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O ministro do STF Dias Toffoli paralisou uma investigação contra o Banco Master ao atrair o caso para o Supremo, alegando possível envolvimento de pessoa com prerrogativa de foro. O Morning Show debate a polêmica decisão, que suspendeu o trabalho da Polícia Federal. Confira a análise da bancada sobre essa interferência.


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Transcrição
00:00Sobre a decisão do Dias Toffoli quanto ao Banco Mastri, o que aconteceu?
00:03As investigações estavam em curso, uma esfera inferior,
00:07e aí foi provocada pela defesa de Daniel Vorcaro para que o STF que julgasse esse mérito.
00:13O que aconteceu? Dias Toffoli acolheu.
00:15Só que com essa acolhida também dizendo ao Supremo o que vai fazer,
00:19aí, e o pedido da defesa também é importante a gente frisar,
00:23que existe ali um pedido com base em alguém que tem foro privilegiado,
00:28ou seja, chegou em gente importante da política...
00:32Quer dizer, gente com mandato, com sinal, com sobrenome bacelar, mas com L só.
00:37Aí chegou para a Polícia Federal, vamos colocar como exemplo aqui,
00:39o mano que está sendo investigado tem foro privilegiado.
00:41Chegou no mano.
00:42Eu não tenho não, mas vamos lá.
00:44Só usando como exemplo.
00:45Chegou no mano, opa, vamos puxar para o STF.
00:48Só que aí você paralisa todas as investigações por parte da Polícia Federal,
00:51que é uma instituição que já demonstrou que tem autonomia para trabalhar.
00:54E aí você descredibiliza também a ação.
00:56E você paralisa as investigações e aí dá tempo também para que os outros personagens envolvidos
01:01às vezes se articulem para você conseguir destruir provas, destruir tudo isso,
01:06doutora Princesa Silveira.
01:07Eu gostaria que você explicasse também o contexto jurídico disso.
01:10Sim, o que acontece ali, David, que é importante a gente esclarecer.
01:13Realmente não tinha o Vorcaro, né, que fala...
01:17É, o Daniel Vorcaro, que é o presidente do Banco Master, né, que foi preso e agora foi liberado.
01:21Por si só, só pelo que se imputa a ele, não teria a possibilidade de ser julgado pelo STF.
01:26Por quê?
01:27Pelo STF, a nossa Constituição, lá no artigo 102, né, diz quais são as situações que serão invocadas para o Supremo.
01:34Entre elas está a questão da prerrogativa de função, ou alguns que chamam prerrogativa de furo.
01:39Determinadas pessoas, em razão das atividades que elas exercem,
01:42o Supremo atrai para ela, né, essa possibilidade de investigar, julgar, como a gente acompanha em alguns cenários.
01:48Entretanto, neste caso em específico, há uma discussão.
01:51Porque a pessoa citada, que é um deputado, né, ele é citado em um documento, David.
01:56Então, por mais que tenha sido dado, eliminar pelo ministro Toffoli, né,
02:01atraindo ou trazendo a competência para o Supremo Tribunal Federal,
02:05discussão existe em que sentido?
02:07Essa atração para o Supremo deveria, se ele fosse um investigado.
02:12E não simplesmente ter sido citado, ou ter sido encontrado apenas um documento,
02:17pura e tão somente como foi o que sinalizou, né.
02:20Então, o que a gente sabe, aí, publicamente, é que essa pessoa, esse deputado,
02:26não é alguém que está dentro da linha de investigação.
02:29Então...
02:30Não está preso, não está nada.
02:31Não, não está preso, não foi inicialmente...
02:34Investigado.
02:34Não está investigado, então ali traria uma discussão sobre se seria possível ou não,
02:39tendo em vista que, em decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal,
02:42quando ele atrai a competência dentro da prerrogativa de foro,
02:46ele faz isso porque a pessoa é investigada, ela passa a ser investigada.
