Aviação sob demanda: como o modelo ACMI reduz custos e riscos das companhias aéreas

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Esteban Jauregui Lorda, CEO da Avion Express, explicou como o modelo ACMI permite ampliar capacidade na alta temporada sem elevar custos fixos. Ele detalhou customização, contratos, operação no Brasil e projeções de expansão da empresa.   🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!   Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil   📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:   🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais   🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562   🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube   🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings   #CNBCNoBrasil  #JornalismoDeNegócios  #TimesBrasilCNBC

Transcript

00:006h33, vamos falar agora sobre um novo modelo de negócio para companhias aéreas.

00:06A Avion Express aposta na aviação sob demanda, usando o modelo ACMI

00:12para reduzir riscos e custos das companhias aéreas e garantir cobertura no período de picos.

00:18A ACMI reúne as iniciais em inglês para aeronave, tripulação, manutenção e seguro.

00:24Sobre esse modelo de negócio, vamos conversar aqui com o Esteban Khaureg Lorda, CEO da Avion Express.

00:32Falei corretamente o seu nome, Esteban?

00:33Corretamente, Fábio. Obrigado pelo convite.

00:35Muito obrigado pela sua presença aqui. Seja muito bem-vindo ao nosso estúdio.

00:38Embora a SIGA ACMI seja, em grande medida, autoexplicativa,

00:43eu queria te pedir para dizer para a gente como é que funciona esse modelo.

00:46Realmente é um modelo de linha aérea para linha aérea.

00:49A gente fala isso, se não é linha aérea para linha aérea, B2B,

00:52onde, como você bem falou, a gente coloca a aeronave, a tripulação,

00:57com sua manutenção feita, aeronavegável, e o seguro,

01:01ao serviço de outras linhas aéreas que precisam de capacidade adicional na alta temporada, normalmente.

01:07Isso normalmente, esse era o ponto que eu queria perguntar mais em detalhe para você,

01:10isso normalmente se aplica às companhias aéreas em alta temporada

01:13para elas não terem que ter uma frota maior que ficaria ociosa em outros momentos do ano, é isso?

01:18Olha que interessante, na Europa, essa fluctuação de alta, baixa temporada está quase em 40%.

01:25O que significa? A capacidade de assento que você coloca para vender,

01:28ela oscila muito na temporada, nesse momento que a linha aérea consegue fazer dinheiro,

01:34vender mais etiquetas, ter mais superação.

01:36Levar todas essas aeronaves com toda essa tripulação durante o ano todo,

01:42é caro, custa dinheiro.

01:44Aí que a solução desse ano aí entra, a gente faltar na temporada alta,

01:46a gente vai colocar a aeronave para você só para operar esses 5, 6, 7 meses de temporada alta

01:51para você conseguir oferecer mais assentos, vender mais e fazer mais dinheiro, basicamente.

01:56A gente tem uma ferramenta flexível para a alta temporada.

02:00Demanda também um certo grau de customização das aeronaves,

02:04enfim, se o cliente mudar de um ano para o outro, né?

02:06Como é que isso é trabalhado?

02:07Normalmente a gente trabalha com aeronaves, não particular.

02:12Havia um express no Brasil, com 320, havia um express na Europa também,

02:15320 acentos, com 180 acentos, que é uma configuração padrão.

02:19O que quer dizer padrão?

02:20Que ela atende uma grande maioria de clientes,

02:23porque fazer mudanças na aeronave, no tipo de acento,

02:27ela demanda de engenharia, custo e tempo.

02:29Quando a gente vê as linhas aéreas trocando anos para trocar o produto, é isso.

02:33A gente sim customiza e oferece para o cliente,

02:36a gente coloca, pode nascer na internet,

02:38a gente opera para outros operadores e com stickers,

02:41a gente customiza a aeronave de fora,

02:43a gente pode customizar algumas coisas do interior,

02:46o uniforme pode ser customizado,

02:48mas não na parte que tem mais que ver com a engenharia da aeronave per se.

02:52Nossa aeronave, inclusive, ela é toda branca,

02:54aqui não é as duas que estão aqui,

02:56para ela não ser identificada com uma marca particular.

02:59E aí, com isso, reduz riscos para as companhias aéreas também?

03:02Certamente, porque se você precisa sair do lugar

03:06ou conseguir aeronaves, um contrato de uma aeronave,

03:09normalmente você, no mínimo, são 5, 6 a 10, 12 anos.

03:13Então, você precisa carregar um ativo,

03:15no seu P&L, durante 10, 12 anos,

03:17para operar, talvez, na alta temporada para se dimensionar.

03:20Então, você, ou você dimensiona a sua linha aérea

03:23por uma temporada baixa, meia,

03:24e perde oportunidade de negocio na alta,

03:26ou você dimensiona para alta e tem muita capacidade

03:28de se fazer nada na baixa.

03:29Então, a gente, sim, entende que esse modelo

03:32reduz o risco de você carregar tudo isso

03:35lá na baixa temporada e aproveitar mais

03:38a demanda quando ela aconteça.

