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A União Europeia recuou nas metas climáticas e flexibilizou a proibição de carros a gasolina e diesel a partir de 2035. A CNBC Internacional analisou as mudanças, a pressão econômica sobre as montadoras, o impacto político e os desafios da transição energética no bloco. Wopke Hoekstra, ex-comissário europeu de Ação Climática, comentou as medidas anunciadas.

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Transcrição
00:00E a União Europeia recuou na ambição climática ao flexibilizar a proibição da venda de carros novos
00:06movidos a gasolina e diesel a partir de 2035.
00:11Essa decisão é uma tentativa de apoiar os fabricantes europeus em dificuldades.
00:16Depois de 2035, os fabricantes vão poder continuar vendendo um número limitado de veículos novos
00:23com motores a combustão ou híbridos.
00:26Mas, para isso, eles vão ter que cumprir uma série de condições.
00:30Uma delas é compensar as emissões de CO2.
00:33A CNBC Internacional analisa todas as mudanças recentes e por que elas estão acontecendo.
00:40Vamos acompanhar, então, este conteúdo exclusivo.
00:43A descarbonização é uma transformação massiva para todas as nossas indústrias, incluindo claramente o setor automotivo.
00:51E isso é igual, ou talvez até mais do que igual, a uma nova revolução industrial em termos de escala
00:58e em termos do impacto transformador que tudo isso terá.
01:02A iniciativa foi muito celebrada pelas fabricantes de automóveis, como a BMW e a Mercedes, que a viram como um avanço positivo.
01:10A Stellantis, no entanto, foi menos otimista, afirmando que as propostas não abordam significativamente
01:16os problemas atualmente enfrentados pela indústria.
01:18Mas a última ação da União Europeia nos fez olhar as mudanças ambientais recentes do bloco.
01:25A União Europeia alega ser líder em iniciativas verdes, com o seu Pacto Ecológico lançado em 2019
01:31e, subsequentemente, ratificado no começo de 2020 como um marco histórico.
01:36Mas mudou muito em seis anos.
01:38Por exemplo, a União Europeia aliviou sua abordagem climática ao enfrentar ventos contrários externos,
01:44como a pandemia de Covid-19, a guerra na Ucrânia e, mais recentemente, as tarifas americanas.
01:50Na semana passada, ministros europeus e o Parlamento Europeu concordaram com um acordo
01:55para simplificar os requisitos de relatórios de sustentabilidade e devida diligência.
02:00A ministra dinamarquesa de Assuntos Europeus, Marie Bière, afirmou que as novas exigências
02:05tinham como objetivo fomentar a competitividade dentro do bloco.
02:10Ministros do Clima da União Europeia também concordaram no compromisso de cortar emissões
02:17em 90% dos níveis de 1990 até 2040.
02:23No entanto, a ação foi percebida como um retrocesso em relação às metas anteriores,
02:28considerando os vários benefícios concedidos aos diversos Estados-membros.
02:32Então, o que fez os legisladores mudarem de posição?
02:37Analistas políticos citam o apoio crescente a partidos de extrema-direita como razão-chave.
02:43Muitos governos na Europa começaram a defender o apoio às indústrias europeias,
02:48ainda que isso implique em diminuir o ritmo ou reverter promessas climáticas cruciais.
02:52O chanceler alemão, Friedrich Merz, pediu maior apoio, por exemplo, para o setor siderúrgico do bloco.
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