Pular para o playerIr para o conteúdo principal
O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), defendeu que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), participe ativamente da reorganização da base do governo. Governistas avaliam que demissões de aliados, após derrotas como a da MP do IOF, podem irritar o Poder Legislativo.

Assista à íntegra:
https://youtube.com/live/xCrInYk-40g

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal Jovem Pan News no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#JornalJP

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00E a gente retorna ao Congresso Nacional depois dos indicados do Centrão serem demitidos do governo.
00:06Aliados defendem que o Planalto dedique os cargos ao presidente da Câmara, Hugo Mota.
00:12Repórter Vitória Bel, mais uma vez aqui com a gente.
00:14Como assim, Vitória? Como é que isso funcionaria na prática?
00:21Tiago, o que os líderes governistas estão defendendo junto ao Palácio do Planalto
00:26é que o presidente Hugo Mota participe ativamente da reorganização da base governista
00:32indicando quais deputados poderiam ser ali fiéis em uma nova base do governo.
00:39Dessa vez uma base do governo que tenha deputados de partidos de centro,
00:44mas deputados que sejam fiéis ao Planalto, que votem junto com o governo.
00:49Além dessa identificação para reorganizar a base,
00:52Hugo Mota, é claro, também poderia sugerir ao governo quais cargos cada deputado poderia ter,
00:59quais cargos poderiam ser indicados para cada deputado.
01:03E claro que em meio a essa sugestão dos governistas,
01:06também está uma sugestão de que parte dos cargos vá também para Hugo Mota,
01:11para indicações do presidente Hugo Mota,
01:13como forma de fortalecê-lo e também de que o Palácio do Planalto
01:18tenha a Hugo Mota como um aliado para pautar projetos de interesse do governo
01:24e também ter ali um aliado para tentar fazer com que esses projetos avancem dentro do plenário.
01:31A gente conversou ontem com o líder do MDB, Isnaldo Bulhões,
01:35e ele foi categórico em dizer que o Planalto precisa deixar de lado
01:40as relações que eles tinham com o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira,
01:45para investir num relacionamento com o presidente da Câmara atual, Hugo Mota,
01:51que Hugo Mota precisa participar dessa recomposição da base governista,
01:55e disse o seguinte, abre aspas,
01:57Lira é só um ex-presidente, fecha aspas, é o que ele disse para a gente.
02:02Então, portanto, hoje Lira tem inclusive cargos na Caixa Econômica Federal,
02:06o presidente da Caixa foi indicado por Lira, quando Lira estava na presidência da Câmara,
02:12Lira ajudou o governo a avançar com diversas pautas,
02:15como, por exemplo, projetos ligados à reforma tributária,
02:18que vai ser uma bandeira de campanha do presidente Lula,
02:22mas agora o que os governistas justificam é que Lira já não tem mais tanta influência
02:27como tinha antes, e que esse papel precisa ser agora do atual presidente da Câmara, Hugo Mota.
02:33O que os líderes governistas também pontuam,
02:36que essas demissões, que foram feitas no segundo e terceiro escalão,
02:39não teve nenhuma demissão de primeiro escalão,
02:42de presidente de autarquia, ou até mesmo de ministro,
02:45mas eles pontuam que essas demissões podem servir justamente
02:49para ou trazer os deputados que estavam sendo infiéis de volta,
02:55porque esses deputados pediriam novamente esses cargos
02:58que seriam importantes num contexto regional, estadual,
03:02para agradar determinadas bases eleitorais.
03:06Esses deputados, se voltando novamente para o Planalto,
03:10poderiam aí jurar a fidelidade,
03:12ou então os governistas defendem que o governo
03:15atraia novos deputados ali para a base governista,
03:19prometendo agora esses cargos que estão vagos,
03:22que estão aí abertos à contratação.
