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O diretor executivo da Citrus BR, Ibiapaba Netto, explicou como o fim das tarifas recíprocas nos Estados Unidos beneficia a indústria do suco de laranja. Com a tarifa de 40% eliminada, a cadeia produtiva nacional tem espaço para aumentar exportações e renda, aproveitando uma safra favorável e oportunidades de diversificação de mercados.

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Transcrição
00:00Estou de volta, a gente vai falar agora de tarifas, o melhor do fim das tarifas recíprocas em alguns casos.
00:06Por aqui, beneficiou principalmente a indústria do suco de laranja.
00:11Sobre esse assunto, eu converso com o Ibiapaba Neto, diretor executivo da Citrus BR,
00:16que é a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos.
00:20Ibiapaba, boa noite, obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:24Vamos começar entendendo exatamente qual é a situação de vocês hoje,
00:28qual é a tarifa que vocês pagam nesse momento no suco de laranja.
00:32Boa noite, Cristiane, é um prazer estar com vocês aqui.
00:36Bem, felizmente, por enquanto, pelo menos no setor do suco de laranja,
00:41as tarifas recíprocas, aquelas que foram iniciadas no chamado Liberation Day do governo Trump,
00:49que inicialmente começaram em 10%, depois foram para 40%.
00:52No nosso caso, no setor do suco de laranja, nós ficamos fora dessa tarifa adicional de 40%,
00:58e ao longo desse período, a gente veio pagando essa tarifa adicional de 10%.
01:04E agora essa tarifa foi removida.
01:07E como que fica a situação?
01:09Fica como tem sido nas últimas décadas na exportação de suco de laranja do Brasil para os Estados Unidos.
01:14A gente paga uma tarifa fixa de 415 dólares por tonelada de suco concentrado equivalente.
01:24O que isso significa?
01:25Bem, depende um pouco do preço.
01:26Se o preço está um pouco mais alto, o valor ad valorem vai ser um pouco menor, proporcional,
01:31e quando o valor está um pouco mais baixo, essa tarifa acaba ficando um pouco mais salgada.
01:35O que acontece com tudo que foi embarcado para os Estados Unidos
01:39enquanto essa sobretaxa estava acontecendo?
01:43Bem, agora a gente tem que esperar como é que vão ficar essas regras.
01:51Inicialmente, houve até notícia de que uma parte dessa tarifa poderia ser reembolsada,
01:56mas a gente tem que olhar para frente, Cristiano.
01:57O importante é que isso é um pedaço da renda do exportador brasileiro
02:04que remunera toda a cadeia, e a gente está falando de indústria,
02:08a gente está falando de produtores de laranja, a gente está falando de trabalhadores,
02:11todo mundo que está debaixo desse enorme guarda-chuva que a cadeia é exportadora de suco de laranja
02:16tem uma parte, tinha uma parte da sua receita que era levada embora e ia para o governo americano.
02:22Agora, felizmente, isso para de acontecer num momento muito propício.
02:27A gente tem visto os preços de suco de laranja caírem no mercado internacional
02:30devido a uma oferta um pouco maior de fruta aqui no Brasil e também uma demanda um pouco mais fraca na Europa.
02:36Então, sem sobrar de dúvida, olhando para frente, essa redução tarifária vem em um ótimo momento.
02:42Mas qual foi o impacto? Ele foi muito forte no setor durante esse período?
02:46O impacto é na renda. A gente não deixa de exportar por causa disso.
02:54O suco de laranja, infelizmente, ele é bastante competitivo.
02:56Então, os embarques, eles aconteceram normalmente.
03:00A gente teve até, vamos dizer assim, uma certa sorte,
03:04porque a safra brasileira esse ano atrasou um pouco.
03:07Então, em comparação com outros anos, ali para começo de julho,
03:12os embarques, eles já deveriam estar começando a pegar um pouco de misturação,
03:16mas por conta de um período um pouco mais frio durante o outono,
03:21isso fez com que a maturação das frutas fosse um pouco mais tardia,
03:25isso atrasou um pouco a colheita, atrasou o processamento e atrasou um pouco os embarques.
03:29Então, no final das contas, assim, a gente tem ainda um bom período
03:34para exportar para os Estados Unidos nesta safra, que é a safra 2025, 2026.
03:39Ela começa em 1º de julho e termina em 30 de junho do ano que vem.
03:43Então, tem bastante coisa para acontecer ainda.
03:45Então, daqui para frente, pelo menos, essa tarifa não vai ser mais cobrada.
03:50E quanto à importância de diversificar mercados?
03:53Como é que a Citrus BR tem trabalhado nisso?
03:56Vocês foram atrás de outros países durante esse período?
04:00Bem, a luta por diversificação de mercado,
04:03ela independe do que acontece no mercado americano.
04:06Isso é um trabalho da gente aqui, é diário, essa procura por novos mercados.
04:11Nós temos alguns trabalhos de melhoria de tarifa, principalmente,
04:15chega a ser irônico, mas o grande obstáculo para o aumento da exportação
04:20de suco de laranja para outros mercados são tarifas que são impostas por outros países.
04:25A gente pode dar aqui alguns exemplos.
04:27A tarifa da Índia é uma tarifa muito alta, uma tarifa de 30%,
04:30que somado aos impostos internos, o valor na gôndola chega a um sobrepreço de 42%.
04:39Quando a gente olha para a Coreia do Sul, essa tarifa é de 54% sobre o valor do produto.
04:46Recentemente, conseguimos abrir uma cota de 10 mil toneladas,
04:50de 6 mil toneladas, desculpa,
04:52a uma tarifa de 10% que melhora significativamente o acesso.
04:57Temos também uma discussão com a China para a equalização tarifária,
05:02numa tarifa de 7,5% em relação a outras tarifas que existem lá de 30%,
05:07que prejudicam um pouco a logística do suco de laranja.
05:10Então, isso é um trabalho que a gente faz diariamente aqui já há muitos anos,
05:14independentemente do comportamento do governo americano.
05:17Agora, qual que é o problema?
05:19O mercado americano, Cristiane, ele é gigantesco.
05:23E você tem uma estrutura instalada lá que você não vai achar em outro mercado.
05:27Então, só para a gente ter uma ideia, o mercado de suco de laranja é muito baseado em logística.
05:33Então, os navios são navios dedicados, que se parecem com um petroleiro,
05:39que ele sai de um terminal que é próprio aqui no Brasil,
05:41ele chega num terminal que é próprio nos Estados Unidos,
05:45esse suco é desembarcado, depois você tem empresas com linhas de envase,
05:50de distribuição, contrato com varejo.
05:53Ou seja, ela é uma indústria muito grande, muito robusta,
05:57e que você não constrói de um dia para o outro.
06:00Então, de certa forma, para o bem e para o mal,
06:02a gente está casado com o mercado americano,
06:06sem prejuízo, claro, que a gente procure outras alternativas mundo afora.
06:12Muito obrigada.
06:13Prazer conversar com você e com boa notícia.
06:16Isso é muito bom.
06:18Obrigada, boa noite.
06:20Boa noite, prazer em todos nós.
06:21Obrigada.
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