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O Salão de Xangai 2025 reforçou o domínio chinês nos veículos elétricos. Ricardo Bacellar, conselheiro de mobilidade, analisou o impacto dos carregadores ultra rápidos e as barreiras à adoção no Brasil. O evento destacou o avanço tecnológico e a relevância global da China no setor.

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Transcrição
00:00Depois de 10 dias de exibição, termina o maior evento automobilístico do mundo.
00:06O Salão de Xangai levou quase mil expositores para o Centro Financeiro da China.
00:12A feira deixou claro que o maior mercado asiático está apostando no carro elétrico.
00:18O maior salão de automóveis do mundo termina nesta sexta-feira.
00:23Foram 10 dias para quase mil expositores apresentarem as últimas novidades tecnológicas do setor
00:29especialmente em carros elétricos.
00:32O Alto Xangai aconteceu em meio às barreiras comerciais do governo do presidente americano Donald Trump
00:38que afetam as ambições globais do gigante asiático.
00:43No entanto, os empresários que levaram seus lançamentos ao Salão do Automóvel no Centro Financeiro da China
00:49se mantiveram otimistas quanto à transição dos veículos à combustão pelos movidos à bateria.
00:56Se olharmos para a história, as tarifas nunca foram capazes de impedir o surgimento de novas tecnologias ou empresas emergentes.
01:05A prioridade deve ser desenvolver uma estratégia de longo prazo
01:10e evitar expectativas irrealistas de rápido crescimento no curto prazo.
01:16As tarifas dificultam e pressionam os nossos negócios, mas agora encontramos uma maneira de ter um crescimento sustentável na Europa
01:27e isso é o que estamos tentando fazer, implementando em outros mercados.
01:33Já as montadoras ocidentais tentaram, nos 10 dias de salão, demonstrar que podem enfrentar as ultra-competitivas
01:43empresas chinesas que dominam o setor elétrico.
01:46As representantes alemãs, que já foram líderes do setor na China,
01:51participaram do evento como empresas de automóveis produzidos na China e para a China.
01:57A Volkswagen, o maior grupo estrangeiro no país, apresentou uma série de novos veículos elétricos
02:03e um sistema de assistência ao motorista projetado especialmente para o ecossistema digital chinês.
02:10Entre as novidades expostas no salão, duas atrações locais chamaram a atenção.
02:17O robô humanoide da Xpeng e os modelos de carro voador das empresas chinesas Cherry e Xangang.
02:25Ainda assim, os estandes que mais atraíram os investidores foram aqueles que apresentaram
02:32os carregadores ultra-rápidos para carros elétricos.
02:35A aplicação desta tecnologia em larga escala solucionaria o principal gargalo hoje
02:42para a utilização de veículos movidos à bateria.
02:46A minha conversa agora é com o Ricardo Bacelar, conselheiro consultivo para a indústria de mobilidade.
02:53Obrigado pelo seu tempo aqui conosco, Ricardo.
02:56Eu queria começar com o que deve ser o mais óbvio e a maior dúvida para quem quer comprar um carro elétrico,
03:02seja dentro ou fora da China.
03:04Mas vamos falar aqui do palco Brasil.
03:06Esses carregadores ultra-rápidos, o primeiro deles que teve aí uma discussão internacional da BYD,
03:14eles são factíveis?
03:15Tá bom.
03:16Eles funcionam ali para mostrar para a imprensa dentro de um pátio da construtora, da montadora,
03:23mas instalado, por exemplo, na rede elétrica do Brasil, eles são factíveis?
03:28Porque eu soube que eles consomem, por exemplo, muitos megawatts, talvez até gigawatts de uma vez só
03:35e que teria que ter uma estrutura que não é tão comum assim na beira da estrada,
03:40dentro de um posto de gasolina.
03:42Funciona bem para mostrar ali o protótipo.
03:45Mas isso é factível na vida real?
03:47Boa noite.
03:48Obrigado por participar aqui da nossa programação mais uma vez.
03:51Boa noite.
03:52Eu que agradeço o convite.
03:54Respondendo a sua pergunta, sim, esses carregadores, eles demandam uma infraestrutura diferenciada,
04:00justamente pela potência que eles exigem para fazer a recarga pretendida num tempo muito curto.
04:07É uma infraestrutura que nós não temos pronta no Brasil, mas que também não é impossível de ser alcançada.
04:14É óbvio que isso vai exigir, como todo investimento de infraestrutura,
04:18ele não é feito do dia para a noite, vai precisar de um planejamento para que isso aconteça,
04:23mas até lá você tem outras alternativas de carregamento para suprir as demandas dos proprietários de veículos elétricos.
04:31Ricardo, é claro que o Salão de Xangai, o Alto Xangai, é um recorte à parte.
04:36Foi feito ali na maior cidade financeira da China, um polo financeiro da Ásia,
04:42e a China tornou o carro elétrico uma política de Estado, inclusive.
04:48Nenhuma novidade ter o carro elétrico como a cereja do bolo ali, a joia da coroa dessa exposição.
04:56A minha pergunta é se essa realidade ao redor do mundo ainda vem de uma perspectiva chinesa
05:05ou outras montadoras continuam com esse objetivo.
