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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (5), em conversa com jornalistas em Brasília, que as ações sociais do governo seguem respeitando o arcabouço fiscal e que o programa “Pé-de-Meia”, voltado a estudantes de baixa renda, está “100% dentro” das regras fiscais.

“O ‘Pé-de-Meia’ está totalmente dentro do arcabouço. Nós refizemos o programa do Vale Gás, também está completamente dentro do arcabouço, não tem mais nada fora”, disse Haddad.

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Transcrição
00:00O ministro da Fazenda fala com os jornalistas, agora em Brasília, ao vivo, na porta do Ministério
00:11da Fazenda.
00:12Vamos acompanhar.
00:13Tanto com o presidente quanto com o relator, para saber como é que eles pretendem encaminhar.
00:18Já fez o que passa hoje?
00:20Você é tão presente para mim.
00:22Eu não sei, porque eu não conversei com o presidente da Via ainda.
00:25Eu vou conversar com ele, como teve o episódio da Câmara mostrando que encontrar um caminho.
00:32Mas, enfim, ali é mais uma questão de justiça tributária do que propriamente de resultado fiscal.
00:39Porque realmente está desbalanceada a tributação desses super ricos.
00:45Ministro, hoje o Comitê de Política Monetária do Banco Central vai divulgar a taxa básica de juros.
00:50A expectativa é sem maiores novidades, mantendo em 15% ao ano.
00:54Qual é a sua avaliação com relação, mais uma vez, a essa taxa?
00:58E como o senhor pode mudar esse quadro?
01:01As pessoas conhecem a minha opinião sobre isso.
01:05E, às vezes, ao contrário do resto do mundo, onde esse tipo de debate é feito com muita tranquilidade,
01:13aqui no Brasil o debate não é bem recebido.
01:17Como se fosse um tabu conversar sobre economia.
01:20E, na minha opinião, eu já, ontem mesmo, já me manifestei sobre isso.
01:27Acho que o Banco Central tem o mandato dele, o respeito institucionalmente, os diretores.
01:33E vamos ver como é que as coisas acontecem.
01:36Mas, na minha opinião, eu me sinto no direito e até na obrigação de emitir.
01:42Sempre lembrando que, do ponto de vista institucional, o respeito, tanto de um lado como de outro, é normal.
01:52Está bem?
01:52Olha, na verdade, ela, no caso, não sendo matéria tributária, essa MP nem passou por aqui, só para te deixar claro isso.
02:12Então, é uma MP de reorganização de um programa social.
02:16Mas, em se tratando disso, se ela caducar o ano que vem, e se isso acontecer o ano que vem,
02:23o governo está autorizado a editar a mesma medida provisória.
02:29Não tem nenhum obstáculo a uma reedição.
02:34Mas eu acredito que a formulação que foi feita vai ser bem recebida pelo Congresso.
02:39Teve mudanças, sobretudo na questão da governança do programa.
02:55Que é quem que vai organizar o cadastro do programa.
02:59Entendeu?
03:00Mas era bom falar com as outras pastas que formularam essa proposta.
03:07Eu tomei conhecimento dela ontem, em virtude de uma necessidade de reorganização do programa.
03:14A questão não é de corte, a questão é de coordenação da evolução da despesa.
03:26É, exatamente.
03:31Você controla o crescimento, forçando a uma melhoria do cadastramento do programa.
03:38Isso é o objetivo desde o começo.
03:40Neste semana, o Congresso falou medidas que aumentam o desprezo.
03:44No caso do Ministério da Defesa, sei que vai ficar uma parte fora do acabamento fiscal.
03:49E também, ontem à noite, aumento de salários para o Poder Judiciário.
03:53Olha, eu não trato da questão do Judiciário aqui, porque eles têm um orçamento próprio
04:01que segue a lógica do acabamento fiscal.
04:03E eu acredito que não tenha havido, da parte do Congresso, a excepcionalização dessa regra.
04:11É o que vale para o Judiciário também.
04:12Não, depende do Congresso.
04:22Nós estamos esperando votar o que falta votar, que é o corte linear que foi proposto pelo
04:30Congresso para o Presidente da República.
04:33Eu quero enfatizar isso, né?
04:34Aquele corte linear de gasto tributário que foi proposto pelos dois presidentes na mesa
04:40do Presidente da República.
04:41Então, está dependendo disso.
04:43Mas eu não vejo no horizonte necessidade...
04:46Eu acredito que depois de feito o balanço de tudo, o orçamento perdeu a nossa vontade
04:53normalmente.
04:53Falta o que está no Senado, que o Juscelino relatou e está no Senado.
05:03Parece que vai bem lá no Senado, sem problema.
05:07E o que está com o Mauro Benevides.
05:10Aquele é muito pequeno.
05:19É um impacto muito pequeno dentro do orçamento para causar uma turbulência na peça orçamentária.
05:26Não é disso que se trata.
05:28Então, não está mais contando com a arrecadação da PES ao menos?
05:31Não.
05:32Estou por estar no orçamento.
05:33Eu vou fazer um ajuste pequeno no orçamento.
05:35Mas ele é pequeno.
05:36Ele não tem expressão significativa.
05:42Daquele projeto?
05:46Aquilo é menos de 5 bilhões.
05:48E se colocaram mais 5 bilhões para fora dos milímetros que acabaram de pegar essa defesa,
05:53mas não é assim ruim.
05:54E já tem muita coisa fora.
05:56Não tem nada fora.
05:58Isso que é curioso.
06:01Porque vocês insistem com uma coisa que...
06:03O pé de e-mail está 100% dentro do arcabouço.
06:16Nós refizemos o programa do Vale Gás para estar completamente dentro do arcabouço.
06:21Não tem mais nada fora do arcabouço.
06:23Agora, tem decisões do Congresso que eu tenho que receber, dependendo do mérito, eu tenho que endereçá-lo para a subsementar.
06:37Não tem...
06:38Entendeu?
06:39Então, o limite é a democracia.
06:43Quando a democracia estabelece uma regra que não passou pela fazenda,
06:46e se for validada, foi muito bem recebida pelo Congresso, esse apoio às Forças Armadas em função da questão geopolítica,
06:58eu tenho que conversar com os parlamentares sobre isso, que é o que eu estou falando.
07:01Está bem?
07:02Obrigada, ministro.
07:05Então, a gente acompanhou a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diretamente de Brasília.
07:11E eu vou falar com a Mariana Almeida, porque, Mari, muito se falou do arcabouço fiscal,
07:16da medida provisória ainda, que já foi aprovada no corte de gastos do governo,
07:20agora tem que aprovar.
07:22O Congresso vai analisar, aqui aumenta um pouquinho a arrecadação,
07:25só para a gente pontuar que o arcabouço fiscal teve as despesas com gastos de defesa nacional
07:30de 5 bilhões de reais por ano retiradas dos limites fiscais.
07:34Então, isso também o ministro disse.
07:37Parece que ele está à sobra ali, não está muito preocupado.
07:40quando disse o seguinte, olha, depende tudo do Congresso agora, né?
07:43Isso já foi levado para lá, já foi debatido, agora depende deles.
07:48Meio assim, não há muito mais o que fazer, né, Mariana Almeida?
07:51Pois é, e tem uma questão que é, não há muito mais o que fazer,
07:54e talvez não seja só comigo também o papo, né?
07:56Ele deu, tem algumas conversas, ele falou, olha, mas isso aí é pasta.
08:01É um outro guichê, né?
08:02É isso, tem outros guichês.
08:04E aí, lembrando, acho importante, porque se a gente for falar realmente de estabilidade fiscal,
08:08a gente está falando de um lado, sim, de um campo que tem diretamente a ver com o ministro Fernando Haddad,
08:13que é o processo das receitas, de você, como é que se melhora a arrecadação,
08:18o que você tem problemas do ponto de vista de atrapalhar via arrecadação a atividade econômica.
08:23Esse é o campo da fazenda per se.
08:25Do outro lado, que também é parte constituinte fundamental do fiscal, é qualidade do gasto.
08:30Como você vai gastar?
08:32Quais são as estruturas que você tem, as alternativas para criar cenários
08:35em momentos de menor disponibilidade de caixa,
08:38em momentos de organização para tentar ser mais efetivo em situações como se vive,
08:43como faz parte de governar, né?
08:45Que são situações muitas vezes inesperadas e que o governo também tem que reagir,
08:49além das que têm a ver com estabilidade de políticas públicas,
08:52de garantia de processo de desenvolvimento nacional.
