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As mudanças nos cartões de benefício foram analisadas por Hugo Garbe, economista e fundador da Wallet Holding, que explicou efeitos do novo teto de 3,6%, da interoperabilidade e da disputa entre operadoras e lojistas. Um resumo claro do impacto direto no consumidor.

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Transcrição
00:00E nós vamos seguir aqui no jornal porque o nosso assunto agora são as mudanças nas regras dos cartões de benefícios.
00:06O presidente Lula editou um decreto que impõe um teto de 3,6% para as taxas cobradas por operadoras de vale alimentação e refeição.
00:14Além de fixar em 15 dias o limite de repasse do dinheiro ao lojista.
00:19A medida, muito apoiada por supermercadistas, gerou revolta entre as empresas que operam os tickets.
00:26Para comentar esse assunto eu recebo agora o Hugo Garbi, economista e fundador da Wallet Holding.
00:32Hugo, muito boa tarde para você. Obrigado pela entrevista, obrigado por estar aqui conosco.
00:37Antes de qualquer pergunta eu queria ouvir como você avalia essa iniciativa do governo.
00:45Boa tarde novamente.
00:47Boa tarde, obrigado mais uma vez pelo convite. É um prazer estar aqui com vocês.
00:51De fato, é uma boa iniciativa. Eu acredito que é uma boa iniciativa do governo porque em termos, quando a gente analisa o mercado de alimentação no Brasil,
01:02esse percentual que é cobrado pelas operadoras de vale alimentação e que é repassado aos restaurantes, é um custo de transação muito alto.
01:13A gente está falando no mercado geralmente varejista que é bastante, tem uma margem de lucro bastante apertada, 3%, 4%, 5%, 6% acaba fazendo muita diferença no resultado de determinado negócio.
01:30Então, quando você, até alguns estabelecimentos deixaram de aceitar vale alimentação porque a taxa de juros, ela acabava comprimindo muito a margem bruta daquela loja, daquele restaurante e acabava, ele preferia, optava por não aceitar.
01:53Então, de fato, é uma boa iniciativa e tende, no médio e longo prazo, a ter uma maior aderência dos restaurantes no Brasil.
02:04Agora, algumas empresas de cartões dizem que a limitação dessa taxa pode sufocar as empresas menores e até concentrar mais esse mercado que já é bastante concentrado.
02:15Como é que você avalia essa tese que tem sido apresentada?
02:19Eu não acredito. Eu acho que nós temos até algumas fintechs que já estão operando nesse mercado.
02:28De forma geral, antes, se a gente for analisar, há cinco anos nós tínhamos duas ou três grandes empresas que operavam nesse mercado.
02:35Agora, a quantidade de empresas, de players de ação ali já passa dos dez grandes empresas que operam aqui no Brasil.
02:44acaba beneficiando o consumidor final, o restaurante e eu não acredito que uma taxa de 3%, 3,5% é uma taxa significativa para que a empresa que está operando nesse mercado consiga se manter.
03:00Aí é uma questão endógena, uma questão interna de cada operadora de manter a sua planilha de custos em dia.
03:06Mas é uma boa remuneração.
03:09A partir disso, a partir de 3,5%, 4%, 5%, é uma taxa que chega ao ponto ali do abuso.
03:17A gente tem que lembrar que a taxa de juros básica no Brasil, apesar de não ser um parâmetro para esse mercado,
03:23a gente está falando de taxa básica de 15% e já é muito alta.
03:273,5% por transação é uma boa remuneração para esses operadores.
03:32Na verdade, com esse estabelecimento de um teto, aquele porcentual que ficava com a empresa de cartão vai para o lojista, ele não vai mais ter esse desconto.
03:45Há uma discussão se o lojista vai repassar para o consumidor, ou seja, vai diminuir um pouco o preço da comida no restaurante, da comida no supermercado, aquele lanche numa lanchonete.
03:57Você acha que pode ter um repasse para o consumidor a ponto de impactar a inflação de alimentos, ou muito provavelmente essa diferença na taxa vai ficar no bolso do lojista?
04:07Olha, em economia, quando a gente analisa a teoria econômica e na prática também funciona assim, dificilmente essa diferença é repassada para o consumidor.
04:16Você não vai baixar o preço no curto ou no médio prazo.
04:21Então, a gente não tem essa expectativa de que esse preço vá cair ou vai ter uma influência significativa na inflação.
04:29Pode ter ali algum outro estabelecimento que tenha essa atitude de reduzir um pouco o preço, mas de forma agregada,
04:37eu não acredito que vai ter uma redução significativa que a gente perceba até na inflação de preço por conta desse repasse do próprio restaurante, do lojista.
04:50Um outro ponto importante desse decreto é a questão da interoperabilidade.
04:55Gostaria que você explicasse para quem nos acompanha o que é essa interoperabilidade e como ela pode beneficiar os consumidores.
05:05Pois é, ou seja, a forma de você conseguir operar com esse cartão, independente da operadora.
05:13Ou seja, fazendo uma analogia, é um pouco como se fosse a portabilidade que nós temos dentro do mercado de crédito no Brasil,
05:22para o mercado financeiro, para as operadoras de celular.
05:26É uma ideia também que ele possa usar esse crédito independente da operadora.
05:33Então, por isso que chama interoperabilidade.
05:35Então, de fato, é uma iniciativa também que tende a beneficiar o consumidor final no médio e longo prazo.
05:42E para a gente finalizar, como é que você vê o futuro do setor de benefícios corporativos como um todo,
05:47com essa mudança das empresas de cartões?
05:50Quais são as perspectivas para esse setor diante da nova regulação,
05:54para além desse ajuste de porcentual?
05:57É um setor ainda pouco explorado nessa revolução que nós tivemos nos últimos 10 anos das fintechs.
06:07Então, ainda tem um espaço bastante grande no Brasil,
06:11que é um mercado consumidor incrível, principalmente na América Latina, de benefícios.
06:19A gente já tem algumas grandes empresas que exploram benefícios, não só alimentares,
06:23mas a gente tem players de saúde, de academias,
06:30mas esse especificamente de alimentação, a gente tem um ou dois que entraram de forma mais pesada no mercado,
06:39mas ainda tem muito espaço.
06:41Então, eu acredito bastante nessa pulverização, nessa entrada de novos players, de novas empresas,
06:48que acaba sendo muito bom para o consumidor e para o mercado brasileiro.
06:51Quanto mais empresas nós temos, mais concorrência.
06:54Quanto mais concorrência, a gente força qualidade e força preço para o consumidor final
07:00e para os restaurantes que aderem a essa modalidade.
07:04Hugo Garbi, economista e fundador da Wallet Holding,
07:07muito obrigado pela sua participação aqui no Fast Money,
07:10analisando essas mudanças nas regras dos cartões de benefícios.
07:14Uma boa tarde para você, até uma próxima.
07:17Eu que agradeço o convite, boa tarde, um bom final de semana a todos.
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