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O fundador da Drumwave e criador deste projeto inovador é André Vellozo, que trocou o Brasil pelo Vale do Silício e resolveu comprar uma briga gigantesca com as big techs. Ele criou uma empresa para ajudar as pessoas a monetizar seus dados pessoais. André é o nosso convidado de hoje no Entrevista com D’Avila.
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00:00Entrevista com Dávila
00:05Você sabia que toda vez que você fornece seus dados, quando estão requisitados numa loja, ou no uso do aplicativo, ou numa repartição pública, você está doando dinheiro?
00:20Pois é, dados não são apenas informação, eles são a commodity mais valiosa do mundo, de hoje.
00:29As empresas mais valiosas do mundo são as companhias de tecnologia que transformaram dados em informação e em dinheiro por meio de venda de produtos, publicidade, serviços.
00:41Essas empresas ganham dinheiro com os seus dados, que você fornece de graça.
00:47Mas um empreendedor brasileiro no Vale do Silício criou uma empresa para ajudar as pessoas a monetizar seus dados pessoais.
00:54A Drumwave acabou de lançar uma carteira digital.
00:58A ideia é reunir os nossos dados numa conta, que você vai ajudar a monetizar o uso dos nossos dados.
01:08Isso não é mais ficção científica.
01:11A Drumwave acabou de lançar a carteira digital no Brasil e é possível ser remunerado pelos dados que hoje fornecemos gratuitamente.
01:20O fundador da Drumwave e criador deste projeto inovador é André Veloso, que trocou o Brasil pelo Vale do Silício e resolveu comprar uma briga gigantesca com as Big Techs.
01:32André Veloso é o nosso convidado de hoje numa entrevista com o Dávila.
01:36André, muito bem-vindo à entrevista com o Dávila.
01:39Tudo bem, Felipe. Obrigado. Prazer estar aqui com você.
01:42Que briga que você comprou, hein?
01:44Eu acho que não é uma briga, porque a gente tem essa ideia de que Big Tech consome todo o nosso dado, mas na verdade você também produz muito mais dado em diversas outras coisas.
01:56Por exemplo, o seu exame de sangue.
01:58Não está na Big Tech, está no laboratório onde você faz exame de sangue.
02:03Os produtos que você compra todo dia, quando você vai almoçar, quando você vai no supermercado.
02:07Todo esse dado representa um volume ainda muito maior que sequer a gente está tocando.
02:14Mas, claro, as companhias de tecnologia, elas saíram na frente nisso, né?
02:18E eu acho que agora o resto do mundo vai poder acompanhar e cobrir esse espaço que foi deixado pra trás.
02:26André, por que nós não temos esse sentimento de que dado pode ser monetizado?
02:32É porque quando as Big Techs começaram, tudo é oferecido de maneira gratuita.
02:36Então, portanto, a gente também entende que dar dados de forma gratuita é uma coisa instintiva.
02:42Por que a gente não criou uma cultura desde o início de que dado tem valor?
02:46Essa pergunta é ótima, Felipe, porque eu acho que a condição que a gente está analisando é ainda um pouquinho pior do que essa.
02:55Porque a gente não está dando dado de graça.
02:58Na verdade, a gente está pagando pra processar dado.
03:01É um pouco pior do que isso.
03:03Deixa eu tentar te mostrar.
03:04Eu repito sempre, mas é super importante.
03:06Todo mundo tem um telefone, né?
03:08O mundo inteiro tem 8 bilhões de pessoas no mundo, 7,2 bilhões de telefones.
03:14Quem que paga a energia que vai aqui?
03:16Quem que paga a conta da operadora?
03:18Quem que comprou o chip que processa dado?
03:21Cada vez que a gente manda uma mensagem, faz um pagamento, assiste um vídeo,
03:27a gente está pagando pra processar 50% do dado do planeta.
03:31E a gente acredita que se você está pagando pra processar, poxa, você tem pelo menos direito a 50% do valor que esse dado pode vir a criar.
03:44Os conceitos são um pouco mais profundos.
03:47A gente está com problemas no mundo que são muito profundos.
03:51As soluções são um pouco mais...
03:53E como que a Drumway veio com a ideia da carteira digital?
03:57Que é uma coisa muito interessante.
03:57É como se fosse abrir uma conta num banco pra gerenciar, ao invés das suas ações, os seus dados.
04:04Pensa assim, o seu dinheiro está no banco.
04:08Você, qualquer um de nós, pode ter toda a liberdade pra depositar o dinheiro, sacar o dinheiro, enviar dinheiro pros amigos,
04:17usar o dinheiro pra se ajudar, pra ajudar a família, até pra ajudar o mundo, ajudar causas.
04:23Você tem autonomia sobre o seu dinheiro.
04:25O seu dado está na cloud.
04:28Outras pessoas gerenciam o seu dado.
04:30Outras pessoas até se beneficiam do seu dado.
04:34Outras pessoas até podem usar o seu dado contra você.
04:38Então, quando a gente olha pra essa estrutura,
04:42é importante que os cidadãos consigam ter hoje autonomia sobre o valor dos seus dados.
04:49E é nisso que a gente está trabalhando.
04:50E como fazer essa mudança de cultura, pras pessoas entenderem a importância disso?
04:57Como é, da mesma forma que é importante você escolher bem um banco, onde você vai depositar não só o seu dinheiro,
05:03mas a confiança na gestão daquele recurso?
05:06Como fazer a mesma coisa com uma empresa de tecnologia sobre uma coisa de dados que nós não temos muita noção do valor desses dados?
05:14Pois é. Imagina que só pensando no exemplo que eu te dei, quem paga a eletricidade, quem paga a operadora,
05:23isso pra um americano dá 1.500 dólares por ano, que um americano paga só pra processar dado.
05:32Se você tem direito a pelo menos 50% desse valor, você começa com a metade desse valor.
05:37Pros futuros casos de uso.
05:40Quer dizer, quando esses dados forem ser utilizados em outros casos de uso,
05:45além do objeto do contrato que você já tem com a social media, a mídia social,
05:51que você já tem com a operadora ou com qualquer outro prestador de serviço,
05:55qualquer outro produto de serviço que você consome,
05:57você vai então ter esse direito.
05:59Mas a estrutura que a gente precisou criar pra isso acontecer levou tempo, né?
06:04Foram oito anos trabalhando, a gente tem mais de 40 patentes no mundo inteiro.
06:08O que a gente criou foi a D-Wallet, que é a carteira de dados, né?
06:13Que administra, te dá o poder de enviar, receber, aceitar e rejeitar ofertas, né?
06:20E em cima dessa carteira a gente criou uma coisa que chama poupança de dados,
06:25que é um plano de poupança de dados.
06:27Imagina quando surgiu o telefone smartphone, né?
06:31O telefone que a gente tem hoje, as operadoras distribuíram os telefones
06:37com um plano de dados atrelado ao telefone.
06:42Quanto você podia usar de dados.
06:43Isso.
06:43Agora imagina que você vai ter a sua D-Wallet, sua carteira de dados,
06:48e em cima dela você vai ter um plano de poupança de dados,
06:51que funciona como poupança, mas de dados.
06:54Onde você vai poder contribuir os dados que você gera todo dia, né?
06:59E esse plano de poupança vai gerenciar a alocação do valor desse dado
07:04nos casos de uso.
07:06E os casos de uso são todos que acontecem hoje, só para começar.
07:10Mas eles vão se expandir muito, porque quando você tem dados na ponta do seu dedo,
07:15a capacidade de combinar um dado com o outro gera novo valor.
07:19E gerar valor hoje, no cenário do mundo, hoje, no mercado que está completamente saturado,
07:25é fundamental para a gente poder pensar num futuro que não é tão distópico.
07:33Agora, André, vamos dizer, uma pessoa que está nos ouvindo agora,
07:36ele fala, puxa, eu gostei dessa ideia de criar uma carteira de dados.
07:39O que ele tem que fazer?
07:40Como é que é o processo?
07:42Tem que abrir uma conta pessoa física com a gente.
07:45Pega o link.
07:46Vai no link, drumway, abre uma conta.
07:47Abre a conta pessoa física.
07:50Abrindo a conta pessoa física, você vai poder fazer uma coisa que chama requisitar os seus dados
07:55para as companhias que você tem relações com.
07:58Você tem relação com o banco, você tem relação com a operadora,
08:02você tem relação com a empresa de tecnologia,
08:04você tem relação com o fabricante de comida,
08:06você tem relações com diversos tipos de entidades.
08:10Quando você manda essa requisição de dados que está dentro da legislação da LGPD,
08:17a lei, a lei te permite requisitar os seus dados,
08:21as companhias precisam atender essa requisição e você ganha autonomia.
08:26Só não existia a ferramenta para fazer isso.
08:29E você que vai requisitar, eu como cliente autorizo a drumwave?
08:34Não, você mesmo faz.
08:35Ah, eu mesmo faço.
08:36Você está fazendo a requisição.
08:37Na abertura da conta eu faço isso.
08:39É como se fosse pedir um depósito.
08:41Sabe quando você pede um depósito para uma pessoa?
08:44Faz um wire para mim.
08:46É a mesma coisa.
08:47Você está mandando para uma companhia falando,
08:48olha, nós temos uma relação,
08:50eu consumo de você há 10 anos, 20 anos, 5 anos, 2 anos,
08:53e eu gostaria de te convidar a certificar esse dado
08:58e fazer um depósito desse dado na minha conta de dados.
09:03Igual o banco.
09:04Quer dizer, se eu chegar para o meu cartão de crédito e falar
09:07eu quero que você agora deposite os meus dados
09:10da utilização do cartão de crédito na drumwave,
09:13é pela legislação brasileira, eles têm de ceder esses dados.
09:18Mais de 162 países no mundo inteiro
09:21já implementaram legislação para proteção de dados
09:26e isso é uma tendência.
09:29Quando a gente pensa em todas as questões de privacidade de dados,
09:33você pensa nessas multas gigantescas que a gente viu,
09:36de bilhões de dólares.
09:39Conhecer alguém que ganhou dinheiro,
09:41é o seu dado que vazou, é o seu dado que foi mal usado
09:44e mesmo nessas multas você não recebeu nada de volta.
09:48Consegue perceber isso?
09:51Agora, essa história de não saber dar valor aos dados,
09:56o Brasil tem abusos absurdos.
09:58Por exemplo, qualquer prédio que entra,
10:00você tem que dar o seu CPF ou coisa assim.
10:02Ou a sua biometria?
10:03A sua biometria, o que é uma coisa impensável.
10:07Nos Estados Unidos, por exemplo,
10:08você chegar num prédio e alguém pedir o seu social security
10:12ou fazer biometria ou CPF, o que seja.
10:18Essa administração de dados pode ajudar também
10:21nessa relação exagerada que demandam de dados?
10:24Eu acredito que sim.
10:26Eu acredito que o que vai acontecer,
10:28quando você muda o modelo de negócio,
10:31quando você muda o paradigma do stack de tecnologia
10:34de monetizar aplicações para monetizar dados,
10:39você vai criar uma revolução que foi muito parecida com a da mobilidade.
10:44Lembra quando surgiram milhares de aplicativos
10:48para pegar táxi, para entrar em festa,
10:53para tudo.
10:54Você tinha um aplicativo para cada coisa.
10:56A mesma coisa vai acontecer com dados.
10:58Então, a capacidade de combinar esses dados
11:02vai criar casos de uso extremamente valiosos,
11:06extremamente práticos também.
11:07Como esse que você está citando.
11:09A tua identidade pode estar ligada à sua carteira,
11:14porque é isso que você carrega na sua carteira.
11:16Mas falando de identidade,
11:18acho que tem um tema super importante,
11:21que é a questão da soberania de dados.
11:24O Brasil está discutindo isso dentro de AI
11:28e todas essas teses que a gente tem agora
11:32e os projetos de lei que a gente tem hoje rodando no Congresso.
11:36E quando você pensa soberania,
11:39a gente tem sempre pensado que soberania é uma questão da máquina,
11:43onde está o servidor, onde o dado tem que ficar no país.
11:46Verdade, tem que ficar no país.
11:48Mas imagina que quando você tiver autonomia sobre o seu dado,
11:53a soberania está no cidadão.
11:56O cidadão passa a ser soberano.
11:59E isso muda também, facilita muito a regra do jogo.
12:03E isso você acha que já está avançando,
12:07tanto no Brasil como nos Estados Unidos,
12:09esse tipo de empoderamento do cidadão
12:11como dono proprietário dos seus dados
12:15e por fim de monetização?
12:19Eu acho que vai acontecer no mundo inteiro.
12:21Isso é uma tendência super atual.
12:24É o caminho natural do que está acontecendo no mundo
12:29e da evolução das coisas.
12:30Inclusive, tem um senador americano que se chama Josh Becker.
12:36Ele é o senador que atende a região do Silicon Valley.
12:39É o senador da Califórnia.
12:42E ele aprovou uma lei que é o direito de deletar dos brokers de dados.
12:53Isso quer dizer o seguinte, no dia 1º de janeiro deste ano que entra,
12:59cidadãos da Califórnia podem ter o direito de falar para os brokers de dados,
13:05que adquiriram esses dados de forma desconhecida,
13:10deletarem o seu dado do sistema.
13:13Sabe, esses telefonemas que você recebe, esses SMS?
13:18Não, o Brasil é um absurdo.
13:19O que nós recebemos de ligação indevida,
13:22de telemarketing oferecendo coisas e tal,
13:26é um negócio que só existe aqui.
13:27Nenhum telefone que você pegar o seu em qualquer outro lugar do mundo,
13:30você recebe a quantidade de ligação que você recebe.
13:33Não, mas isso acontece não só aqui também, não é privilégio nosso.
13:36Você vai para a Europa, vai para qualquer outro lugar,
13:38você vai ver que vai acontecer no seu telefone também.
13:39Você começa a receber mensagens e você fala,
13:42onde eu estou recebendo essa mensagem aqui?
13:44Agora, André, esta poupança de dados que você falou que é muito interessante,
13:50por exemplo, uma criança nascendo,
13:54ela vai começar a fabricar ou ter dados desde o momento que ela nasce,
13:59está certo?
13:59Desde o alavé ao pediatra, qualquer coisa.
14:02Então, você pode fazer uma poupança desses dados
14:04para a futura monetização dessa criança,
14:07ou seja, isso pode ser mais uma fonte de receita,
14:09quando essa criança se tornar, por exemplo, estudante universitário,
14:13ela vai ter dinheiro para, por exemplo, financiar a parte da faculdade dela?
14:17Puxa, esse é um tema quentíssimo, né?
14:19Se a gente falar sobre, especialmente com as questões digitais
14:24e a infância e as crianças hoje,
14:28é um tema que pode disparar discussões profundas.
14:32Mas olha como ele fica mais simples desse jeito.
14:34Eu acho que seu pai e sua mãe abriram uma poupança para você quando você era criança.
14:39A gente não lembra disso mais, né?
14:40O Brasil tem mais gente gastando dinheiro em batch,
14:44tem bastante gente gastando dinheiro investindo em cripto
14:47e quase não tem ninguém investindo na bolsa, fazendo poupança zero.
14:50Não tem ninguém fazendo poupança.
14:51Quando você pensa nessa poupança de dados,
14:56a gente tem que lembrar um pouco de como as coisas eram no passado.
14:59A economia que a gente está acostumado a viver, que a gente cresceu dentro,
15:03ela foi montada em cima da poupança das pessoas.
15:07As pessoas poupavam dinheiro e isso criou a economia que a gente tem hoje.
15:12Se a gente está indo para uma economia de dados,
15:17eu acho que a coisa mais lógica, racional,
15:19é que nós vamos ter que ter uma poupança de dados.
15:22E aí você olha para esse exemplo da criança que eu acho sinceramente o mais bonito de todos.
15:28Porque quando uma criança nasce e os pais abrem uma poupança de dados para essa criança,
15:36ela nasce já dona dos seus dados.
15:39E ela vai poder usar esses dados quando ela crescer.
15:44Às vezes a gente polemiza isso e leva isso para um campo que não é produtivo.
15:51Quando um pai abre uma poupança de dinheiro para o filho,
15:54ele não está querendo explorar o filho.
15:56Ele está querendo fazer uma reserva para que o filho, no futuro,
15:59possa se beneficiar.
16:00Pagar sua faculdade, comprar um carro, fazer uma viagem.