03:39Qual é, mais ou menos, o padrão de contrato

03:41nesse mercado?

03:43São contratos anuais?

03:44Quer dizer, todo ano há uma renovação,

03:45ou os contratos são mais longos?

03:47Tem bastante casos, a experiência da gente,

03:49inclusive, na Europa, de contratos que são

03:51contratos de 2, 3, 5, até 5 anos,

03:54só para a temporada alta.

03:55Então, a gente trabalha com muita linha aérea,

03:58inclusive do Grupo Lufthansa,

03:59muita coisa na Turquia, na Ásia,

04:02onde o contrato é um contrato, por exemplo,

04:04de 3 anos, que fala na temporada alta,

04:06a gente vai oferecer entre X e I,

04:10sua quantidade de aviões,

04:11ela confirma e a gente vai regulando essa capacidade.

04:13Mas é um contrato mais contínuo.

04:14Agora, em relação à tripulação,

04:17quer dizer, você falou dos limites

04:18de customizar a aeronave, né?

04:20Agora, em relação à tripulação,

04:22além do uniforme, enfim,

04:23existem os padrões mesmo ali

04:25de relacionamento dos comissários,

04:28dos comandantes com o público.

04:31Como é que vocês trabalham

04:33essa coisa mais fina do relacionamento,

04:35que carrega também o que é a empresa,

04:37os valores da empresa, né?

04:39Normalmente, é muito, é super usual,

04:42vamos falar assim, é usual,

04:43a linha aérea cliente se acercar

04:45e oferecer cursos dessa parte do intangível.

04:49Porque a parte real de manutenção,

04:51de como gerenciar a aeronave,

04:53se é uma emergência,

04:54que é a habilitação da tripulação,

04:55a gente faz, temos todos,

04:56está aprovado.

04:57Mas aí vale a pena,

04:58vamos fazer um contrato grande com,

05:01vamos falar na linha aérea de fora,

05:02para não falar aqui com Iberia,

05:03por favor, uma coisa.

05:04Ah, sentar com os treinadores da Iberia

05:07para entender o jeito Iberia

05:08de dar um serviço.

05:10Por exemplo,

05:10e acontecer a mesma coisa aqui no Brasil.

05:11A parte de manutenção,

05:13que é uma parte delicada, né?

05:14Existe uma abertura, por exemplo,

05:17existe até essa demanda dos clientes de vocês,

05:19no sentido de colocar engenheiros deles

05:21para acompanhar como é que vocês fazem a manutenção.

05:24Como é que é essa relação de confiança

05:25num ponto tão delicado?

05:27É normal o cliente acompanhar,

05:30ou fazer suas auditorias,

05:32no final do dia a gente está dando um serviço,

05:34e todo serviço precisa ter um controle,

05:36um check-up, padrões de certificação,

05:39a gente faz isso assim,

05:40é normal,

05:41mas a gente está certificado,

05:42a gente cumpre com todo o estándar de qualquer jeito,

05:44e é mostrar confiança.

05:45E como é que está a evolução desse tipo de negócio,

05:50do mercado para esse tipo de negócio?

05:52Aqui na América do Sul,

05:53realmente a gente é pioneiro,

05:54ninguém tem colocado ou feito um investimento,

05:57a gente fez para desenvolver isso aqui no Brasil,

06:00na América do Sul.

06:02Aqui não existe essa sissionalidade que falava na Europa,

06:05então a grande parte da nossa proposta,

06:08esse desafio do mercado,

06:10a gente está aqui,

06:10a gente quer oferecer essa ferramenta,

06:12a ferramenta existindo,

06:14porque não dá para aproveitar e ter níveis de mercado,

06:16e o mercado crescer,

06:18como cresce na Europa,

06:19por exemplo, na alta temporada.

06:20Então ainda estamos,

06:22vamos falar assim,

06:22conversando muito com todas as linhas aéreas,

06:24a gente está operando,

06:25a gente já operou em setembro para a Flybond,

06:27inclusive, na Argentina,

06:28o povo de Galeão,

06:30a Precisa foi a gente que fez,

06:32mas é muito disso de educar,

06:33de explicar,

06:34isso é uma ferramenta,

06:35como ela consegue ser usada,

06:36como consegue diminuir o risco,

06:38como você bem falou, Fábio.

06:39Quais são as projeções de vocês para o ano que vem?

06:42A gente agora está com duas aeronaves,

06:44na próxima alta,

06:45a gente está com a projeção de ter cinco a dez aviões,

06:48e aí trazer.

06:49A matriz da Europa tem 55 aviões hoje,

06:52a gente pode trazer toda a questão de precisar

06:54na alta temporada do Brasil,

06:55que é contracíclica na temporada da Europa,

06:57essa é a mensagem.

06:59Muito bem.

07:00Esteban Lorda,

07:01CEO da Avion Express.

07:03Obrigado, Esteban,

07:04pela sua presença aqui,

07:05um bom fim de semana para você.

07:06Muito obrigado pelo convite.

07:07Muito obrigado.

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