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Transcrição
00:00Em relação a essa posição de cautela, o senhor acha que o Brasil chegou a adotar em relação ao tarifácio do Trump
00:07em todo esse processo que já tem cerca de seis meses aproximadamente,
00:11primeiro do anúncio que faria, depois estabelecer uma data e a partir do tarifácio todas as negociações
00:17e os encontros inclusive entre os dois presidentes, o Brasil adotou a posição correta?
00:22Olha, eu fui muito crítico desde o início, tendo servido em Washington, tendo alguma experiência lá,
00:28porque eu participei de duas transições lá em Washington como embaixador,
00:33a transição do Bush, do presidente Clinton para o Bush e do presidente Fernando Henrique para o presidente Lula.
00:43E nós atuamos muito lá em Washington na transição.
00:48E eu desde fevereiro tenho criticado, ou critiquei a posição do governo brasileiro
00:56de não procurar um canal direto com a Casa Branca.
01:00Todos os países do mundo, inclusive os países comunistas, sem falar da China,
01:05que tem uma relação especial com os Estados Unidos, o Vietnam, outros países de esquerda,
01:13procuraram o Trump para negociar.
01:16E o Brasil não procurou e foi por pressão das empresas brasileiras e empresas americanas
01:24que o Trump tomou a iniciativa, se você reparar de perto, não foi o Brasil que tomou a iniciativa,
01:32foi o governo americano com o Trump que tomou a iniciativa de procurar o Lula
01:36e o Marco Rubio, o secretário de Estado, o ministro exterior americano,
01:41que procurou o Mauro Vieira aqui no Brasil.
01:44Então eu acho que o trabalho que foi feito foi mais em virtude da ação das empresas brasileiras
01:52e sobretudo das empresas americanas que estão perdendo dinheiro,
01:56tanto um quanto o outro estão perdendo dinheiro por causa desse tarifácio.
01:59E agora o Brasil vai voltar a negociar, porque mesmo sem o contato direto com a Casa Branco,
02:08o ministro da indústria, o vice-presidente Alckmin, ele negociou,
02:13tinha negociado as coisas mais importantes, as big techs e a questão das tarifas.
02:20E também o Brasil negociou, apresentou a sua versão sobre as questões levantadas na investigação da sessão 301
02:32da lei de comércio americano, porque isso é muita coisa.
02:35Nós já tínhamos começado a negociar tecnicamente, mas eu falava e outros falaram também,
02:42e aí os empresários entraram e convenceram o governo americano e o governo brasileiro
02:48que sem uma conversa direta entre o Palácio do Planalto e a Casa Branca não ia acontecer nada.
02:56E o presidente Lula se dispôs a manter esse contato, houve o contato e agora,
03:04depois de outros contatos com os ministros também, está marcada uma reunião agora,
03:09nas próximas semanas, para negociar e chegar a uma conclusão dessa questão.
03:16E o senhor é otimista, é possível chegar a um relativo consenso sobre a questão,
03:22grosso modo, que o público que nos acompanha conhece como tarifas?
03:26Eu acho que sim, eu acho que é de um interesse americano, por exemplo,
03:30colocar na lista de exceção carne e café, por causa do custo lá para o consumidor americano.
03:38Então, há algumas áreas de interesse e é interesse também das empresas americanas
03:44e as empresas americanas estão procurando o governo americano,
03:49porque o Brasil não é um parceiro importante para os Estados Unidos,
03:52é 1% do comércio americano.
03:55E nenhum dos Estados Unidos é um parceiro importante para o Brasil,
03:58são 10, 11% do comércio nosso.
04:00Não é uma coisa muito importante que afete o nosso produto interno bruto,
04:06que afete a política comercial,
04:08mas há setores que são diretamente afetados e há produtos que são estratégicos.
04:15Então, a pressão do setor privado, eu acho que vai ser determinante
04:21e está acontecendo também uma outra coisa que eu falei desde o começo,
04:25as análises que se faziam aqui no Brasil,
04:29sempre enfatizavam o contrário do que eu dizia.
04:32Eu, desde o começo, dizia que não haveria uma ligação entre a parte política
04:39e a negociação comercial,
04:41que eram duas coisas diferentes que tinham entrado aí,
04:45até por uma falta de uma presença maior do governo brasileiro em Washington,
04:51então a oposição ao presidente Lula ficou solta lá em Washington,
04:55influenciou no começo,
04:57mas agora a gente está vendo que há uma separação.
05:01Quer dizer, uma coisa é a negociação comercial
05:03que vai ser conduzida pelo setor técnico,
05:07do Departamento de Comércio e o STA nos Estados Unidos
05:10e o Ministério da Indústria aqui no Brasil,
05:14e a outra coisa é a questão política com o Departamento de Estado.
05:19O Departamento de Estado tem autonomia para atuar,
05:25ela, o Departamento de Estado e o Secretário do Tesouro,
05:31nessas tarifas impostas ao Brasil
05:35por uma lei de emergência econômica americana,
05:38que está sendo contestada agora no Tribunal,
05:41no Supremo Tribunal americano.
05:43Mas quem manipula, quem acompanha é o Departamento de Estado e o Tesouro.
05:51Então o Departamento de Estado pode voltar agora,
05:54nós estamos vendo hoje mesmo,
05:57votada no Congresso,
05:59a manutenção da pena do presidente Bolsonaro.
06:03Eu não descarto a possibilidade de haver alguma consequência política
06:08quando foi executada a pena,
06:12que foi imposta pelo Supremo Tribunal Federal.
06:17Mas isso não tem nada a ver com a negociação comercial,
06:20é outra questão.
06:21Falando em negociação comercial,
06:23é inevitável lembrar o acordo Mercosul-União Europeia,
06:28que está sendo negociado há décadas.
06:30Será que finalmente vai ter um ponto final,
06:32vai ser assinado esse acordo?
06:33Olha, você sabe que eu fui dos poucos aqui no Brasil
06:37que nunca deixou de acreditar que esse acordo seria assinado.
06:41Todo mundo já tinha desistido,
06:43mas porque eu estava analisando isso,
06:45não do ponto de vista comercial,
06:47mas do ponto de vista geopolítico.
06:49Nesses últimos 5, 10 anos, o mundo mudou.
06:52E, sobretudo agora, depois do tarifácio,
06:55mudou mais ainda.
06:57E tanto para a Europa, quanto para o Brasil,
07:00para o Mercosul,
07:01é importante esse acordo,
07:04porque abre um canal de comunicação
07:09entre dois grandes blocos,
07:11vai ser, quando for assinado,
07:14vai ser o maior bloco econômico do mundo.
07:17A União Europeia junto com o Mercosul.
07:20São mais de 700 milhões,
07:23o mercado de mais de 700 milhões de pessoas.
07:25Então, eu acho que agora, em dezembro,
07:29superadas as dificuldades da França,
07:34por causa do setor agrícola na França,
07:37e o Brasil, o Mercosul,
07:41aceitando essas salvaguardas unilaterais,
07:44porque não são salvaguardas aceitas
07:46pelos países do Mercosul,
07:48são salvaguardas unilaterais,
07:50que se forem aplicadas,
07:51vão ter que ser discutidas,
07:52não é automático.
07:54Então, nós estamos aceitando isso,
07:56eu acho que, com essa providência,
07:59nós vamos ter o acordo assinado
08:02na reunião do Mercosul,
08:04no dia 20 de dezembro.
08:06Falando em Mercosul,
08:07muitos colocam ou colocaram em dúvida
08:11a permanência do Mercosul,
08:13questionando uma série de questões do Mercosul,
08:16inclusive alguns membros do Uruguai,
08:18por uma série de particularidades
08:19da economia uruguaia,
08:21e questão ideológica,
08:22que o senhor lembrou anteriormente,
08:24o Mercosul é uma união comercial
08:26e não política ideológica.
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