16:05E como a gente virou muito individualista,
16:09nesses últimos anos,
16:11a história das BATs, acho que a gente é anti-BAT.
16:14Poupança é o contrário da BAT.
16:16A gente virou muito individualista,
16:18a gente esqueceu que poupança é uma coisa coletiva.
16:22É uma coisa de...
16:23O seu tio colocava dinheiro,
16:26sua avó colocava um dinheirinho na sua poupança.
16:28E isso era uma família cuidando de uma criança para o futuro dela.
16:32E a poupança de dados traz isso de volta.
16:35Agora, André, como é que surgiu essa ideia?
16:41Quando você pensou essa ideia, oito anos atrás,
16:43que ainda estávamos no início disso,
16:46como é que isso poderia se transformar num produto?
16:49Primeiro é, como é que uma ideia se torna um produto?
16:52E depois, como esse produto ganha a confiança de empresas?
16:56Porque também se você faz o produto e não tem a confiança das empresas,
16:59você não tem mercado.
17:01Como é que foi?
17:01E conta um pouco essa história sua na Drum Wave.
17:04Essa pergunta me lembrou uma coisa que eu nunca tinha pensado...
17:07Fazia muito tempo que eu não pensava.
17:09Quando a gente começou...
17:11Quando eu mudei para os Estados Unidos,
17:13o que a gente fez foi trabalhar em projetos de dados
17:15extremamente sensíveis.
17:18Então, a gente trabalhou com governos,
17:20com operadoras, com bancos, com biotecnologia,
17:25com high tech, alta tecnologia.
17:28E o que a gente viu foi que companhias gigantescas confiavam na gente
17:33para depositar os dados nos nossos servidores
17:37para que a gente pudesse analisar esses dados
17:39e prover uma solução ou um resultado dessa análise.
17:44Quando eu percebi isso, eu falei,
17:46puxa vida, como uma companhia desse tamanho confia na gente para fazer isso?
17:50E aí eu percebi uma outra coisa,
17:53que em todos esses projetos,
17:57quando você desenvolve a capacidade de só repetir uma pergunta,
18:02posso ver aquele outro dataset, aquele outro conjunto de dados?
18:05E se você repetir muito essas...
18:07Poder repetir várias vezes essa pergunta,
18:10o resultado é que não importa onde você comece,
18:15você vai terminar numa pessoa.
18:16Repetiu essa pergunta, você vai acabar...
18:19Olha, o André comprando shampoo na farmácia.
18:22Ou o Felipe correndo no parque.
18:27Não tem saída.
18:28Acaba no indivíduo.
18:29Acaba numa pessoa.
18:30E foi aí que a gente viu,
18:31puxa, se a gente inverter esse processo
18:34e empoderar a pessoa a ter propriedade do seu próprio dado,
18:38a gente não vai precisar expor.
18:40Porque cada vez que você faz essa pergunta,
18:42você expõe dados.
18:43Você tira dados de um lugar, passa para o outro.
18:45E foi isso que a gente montou.
18:48Espetacular.
18:49É uma jornada, né?
18:51Essa história de empoderamento do indivíduo dos dados.
18:55Agora, como é que governos enxergaram essa sua história?
19:01Porque parece que o governo está perdendo o controle dos dados,
19:04que o dado está indo para a mão de bilhões de pessoas
19:06que utilizam as nossas ferramentas digitais.
19:10Como é que governos encararam essa inovação de empoderamento de dados
19:14e perda de poder do Estado?
19:17Foi o contrário.
19:18Foi impressionante.
19:20Porque hoje, nos últimos sete meses,
19:24mais de nove países procuraram a gente
19:26para implementar o mesmo modelo que a gente está implementando no Brasil.
19:30foi incrível.
19:32A gente não esperava que essa camada de governo fosse tão sensibilizada por essa história.
19:40Mas, se você olhar o que aconteceu no mundo inteiro,
19:45entre Ásia, Europa, Estados Unidos e a gente aqui no Brasil,
19:51todos esses modelos agora estão se reajustando.
19:54A gente, nos próximos cinco anos, vai ver uma mudança tão profunda
20:01no que os governos chamam de infraestrutura pública de dados.
20:10Todos os governos têm que se adaptar a isso,
20:13porque a forma com que o governo se relaciona com dados
20:18e se relaciona com o cidadão
20:20e também está mudando.
20:24Imagina assim,
20:26na sua relação com o governo,
20:28você é um cidadão.
20:30E, como cidadão,
20:32o governo te provê duas coisas.
20:34As duas primeiras.
20:36A sua identidade, que a gente falou aqui na porta,
20:39e a proteção social.
20:42E, para isso, você paga imposto.
20:45E você não consegue viver sem uma relação com o governo.
20:48A sua identidade, você é um brasileiro,
20:51você tem um documento brasileiro,
20:52você tem um passaporte brasileiro,
20:53uma identidade brasileira.
20:55E você também não consegue viver
20:56sem uma relação com o sistema financeiro.
20:59E, na sua relação com o sistema financeiro,
21:01você é um cliente.
21:03E você paga juros.
21:05Então, imagina,
21:06hoje você paga imposto e juros,
21:08você é um cidadão e um cliente em tudo o que você faz.
21:12Mas, nos últimos 40 anos,
21:14o que aconteceu foi que a gente
21:16também não consegue viver sem uma relação
21:18com a indústria de tecnologia.
21:20E, nessa indústria de tecnologia,
21:22a gente é um usuário
21:23e a gente paga licenças.
21:26Então, a gente é um cidadão,
21:28um cliente e um usuário
21:30e a gente paga imposto,
21:33a gente paga juros
21:34e a gente paga licença ao mesmo tempo.
21:39Juros sobre juros
21:40não é uma coisa legal.
21:42Dupla tributação
21:44também não é uma coisa legal.
21:46A gente está mais do que
21:47pagando dupla licença
21:49para poder usar as coisas que a gente faz.
21:52Muita licença.
21:53Agora, André,
21:53como a inteligência artificial
21:56vai modificar esse mercado
21:58que você está acabando de desbravar?
22:02AI, eu acredito que AI pode sim
22:04mudar o mundo.
22:06Pode ajudar a gente
22:08a criar um mundo melhor.
22:10Mas é o valor do nosso dado,
22:13do dado que a gente produz todo dia,
22:16que vai criar uma AI melhor
22:18e aí fazer um mundo melhor.
22:21Então,
22:22quando a gente pensa
22:23em propriedade de dado
22:24e você ter autonomia
22:26sobre o seu dado
22:26e você ver o mundo agora
22:28regulando,
22:29tentando entender
22:30como vai lidar com a AI,
22:32como vai regular
22:33os outcomes,
22:35as consequências
22:36da aplicação de AI
22:38em casos de uso
22:39tão diversos
22:40quanto saúde,
22:42transporte,
22:43nutrição,
22:45segurança,
22:46eu acredito que
22:49regulando
22:50a entrada do dado,
22:53você acaba
22:54automaticamente regulando
22:55todas as saídas.
22:58Então,
22:58a propriedade de dado
22:59resolve
23:00exatamente esse ponto.
23:02Regula a entrada,
23:03regulou toda a saída.
23:04Ou seja,
23:05o que você está dizendo
23:06é que esta
23:07curadoria de dados,
23:09esse broker de dados,
23:11evita
23:12um mau uso
23:13maior de dados
23:14para deturpar
23:16o que deveria ser
23:16uma AI saudável
23:18para uma AI
23:18não saudável.
23:19Exato.
23:20Quando você é dono
23:20do seu dado,
23:21a origem do dado
23:23já está toda resolvida.
23:25O dado é conhecido,
23:27tem provenância,
23:30provenância,
23:31como fala?
23:31Provenância.
23:32Origem.
23:33A origem é conhecida,
23:34o contrato também
23:36já está definido,
23:38a regra do negócio
23:39está definida.
23:41E aí,
23:41você não vai ter casos
23:42como
23:42você tem AI
23:44usando imagens
23:45de artistas,
23:46a voz dos artistas,
23:49a apropriação
23:50indevida
23:51daquilo que é seu.
23:52Nesse caso,
23:53não poderia.
23:54Se todo mundo
23:55tivesse uma conta
23:56de dados,
23:57a sua wallet
23:58de dados,
23:59a sua carteira
24:00de dados,
24:00isso não aconteceria
24:01porque, evidentemente,
24:02você não deria autorização
24:03para que aquilo fosse usar.
24:04Exatamente.
24:05A tua poupança de dados
24:06funciona exatamente assim.
24:09Você vai conseguir
24:10definir
24:10como você quer usar,
24:12quando você quer usar
24:13e em que tipo
24:14de caso de uso
24:15você se sente confortável
24:17de fornecer
24:19seus dados,
24:20licenciar.
24:21A gente não está comprando
24:22e vendendo dados,
24:23a gente não compra
24:23e vende dados
24:24e você também
24:25não vai vender
24:25seu dado,
24:26você nunca vai perder
24:27o seu dado.
24:27Você vender,
24:28você perdeu,
24:28você vendeu para outro.
24:30Não,
24:30o seu dado
24:30vai ficar
24:31dentro da poupança
24:32gerenciado
24:33pelas regras
24:35da poupança.
24:36Então,
24:37você contribui
24:38dado para a poupança
24:39e a poupança
24:39aloca o valor
24:40do seu dado
24:41por tempo limitado
24:42nos casos de uso
24:43que você escolheu.
24:44Bom,
24:44você acabou de lançar
24:45a carteira de dados.
24:47Você escolheu
24:47o Brasil e os Estados Unidos
24:48como dois países
24:49para começar
24:50esse novo?
24:52Brasil porque é
24:53o maior
24:53em adoção
24:55de tecnologia
24:56do mundo,
24:57o segundo colocado
24:57em tudo.
24:58naturalmente
24:59e porque
25:02eu sou brasileiro.
25:03Sim.
25:04Eu acho que
25:04é uma coisa
25:04que permite
25:07que o Brasil
25:08se posicione
25:08no jogo
25:10de uma forma
25:11completamente diferente.
25:12E nos Estados Unidos
25:13também?
25:14Foram dois lugares.
25:14A gente lançou
25:15o primeiro
25:15nos Estados Unidos
25:16em julho
25:16e lançamos agora
25:17em outubro aqui.
25:18Testamos lá,
25:20afinamos o produto
25:21e aqui a gente lançou
25:22com um tamanho
25:23bem maior
25:24do que a gente lançou
25:25nos Estados Unidos.
25:26E como é que está
25:27sendo a receptividade
25:28nesse início
25:29de uma coisa
25:31tão nova?
25:31É uma experiência
25:31fantástica
25:32porque a gente
25:32colocou alguma coisa
25:33no mundo
25:33que não existia.
25:34A gente colocou
25:35uma coisa nova
25:35no mundo.
25:37E as pessoas,
25:38especialmente Genzina
25:40e os que eu assisti
25:43fazendo
25:44e os que mandaram
25:45e-mails
25:45e falaram com a gente,
25:47as pessoas falam assim
25:48mas como ninguém
25:49nunca pensou
25:50uma coisa dessa?
25:52Mas isso é óbvio.
25:52é esse o feedback
25:56que a gente está tendo.
25:58Ninguém nunca pensou
25:59isso como ninguém
25:59nunca pensou isso.
26:01André,
26:02mas uma coisa
26:03importante
26:04nesse mundo
26:05de tecnologia,
26:06você faz uma coisa
26:07dessa
26:07que tem grande êxito,
26:09evidentemente
26:10você vai ser alvo
26:10para ser comprado
26:11por alguém.
26:12E aí uma coisa
26:14é confiar
26:14na Drum Wave,
26:15mas eu não sei
26:15se a Drum Wave
26:16de baixo,
26:17sei lá,
26:17de que grande
26:18de organização
26:18vai ter esse mesmo
26:20cuidado,
26:21cuidado ou não.
26:23Como é que nós
26:23podemos ter confiança
26:25de que esse broker
26:27que nós elegemos
26:28por um tempo
26:30uma relação
26:30de longuíssimo prazo,
26:32a gente está falando
26:32que provavelmente
26:33seria uma relação
26:33de vida,
26:35se amanhã começa
26:36a ter muito
26:36fusão e aquisição
26:38nesse mundo maluco
26:39que a gente vive hoje
26:40de um come o outro
26:41e incorpora o outro.
26:42Pois é,
26:44confiança
26:45é o que a gente
26:48está vivendo,
26:49a gente está vivendo
26:49uma crise de confiança
26:50no mundo.
26:50Total.
26:52E esse é um dos
26:54maiores desafios
26:55que a gente tem.
26:56A gente montou
26:56uma estrutura
26:57de governança
26:58muito interessante,
27:01acho que você sabe
27:02a gente tem
27:03alguns banqueiros
27:04centrais nos ajudando,
27:06a gente tem
27:06pessoas importantes
27:08de tecnologia
27:08que viveram
27:10transformações
27:11em tecnologia,
27:12que implementaram
27:13transformações
27:14desse tamanho
27:15em tecnologia
27:15e a gente criou
27:18uma estrutura
27:19onde você tem
27:19um regulador
27:20privado,
27:21onde o valor
27:23do dado
27:24e os standards
27:26que a gente usa,
27:27os padrões
27:28e as regras
27:28de negócio
27:29estão nesse regulador
27:31e todo o ecossistema
27:33é submetido
27:34ao regulador.
27:36Então,
27:36é quase impossível
27:37você fazer
27:38uma aquisição
27:39desse tipo,
27:40você pode
27:40adquirir pedaços,
27:42mas a regulamentação
27:45disso
27:45ela é bem firme.
27:48Essa é uma outra
27:49pergunta que eu acho
27:50que é muito interessante
27:51para a nossa audiência,
27:52assim,
27:52sempre há uma certa
27:54suspeita e rivalidade
27:56entre governo
27:57e empresa de tecnologia.
27:59Aliás,
28:00toda atuação
28:01de governo
28:01hoje é regular,
28:03controlar,
28:04evitar que haja
28:06mais monopólios
28:07de empresas
28:08de tecnologia.
28:09como é que está sendo
28:10a relação
28:11da drum wave
28:11com governos
28:13nesta relação
28:15que deveria ser
28:16também
28:16de confiança
28:17mútua
28:18para fazer
28:18uma regulação
28:19importante
28:21de empoderamento
28:21do cidadão
28:22e não uma
28:23de controle
28:23sobre o cidadão?
28:25Sim,
28:25aí você me lembra
28:26de duas coisas
28:26interessantes.
28:27A primeira coisa
28:28é que
28:29o que a gente
28:30está vendo
28:31hoje no mundo
28:32é que as fronteiras
28:33políticas,
28:34que são super simples,
28:35é o país,
28:37é o mapa do país,
28:38a fronteira política.
28:40Elas são muito claras,
28:42você sabe
28:43quando você passa
28:43a fronteira,
28:44tem uma alfândega ali,
28:45tem um...
28:47É simples,
28:48você conhece
28:49a fronteira política.
28:50A fronteira financeira,
28:51as fronteiras financeiras
28:52já não são tão claras,
28:55elas são um pouquinho
28:56mais flexíveis.
28:58E quando você pensa
28:59nas fronteiras digitais,
29:02a fronteira digital
29:02é selvagem,
29:03ela é completamente
29:04cinza,
29:06você é um oceano.
29:08Essas três fronteiras,
29:10elas estão agora
29:10colapsando
29:11no mundo inteiro.
29:13Então,
29:14a fronteira digital,
29:15o que você descreve
29:16é a fronteira digital
29:16colapsando
29:18através de governo
29:19na fronteira política.
29:21É a questão
29:21da soberania.
29:23Soberania
29:23é extremamente importante.
29:26Se dado
29:27realmente
29:28é um asset
29:30e a gente está indo
29:31para uma economia
29:32de dados,
29:33os países
29:34têm que se posicionar,
29:35os governos
29:35têm que se posicionar.
29:37Mas como a gente
29:38tem visto isso
29:39sempre
29:39sobre uma lente
29:41do passado,
29:41a gente vai pensar,
29:42puxa,
29:43controle.
29:45China
29:46ou
29:47agora,
29:49até os próprios
29:49Estados Unidos,
29:50muito mais virado
29:51para controle.
29:53Mas isso
29:53eu acho que
29:53vai evoluir
29:54para uma forma
29:55mais inteligente
29:57e mais elegante
29:57de lidar
29:58com esses temas.