05:08A Volvo já sinalizou um momento de parar de produzir carros a combustão.
05:15É um processo que começou nos países nórdicos, mas eles tinham um projeto de expandir isso para o resto do mundo.
05:22A GM e a Ford nos Estados Unidos tinham uma perspectiva, depois revisitaram, eles reviram esses projetos.
05:32Como é que está essa transição de o carro a combustível para o carro elétrico?
05:39Excelente pergunta.
05:41Isso é uma discussão que precisa ser segmentada minimamente por país.
05:47Normalmente ela é segmentada regionalmente, mas nós moramos num país de dimensões continentais
05:53que tem as suas próprias diferenças dentre várias regiões.
05:57Então você precisa ter um olhar mais específico da região que você está tratando, né?
06:02Porque às vezes aqui no Brasil a gente acha que o país inteiro é São Paulo capital e a gente sabe que isso não é verdade.
06:09Mas surpreendentemente, acompanhando inclusive os números de vendas de veículos eletrificados aqui no Brasil,
06:15que não são só elétricos puros, a gente tem os híbridos,
06:18que têm sido sinalizados como a grande preferência do brasileiro,
06:23inclusive ligado à primeira pergunta que você fez,
06:26essa dificuldade de infraestrutura de recarga momentânea,
06:30as vendas estão crescendo inclusive no Nordeste.
06:33Se a gente observar os números de março, por exemplo,
06:36vai ver claramente que no Nordeste as vendas de eletrificados,
06:40inclusive não só zero quilômetro, mas usados também, eles cresceram.
06:45Agora um ponto bastante importante de se observar, de novo falando aqui do Brasil,
06:50é que a Anfávia, que é a maior entidade do setor automotivo nacional,
06:56ela divulgou uma pesquisa bastante abrangente em outubro do ano passado,
07:01mostrando que em 2040 a gente vai ter uma inversão na balança entre vendas de veículos a combustão
07:09e veículos eletrificados.
07:12Em 2040, apenas, no máximo, 14% das vendas de veículos novos serão de veículos a combustão,
07:22que é mais ou menos o que a gente tem hoje em eletrificados.
07:26Se a gente pensar, a gente está falando de uma janela de apenas 15 anos,
07:29é muito pouco tempo.
07:31Então, até aqui no Brasil, já está muito claro que esse é um caminho sem volta,
07:36é no mundo inteiro, mas aqui no Brasil também.
07:38Ricardo, virando um pouco a página aí, vamos variar do tema sem sair do tom,
07:44olhando para o negócio, o Salão de Xangai, o Alto Xangai,
07:48hoje é o maior salão automobilístico do mundo.
07:53Durante a Covid, houve aí, ou por motivos óbvios, por causa do isolamento necessário,
07:58houve a suspensão desses grandes eventos.
08:01Mas antes eles já estavam perdendo força.
08:05Agora, talvez, o Salão de Xangai, que tornou-se notícia no mundo inteiro,
08:09ele está revivando essa atração.
08:15São Paulo, por exemplo, já começa a discutir,
08:18ou está andando a passos mais largos na discussão,
08:21de retomar o Salão do Automóvel aqui de São Paulo,
08:25que chegou a ser o maior da América do Sul.
08:27Este modelo ainda é relevante, uma vez que a gente tem comunicação em massa,
08:32internet, redes sociais, a gente tem plataformas de vídeo
08:36que eu posso assistir os lançamentos de carro.
08:38Eu lembro quando eu era jovem, adolescente, criança,
08:42era um fascínio ir no Salão do Automóvel, para quem gostava disso,
08:45porque era o único acesso que nós tínhamos,
08:48tirando a imprensa especializada, mas para ver de perto o carro em movimento.
08:52Esses salões ainda são relevantes?
08:56Esse é um ponto bastante interessante, porque na nossa época,
09:00eu vou me permitir juntar a você, acho que a gente é da mesma geração,
09:05a gente tinha exatamente esse fascínio, mas foi um produto bastante diferente do que é hoje.
09:10Hoje, o veículo é um produto muito mais tecnológico do que mecânico.
09:17E tecnologia sempre fascinou o ser humano em qualquer lugar do planeta.
09:22Então, a gente precisa se acostumar um pouco com isso,
09:24porque o produto que a gente está discutindo agora é muito mais tecnológico,
09:28ele tem um poder de sedução incrível.
09:30E uma outra característica importante que diferencia o produto de hoje
09:34do produto da nossa geração lá atrás,
09:36é que os ciclos de inovação são muito mais curtos.
09:40Então, lá atrás, a gente falava de um ciclo de inovação da indústria automotiva,
09:44ele era de mais ou menos uns cinco anos,
09:47e veio caindo até uns três anos, mais ou menos.
09:50Mas um ciclo de tecnologia é de apenas um ano.
09:55Então, isso faz com que todo o apelo de um grande evento como esse,
09:59ele seja facilmente renovado na ano, o que não acontecia lá atrás.
10:04Então, a gente estava perdendo o brilho desses grandes salões também por isso,
10:07porque não tinham grandes novidades.
10:09Agora, tem novidade sobre.
10:11E aí
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