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A cineasta Justine Bateman afirmou à CNBC que o uso de inteligência artificial em Hollywood é um desastre econômico e ético. No estúdio do Jornal Times Brasil, a analista Juliana Munaro comenta os impactos para atores, cineastas e toda a indústria audiovisual.

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Transcrição
00:00O nosso assunto agora é inteligência artificial na indústria cinematográfica.
00:05A cineasta, autora e ex-atriz Justine Bateman afirmou que o uso da IA, inteligência artificial,
00:13nesse mercado é um grande desastre econômico.
00:16Em entrevista exclusiva à CNBC, Justine disse que não há uma preocupação com os direitos autorais
00:23e que os artistas não podem licenciar a voz, aparência ou maneira como o corpo se move.
00:31Vamos acompanhar.
00:33Justine, obrigado por se juntar a nós.
00:36Qual é o futuro de Hollywood e dos seres humanos com a IA aqui e agora?
00:43Bem, há duas coisas acontecendo.
00:46Temos as questões mais práticas da dissolução de Los Angeles e o sul da Califórnia
00:52e tudo o que sustenta os negócios aqui, os valores imobiliários, o turismo, tudo.
00:58Quero dizer, um grande desastre econômico.
01:02Eu acho que iremos ver uma série de streamers usando os anos e anos de história
01:07e vão criar peças personalizadas para você.
01:12Eles podem substituir você em filmes que eles podem licenciar
01:16para esse fim por estúdios e outros lugares que tenham acervo.
01:22Você poderia dizer, coloque meu rosto em outro corpo hoje.
01:28Então, nós, oh meu Deus, falamos um pouco sobre isso em meu programa,
01:32mas é meio louco pensar nisso.
01:34Teoricamente, será que...
01:36Esse tempo importa.
01:38Será que Steve McQueen poderia efetivamente fazer, fazer um novo filme hoje?
01:45Sim, é claro.
01:47Se sua propriedade licenciasse sua imagem, com certeza.
01:52Há muito a dizer sobre isso.
01:54Mas você pode imaginar que se você é um ator novo,
01:58costumava concorrer em audições com aqueles que tinham sua idade,
02:03sua aparência, perfil e disponibilidade durante o período de filmagem do longa.
02:10Mas agora você vai competir com todos os atores que já existiram.
02:16O espólio de Steve McQueen poderia,
02:19e não estou dizendo que amo Steve McQueen,
02:21eles poderiam licenciar isso por uma quantia realmente pequena de dinheiro.
02:26Eles não fariam isso, mas poderiam.
02:28E, portanto, um ator humano que está vivo e tentando pagar o aluguel e colocar comida na mesa,
02:33não será pago porque o patrimônio de Steve McQueen,
02:36que já é muito rico, tenho certeza,
02:39é que vai ganhar.
02:41Sim, o setor que tínhamos há 100 anos está acabado.
02:46E o que temos agora é uma corrente transportadora de conteúdo.
02:51E depois, essa incursão na substituição do trabalho humano pela IA.
02:59Mas há um novo negócio cinematográfico que está surgindo.
03:03Temos o Festival de Cinema Credo 23.
03:07Realizamos em março, foi fantástico, e faremos de novo.
03:11A IA não é permitida, e todos os lucros vão para os cineastas.
03:16A produção de filmes como arte vai continuar?
03:20Não termina.
03:21Acho que terá de haver novas maneiras de distribuir,
03:25e ainda não sei quais são as respostas em termos financeiros,
03:30como isso se mantém saudável,
03:31o que está acontecendo como negócio agora.
03:36Não é o que costumávamos ter.
03:38Foi interessante ver o artigo que você escreveu sobre teatro.
03:43Acho que uma mistura de ao vivo com filmagem
03:46pode ser algo pelo qual as pessoas se interessam.
03:49Adoro como a internet está se consumindo
03:51e todos estão voltando a viver.
03:53Esse é um tema muito divertido.
03:54Justine, aqui é a Kelly.
03:56É ótimo conversar com você.
03:57Portanto, o setor musical também está tentando entender isso neste momento.
04:01A Universal, a Warner e a Sony
04:03estão tentando descobrir como fazer impressões digitais
04:06ou algo assim para os artistas.
04:08Você se sentiria bem se todos nós começássemos a criar produtos de IA
04:12baseados em você?
04:13Me parece um fluxo de receita muito bom.
