Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Mariana Almeida detalhou os mais de 200 produtos brasileiros que perderam a tarifa de 40% nos EUA após o recuo de Donald Trump. A análise destacou impactos em carne bovina, frutas, café e pescado, explicando como a competitividade brasileira volta a crescer no mercado americano.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00E agora chegou a hora de detalhar aquela lista dos produtos que ficaram isentos das tarifas de 40%, Mariana Almeida.
00:08É uma lista de um pouco mais de 200 produtos, nós vamos, claro, colocar alguns aqui.
00:13Então, dentro desta medida, deste recuo de Donald Trump de retirar a sobretaxa aos produtos brasileiros,
00:20a medida que foi anunciada em julho, nós temos aqui listas, né?
00:24Carne bovina, carne bovina e derivados.
00:27Por que também? Porque o preço da carne bovina nos Estados Unidos começou a aumentar significativamente.
00:33Chegou a subir um pouquinho mais ali de 12% e aí Donald Trump sofreu a pressão, inclusive, dos consumidores.
00:44Então, carne bovina entrou também nessa lista dessa sobretaxa retirada, né, Mariana Almeida?
00:50O hambúrguer americano estava mais caro, né, Klein?
00:51Aí as pessoas acabam criticando e aí isso vai tendo algum efeito.
00:56Com certeza a carne foi afetada.
00:59Importante dizer aqui porque eles são produtores também de carne, né?
01:02E no Brasil, curiosamente, o efeito teve um efeito, obviamente, mas o Brasil conseguiu também expandir a sua produção para outros mercados.
01:10O Brasil é um líder internacional em relação à carne bovina, né?
01:13E os Estados Unidos também é um grande exportador.
01:16Você pensa, por que não teve só uma relocalização direta da produção?
01:21Porque tem construção também de relações, tem adaptação de produto.
01:24Tem cortes, né?
01:25Tem cortes, exato.
01:26Muitos cortes que vão para os Estados Unidos não vão para outros países, né?
01:29Não tem a mesma aceitação.
01:30Pois é, mas esse cara chama muita atenção em relação a essa tese mais geral do Trump, que é isso.
01:34Coloca a tarifa, tira o produto de lá e vamos comer o produto de cá, né?
01:37Assim, vamos fazer o nosso.
01:39Produto americano em primeiro lugar.
01:40Não foi isso que aconteceu nos Estados Unidos, tá?
01:42Adaptação ao mercado não é tão simples.
01:44Você não simplesmente pega a produção local, tira de para quem você está vendendo, como se não houvesse também relação estabelecida lá,
01:50e reposiciona para o mercado interno.
01:52Então, carne, aqui no topo dessa lista, e nos lembrando de que a lógica de Donald Trump também não é tão, assim, nítida e tão fácil de ser implementada.
02:02É, aí a gente tem hortaliças e raízes, frutas e derivados.
02:05Aqui é importante falar que também manga, né? O abacaxi, bebidas, bebidas.
02:11Aqui o suco de laranja que causou ali uma polêmica, inclusive uma importadora americana, a Johannes Food,
02:16entrou com uma ação na justiça norte-americana por causa do tarifácio,
02:20até porque a maior parte do suco de laranja consumida nos Estados Unidos vem do Brasil.
02:26Especiarias e condimentos, cacau e derivados e produtos processados.
02:30Eu colocaria também nessa lista o pescado, o pescado, porque a indústria de pescado estava muito preocupada,
02:36chegou a pedir até um financiamento emergencial para o governo brasileiro de 900 milhões de reais,
02:42porque foi uma das que mais sofreram aí com esse tarifácio, né, Mariano Almeida?
02:47Porque para o pescado, para a indústria de pescado, o mercado americano representava uma parcela muito substancial
02:52total das exportações. Se eu não me engano, algo com 70%.
02:55Então, para você conseguir, e aí era uma indústria, inclusive, que se constituiu baseada e adaptada na exportação
03:02para o mercado americano. Alguns pescados mais de lagostas, alguns pescados que é difícil você relocalizar,
03:09além de outros que aí sim tem um pouco mais de concorrência e se perderam mesmo espaços ali.
03:14Vamos ver se a abertura, inclusive, permite um reposicionamento rápido com os antigos importadores.
03:20Vale acrescentar o café também, né?
03:22Claro, eu ia falar isso. Vale acrescentar o café. E vale dizer o seguinte, o café mais produzido pelo Brasil
03:28é o tipo arábica, que é praticamente o mesmo que é mais produzido pela Colômbia.
03:33Antes da retirada dessa sobretaxa, o café da Colômbia praticamente era zerado de tarifa.
03:40Então, o Brasil perdeu totalmente a competitividade. Os Estados Unidos passaram a importar mais o café colombiano
03:46em detrimento do brasileiro, porque acabou ficando mais caro lá para o importador.
03:49Então, a gente perdeu praticamente todo esse mercado e a Colômbia deu uma aumentada.
03:54Agora, a gente volta para o jogo em pé de igualdade, porque tira a tarifa.
04:00E aí, o mesmo tipo de café, arábica contra arábica, você consegue colocar ali o seu produto
04:05mais em destaque, até porque o norte-americano gosta muito do paladar do café arábica brasileiro.
04:11Por exemplo, é diferente do café do Vietnã, que é de um outro tipo.
04:15Então, não tinha muita concorrência, porque a tarifa sobre o café do Vietnã era muito mais baixa,
04:20era de 20%, a gente estava com 50%. Mas não dá para competir, porque é outro tipo.
04:24Mas já o da Colômbia, a gente tinha perdido muito espaço, não é realmente.
04:27Sem dúvida. E assim, a única questão adicional, e aí por isso também uma aceleração em relação a...
04:33Isso contribuiu para a redução do tarifácio.
04:35Mesmo que substituindo o volume de produção do café colombiano, também não dava conta de alcançar
04:41o mercado americano, substituindo plenamente o café brasileiro no mesmo patamar de preço.
04:46Então, assim, os colombianos também entraram, como tem restrição de oferta ali,
04:50porque não se produz café. Ah, quero produzir mais, e você estala o dedo...
04:54Um dia para a noite não é por aí.
04:56Exatamente. O café aqui em diversas regiões do mundo sofre também com mudanças,
04:59com as mudanças climáticas e necessidade de aproveitamento maior de tecnologias adicionais
05:04para ter produtividade. Então, assim, não falou, vamos só substituir.
05:08E aí, o cafezinho chegou não tão adequado ao paladar e, além disso, mais caro.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado