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Em entrevista à CNBC, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que produtos que não são cultivados em solo americano, como café, manga e cacau, podem receber tarifa zero. A fala, inesperada durante uma pergunta sobre big techs, pode abrir espaço para negociação entre Brasil e EUA. Especialistas veem sinalização positiva para o agronegócio brasileiro, especialmente para estados como Bahia, grande exportador de manga e cacau. Acompanhe a análise de Felipe Machado.

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Transcrição
00:00E agora nós vamos rever um trecho da entrevista do secretário de comércio norte-americano, Howard Lutnick,
00:06em que ele diz que produtos não cultivados nos Estados Unidos podem ter tarifa zero e citou café e manga, por exemplo.
00:14Então a gente vai acompanhar esse trecho da entrevista que ele deu para a CNBC Internacional. Vamos acompanhar?
00:20O Jornalista fez uma questão, Eric, perguntando sobre a relação entre as big techs americanas e a Europa,
00:35porque a Europa aplica tarifas, a legislação ali é uma legislação mais rígida em relação às big techs americanas,
00:45muitos processos, muitos processos de acusações de monopólio, por exemplo.
00:53Então ele pergunta exatamente isso para o Howard Lutnick.
00:55Eu não vou dizer que nós vamos baixar as taxas, mas para recursos naturais,
01:03se você cresce alguma coisa, planta alguma coisa e os Estados Unidos não plantam,
01:11por exemplo, manga ou abacaxi, eles podem vir sem tarifa para os Estados Unidos,
01:19agora citou cacau e café.
01:31Esses produtos que são produzidos em outros países e não na Europa, por exemplo,
01:37e não nos Estados Unidos, eles podem vir com tarifa zerada.
01:40Há outras taxas que podem ser faladas, serviços digitais e outros, alumínio e aço,
01:57que eles gostariam de baixar as tarifas, que não estão incluídas nesse acordo.
02:00Os Estados Unidos exportam para a Europa sem tarifa e a Europa tarifa os Estados Unidos.
02:10Então é isso, que Howard Lutnick disse que se eles cultivam alguma coisa, como você disse lá traduzindo,
02:17que a gente não cultiva aqui, então vai para zero.
02:19Então falou de abacaxi, falou de manga, podem vir sem tarifas também café e cacau,
02:24que são outros exemplos de recursos naturais.
02:27E aí, Felipe Machado, por exemplo, o café brasileiro representa 35% de market share lá nos Estados Unidos.
02:36Então é um produto importante lá para os norte-americanos, não só pelo consumo,
02:41mas também pela quantidade de exportação.
02:44E em relação à manga, é uma sinalização positiva, porque 3 mil containers de manga
02:51poderiam ficar sem destino diante desses tarifatos.
02:54Só na Bahia, por exemplo, poderia se perder 50 toneladas de manga com a ameaça desse tarifato.
03:02Não, Eric, assim, do certo forma, embora ele não tenha citado explicitamente o Brasil,
03:07ele estava falando em relação à Europa, né?
03:08O jornalista perguntou sobre tarifas em relação à big tax e tudo mais,
03:14e o Lutnik falou especificamente de produtos, ele falou de recursos naturais,
03:18produtos europeus, ele citou café, manga, mas assim, na verdade eu achei curioso,
03:24porque na verdade a Europa não exporta café.
03:26Não exporta café, é isso, né? E nem manga, né?
03:27Para os Estados Unidos, nem manga.
03:28Nem manga.
03:29Então, não sei se isso foi um recado ou não, mas enfim,
03:32foi uma fala curiosa do secretário do Comércio,
03:34que pode ser inclusive até utilizada pelos próprios negociadores brasileiros, né?
03:38Eles podem citar essa fala para trazer esse assunto à mesa.
03:41E não deixa de ser uma sinalização, né?
03:43É isso que você falou, levar à mesa.
03:45Falar, olha, Howard Lutnik sinalizou que alguns recursos naturais,
03:49que os Estados Unidos, né, presidente Trump,
03:51vocês não plantam, a gente pode fazer uma tarifa zero
03:55e colocar tarifas em outros produtos.
03:58Quer dizer, é um poder de barganha também que o Brasil poderia ter,
04:00e alguns produtos de necessidade, não diria primeira necessidade,
04:04mas uma necessidade que o povo norte-americano,
04:08o cidadão norte-americano, ele demanda,
04:10que é o café, por exemplo, a manga, a fruta,
04:12é muito consumida lá também.
04:14E na questão do suco de laranja, o Lutnik não citou exatamente isso,
04:17mas, de uma forma geral, as frutas de qualidade,
04:20inclusive, que são muito benquistas lá nos Estados Unidos,
04:24e que o Brasil acaba exportando,
04:26e aí sim poderia ser uma sinalização para os exportadores desse setor, né, presidente?
04:29Exatamente.
04:29Eric, o que me chamou mais atenção, né,
04:31que eu acho que é importante a gente prestar atenção aqui,
04:33é o seguinte, ele está dando uma entrevista
04:35para um jornalista da CNBC Internacional,
04:38CNBC dos Estados Unidos,
04:40onde ele é perguntado sobre a questão das big techs.
04:42Então, o jornalista perguntou sobre as big techs na Europa,
04:47elas têm uma legislação mais rígida,
04:49tem o Digital Services Act,
04:52que é uma lei bastante rígida na Europa,
04:54que visa a taxação ali de empresas americanas,
04:58a regulamentação contra o monopólio,
05:00enfim, diante de uma pergunta dessa,
05:04o mais natural seria que o Lutnick falasse das big techs,
05:07falasse da questão específica da legislação e tudo mais.