04:16Eu poderia fazer um filme ou qualquer outra coisa
04:19e receber royalties pelo resto da vida.
04:22Isso seria interessante?
04:24Ou apenas produções originais são importantes?
04:28Isso nunca seria interessante para mim.
04:30É muito ruim para a alma.
04:32Sei que muitas pessoas fizeram e farão isso.
04:37Eu não atuo mais.
04:39Não sou mais atriz.
04:41Mas imagino que para um ator ou para alguém que ama atuar
04:46ou se sinta chamado.
04:49Tudo o que você tem é de sua voz,
04:51sua aparência e a maneira como seu corpo se move.
04:54Se você estiver licenciando isso, não sei.
04:59Você acabou de doar todo no seu propósito.
05:02Vamos falar mais sobre essa entrevista
05:05agora com a nossa analista de inovação e negócios,
05:09a Juliana Munaro.
05:11É realmente um dilema, né, Juliana?
05:13Se, por um lado, a tecnologia ajuda na inovação da indústria,
05:16cinematográfica e tantas outras.
05:18Por outro lado, cineastas e artistas não veem essa nova ferramenta,
05:24que é a inteligência artificial, com algo tão bom assim.
05:27Existe um caminho do meio para um equilíbrio dessa balança?
05:31Favali, eu espero que sim.
05:35E acho que essa tem que ser a discussão, né?
05:37Boa noite para você.
05:38Boa noite a todos que estão nos assistindo.
05:40Eu acredito que a gente precisa discutir.
05:43Por isso, a importância de discussões como essa
05:46que a gente acabou de ver,
05:47de movimentos como esse, como o Credo 23,
05:50que a gente acabou de ouvir aí.
05:53E toda essa discussão que a gente está vendo aí
05:55na indústria cinematográfica,
05:57ela se expande para todas as áreas,
05:58todos os setores da economia.
06:00E a verdade é que a gente até viu aí,
06:04em toda essa questão na reportagem,
06:06a mudança é muito mais profunda
06:09e a evolução vai ser gigantesca.
06:11Então, há poucos anos,
06:13a gente falava de inteligência artificial,
06:15pensando em tarefas técnicas, em automação,
06:19mas ela tem avançado tanto
06:20que as transformações vão muito além
06:22e serão até indiretas.
06:25Então, nossas relações de trabalho vão precisar mudar.
06:28modelos de negócios centenários vão deixar de existir.
06:33A gente precisa repensar isso também.
06:36Eu conversei essa semana com um especialista em inteligência artificial
06:40e a gente estava falando sobre como hoje
06:42ela já consegue fazer o trabalho
06:45de um desenvolvedor de software júnior, por exemplo,
06:48e que ela é uma ótima ferramenta para um sênior,
06:51que já vai ter conhecimento suficiente
06:53para lidar com a tecnologia
06:54e consegue aperfeiçoar o que ela vai propor
06:57ou vai usar ela para melhorar o trabalho que ele já está fazendo.
07:02Mas, para um desenvolvedor se tornar sênior,
07:05ele precisa ter experiência.
07:07Então, se a inteligência artificial está substituindo essa mão de obra,
07:11como ele vai entrar no mercado, ter experiência para se tornar sênior.
07:16Então, até a formação profissional vai precisar ser revista.
07:20Então, são discussões muito profundas
07:23que envolvem questões éticas, por exemplo.
07:25Aí, no caso da indústria cinematográfica,
07:28tem direito autoral, tem direito de imagem,
07:31muita coisa precisa ser discutida.
07:33Até tem a questão se o que a inteligência artificial faz
07:37é arte ou não.
07:38é uma discussão também.
07:40Então, tudo isso precisa ser discutido,
07:42precisa haver regulamentação.
07:44Então, é uma discussão que envolve toda a sociedade,
07:47envolve poder público do mundo todo.
07:51Isso precisa ser cobrado,
07:53a gente precisa, de fato, falar sobre isso
07:55e entender como a gente vai colocar essa tecnologia
07:58no nosso dia a dia,
08:00regulamentando, criando regras.
08:02E, claro, de forma que a gente não impeça a inovação,
08:05porque, como você falou, tem um lado bom dela também.
08:08Perfeito.
08:11Admirável mundo novo,
08:13como já havia dito,
08:14Aldi Ux.
08:15Obrigado pela participação, Juliana Munaro.
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