o combate à corrupção no Brasil.
15:56Porém, quando a gente percebe,
15:58quando começa a haver esse tipo de crítica interna,
16:07esse tipo de falta de apoio,
16:10às vezes até de algum tipo de boicote,
16:13como é, ou, por exemplo,
16:16não vamos prorrogar,
16:17ou vamos prorrogar por um prazo menor,
16:19ou vamos prorrogar com menos procuradores,
16:23ou vamos reduzir os recursos materiais e humanos
16:26à disposição das forças-tarefas,
16:29aí ela começa a mostrar o quê?
16:31Ela começa a mostrar a sua fragilidade.
16:33Então, nós precisamos rever o modelo de força-tarefa
16:36para que a atuação do Ministério Público
16:39possa ser mais independente e mais efetiva
16:45e não fique sujeita ao humor de, eventualmente,
16:48da administração central.
16:50É nesse sentido que eu acho que precisamos
16:53aprimorar, rever esse modelo de força-tarefa.
16:58Eu acho, inclusive,
17:00que o Conselho Superior do Ministério Público Federal,
17:03que é o órgão que tem a atribuição
17:05de regulamentar esses modelos,
17:08ele está preocupado com isso,
17:10está de ouro, está debruçado.
17:12Imagino que daqui até o final do ano
17:15nós tenhamos tempo
17:16para que o Conselho Superior
17:17crie um modelo
17:20de atuação
17:21para esse tipo de caso,
17:23esses casos grandes,
17:25que um procurador só não consegue tocar,
17:28porque é muito grande,
17:29para dois braços apenas,
17:31e que nós tenhamos um modelo
17:35que não esteja sujeito ao humor
17:38da administração central.
17:40Nós vamos ter,
17:41nas próximas semanas,
17:42nos próximos meses,
17:44o debate desse tema
17:45e eu acho que não vai ser muito fácil,
17:47mas eu creio fortemente,
17:49eu confio fortemente
17:50que o nosso Conselho Superior
17:51vá dar uma resposta à sociedade,
17:54à altura daquilo que a sociedade espera
17:56do Ministério Público Federal.
17:58Certo.
17:59Só para concluir, procurador,
18:00eu queria saber sua opinião
18:01sobre a lista tríplice
18:02do Ministério Público Federal,
18:04que não foi usada
18:05pelo atual presidente Jair Bolsonaro
18:07na escolha do Augusto Aras.
18:08Ele não pertencia
18:09à lista tríplice da categoria.
18:13Então, Jair Bolsonaro
18:14foi escolher lá um procurador
18:15de acordo com os critérios
18:17pré-definidos por ele.
18:18Eu já critiquei aqui
18:20as circunstâncias disso,
18:21os critérios do próprio
18:23presidente da República,
18:24mas o senhor acredita
18:27que a possibilidade
18:28de escolher um procurador
18:29fora da lista tríplice
18:31aumenta o risco
18:33de instrumentalização política,
18:35de politização do Ministério Público
18:37e de deixar,
18:38como o senhor está colocando,
18:40a força, forças-tarefa,
18:42como a Lava Jato,
18:43à mercê do controle central,
18:45da administração central?
18:46Olha, a lista tríplice,
18:52ela existe,
18:54ela está positivada,
18:56ela está prevista
18:56na Constituição e nas leis
18:58para a escolha
18:59do procurador-geral,
19:01os procuradores-gerais de justiça
19:02dos ministérios públicos estaduais.
19:05Há também uma previsão na lei
19:06da lista tríplice
19:08para os procuradores-gerais
19:10de justiça
19:10do Ministério Público do Trabalho,
19:13do Ministério Público Militar
19:14e do Ministério Público do Distrito Federal
19:16e do Território.
19:17O único Ministério Público
19:19que não tem essa previsão expressa
19:23é o Ministério Público Federal.
19:25Isso faz com que o presidente da República
19:27tenha a prerrogativa
19:28de escolher qualquer membro
19:29do Ministério Público Federal
19:30com mais de 35 anos de idade
19:32para chefiar a instituição.
19:36E isso faz com que a instituição
19:39fique mais vinculada
19:41ao humor, ao desejo,
19:44com as vontades do presidente da República.
19:47A lista tríplice,
19:49embora haja alguma crítica
19:51em relação a ela,
19:53os críticos da lista tríplice
19:54alegam que é um instrumento corporativista,
19:59é um instrumento que coloca
20:02na mão dos procuradores
20:03a escolha do procurador-geral,
20:05mas isso não é verdade.
20:06A lista tríplice,
20:09os procuradores, quando elegem,
20:11os promotores dos estados,
20:12formam uma lista tríplice,
20:15eles não estão escolhendo
20:16quem vai ser o procurador-geral.
20:18Quem vai escolher o procurador-geral
20:20é o chefe do Poder Executivo
20:22e depois precisa ser aprovado
20:26pelo legislativo,
20:27no caso federal, o Senado.
20:29O que os procuradores estão fazendo
20:32é vetando nomes.
20:35Quem não entra na lista tríplice,
20:38os procuradores estão dizendo
20:39esse nós não queremos.
20:41Mas não são os procuradores
20:43que escolhem,
20:43porque não vai ser o mais votado
20:46que vai ser escolhido.
20:47Vai ser qualquer um dos três
20:49que eventualmente
20:51constarem daquela lista.
20:53Então, isso evita
20:54que esse poder de veto
20:58evita que a instituição
21:00seja aparelhada
21:02ou dificulta que a instituição
21:04seja aparelhada
21:05indevidamente
21:06por interesses partidários
21:08ou interesses políticos partidários.
21:10Porque você divide mais
21:12o poder de escolha
21:16do procurador-geral.
21:17Hoje o poder de escolha
21:17do procurador-geral
21:18está muito centralizado
21:19no presidente da República
21:20e no Senado.
21:22quando você cria
21:23estabelece a lista tríplice
21:25você vai dividir esse poder
21:27com todos os procuradores
21:29que atuam em atividade
21:31no Ministério Público Federal.
21:34Então, eu defendo
21:35que haja uma alteração
21:37na Constituição
21:38para que torne obrigatória
21:40a escolha do presidente da República
21:43dentro de uma lista
21:44de três nomes
21:45votadas pelos procuradores
21:48da República.
21:49Então, acho que isso
21:50é muito salutar
21:53isso aumenta a independência
21:55da instituição
21:56diminui as possibilidades
21:59de crises
22:01como a que nós estamos
22:02verificando hoje
22:03em relação
22:05às forças-tarefas
22:06cada dia
22:08a notícia
22:09de um problema
22:09aqui ocular
22:10por conta da
22:12principalmente
22:12por conta
22:13dessa disputa
22:15entre a administração central
22:17e os colegas
22:19nas regionais
22:20nas unidades
22:21estaduais
22:22eu creio que
22:24nós precisamos evoluir
22:25sim para isso
22:26para que tenhamos
22:28no Ministério Público Federal
22:29as mesmas regras
22:30que hoje já existem
22:31em todos os outros
22:33ministérios públicos
22:34do país.
22:45e aí
22:49Obrigado.
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