02:51E aí, em razão disso, evidentemente, essa prerrogativa é deslocada.
02:55E aí, isso me traz já uma dúvida imediata, porque a gente já assistiu casos muito importantes
03:00na história jurídica brasileira avançarem e depois serem completamente anulados
03:06porque o julgamento estava no foro indevido.
03:10Então, essa atração...
03:11Sente um exemplo.
03:13Eu acho que a nossa audiência lembra.
03:16Eu não precisaria nem falar, né.
03:17Tem um pessoal lá, 13ª Vara de Curitiba era competente, mas, de repente, não era mais.
03:23Aí, eu fico na dúvida.
03:24Um caso como esse, que a gente está tendo a competência atraída por Supremo,
03:30aí, digamos que o caso avança e não tem ninguém com foro privilegiado
03:35que, efetivamente, seja condenado, seja culpado ou vire réu, se quer, nessa ação.
03:42O que é que acontece?
03:43Aí, vai anular tudo e é a farra do boi?
03:46Não, os atos decisórios não são anulados.
03:48Então, o que foi investigado não se perde.
03:50Mas, como a defesa dele pediu isso, quando a gente fala de nulidade,
03:56mano, é bom a gente explicar que nulidade, um dos requisitos para que ela seja reconhecida
04:00é a prejudicialidade.
04:02Então, se eu dei causa a essa prejudicialidade,
04:04e aí, eu não vou ficar, assim, falando em termos técnicos,
04:06mas, basicamente, existem algumas nulidades que são absolutas,
04:10que podem ser arguídas a qualquer tempo.
04:12E outras que, se eu não arguir no momento oportuno, elas se perdem.
04:16Assim, explicando para a nossa audiência entender, para não ficar em termos técnicos e jurídicos.
04:21E aí, o que acontece?
04:22Se a defesa pleiteou, de alguma forma, e não é algo que é absoluto,
04:26porque daí, se é absoluto, pode ser, inclusive, reconhecido pelo julgador,
04:30é possível.
04:31Então, a sua pergunta seria, é possível voltar para o status quo antes,
04:35ou seja, para o estado anterior?
04:37É, é possível.
04:38Porque tem gente que quer se afastar do STF,
04:41ah, não quero que julgue o STF, morre de medo,
04:43e tem gente que busca o STF.
04:45É, isso, e lembrando...
04:46Perceba os perfis, perceba os perfis.
04:48É, tem gente que patrocina evento, influência...
04:51E é o que a gente falou de com quais...
04:52E os advogados da diretoria,
04:55os advogados da diretoria do Banco Master,
04:57são os mesmos que atuaram na Camargo Correia,
04:59com a Camargo Correia na Operação Lava Jato.
05:02Por sinal, o Toffoli é um ministro que anulou várias situações
05:07em relação a determinadas construtoras da Operação Lava Jato.
05:11Então, ele anulou vários casos da Lava Jato.
05:15Mas a grande questão que eu acho que fica é, assim,
05:18por que a defesa deseja ser julgada por um Supremo Tribunal Federal
05:22que, recentemente, teve penas tão alargadas e tão punitivas
05:27em relação aos réus do 8 de janeiro?
05:3017, 20...
05:31Então, assim, me parece dissonante esse pedido da defesa.
05:36Então, fica a questão de por que essa solicitação que parte da defesa.
05:42E aqui, a competência, mais uma vez, é vista como uma situação de ocasião.
05:47E por que eu coloco ocasião?
05:49Porque a mera menção...
05:51Vamos pensar em jurisprudência.
05:54Jurisprudência e as decisões, elas precisam ser condizentes.
05:57Não pode decidir, assim, para X e para Y totalmente diferente.
06:00Vamos pensar nessa lógica.
