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Os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ronaldo Caiado (União Brasil) criticaram a PEC da Segurança do governo do presidente Lula (PT). Tarcísio disse que a proposta é "cosmética", e Caiado afirmou que é um "presente para as facções criminosas". Reportagem: André Anelli.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/yQLn4PnAcV0

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00:00Eu quero seguir e contar que o texto final da PEC da Segurança deve ser lançado nesta semana.
00:05Hoje, na Câmara dos Deputados, os governadores de São Paulo e de Goiás, que são o Tarcísio de Freitas e o Ronaldo Caiado,
00:11criticaram essa proposta enviada pelo governo Lula.
00:13Vamos voltar então a conversar com o nosso André Anelli e entender quais são as principais críticas.
00:18A gente está falando de um Estado que tem uma relevância grande no termo segurança pública, que é o Estado de São Paulo,
00:23e um outro que conseguiu implementar uma política de segurança pública que passou a ser bem reconhecida no país,
00:28que é o de Goiás, de Ronaldo Caiado.
00:31O quanto também essas opiniões trazem peso e mexeram ali com a sessão, hein, André Anelli? Conta tudo pra gente.
00:40Pois é, Evandro, são governadores de oposição ao governo federal, importante a gente destacar,
00:46e que ao longo de todo esse processo de apresentação da proposta de emenda à Constituição sobre segurança pública,
00:53já vinham se manifestando de forma contrária a esse texto e apenas reforçaram, então, toda essa contrariedade em relação ao tema.
01:03A gente começa destacando a fala do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas,
01:08que classificou como um presente às organizações criminosas todo esse conjunto de regras proposto pelo governo federal,
01:16que prevê como, por exemplo, a concentração de esforços, a padronização de ações e de processos junto à União,
01:26junto ao governo federal, o que, na avaliação de Tarcísio Gomes de Freitas,
01:31iria enfraquecer a autonomia dos Estados no combate à criminalidade.
01:36A gente percebeu logo de cara, Ronaldo Caiano, que a PEC era cosmética, que ela não resolveria os problemas.
01:46Porque, na verdade, simplesmente o que ela estava fazendo, deputado Mendonça Filho,
01:49era elevar ao Estado de emenda à Constituição aquilo que já está previsto na lei única,
01:55na lei do Sistema Único de Segurança Pública, a lei do SUSP.
01:59Isso significa que o Estado brasileiro está admitindo que a lei do SUSP não pegou, que a lei do SUSP fracassou.
02:08E aí, é um clássico no Brasil, se a lei do SUSP fracassou, eu tenho que levar isso ao Estado Constitucional
02:14para tentar dar envergadura, para tentar fazer pegar. Isso não faz o menor sentido.
02:21E, nessa mesma oportunidade, durante a Comissão Especial de Segurança Pública,
02:26o governador de Goiás, Ronaldo Caiano, que estava ao lado de Tarcísio Gomes de Freitas,
02:31reforçou essas críticas também sobre o ponto de vista da possível retirada de prerrogativas dos Estados.
02:40Essa emenda à Constituição, da maneira que ela veio do governo federal,
02:46é o maior presente para as facções criminosas.
02:49É um verdadeiro liberar as facções criminosas no Brasil, como ela foi redigida pelo governo federal.
02:59A expectativa é que o relatório do deputado federal Mendonça Filho
03:07seja apresentado nessa Comissão Especial da Segurança Pública
03:11na quinta-feira, ou seja, depois de amanhã.
03:15E, inclusive, para a imprensa,
03:18Mendonça Filho já antecipou alguns pontos desse relatório dele,
03:21desse parecer dele.
03:23Um dos pontos é justamente o que ele chama de um freio
03:25no CNJ, no Conselho Nacional de Justiça,
03:28que, nas palavras dele, não pode invadir prerrogativas do Congresso Nacional,
03:32no sentido de propor, então, resoluções
03:35que seriam, na verdade,
03:37uma prerrogativa dos legisladores,
03:40de fazer com que leis
03:42sejam, então, aplicadas
03:43no sentido de combater a criminalidade.