30:00mas isso
30:00vai demandar
30:02uma mudança
30:03cultural gigantesca
30:04na cabeça
30:05de governantes
30:05porque os governantes
30:07parece que também
30:07tem um chip
30:08antigo na cabeça.
30:09A gente tem um gap
30:10de gerações
30:11no mundo inteiro.
30:11É um gap
30:12de geração.
30:14E se você olhar,
30:15você viu o que aconteceu
30:15em Kathmandu,
30:16em Lima.
30:18É a primeira vez
30:19na história do mundo
30:20que a geração
30:21jovem,
30:22que se chama
30:23Gen Z hoje,
30:25eles não acreditam
30:27que o futuro
30:28vai ser pior
30:28do que o presente.
30:30Então,
30:32a gente está
30:33precisando de uma opção.
30:34A gente está
30:34tentando trazer
30:35essa escolha.
30:37Existe uma opção.
30:38Se você for
30:38dono do seu dado,
30:40as coisas conseguem mudar.
30:42Você tem
30:42uma outra opção.
30:44Ou então,
30:44a gente está
30:45caminhando
30:45para essa distopia
30:46desenfreadamente.
30:50E esse povo
30:51que está vendo
30:51que essa geração
30:52mais nova
30:52que não consegue
30:54ver um futuro
30:54onde haja
30:56esperança
30:57tende a ficar
30:59muito imediatista.
31:00Não há dúvida.
31:02Agora,
31:02se dado
31:04empodera o cidadão
31:05e o cidadão
31:07muda de país,
31:08ele carrega
31:08com ele
31:09a poupança de dados?
31:10Perfeito também.
31:11Olha que coisa
31:12interessantíssima.
31:13Nessa história
31:14da soberania,
31:16o exemplo
31:16que eu mais gosto
31:17de trazer
31:19para a mesa
31:20é,
31:21puxa vida,
31:21você é um cidadão
31:22brasileiro
31:23em outro país,
31:25tomando um café
31:25em outro país.
31:26a quem pertence
31:28esse dado?
31:31Exatamente.
31:33Pertence a você
31:34e ao café.
31:37Porque a única coisa
31:38que gera dados
31:39são pessoas.
31:41São relacionamentos.
31:41São relacionamentos.
31:43Relacionamentos
31:44geram dados.
31:45E aí,
31:47se o cidadão
31:48é soberano,
31:49mesmo quando ele
31:50não está no país,
31:52mesmo quando ele
31:52está usando um website
31:53que é de outro
31:55país,
31:58ele continua soberano,
32:00mesmo que o dado
32:01dele não esteja
32:01no país.
32:02Então,
32:03o que você está
32:03dizendo é que
32:04a geração de dados
32:05é por exigir
32:07uma relação
32:08ou entre pessoas,
32:09ou entre uma pessoa
32:10e uma instituição,
32:11uma organização,
32:12ou entre duas organizações,
32:14ele,
32:15na verdade,
32:15tem dois donos.
32:17Tem o usuário
32:17e tem aquele
32:19que prestou o serviço
32:20ou que vendeu o produto.
32:22Pois é.
32:24E aí,
32:25você está tocando
32:27no cordo
32:27da questão.
32:30Nos últimos 40 anos,
32:31quando a gente
32:32implementa a tecnologia,
32:33as companhias pagaram
32:34por eficiência.
32:36Para fazer as coisas,
32:37mas funcionou.
32:38A gente teve um mundo
32:39muito mais eficiente.
32:40E os consumidores,
32:42eles pagaram
32:42por conveniência.
32:45E com o tempo,
32:45a gente foi pagando
32:46por eficiência e conveniência
32:47e a gente foi sendo
32:48separado
32:49do valor do dado
32:51que a gente cria
32:52com as nossas relações.
32:55Um monte de intermediador.
32:58Isso funcionou
32:59muito bem até agora.
33:00Mas agora,
33:01a gente precisa
33:01reconectar as pessoas
33:03e as companhias
33:04através do valor
33:06dos dados
33:07que elas criam
33:07com as suas relações.
33:09E é isso
33:09que a gente está fazendo.
33:11André,
33:12você tem uma ideia
33:13qual o percentual
33:14do PIB
33:15num país
33:15que nem os Estados Unidos
33:16que é
33:17comercialização de dados,
33:19utilização de dados?
33:21Eu vi alguns estudos
33:23e a gente trabalha
33:24com isso também.
33:24A gente tem
33:24um economista-chefe
33:26que foi do Banco Central
33:27do Brasil.
33:29E por volta
33:31é de 6%.
33:326% do PIB
33:33nos Estados Unidos?
33:356% no mundo.
33:35No mundo.
33:366% do PIB mundial?
33:376%.
33:38Imagina todos os produtos.
33:39Nossa.
33:40Todos os produtos.
33:40Imagina qualquer produto
33:42que você compra
33:42um pacote de leite
33:43no supermercado.
33:46Se você olhar
33:46para esse leite,
33:48quando você compra
33:48e você está pagando
33:48com dinheiro,
33:49você está pagando
33:50um juro,
33:50não está?
33:51No preço do dinheiro.
33:52E o leite também
33:53já está todo
33:55enriquecido
33:55com impostos.
33:57E desde a vaca
33:58até o supermercado,
34:00você está pagando
34:01imposto
34:02na cadeia inteira.
34:04Percebe que você
34:05também está
34:05processando dado?
34:07Você tem software
34:09rodando em todas
34:10as etapas?
34:11Então tem um custo
34:12de processamento
34:13para que aquele leite
34:15chegue ali no POS?
34:18Então o que você
34:19está dizendo?
34:19Na hora que compra
34:20esse leite,
34:21você é dono do lado
34:22porque você está
34:22dando uma informação
34:23que você comprou o dado
34:24e a companhia
34:25que produziu o leite
34:26também é dona do dado
34:28que ela vai dizer
34:28que ela vendeu
34:29tanto daquele tipo
34:30de leite
34:30para todos os clientes.
34:31Exatamente.
34:31E você comprou.
34:33Você comprou o leite
34:33e ele vem com o dado.
34:35Entendi.
34:37O André,
34:38a inteligência artificial
34:39vai ter cada vez
34:41mais o impacto
34:42que talvez
34:43esse é o mais preocupante
34:44que é a história
34:45no momento que ela
34:46passa a aprender
34:47ela mesmo
34:48a aprender
34:50com ela.
34:51Não é mais
34:52ela não precisa mais
34:52do dado do outro.
34:55Como vai ficar
34:56essa relação
34:57dos dados
34:58na hora que esses dados
35:00passam a fazer parte
35:01dessa inteligência artificial
35:02e vai multiplicar
35:03esse conhecimento
35:04para uma coisa
35:05que nós
35:05talvez não tenhamos controle?
35:07Eu gosto de olhar
35:08quando eu olho
35:08para essas questões
35:09sobre a quantidade
35:12de dados
35:13que existem
35:14disponíveis
35:15hoje
35:16no mundo
35:17a gente
35:18ainda
35:19pensa nisso
35:20um pouquinho
35:21de uma forma
35:22um pouco limitada.
35:23A gente tem um bias
35:24a gente tem
35:26a tendência
35:26a olhar
35:27para a tecnologia
35:27mas quando você
35:29olha para dado
35:29em si
35:30tem só dois tipos
35:31de dados
35:32tem dado do passado
35:33e dado do futuro.
35:35O dado que você
35:35vai gerar amanhã
35:36ninguém capturou ainda
35:38ele é seu
35:39agora esse do passado
35:42esse do passado
35:43você pode pedir
35:44então a lei
35:46já te permite
35:46então você pede
35:47dado do passado
35:48e os dados
35:49que vieram do futuro
35:49você começa já
35:50a trazer
35:50para a sua poupança.
35:54Para esse negócio
35:54ter um volume
35:56grande
35:56você tem lá
35:58um break even
35:59de número de empresas
36:00que precisa entrar
36:01adotar
36:01como é que funciona
36:02a matemática
36:03disso?