06:02Se a mera menção em uma investigação, ainda que não como investigado direto,
06:07faz poder puxar o caso para o Supremo Tribunal Federal,
06:11nós estamos falando que todos os casos que tiver, talvez, essa mera enlação,
06:16essa mera palavra, essa mera menção,
06:18podem ser puxados para uma corte de só 11 juízes,
06:21que já está demorada, cheia de processos.
06:24Então, isso gera um problema também na resolução, no tempo.
06:28A nossa Suprema Corte precisa ter menos processos
06:31e mais tempo para refletir sobre esses processos,
06:33como ocorre nos Estados Unidos.
06:35E tem um princípio da justiça que o réu não pode escolher
06:38quem vai ser o juiz dele.
06:39Ah, não, mas aí é dele...
06:40Aí, o que acontece, né?
06:41Não é que ele escolha...
06:43Em alguns casos específicos, há essa possibilidade,
06:45por exemplo, quando a ação penal é privada, lá no artigo 73.
06:48Mas aqui, o que é a competência?
06:50Imagine que a gente tem vários juízes.
06:53Então, vários juízes, eles teriam a toga.
06:56Então, eles têm a possibilidade de julgar.
06:58Imagine um juiz...
06:59Só para explicar, porque preciso explicar isso rapidamente,
07:01não vai ficar confuso para a nossa audiência.
07:03Imagine um juiz de São Paulo julgando algo do Paraíba.
07:06Não dá.
07:06Então, a gente delimita a jurisdição pela competência.
07:10Então, a competência...
07:11A gente vive num Estado Democrático de Direito.
07:13A pessoa já sabe, de antemão, qual seria o órgão julgador.
07:17Então, a gente não escolhe.
07:18Eu vou ser julgado por esse ou vou ser julgado por aquele.
07:21Porque isso é mais uma regra ditatorial.
07:23Em razão disso, as pessoas já sabem, de antemão, de forma abstrata, quem julgaria.
07:29E aí, entra apenas a discussão, que a Jess trouxe aqui uma coisa muito importante.
07:33Cada hora, a gente vê os tribunais decidindo de um jeito.
07:37Então, essa insegurança jurídica pela jurisprudência, que são elas.
07:41Por quê?
07:42Uma vez, vou trazer a possibilidade de ser julgado pelo Supremo,
07:46porque é investigado, faz parte ali da investigação.
07:50Agora, imagine um e-mail.
07:52Então, vamos trazer aqui um exemplo.
07:53Tem um e-mail, tem um papel na investigação.
07:56Tem um e-mail que eu mandei para uma pessoa.
07:58Aí, ele olha lá o nome.
07:59Priscila Silveira, a deputada, traz para o Supremo Tribunal Federal.
08:02Esse é o problema, né?
08:03E você também, um juiz, falar assim, olha, estão suspensas todas as apurações,
08:08as investigações da Polícia Federal.
08:09Não é ruim também?
08:11Você não deveria atrair para si e dizer, olha, vocês podem continuar investigando,
08:14mas eu quero saber de tudo a partir de agora.
08:15E aí, eu lembro a declaração que surgiu na mídia esses tempos,
08:19que o Vorcaro afirmava para amigos, saiu essa notícia,
08:24de que ele não tinha como andar sem proteção em Brasília,
08:27que tinha amigos em Brasília e que não tinha como andar sem proteção no Brasil.
08:31E aí, você vê, será que essa proteção aí tem a ver com tudo isso?
08:37Será que o Vorcaro, ele realmente tem muitos amigos em Brasília
08:41e consegue algumas coisas que outras pessoas não conseguiriam?
08:46Eu acho que isso é uma das coisas que deveria ser levantado nesse momento,
08:51principalmente nesse caso que a população,
08:55ela se mostra realmente muito contra tudo isso.
08:59O Vorcaro, ele já saiu, inclusive, da prisão.
09:02Ele está usando tornozeleira eletrônica, está na sua residência e está solto.
09:09O Bolsonaro, por exemplo, está preso, está na Polícia Federal.
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