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Carros elétricos ganham espaço e mostram força no mercado global. No Brasil, a produção avança com incentivos e investimentos. A economista Celina Ramalho, da FGV, analisa os impactos para a indústria automotiva.

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Transcrição
00:00Agora, Rodrigo, o Brasil se tornou um dos principais destinos das exportações de carros elétricos chineses.
00:06Para falar sobre esse mercado, eu converso agora com a economista Celina Ramalho, que é professora da FGV.
00:11Boa tarde, professora, seja bem-vinda ao Real Time.
00:15Boa tarde, Marcelo, os ouvintes, nossos espectadores.
00:20Professora, como consumidora, a gente tem a impressão de que tem sempre uma marca nova chegando da China.
00:26O apetite pelo mercado brasileiro parece que está bem aquecido, não?
00:30Ele é bem aquecido.
00:33Eu gosto de puxar um pouco o histórico da indústria automobilística no Brasil e o mercado automobilístico.
00:40Leia-se importações.
00:44Na ocasião da abertura comercial no governo Collor, nós tivemos a vinda das marcas orientais
00:57e, depois, no segundo momento, as próprias montadoras, né?
01:02Toyota, Hyundai.
01:07Aí, o que acontece agora é esse momento disruptivo, né?
01:13Dos veículos elétricos e chegam novas marcas, né?
01:19Bom, passados aí 30 anos, nós temos novos arranjos, né?
01:28Entre as marcas já existentes com essas inovadoras, né?
01:34Mas prevalece porque, ao mesmo tempo, o chão de fábrica asiático partiu para um investimento em inovação.
01:47Investimento esse que já havia ocorrido na indústria automobilística tradicional dos Estados Unidos e da Europa.
01:55Então, resta às marcas tradicionais se acoplarem, então vão ocorrer fusões e aquisições aí aos montes, parcerias de toda sorte,
02:07para o ajuste da tecnologia elétrica, né?
02:13Nos veículos.
02:15Nós já estamos identificando esse momento, né?
02:20No mercado, de forma geral e, em específico, no Brasil.
02:25Por que a senhora acha que, até agora, a Tesla não teve muito interesse no mercado brasileiro?
02:33Então, é uma pergunta, assim, muito oportuna.
02:37Eles não...
02:38Não houve uma negociação...
02:43Eu entendo que por pouco ponto de vista sobre o mercado brasileiro.
02:49Porque é um mercado absolutamente absorvedor, né?
02:55De veículos.
02:57Nós temos uma...
02:59Uma atração muito interessante que a BioID já está vendo, né?
03:05Que são os nossos recursos naturais.
03:08Nós temos grande capacidade de venda de energia.
03:13Isso há 15 anos, a China já olhava para a compra de recursos de produção de energia aqui no Brasil.
03:22E isso os Estados Unidos não viram.
03:26E, particularmente, a produção da Tesla é uma produção mais cara, né?
03:32Os veículos BioID são mais populares.
03:35Então, eles enquadram melhor no mercado brasileiro.
03:38Eu entendo que, por não ter analisado especificamente o mercado brasileiro,
03:44a Tesla seria tão somente um nicho de consumo.
03:47Já o BioID entra como um consumo mais agressivo, né?
03:54Para as outras camadas de capacidade de consumo de automóveis.
03:58E aí, a BioID, sendo muito mais agressiva, ela está chegando, primeiro, já para suprir uma demanda do mercado interno.
04:12Acabou de chegar um navio aí com o tamanho de 20 campos de futebol, com importação de carros BioID.
04:20Ou seja, está literalmente inundando o mercado brasileiro com o BioID.
04:24E, sem contar, já a aquisição da fábrica da Ford em Camaçari, que a BioID já fez.
04:33E mais Manaus e Campinas, aqui no interior de São Paulo, para a produção da BioID.
04:39Então, a política da BioID é muito mais uma política de produção, né?
04:47Inclusive, a produção local.
04:49Ao passo que a Tesla é uma política mais de terceirização de serviços, né?
04:58Como foi falado aí anteriormente entre vocês.