36:04isso foi a coisa
36:05mais difícil
36:06para a gente resolver
36:07porque criar
36:08um efeito
36:10de escala
36:10e um efeito
36:12de rede
36:12em uma indústria
36:16que não existia
36:17ninguém consegue
36:20monetizar dado
36:21hoje
36:22e monetizar
36:23não é comprar
36:23e vender dado
36:24para a gente
36:24é dar para dado
36:25característica de moeda
36:26é dar para dado
36:27transportabilidade
36:28divisibilidade
36:29resistência
36:30a fraude
36:31a gente teve
36:33que reimaginar
36:34o stack
36:34de tecnologia
36:35inteiro
36:35então o que a Dromer
36:36está fazendo
36:37não é construir
36:39a gente não está
36:40indo buscar
36:4012% do mercado
36:41de corrida
36:42de entrega
36:43de comida
36:45a gente está
36:462%
36:478%
36:47do mercado
36:48de aluguel
36:49de apartamento
36:51não
36:51a gente está
36:52querendo
36:52um novo mercado
36:54e o caminho
36:57para fazer isso
36:57foi difícil
36:58e a gente
36:59concluiu
36:59que a gente tem
37:00que rodar
37:004 linhas
37:02de negócio
37:02ao mesmo tempo
37:03a primeira
37:03do consumidor
37:04onde você
37:05traz o consumidor
37:06para abrir
37:07a poupança
37:08fazer os requests
37:10requerir seus dados
37:11e depois
37:11fazer os depósitos
37:12não existe valor
37:13sem o depósito
37:14do dado
37:14sim segundo
37:16as companhias
37:17as contas
37:17pessoas jurídicas
37:19que vão
37:20enriquecer seus produtos
37:21com dados
37:21para beneficiar
37:22consumidores
37:23no terceiro
37:25os agentes
37:26de dados
37:27que são as instituições
37:28reguladas
37:29auditadas
37:30que vão poder
37:30emitir
37:31wallets
37:32e distribuir
37:33poupanças de dados
37:35customizar
37:36inclusive
37:36fazer a poupança
37:37de dados
37:37que atende
37:39ao seu cliente
37:39direto
37:40se você é um banco
37:41tal
37:41se você é operadora
37:42tal
37:42esse é um produto
37:43financeiro?
37:44é
37:44a poupança
37:46de dados
37:47é um produto
37:47em inglês
37:50fala
37:50data backed
37:51é um
37:52ele transforma
37:53o dado
37:54em colátero
37:54colateraliza
37:57o dado
37:57porque o teu dado
37:58vai render
37:58e vai gerar
37:59uma renda
38:00e aí você pode
38:01usar o dado
38:01para fazer até
38:03micro
38:04crédito
38:05André
38:08conta um pouco
38:09a história
38:10sua
38:10como é que você
38:11deixou o Brasil
38:12para se aventurar
38:14no Vale do Silício
38:15e para criar
38:15uma companhia
38:16inovadora
38:17que está inventando
38:18um produto
38:18que não existe
38:19no mercado
38:20que na verdade
38:20está desbravando
38:21um novo mercado
38:22que como você acredita
38:24vai prosperar
38:25demais
38:26nos próximos anos
38:27a história
38:28não foi
38:28orgânico
38:30não foi
38:30por decisão
38:31não foi
38:32por
38:32eu
38:32quando era muito
38:33mais jovem
38:34um dos maiores
38:36bancos do Brasil
38:37o CTO
38:38me levou
38:38para ver
38:40o data center
38:41novo
38:41inauguração
38:42do data center
38:43e eu já
38:44programava
38:45naquela época
38:46e
38:47esse
38:48querido amigo
38:49virou e falou
38:50assim
38:50André
38:50eu tenho aqui
38:51milhares
38:52de formatos
38:53de dados
38:54diferentes
38:54só para fazer
38:57um login
38:58na conta
38:58eu preciso fazer
38:59460 transações
39:01e aí eu olhei
39:02para aquele
39:03data center gigante
39:04eu falei
39:04lindo
39:05prédio bonito
39:07eu falei
39:07puxa
39:08mas você
39:08eu acho que você
39:09só tem dois tipos
39:09de dados aqui
39:10aí ele começou
39:12a rir
39:12você só tem
39:15conversa
39:15e transação
39:16aí ele tomou
39:18um susto
39:19aí eu pensei
39:20na hora
39:20e se eu puder
39:21ter acesso
39:21a todos os dados
39:23desse data center
39:24eu consigo te dizer
39:25quanto valeu
39:27cada conversa
39:27que você teve
39:28aí a gente fez
39:30um algoritmo
39:31mais tarde
39:32mais velho
39:32que chamava
39:34conversas
39:35igual a transações
39:36se você tem
39:37zero conversas
39:38você tem
39:39zero transações
39:40se você tem
39:41uma conversa
39:42você pode ter
39:43N transações
39:44e
39:45por aquelas
39:46coisas do destino
39:47a gente acabou
39:48em um evento
39:49dentro do Harvard
39:50Club de Boston
39:51e a gente
39:53apresentou
39:53esse
39:54esse
39:54esse
39:54é um evento
39:55de tecnologia
39:56financeira
39:57para a costa leste
39:58dos Estados Unidos
39:59inteiro
39:59e a gente
40:00apresentou
40:00esse
40:01esse algoritmo
40:02nesse evento
40:03e a gente ganhou
40:04da maior empresa
40:06de tecnologia
40:06dos Estados Unidos
40:07o primeiro
40:09Best New Technology
40:10Award
40:10a gente ganhou
40:11dessa companhia
40:12na final
40:13a gente
40:13essa grande companhia
40:14super respeitada
40:16e a gente ganhou
40:16deles
40:17e eu fiquei
40:18nos Estados Unidos
40:19eu
40:20então foi
40:21ganhar esse prêmio
40:23que fez você
40:24mudar de país
40:25exatamente
40:25a gente percebeu
40:26que tinha alguma coisa
40:27ali que era muito especial
40:28e o Brasil
40:30sempre
40:31não sou eu só
40:32o Brasil todo
40:33se destaca nisso
40:34se você olhar
40:36para esse algoritmo
40:38ele permitiu
40:38a gente começar
40:39a pensar
40:39valor do dado
40:40e aí logo depois
40:42eu conclui
40:43puxa vida
40:44o Brasil criou
40:44a primeira moeda
40:45digital do mundo
40:46e quando a gente fala
40:47isso fora do país
40:48as pessoas
40:48não acreditam
40:49levar o RV
40:51é verdade
40:52e aí
40:54como é que foi
40:55essa saga
40:56porque
40:56muitas
40:57empresas
40:58podem até ganhar
40:58prêmio e tal
40:59mas morrem na praia
41:00a gente sabe
41:00que é o índice
41:01de mortalidade
41:02dessas empresas
41:03de boas ideias
41:04não conseguir
41:05financiamento
41:05ou dar
41:06a primeira rodada
41:07de capital
41:08segunda
41:08é 90%
41:09é gigantesco
41:11e aí
41:12como é que foi
41:13então essa jornada
41:13muito difícil
41:15não é fácil
41:16é muito difícil
41:17eu tenho até um frame
41:20para isso
41:21eu brinco assim
41:21que a gente tem
41:22algumas fases
41:22na história
41:23de montar companhias
41:24dessa forma
41:26você tem
41:27essa fase
41:28que você descreveu
41:29que é
41:30a Dyson
41:31onde morre
41:3290% morre
41:34então
41:35quando você começa
41:36a colocar o negócio
41:36em pé
41:37as pessoas olham
41:38e pensam
41:38vai morrer
41:41não se preocupa
41:42quando você
41:43começa a colocar
41:44o negócio
41:45para andar
41:45você sai
41:46dessa Dyson
41:47você vai
41:48para Killzone
41:49que é a área
41:50da morte
41:50agora mata
41:53esse
41:53não morreu
41:55mata esse negócio
41:56porque senão
41:56ele vai tomar
41:57se você consegue
41:58sair dessa
41:59Killzone
42:00você vai
42:00para aquela
42:01Buyzone
42:01você não conseguiu
42:03matar
42:04vamos comprar
42:05tentar comprar
42:07não conseguiu
42:08comprar
42:08você