03:45O CNJ, nas palavras dele,
03:47não pode ter essa função,
03:49não pode sobrepor a função do Congresso Nacional,
03:52além, é claro,
03:53de, também, ele impor,
03:56nas palavras dele,
03:57um limite ao Conselho de Segurança,
03:59ao Conselho que debate segurança pública
04:01vinculado ao Ministério da Justiça,
04:04que passaria a ser apenas consultivo
04:06e não teria, também, o poder, então,
04:08de editar resoluções,
04:11de determinar
04:12algumas ações,
04:14justamente no sentido de não invadir, também,
04:16as prerrogativas do Congresso Nacional.
04:19Evandro.
04:19Valeu, André Anelli.
04:20Bom trabalho pra você.
04:21Gente, vamos retomar a conversa, então,
04:23sobre segurança pública
04:24e sobre as manifestações
04:25dos governadores de São Paulo e de Goiás
04:27que criticaram a proposta
04:29à PEC da Segurança Pública
04:30apresentada pelo governo federal.
04:32Pra refrescar a memória de todo mundo,
04:34eu vou chamar aqui
04:34as manifestações dos governadores
04:36e aí a gente ouve os nossos comentaristas.
04:39Vamos começar com o Tarcísio de Freitas.
04:40A gente percebeu logo de cara,
04:43Ronaldo Caiano,
04:44que a PEC era cosmética,
04:48que ela não resolveria os problemas.
04:50Porque, na verdade,
04:51simplesmente o que ela estava fazendo,
04:52deputado Mendonça Filho,
04:53era elevar ao status de emenda
04:55da Constituição
04:55aquilo que já está previsto
04:57na lei única,
04:59na lei do Sistema Único de Segurança Pública,
05:03a lei do SUSP.
05:04Isso significa que o Estado brasileiro
05:07está admitindo
05:07que a lei do SUSP não pegou,
05:10que a lei do SUSP fracassou.
05:12E aí, é um clássico no Brasil,
05:14se a lei do SUSP fracassou,
05:16eu tenho que levar isso
05:17ao Estado Constitucional
05:18pra tentar dar envergadura,
05:20pra tentar fazer pegar.
05:21Isso não faz o menor sentido.
05:22Romano, você entende que seria
05:24uma proposta cosmética,
05:26como menciona o governador de São Paulo?
05:27Não, eu entendo que a proposta
05:29poderia avançar muito mais,
05:31mas que tem aspectos
05:32que são importantes
05:33substanciais.
05:34Por exemplo,
05:35quando a gente fala
05:36da Operação Carbonoculto,
05:39que foi a operação
05:40que conseguiu
05:41chegar na Faria Lima
05:43e desbaratar fintechs
05:45que estavam sendo utilizadas
05:47pra lavagem de dinheiro
05:49do crime organizado,
05:51por que que essa operação se deu?
05:53Porque havia nela
05:54a participação decisiva
05:57da Receita Federal
05:58e de órgãos financeiros
06:00com toda a inteligência
06:02da operação.
06:03Mas sabe o que eu já ouvi
06:05de uma das funcionárias
06:08de carreira da Receita
06:09que participou diretamente
06:11dessa operação?
06:12Que durante a fiscalização
06:15da Receita
06:15é possível saber
06:17de vários outros casos
06:19que cheiram mal.
06:20Mas hoje,
06:21em função de como a lei
06:22está posta,
06:24a Receita não pode
06:25passar pro Ministério Público
06:27e dizer
06:27investiga isso aqui.
06:29A Receita só investiga
06:30quando provocada
06:31pelo Ministério Público.
06:33Ou seja,
06:34o que a gente precisa mudar
06:35e o que é que traz
06:36a PEC da Segurança?
06:38A incorporação
06:39dos órgãos
06:40de fiscalização financeira
06:42como parte
06:43do ecossistema
06:44da segurança.
06:46Isso está na PEC.