03:24O presidente Lula deve fazer essa reorganização
03:29até o final do ano,
03:31mas aí sob orientação da ministra das Relações Institucionais,
03:36Grace Hoffman,
03:37com a participação, é claro, muito provavelmente,
03:39do presidente da Câmara, Hugo Mota.
03:42O que a gente também pontua é o outro lado,
03:44dos líderes de centro,
03:46principalmente de integrantes,
03:48de lideranças de centro,
03:49não só os líderes dos dois partidos,
03:51mas lideranças, no geral,
03:53deputados importantes do União Brasil e do PP,
03:56porque eles disseram o seguinte,
03:58o governo, com essas demissões,
04:01está aproveitando esse momento de onda,
04:03de popularidade para enfrentar o centrão,
04:06sob aí uma certa ajuda da sociedade,
04:10mas os deputados que tiveram essas demissões aí nos seus estados
04:15podem ficar ainda mais irritados com o governo,
04:18e agora que eles não têm mais nenhum motivo
04:21para apoiar o Palácio do Planalto,
04:23aí é que eles não vão mesmo votar com o governo,
04:26seja qual for a pauta,
04:27mesmo que seja uma pauta que não seja polêmica.
04:31E o que eles também falam
04:33é que essas demissões podem atrapalhar,
04:36até mesmo nas costuras regionais,
04:39para as eleições do ano que vem,
04:40porque, mais uma vez,
04:41esses deputados que têm um certo protagonismo
04:44em seus estados,
04:46e eu cito aqui, por exemplo, o deputado Arthur Maia,
04:48do União Brasil,
04:49que tem uma grande representatividade na Bahia,
04:52perdeu os cargos que tinha na Codevasp,
04:54e acaba que, nesse contexto regional,
04:57pode atrapalhar uma aliança
04:58que, no caso, Arthur Maia
05:01ou demais deputados poderiam fazer
05:03com o presidente Lula
05:04para as eleições de 2026,
05:06nos seus redutos eleitorais,
05:08nos seus estados.
05:09Tiago.
05:09Um quadro complexo
05:11para o momento atual do governo,
05:13com as votações no Congresso,
05:14e já pensando em 2026.
05:16Os bastidores com Vitória Bel,
05:18falando com a gente direto do Senado.
05:20A gente volta a se falar.
05:22Dora Kramer,
05:23essa estratégia do governo
05:24de tentar agradar,
05:26o máximo possível,
05:27o presidente da Câmara,
05:29e talvez deixando o Centrão um pouco de lado,
05:32com essas demissões recentes
05:33do terceiro escalão,
05:34como a Vitória traz aqui,
05:36é uma estratégia correta?
05:38Ela pode dar algum tipo de resultado, Dora?
05:41A coisa é confusa, né?
05:43Porque é um fisiologismo sem filtro, né?
05:47A gente está vendo o princípio
05:49até do governo, digamos assim,
05:52premiar quem vota com ele,
05:54porque quem tem o bônus do governo
05:56tem que ter também o ônus.
05:58E os partidos, até agora,
06:00que viviam esse casamento aberto
06:01com o governo federal,
06:04só queriam o bônus.
06:06Ok, mas a maneira
06:08de se solucionar isso
06:10é completamente
06:11fisiológica,
06:13é completamente Roberto Cardoso Alves,
06:15é dano que se recebe.
06:17Então, isso que me surpreende,
06:19por isso que eu chamei
06:19de fisiologismo sem filtro.
06:21Mas, enfim,
06:22o que o governo quer fazer
06:24é concentrar no Hugo Mota,
06:27porque aí tem um canal
06:29de negociação.
06:30O Hugo Mota aí ficaria com poderes,
06:33poderes que ele não tem hoje,
06:34poderes que já teve o Arthur Lira.
06:37Só que o Hugo Mota não é Arthur Lira,
06:40não é só concentração de poder
06:42que faz a autoridade do presidente da Câmara.
06:45É bom que a gente note isso.
06:47Mas é isso que o governo quer fazer.