42:08você se torna
42:10uma dessas
42:11companhias gigantescas
42:12e como é que foi
42:14a experiência
42:14em cada um
42:15a gente está
42:17na Killzone
42:17agora
42:18você está
42:18lá
42:19eu mato
42:19descansando
42:20você acha
42:22que você está
42:22na zona
42:23do tiro
42:24agora
42:24eu estou na zona
42:25do tiro
42:25então está cheio
42:26de sniper
42:27olhando para você
42:28acontece de tudo
42:29acontece de tudo
42:30mas é
42:31é uma jornada
42:33que
42:34eu nunca pensei
42:36que
42:36eu fosse experimentar
42:38na minha vida
42:39tantas pessoas
42:42super
42:43super importantes
42:43para a gente
42:44que sempre ajudam
42:44em tudo
42:45a cada dia
42:47assim
42:47quando eu vou
42:48para o trabalho
42:48eu fico pensando
42:49qual será a surpresa
42:51que vai acontecer hoje
42:51porque sempre tem
42:52alguma coisa
42:53muito legal
42:54que acontece
42:55que você fala
42:55impossível
42:57por que isso
42:57aconteceu hoje
42:58você é sempre
42:59surpreendido
43:00agora
43:01André
43:01se você não tivesse
43:02decidido ficar
43:03nos Estados Unidos
43:04com essa sua ideia
43:05boa e com o prêmio
43:06que você havia
43:07ganho em Boston
43:09e voltado
43:10para o Brasil
43:11você acha que
43:12você teria conseguido
43:13fazer ou foi
43:14fundamental
43:14estar no epicentro
43:16de tecnologia
43:17foi fundamental
43:18é fundamental
43:19porque
43:19empresas de tecnologia
43:22disruptivas
43:23que não fazem
43:25inovação
43:25que fazem disrupção
43:26e essas
43:28acontecem só
43:29em mudanças
43:30de paradigma
43:31elas só nascem
43:33em países
43:33de moeda forte
43:34então para a gente
43:37foi fundamental
43:37mas tem uma coisa
43:39importante
43:39que você não pode
43:40deixar de contar
43:41tecnologia
43:43é cultura
43:44e indiano
43:48faz com indiano
43:49americano
43:51faz com americano
43:52por mais que tenha
43:52aquelas duplinhas
43:53no final é
43:55indiano faz com indiano
43:55americano faz com americano
43:56chinês faz com chinês
43:57você não vai para a China
43:58fazer um negócio
43:59sem ter o chinês
44:00brasileiro tem que fazer
44:02com brasileiro
44:02e o que a gente tem
44:06como cultura
44:07em tecnologia financeira
44:09e a gente tem vários valores
44:11que
44:11são completamente diferentes
44:14do mundo
44:14o Brasil tem muito
44:15a colaborar
44:16nessa próxima
44:17mas aí eu tenho
44:18uma pergunta para você
44:19porque nos Estados Unidos
44:21hoje quando
44:22eu
44:22lembro aqui o nome
44:23das 5, 6, 7
44:25margens de empresas
44:26de tecnologia
44:26não tem americano
44:29só tem indiano
44:30chinês
44:31outra coisa
44:32então
44:32o que você está dizendo
44:34é que
44:34mesmo em empresas americanas
44:37geridas por essas pessoas
44:39elas estão com uma
44:41linguagem
44:41indiana ou chinesa
44:43como é que funciona isso?
44:45isso também é outro
44:46ponto que
44:47vale destacar
44:50eu costumo pensar
44:52que se
44:53linguagem faz parte
44:56da nossa cultura
44:57a gente fala português
44:58linguagem define cultura
45:00e se código
45:03é linguagem
45:06e se
45:07puxa
45:09mais do que 70%
45:11do código do mundo
45:12está sendo escrito
45:13agora vai ser escrito
45:14por máquina
45:15mas foi escrito
45:16por
45:17pela Ásia
45:19você não acha que
45:21em todos os produtos
45:22que a gente consome
45:24de tecnologia
45:25a gente tem
45:26um bias
45:27uma influência
45:30cultural
45:31que a gente
45:32nem consegue
45:33perceber
45:33mas que já está ali
45:35que faz parte
45:36do produto
45:38de quem codificou
45:40aquele produto
45:40são valores
45:42são o jeito
45:42de pensar o mundo
45:43é o jeito de
45:44que você escreve
45:46o código
45:46esse é um tema
45:49que me interessa muito
45:50sou muito curioso
45:51sobre esse tema
45:51imagina
45:53é uma língua
45:54como você falou
45:55dado você monetiza
45:57como você descreveu
45:58em relações
45:59e se isso tem
46:01uma influência
46:02de uma língua
46:02hoje por exemplo
46:03o inglês
46:04é a grande língua
46:05é a língua
46:07pátria do mundo
46:08mas
46:09se você está falando
46:10que a língua
46:11da codificação
46:12dos códigos
46:13ela carrega
46:14uma linguagem
46:16que não é
46:16uma cultura
46:17é que nem um livro
46:19é que nem uma poesia
46:20um artigo
46:22que é escrito
46:24por uma pessoa
46:25que tem cultura brasileira
46:26e fala português
46:27escrito por um americano
46:28por um inglês
46:28por um africano
46:30a gente tem que tomar
46:32muito cuidado
46:33para não codificar
46:35as pessoas
46:36para fora da economia
46:38excluir
46:42culturas inteiras
46:43como a gente pensa
46:46excluir línguas
46:48e
46:49como o Brasil
46:52você disse já
46:53muito bem aqui
46:54que o Brasil
46:54foi um país
46:55muito avançado
46:56em tecnologia
46:57principalmente
46:57tecnologia financeira
46:59a criação do Pix
47:00tudo isso
47:00nós realmente
47:01tivemos
47:02um grande
47:03pioneirismo
47:04nós
47:06criamos
47:07coisas como
47:07o Porto Digital
47:08em Recife
47:09que também é um
47:09polo importante
47:10de tecnologia
47:11tecnologia
47:11começa a aparecer
47:13no Brasil
47:13de alguma forma
47:14mas você
47:15trouxe um ponto
47:16fundamental
47:16não existe
47:17moeda forte
47:18significa
47:19que essas
47:20companhias
47:21quando chegar
47:22deixar a infância
47:23entrar nessa adolescência
47:24que chama
47:25essa zona da morte
47:26que você falou
47:27essa kill zone
47:27elas tem que sair
47:29do Brasil?
47:29eu acho que
47:32de novo
47:33vai mais fundo
47:34Felipe
47:34quando você
47:35viu
47:35esse último ciclo
47:37de investimento
47:38que criou
47:39um monte
47:42de jovens
47:42entendendo
47:44como funciona
47:44o framework
47:46de criar
47:47companhias
47:47escalar
47:48companhias
47:49captar
47:50venture
47:50capital
47:51a gente
47:52precisa desenvolver
47:52no país
47:53uma estrutura
47:54para que
47:55o dinheiro
47:55investido
47:57na criação
47:58dessas companhias
47:59e dessa mão
47:59de obra
47:59no Brasil
48:00fique no Brasil
48:01porque
48:02a grande parte
48:04das saídas
48:04das companhias
48:05que foram investidas
48:06no Brasil
48:06acontece fora
48:08os fundos
48:10monetizam
48:11as companhias
48:12fora do Brasil
48:13e isso
48:14não deixa
48:15riqueza
48:15no Brasil
48:16é que aí
48:17temos uma
48:17questão muito
48:19mais profunda
48:19que é política
48:20que é
48:21se livrar
48:22de uma mentalidade
48:23antimercado
48:24que perpetua
48:25nos governos brasileiros
48:26isso é um desastre
48:27para negócios
48:28quer dizer
48:28só carga tributária
48:30o Brasil
48:30taxa 33%
48:32do PIB
48:32e o México
48:3318%
48:34Singapura
48:3516%
48:36então assim
48:36não tem como
48:37pensar
48:38pois é
48:39mas você não acha
48:40que é por falta
48:40de crescimento
48:41econômico?