05:03Então, a BioID traz uma política completamente diferente de abordar o mercado brasileiro.
05:09E a aderência ao mercado brasileiro é mais efetiva.
05:15E aí, por trás, é importante também nós observarmos que a economia chinesa trabalha exatamente para conquistar os mercados, né?
05:26Ela está conseguindo, inclusive, na Europa.
05:29Agora, no mês de abril, a BioID foi a maior vendedora de carros elétricos na Europa.
05:34Já ultrapassando a Tesla com uma tendência de ultrapassagem da Tesla, né?
05:39Então, assim, dentro da política de abrangência do comércio mundial, a BioID vai nos planos do governo chinês.
05:49Então, é esse o cenário que nós conseguimos identificar.
05:55Tem muita gente dizendo que o futuro de carros sustentáveis no Brasil não é elétrico, mas sim híbrido.
06:01Mas eu queria entender o seu ponto de vista.
06:04Será que vai ter espaço para todos eles?
06:06Ou o Brasil vai escolher um caminho só?
06:07Porque os elétricos estão ganhando fatia de mercado aqui rapidamente, né?
06:14Os elétricos têm o seguinte problema.
06:17Eles são mais caros, tanto na entrada como na manutenção.
06:22Eles são mais caros.
06:23Os híbridos, eles são mais viáveis, né?
06:28Porque a gente pode substituir aí o uso da parte elétrica com a parte de combustível,
06:34e isso dá mais autonomia aos automóveis.
06:37O grande problema aqui dos carros estritamente elétricos é a autonomia, né?
06:43Nós falamos aqui no Brasil de distâncias longas, né?
06:46E para viagens maiores, acima de 100, 200 quilômetros, a situação já fica bastante complicada.
06:55Tem, inclusive, relatos já de consumidores que não conseguiram cumprir viagens por conta de falta de bateria.
07:02E isso significa parar por seis horas para fazer a recarga.
07:07Tem modelos mais modernos, né, professora?
07:10Que fazem isso mais rápido, né?
07:11É muito mais perto.
07:13Com mais autonomia também?
07:14Sim, eles estão vindo, exatamente.
07:18Mas, enfim, essas novas tecnologias precisam de toda essa adaptação.
07:23E falando ainda mais sobre o Brasil, a BYUG tem o plano e o projeto aqui já também para os pesados.
07:31Então, não só automóveis utilitários, mas pesados também.
07:35Então, a gente está visando o agro com, aí sim, equipamentos autônomos que sejam utilizados por via elétrica.
07:47E aí é interessante porque a nossa matriz energética permite, né?
07:51Então, vejam que é uma disrupção muito interessante no nosso mercado, né?
07:56O mercado brasileiro tem toda a credencial verde e amarelo para responder a agenda 2030,
08:07passando pela COP30 agora em Belém do Pará, né?
08:11Então, eu entendo que uma composição, uma boa composição de um olhar futuro disruptivo para esse mercado de carros elétricos e híbridos
08:25ficaria muito bem entre a Associação Brasileira de Veículos Elétricos,
08:31o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, né?
08:36Eu acho que a gente precisa passar muito mais por cima de questões políticas e considerar políticas perenes, né?
08:46De um Brasil de futuro, né?
08:49E o que há de melhor aí para o Brasil no âmbito da indústria automobilística, que é uma das bases da nossa produção.
08:59Tá certo.
08:59Então, a questão sindical, inclusive, é uma questão, e trabalhista, é uma questão que a China está absolutamente disposta a conversar
09:07para implantar a sua produção aqui no Brasil.
09:10E leia-se a Anfávia, Fenabravi, né? Dos concessionários também.
09:14Tá bom, professora.
09:15Eu acho que esse diálogo é...
09:17O papo está ótimo, mas a gente está acabando o tempo aqui.
09:21Queria agradecer demais a sua participação aqui, muito interessante, Serena Ramalho, economista da FGV.
09:26Boa tarde, obrigado mais uma vez.
09:28Obrigada a você, Marcelo. Uma boa tarde.
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