06:49Agora, o Hugo Mota,
06:51a gente viu como é que ele reage
06:52diante da pressão do colegiado.
06:55Ele cede.
06:56Então, o governo aí tem a tal
06:59da faca de dois gumes.
07:02Concentra no Hugo Mota,
07:03faz uma negociação,
07:05mas o Hugo Mota será capaz
07:07de impor a sua autoridade
07:09para conseguir controlar o colegiado,
07:12como fazia Arthur Lira?
07:14Essa é que é a questão.
07:15E aí fica a dúvida.
07:17Algum caminho o governo precisava adotar.
07:20E certamente o do confronto
07:23não vai levar a um bom termo.
07:26Então, você vê que...
07:27Por isso que eu chamo de confuso.
07:29Tem troca-troca de um lado,
07:31concentração do Hugo Mota do outro,
07:33agressão do presidente da República
07:36ao Congresso do outro.
07:37Então, é uma coisa que fica,
07:39como sempre, completamente desarticulada.
07:42Eu não vejo uma linha
07:43e, por isso, eu não vejo uma articulação.
07:46Há uma aproximação, não é, Kobayashi,
07:48entre o presidente Lula e o deputado Hugo Mota.
07:51Recentemente, o presidente da Câmara
07:52chegou a falar que o Lula
07:53estaria caminhando para mais uma eleição.
07:57Sim, Tiago, mas a gente precisa entender
07:59em que contexto esse tipo de manifestação
08:00é feita também,
08:01se atentando agradar,
08:02tentando conquistar o espaço,
08:04se vendo ali essa dificuldade
08:06que o Hugo Mota tem de se posicionar.
08:09Aliás, a gente viu no começo do jornal
08:10o presidente falando na cara do Hugo Mota
08:13de que o Congresso nunca teve um nível tão baixo.
08:15Eu tenho minhas dúvidas
08:16se o presidente diria isso
08:17na cara do Arthur Lira, por exemplo.
08:19Isso diz muito sobre qual é a força
08:21que tem o Hugo Mota nessa situação.
08:23Ele é o presidente da Câmara,
08:25mas os cargos indicados
08:26são ainda do ex-presidente.
08:28A gente viu há pouco tempo
08:29a oposição sentando na cadeira do Hugo Mota
08:31e, dali, não saindo,
08:33gerou, inclusive, esse processo aí
08:34no Conselho de Ética.
08:36Será que alguém faria isso
08:37na cadeira do Arthur Lira?
08:39Isso diz muito sobre a força
08:40de um presidente
08:41da Câmara dos Deputados.
08:44e é uma briga por espaço,
08:46só que isso não é simplesmente
08:48a carteirada do cargo que resolve.
08:51Isso precisa de demonstração de força,
08:53de influência, de pressão,
08:56que no Congresso Nacional
08:57isso tem sido mais bem feito
08:58pelo Davi Alcolumbre.
09:00Foi presidente lá atrás,
09:01enquanto o Pacheco foi presidente
09:03do Congresso por duas gestões,
09:05ele esteve em um segundo cargo
09:07muito importante,
09:07que é o da CCJ,
09:08voltou à presidência.
09:09Então, parece que o Hugo Mota
09:11tem a aprender,
09:12independente de qualquer juiz de valor,
09:14sobre essas condutas,
09:15mas tem a aprender em relação
09:16à demonstração de força,
09:18ocupação dos passos,
09:19tanto com o presidente do Senado
09:20quanto com o seu antecessor,
09:22o presidente Arthur Lira.
09:24E isso vai, naturalmente,
09:26ditando os passos,
09:27os próximos passos da sua gestão.
09:30Lembrando que só dois anos
09:31de gestão à frente da Câmara dos Deputados,
09:33o primeiro ano, pelo menos,
09:34já está quase no fim,
09:36e logo mais temos aí
09:37a segunda metade,
09:38vamos ver se algo muda
09:39na gestão de Hugo Mota.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado