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Líderes do Congresso romperam com a base de Lula, expondo fragilidades na articulação. No Visão Crítica, o analista eleitoral Wilson Pedroso traça um paralelo: o ex-ministro José Dirceu "peitava o Lula", mas a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, "não vai peitar o Lula".

Para ele, falta capacidade de articulação na base aliada, reforçando a máxima de que o "Centrão é poder" e dita o ritmo da governabilidade.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/EJY9M4xijUA

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Transcrição
00:00O que é fazer política com o Congresso, com o poder que o Congresso tem hoje,
00:04não é a mesma coisa do início desse século. Qual é a sua leitura?
00:08Não é o Lula que desaprendeu, porque não era o Lula que fazia essa relação junto com o Congresso.
00:13Era uma pessoa chamada José Dirceu.
00:16O governo 3 Lula não tem uma figura com capacidade de articulação com o Legislativo ou com o mundo político.
00:26Se você for olhar para o Planalto, quem é a Gleisi, Lindeberg e Farias, não se compara.
00:33As pessoas podem até não gostar da figura, mas não se comparam com a capacidade e inteligência do José Dirceu.
00:40E o José Dirceu tinha também uma questão muito importante, que era uma relação que ele acabava de alguma maneira,
00:49de forma respeitável, mas peitava o Lula.
00:51A Gleisi vai peitar o Lula, não vai peitar o Lula.
00:54O José Dirceu conseguia.
00:56E aí o Congresso olhava para ele e quando combinava algo,
01:00sabia que ele tinha capacidade de comandar o resto do governo e os outros ministérios
01:07cumprirem o que o José Dirceu tinha acordado.
01:12Hoje o Congresso olha, não vê o Lindeberg e Farias com essa capacidade,
01:17não vê o Jacques Wagner com essa capacidade,
01:19não vê a Gleisi Hoffmann com essa capacidade de articulação, de comando em cima dos ministérios.
01:27Por isso que ele falou uma coisa importante,
01:31o centrão, ele não é polarização, o centrão é poder.
01:35E a gente fica falando de Brasília, Congresso Nacional,
01:38o centrão é poder no governo dos estados, nas prefeituras.
01:42Me fala para mim quantos prefeitos o PT tem no país e quantos prefeitos tem o centrão.
01:48Quantos prefeitos o PL tem?
01:51Quantos prefeitos o centrão tem?
01:53Por isso que é muito fácil o presidente Hugo Mota excluir da base de articulação do Congresso
02:03esses dois partidos.
02:05Esses dois partidos, primeiro pela fragilidade do governo do presidente Lula,
02:10eu sou sócio de uma grande empresa de pesquisa nacional.
02:14Eu faço o trekking diário para um meio de comunicação, diário.
02:18Os números de ruim, péssimo do Lula, ele tinha melhorado,
02:22tinha dado aquele boom na época do Eduardo Bolsonaro,
02:26quando o Eduardo Bolsonaro saiu de vez da caixinha,
02:29e o Trump, com o tarifácio, o Lula tinha melhorado.
02:32Hoje, ele já está voltando aos números de pré-impeachment da presidente Dilma.
02:39Números que o presidente Fernando Henrique,
02:42por mais que tenha sido um presidente que é sempre bem lembrado,
02:46não teve problema com a justiça e tal,
02:48no segundo mandato ele teve problemas de imagem e não conseguiu reeleger.
02:52Não vamos colocar o porquê, mas não conseguiu fazer a eleição do presidente José Serra,
02:56do candidato José Serra.
02:58E são números idênticos que o presidente Lula tem hoje.
03:01Eu fiz uma postagem logo mais cedo.
03:04O meu sentimento político, ele vai até a cova, mas ele não pula.
03:11Ele aproveita.
03:12Quando é até maio?
03:14Fica até maio consumindo emenda, governo, fica consumindo.
03:19Mas, essa sinalização do Hugo Mota e do Alcolumbre,
03:24não é só uma falta de respeito, porque não me mandou um ofício,
03:29me avisou que o Messias via ofício que ele ia ser o presidente do Supremo.
03:34Eu acho que já é uma debandada,
03:38um cheiro de que o Lula, de alguma forma, não tem condições de reeleição,
03:42e já é um começo de uma despedida do Centrão com o presidente Lula.
03:50Cristiano Noronha, qual é a sua leitura?
03:54Você, em certo momento, falou uma expressão que se consagrou,
03:59originária, primeiro de um ensaio, depois de um livro, do Sérgio Abranches,
04:04o presidencialismo de coalizão.
04:06Mas a coalizão partia do pressuposto que havia um projeto de governo.
04:11E esse projeto do governo padecia, como padece no Brasil,
04:15pela especificidade do nosso sistema político,
04:18um presidente ser eleito lá com 60 milhões, 70 milhões de votos,
04:23mas o seu partido ter 10% da Câmara dos Deputados, 15%,
04:28quando muito, 20%, e olha lá, isso é raríssimo.
04:31Então, precisava, aquele programa que foi consagrado nas urnas do presidente da República,
04:38de alianças estabelecidas no Congresso Nacional, de uma coalizão.
04:42Uma coalizão, no sentido da ciência política,
04:45parte do pressuposto de uma aliança com base em um programa de governo.
04:51Bem, esse é um problema que nós, desde 2018, especialmente para cá,
04:56é difícil dizer que você tem, assim, um programa dos dois últimos presidentes,
05:01o que está preso agora e o que estava preso anteriormente, que é o atual presidente,
05:06no sentido de que você tem um, é difícil ter um projeto de país, um projeto nacional.
05:11Portanto, será que, nessa leitura, eu coloco você como pesquisador,
05:16é possível nós falarmos em presidencialismo de coalizão,
05:20naquele sentido clássico apresentado pelo Sérgio Abranches,
05:23hoje, quando, na verdade, é uma luta de interesse muito paroquiais
05:27das várias lideranças que antigamente tinha líder de partido.
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