06:47Agora,
06:47é claro que poderíamos ter
06:49muito mais avanços
06:51a respeito,
06:52por exemplo,
06:52dos cumprimentos
06:53de pena,
06:54de como que nós temos
06:55a execução penal,
06:56toda a questão
06:57da farra,
06:59da porta giratória
07:00do crime,
07:01nada disso,
07:02de fato,
07:03foi tocado
07:03pelo texto trazido
07:04pelo governo.
07:05Mas não dá pra jogar fora
07:06o bebê com a água do banho.
07:08Fala, Zé Maria Trindade.
07:12Pois é,
07:13olha,
07:13eu tenho a impressão
07:14que está no caminho certo.
07:17Tem que discutir,
07:18inclusive,
07:18mudança constitucional.
07:20Eu estou convencido,
07:21e até por exemplos
07:22internacionais,
07:23como é o Salvador,
07:24para combater o crime
07:26organizado
07:28e tocar minimamente
07:30nos problemas
07:31da segurança pública,
07:32é preciso mexer
07:33na Constituição.
07:34Muitos deputados
07:35entendem que
07:36é impossível,
07:37porque precisava
07:38mexer,
07:39por exemplo,
07:40em direitos individuais,
07:41que são cláusulas pétreas
07:43da Constituição.
07:44É o caso
07:45de facções criminosas,
07:46há um entendimento geral
07:48de que é preciso
07:48um rigor tão grande
07:50que a Constituição
07:50não vai permitir.
07:52Mas, de qualquer maneira,
07:53eu não gosto
07:55como os governadores
07:56criticam
07:57sem apresentar
07:58sugestões.
08:00Essa PEC
08:01está nas mãos
08:02de um deputado
08:03que não é aliado,
08:04ele é de oposição,
08:05o deputado Mendonça Filho.
08:07E veja bem,
08:07ele tem convocado
08:08o governador,
08:09então era a hora
08:10dos governadores,
08:12inclusive os de direita,
08:14falarem não.
08:15Nós precisamos, sim,
08:16de mudanças
08:17na Constituição
08:18e as mudanças
08:19que nós propomos
08:20são estas,
08:21estas e estas.
08:22Por exemplo,
08:23essas críticas
08:24do Ronaldo Caiado
08:25são ao projeto antigo
08:27que foi,
08:28nem foi o que veio
08:29para o Congresso,
08:30mas o primeiro
08:31projeto do governo.
08:32O governo mudou
08:33para mandar ao Congresso
08:34exatamente diante
08:35das críticas,
08:36então era a hora
08:36de fazer uma crítica
08:38propositiva.
08:40Eu quero também,
08:41antes da gente continuar aqui,
08:42chamar o trechinho
08:43relacionado à fala
08:44do governador
08:46Ronaldo Caiado
08:46de Goiás.
08:47Vamos lá.
08:48Essa emenda
08:49à Constituição
08:50é,
08:52da maneira que ela
08:53veio do governo federal,
08:54é o maior presente
08:56para as facções
08:56criminosas.
08:58É um verdadeiro
09:00liberar
09:01as facções
09:02criminosas
09:03no Brasil,
09:05como ela foi
09:05redigida
09:06pelo governo federal.
09:08O Acácio Miranda,
09:09o governo federal
09:10proporia algo
09:11que seria um presente
09:12às facções criminosas
09:13quando se fala
09:14em PEC
09:15da segurança pública?
09:16Meu avô tinha um ditado
09:20que em casa que falta pão
09:21todo mundo briga
09:22e ninguém tem razão.
09:24A segurança pública
09:25é o grande problema
09:26do Brasil
09:26e seja a nível federal,
09:28seja a nível estadual,
09:30ninguém tem conseguido
09:32dar respostas efetivas
09:35e duradouras.
09:36Essa briga relacionada
09:38à PEC,
09:39ela está muito mais
09:40relacionada
09:41a um federalismo
09:42à brasileira.
09:43E por que federalismo
09:44à brasileira?
09:45O Brasil,
09:47por mais que seja
09:47uma república federativa,
09:50não tem força
09:51nos estados.