48:42certamente
48:43o crescimento
48:43econômico
48:44é uma coisa
48:44mas aí
48:45a história do ovo
48:45é galinha
48:46não cresce
48:46porque tem
48:47tanto engessamento
48:48tanto insegurança
48:49jurídica
48:50tanto tributo
48:51tanto passivo
48:53trabalhista
48:54e tributário
48:55que um empreendedor
48:57que nem você
48:57gastaria
48:58mais de um terço
49:00do seu tempo
49:00resolvendo questões
49:01burocráticos
49:02do que investindo
49:03na inteligência
49:04que você fez
49:04a Drumway
49:05eficiência
49:06esse é o ponto
49:08fundamental
49:08mas a gente precisa
49:09de crescimento
49:10econômico
49:11sim
49:11toda vez que eu venho
49:15para o Brasil
49:15eu fico no mesmo
49:16hotel
49:17há anos
49:19é um flat
49:20pequenininho
49:21e todo dia de manhã
49:23eu vou para o mesmo
49:23para o mesmo
49:25café
49:25onde eu tomo café
49:27às oito horas da manhã
49:27com o pessoal do time
49:29clientes
49:30esse tipo de coisa
49:31e todo dia
49:32Felipe
49:33todo dia eu passo
49:34na mesma calçada
49:35e na mesma calçada
49:38eu vejo
49:38uma pessoa
49:40que é um
49:41zelador do prédio
49:42varrendo a calçada
49:43nesses anos
49:45todos trocam
49:46o zelador
49:46mas a vassoura
49:47é a mesma
49:47e a coisa que mais
49:49me irrita
49:49é a vassoura
49:50porque a vassoura
49:50é aquela vassoura
49:51pequenininha
49:51de varrer
49:53um apartamento
49:54é uma vassoura
49:55minúscula
49:56o dia que eu vejo
49:58aquele cara
49:58varrendo com
49:59uma vassoura grande
50:00ou um
50:01soprador
50:02daqueles
50:02alguém se preocupou
50:04e ele também
50:04para mim
50:07está naquela vassoura
50:08todo dia
50:09o cara está com a vassoura
50:10pequenininha
50:11troca o cara
50:12mas a vassoura
50:13é a mesma
50:13a gente tinha que mudar
50:15a mentalidade do país
50:16não há dúvida
50:17e essa é uma mudança
50:19de anos
50:20como você sabe
50:21muito bem
50:22André
50:24me fala uma coisa
50:25qual é o futuro
50:27da drumwave
50:27a drumwave
50:28depois que passar
50:29desse estádio
50:30do tiroteio
50:31que você falou
50:32do estádio
50:33de ser
50:33assassinado
50:35pelos seus concorrentes
50:36ou quando descobrindo
50:37que esse negócio
50:37pode virar muito grande
50:38qual é o futuro
50:41da drumwave
50:42é se tornar
50:43essa mega companhia
50:44passar por esse estágio
50:47e ter que descobrir
50:48um parceiro
50:49ou ter uma fusão
50:50aquisição futuramente
50:51como é que você
50:51vislumbra a drumwave
50:53em vamos dizer assim
50:535, 10 anos
50:55eu acho que
50:57nos próximos 5 anos
50:58são os próximos
50:59anos mais importantes
51:00da história
51:01das nossas gerações
51:02de quem está vivo hoje
51:03a gente vai ver
51:04uma transformação
51:05profunda
51:07no modo de produção
51:08em como as pessoas
51:10realmente se relacionam
51:12e o papel
51:13da drumwave
51:14nisso
51:14é permitir
51:15que todo mundo
51:17possa ter autonomia
51:19sobre o valor
51:19do seu dado
51:20e a gente não pode
51:22fazer trade-off
51:23qualquer trade-off
51:25qualquer decisão
51:27mais imediatista
51:29ou mais
51:30vai
51:32ter o poder
51:33de
51:33ameaçar
51:35o futuro
51:35da companhia
51:37então
51:38o que eu vejo
51:40é uma companhia
51:41com muito DNA
51:42brasileiro
51:43aliás não
51:43eu vi uma
51:46definição
51:47de um
51:48senador americano
51:49chamado Kevin DeLeon
51:49que tem ajudado
51:51a gente
51:51ele falou que a
51:52drumwave é
51:53uma companhia
51:54que nasceu
51:56na Califórnia
51:57com DNA brasileiro
51:58é como se o Brasil
51:59e a Califórnia
51:59tivesse tido um filho
52:00eu tenho
52:03grandes expectativas
52:05assim
52:05sobre o futuro
52:06da companhia
52:07ela
52:07ela é importante
52:09quando eu me questiono
52:11Felipe
52:12porque todo mundo
52:13se questiona
52:13porque que a gente
52:15conseguiu chegar
52:16até onde a gente
52:17chegou
52:17passando por todos
52:19os desafios
52:20internos e externos
52:22e eu sempre me questiono
52:24as vezes eu falo
52:25puxa vida
52:25porque que a gente
52:26está vivo
52:27e a gente
52:28conseguiu chegar
52:29nesse estágio
52:30e lançar o produto
52:31fazer essas coisas
52:32aí
52:33um pouco tempo atrás
52:35veio a resposta
52:35porque é importante
52:36porque o que a gente
52:37está fazendo é importante
52:38agora
52:41quando você pensa
52:43desbravando
52:44o novo mercado
52:45quem que você imagina
52:47os seus concorrentes
52:48futuros
52:49os bancos
52:50as empresas
52:51de tecnologia
52:52as Amazon da vida
52:53aquelas Apple
52:54quem que você vê
52:54que vai ser concorrente
52:56da Drumway
52:56hoje a gente já tem
52:58um monte de concorrente
52:58porque
52:59não exatamente
53:01do que a gente
53:01está fazendo
53:02porque para fazer
53:04para poder permitir
53:05que o valor monetário
53:07suba
53:08lado da cloud
53:09lá para cima
53:11para o consumidor
53:12e para as companhias
53:13você precisa criar
53:15uma companhia
53:16que tem posições
53:17em todas as camadas
53:19do stack de tecnologia
53:20porque se não
53:21quando você
53:22for buscar o valor
53:23lá na infraestrutura
53:25e tentar subir
53:26o valor de volta
53:27para você
53:28do seu dado
53:29você vai pagar pedágios
53:30e simplesmente
53:33o dinheiro
53:34vai sobrar nada
53:34não sobra nada
53:35para você
53:36e a gente
53:36precisou construir
53:37um fustec inteiro
53:38para isso
53:39entendi
53:40André
53:42a Drumway
53:44hoje não é
53:45evidentemente
53:46uma companhia
53:46de capital aberta
53:47mas a ideia
53:48vai ser
53:48se tornar
53:49uma companhia
53:49de capital aberta
53:50isso é por mérito
53:51você tem que
53:53passar todas as fases
53:54e se a companhia
53:57se desenvolver
53:58dessa forma
53:59e vai falando
54:01sobre a concorrência
54:01fechando a história
54:02da concorrência
54:03a gente tem competidor
54:04em todas as camadas
54:05tanto na infraestrutura
54:07quanto no pagamento
54:08você não tem
54:08não é no produto final
54:10mas nessas stacks
54:12de intermediação
54:13você tem concorrente
54:14sim
54:14e aí você olha
54:15o modelo
54:16de financiamento
54:17e de geração
54:18que cria essas companhias
54:20o modelo é
54:21como ele
54:21ele tenta
54:23mitigar risco
54:24ele
54:25vai criar
54:27companhias
54:27nas camadas
54:28entendi
54:29e
54:30comprar uma briga
54:31para fazer um full stack
54:33só brasileiro mesmo
54:34agora
54:34André
54:37muito obrigado
54:38por participar aqui
54:38da entrevista
54:39com o Davi
54:39foi um grande prazer
54:40e algo inspirador
54:43para a nossa
54:43juventude
54:44aqui ver um brasileiro
54:45que se deu bem
54:46no Vale do Silício
54:47criando um produto
54:48inovador
54:49e desbravando
54:50um novo mercado
54:51que até então
54:52inexistia
54:52parabéns
54:53eu que te agradeço
54:54foi fantástico
54:55e nós ficamos por aqui
54:57e para você
54:58que gosta do jeito
54:59Jovem Pan
55:00de notícias
55:01não deixe de fazer
55:02a sua assinatura
55:02no site
55:03jp.com.br
55:05lá você acompanha
55:06conteúdos exclusivos
55:08análises
55:09comentários
55:09e tem acesso
55:10ilimitado ao
55:11Panflix
55:12o aplicativo
55:13da Jovem Pan
55:14obrigado pela sua
55:15companhia
55:16e até o próximo
55:17Entrevista com Dávila
55:19Entrevista com Dávila
55:26A opinião dos nossos
55:30comentaristas
55:31não reflete necessariamente
55:32a opinião do grupo
55:34Jovem Pan
55:34de comunicação
55:35Realização Jovem Pan
55:41Jovem Pan
55:43Jovem Pan
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