05:10Ele optou por responder em relação a recursos naturais da Europa
05:15ou de outros países, né,
05:18podemos interpretar como for.
05:20Mas ele começou a falar disso,
05:21daí já logo falou,
05:22falou de manga, falou de abacaxi.
05:25Não tem nada a ver com big tech, né?
05:26Não tem muito a ver.
05:27E depois citou café e cacau.
05:29Produtos que não são produzidos nos Estados Unidos,
05:31mas são produzidos em outros países,
05:33poderiam entrar nos Estados Unidos com tarifa zero.
05:37Eu só coloco essa, chama atenção para esse ponto,
05:39porque ele saiu muito da questão, né?
05:42Ele saiu muito da questão,
05:43ele foi para uma outra área
05:44e citou, por exemplo, produtos.
05:46O abacaxi, eu não tenho certeza,
05:48podemos até dar uma pesquisada se o Brasil exporta para os Estados Unidos.
05:51Mas manga, com certeza, sim.
05:52E o café.
05:53Até você citou o caso das mangas que estariam apodrecendo.
05:56O café e o cacau também.
05:57Principalmente o cacau produzido na Bahia,
05:59na região ali da Bahia.
06:01Então, entre as frutas exportadas para os Estados Unidos,
06:06a manga é top one.
06:08É a primeira mais exportada.
06:10Eu não estou falando do suco, tá?
06:11Estou falando da fruta.
06:12O suco seria a laranja.
06:12O suco seria a laranja.
06:13Da fruta in natura, né?
06:16A manga é a mais exportada para os Estados Unidos.
06:19Então, curioso que o Lutnik resolveu,
06:21numa resposta a respeito de tecnologia
06:23ou de tarifas em relação à Europa,
06:26era uma pergunta específica para a Europa,
06:28ele trouxe a questão das frutas
06:29e citou alguns outros produtos como café e cacau,
06:32que teriam uma tarifa zero se,
06:35como os Estados Unidos não produzem,
06:37elas, vindo de países que produziam,
06:39poderiam ter tarifa zero.
06:40Então, aí eles me usam...
06:41Tem um abacaxi para descascar, nesse caso.
06:43Exatamente.
06:44Agora, ele entra num detalhe
06:47que não chegou a ser citado
06:48em nenhum momento por Donald Trump
06:51ou por outra negociação.
06:52Por quê?
06:53Porque as negociações,
06:54toda essa questão das tarifas,
06:56elas são justamente...
06:57Quando elas são mencionadas
06:59pelo governo americano,
07:00elas são mencionadas em relação aos países.
07:02E dificilmente elas são relacionadas
07:04a produtos específicos.
07:05Claro, no caso do alumínio,
07:06no caso do ferro,
07:07são produtos específicos,
07:08mas estamos falando de uma outra cadeia.
07:10Uma commodity específica
07:12e que é importante para uma outra,
07:14como você disse,
07:14uma outra cadeia,
07:15que serve para automóveis,
07:17por exemplo...
07:18Siderurgia, enfim.
07:19Siderurgia.
07:20Indústria automobilística.
07:21Ele poderia ter falado de frutas
07:22de uma forma geral.
07:23Exatamente.
07:24Mas ele citou alguns produtos específicos
07:26que são relacionados ao Brasil.
07:30São manga, café e cacau.
07:32Cacau, os Estados Unidos compram café,
07:35os Estados Unidos compram do Brasil.
07:37Então, citar café numa resposta
07:38que não tinha nada a ver,
07:40eu acho que pode ser um bom caminho
07:41até para os próprios negociadores brasileiros.
07:42A grande pergunta é,
07:43será que ele conversou isso com o dono de Trump
07:45e trouxe, de repente, nessa entrevista?
07:47Porque Trump estava lá na Escócia,
07:50junto com o Lutnik,
07:52na negociação ali,
07:53alinhando aqueles acordos com o Reino Unido,
07:55o acordo que foi feito...
07:56Com a União Europeia.
07:56Desculpa, com a União Europeia
07:58e também com o Reino Unido,
07:59que eles se encontraram com o Keir Starmer,
08:01lá na Escócia,
08:02fazendo os últimos ajustes aí neste acordo.
08:05De repente, foi uma conversa
08:06e ele acabou trazendo ali para essa entrevista
08:08da CNBC Internacional.
08:10Com certeza, mas isso eu acho
08:12que é uma notícia positiva,
08:14nessa questão tão complexa
08:18que a gente está acompanhando
08:19em relação ao tarifácio do Donald Trump
08:20ao Brasil.
08:22Ter o secretário do Comércio americano
08:24trazendo uma possibilidade
08:26de que o café, a manga, o cacau,
08:29produtos que são ligados intimamente
08:31à relação dos Estados Unidos com o Brasil,
08:33trazendo essa possibilidade aqui,
08:35eu acho que pode ser até um norte
08:37para os negociadores brasileiros
08:39levarem para a mesa de negociação
08:41e falar assim, olha,
08:41o secretário de Comércio
08:43já externou a possibilidade
08:45de produtos que não são produzidos
08:47nos Estados Unidos,
08:48não são plantados nos Estados Unidos,
08:49terem tarifa zero.
08:50Como é que podemos negociar?
08:51Como é que podemos levar isso para frente?
08:53Então, toda essa confusão,
08:56como cada detalhe,
08:57a gente está prestando muita atenção aqui
08:59porque é muito importante
08:59para a economia brasileira,
09:01então isso é um detalhe
09:02que pode ser um detalhe positivo
09:04em meio a toda essa confusão tarifária
09:06provocada por Donald Trump.
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