09:52Todos os poderes,
09:53ou pelo menos
09:54a maioria dos poderes,
09:56estão concentrados
09:57na União.
09:58a única exceção
10:00onde os estados
10:02têm força
10:03da segurança pública.
10:08Então,
10:08o grande...
10:09Acácio,
10:10retome,
10:11porque a gente perdeu
10:11um trechinho
10:12do que você estava dizendo.
10:13Vai lá.
10:15E o único aspecto,
10:17talvez,
10:18onde os estados
10:19tenham força
10:20efetivamente
10:21na nossa Constituição
10:22é no seu artigo
10:24cento e quarenta e quatro
10:25que fala
10:26da segurança pública.
10:27Portanto,
10:29essa briga
10:29relacionada
10:30à PEC,
10:32ela é uma briga
10:32de poder.
10:33Se a União
10:34trará para si
10:35os poderes
10:37dos estados
10:37ou se os estados
10:39vão manter
10:40pelo menos
10:41este poder.
10:42E quando nós
10:42lembramos que
10:43estamos às vésperas
10:44de um ano eleitoral,
10:46essa briga
10:46fica mais intensa.
10:48Fato é que
10:50o PL
10:51antifacção
10:52que vai
10:52para o Senado
10:53dá uma resposta
10:55muito mais
10:56efetiva
10:57que a PEC
10:58da segurança.
10:59E os governadores
11:01e a Presidência
11:02da República
11:03não perceberam
11:05isso
11:05ou não deixam
11:07que a população
11:08perceba.
11:10Repito,
11:11essa briga
11:11da PEC
11:12leva ao nada
11:13a lugar nenhum
11:14no fim do dia.
11:16Bruno Musa,
11:16tem um minutinho
11:17para você.
11:17Arremate.
11:19Bom, vamos lá.
11:19Minha grande crítica
11:20à PEC,
11:20eu gostei muito
11:21do que o Mano
11:22falou,
11:23não precisa jogar
11:24o bebê com a água
11:25fora,
11:25realmente.
11:26Eu acho que
11:26originalmente
11:27ela tinha coisas
11:27muito positivas,
11:28mas o meu grande
11:29ponto,
11:29que foi até
11:30o que eu li
11:30o script
11:31que eu fiz
11:32aqui para o pessoal
11:32que a gente tem
11:33um grupo de
11:33WhatsApp,
11:33que é justamente
11:34isso,
11:35é a centralização
11:35como um todo,
11:36a centralização
11:37da definição
11:37da política
11:38pública de segurança
11:40no governo.
11:41Eu acho que
11:42cada vez mais
11:42nós tínhamos que
11:43dar autonomia
11:44às polícias locais,
11:45por exemplo,
11:46a GCM
11:46ter autonomia
11:48de polícia
11:48ostensiva
11:49ali na sua
11:50própria região,
11:51copiando,
11:51por exemplo,
11:52as grandes
11:52práticas
11:52internacionais.
11:53Nos Estados Unidos,
11:54que funciona
11:55muitíssimo melhor,
11:56você tem as polícias
11:57dos condados,
11:58os counties
11:59chamados por lá.
12:00As políticas,
12:00as polícias,
12:01elas têm o poder
12:02sem entrar
12:03e extrapolar
12:05nos poderes
12:06das outras polícias
12:07aqui no Brasil,
12:07ela poderia fazer
12:08esse combate
12:09à criminalidade
12:10na maneira regional.
12:12É impossível
12:13você dizer
12:13que um combate
12:14ao crime
12:14organizado
12:15no dia a dia
12:16seja muito mais
12:17eficiente,
12:18centralizado
12:19na mão de poucos
12:20do que,
12:20obviamente,
12:21descentralizado
12:22aonde o problema
12:23de fato está.
12:24E é aí,
12:25para mim,
12:25onde reside
12:26o grande problema.
12:26O governo
12:27quer centralizar
12:28orçamento
12:29e controle
12:29em absolutamente
12:30tudo nele.
12:31E aí,
12:32perdemos eficiência.
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