08:54Bom, a parte de gasto não é realmente só o ministro Haddad.
08:58depende do conhecimento instalado, das diretrizes das várias pastas
09:02e de uma coordenação no âmbito de planejamento.
09:05Planejamento, o ministério que seria responsável por organizar essas despesas,
09:09por avaliar essas despesas e dar sinais um pouquinho mais robustos do que pode ser feito.
09:14A impressão que dá é que acaba caindo na fazenda,
09:16fica só no fechamento da conta, mas sempre no afogadilho.
09:20É esse ano, é o mais premente para o ano que vem.
09:24E uma visão de país mesmo, de qual vai ser a estratégia fiscal mais ampla,
09:30receita e despesa, pensando em como combinar essas coisas,
09:33de novo, avaliando, qualificando o gasto público,
09:36isso fica muito fora de cena.
09:38E aí é um monte de penduricário que a gente vai até ouvindo os vários repórteres.
09:40Mas e esse projeto? E esse projeto? E esse projeto?
09:43É um monte de projetos que vão se somando sem ter uma visão de um todo,
09:47que seria tão fundamental para dar unidade e vislumbrar uma sustentabilidade fiscal
09:52com confiança mesmo no longo prazo, não é, Klein?
09:55É, só mais um detalhezinho dessa entrevista do ministro da Fazenda.
09:58Ele falou sobre taxa Selic, perguntada pela nossa repórtera Fernanda Sete,
10:02do que esperava, que deve ser mantida em 15%.
10:04Ele falou que a gente não é aberto ao debate.
10:06Fato é o seguinte, a taxa está bastante restritiva,
10:10uma das mais altas do mundo, 15% ao ano.
10:12Isso já vem desde o Campos Neto, que era muito criticado,
10:17o antecessor de Gabriel Galípolo.
10:21Gabriel Galípolo não conseguiu reduzir, pelo contrário,
10:23teve que aumentar a taxa de juros.
10:26Agora, Mariana Almeida, o governo parece também que não ajuda,
10:28o Banco Central quer uma redução dos juros, mas não ajuda.
10:32Por quê? Eu vou te colocar aqui vários fatores, vários motivos.
10:36E não dou um pouquinho o mercado com o dinheiro no bolso do consumidor.
10:40Então, você teve o seguinte, liberação do FGTS para quem havia optado pelo saque-aniversário.
10:46O saque-aniversário fica retido do FGTS para quem foi demitido sem justa causa
10:49e, ano a ano, poderia ser retirado.
10:54Quem optou pelo saque-aniversário, ele liberou para todo mundo sacar.
10:58Ele fez o empréstimo consignado privado.
11:01Então, assim, você vai liberando bastante dinheiro na economia,
11:04você vai aquecendo a economia.
11:05Você aquece a economia, a tendência é o quê?
11:08Você pressiona preços, sobe a inflação.
11:10Como é que, do outro lado, você quer cortar juros?
11:12Pois é, Clem, mas aí é onde eu acho que o debate é exatamente
11:15como é que a gente avalia cada uma das medidas e entende o efeito que elas têm.
11:19Porque se a gente ficar restrito na conversa do
11:21mais demanda ou menos demanda, mais gasto ou menos gasto,
11:25a gente só está falando de agregado.
11:26Agregado é uma parte do tema da economia.
11:29Falar em termos gerais quanto você está gastando
11:31e quanto você está arrecadando e qual é o resultado.
11:34Isso é global, mas faz diferença.
11:36Do ponto de vista, por exemplo, do ganho de eficiência que se tem no consignado
11:43com redução de risco e possível redução também de taxas de juros cobrados
11:47aos consumidores, pode ter alguma vitória ali.
11:50É contraditória com o processo que faz cair a eficiência política monetária?
11:55Isso é o que precisa fazer avaliação, comentário e amarração
11:59para a gente qualificar e adensar esse debate.
12:02O que o governo faz na economia faz diferença não só em termos do tamanho,
12:06mas também da qualidade.
12:07E essa é uma parte que fica pouco debatida.
12:11Seja por parte do governo, seja por parte da sociedade
12:13que acaba sempre voltando realmente.
12:15A gente acaba tendo que estressar um pouquinho o tema nos resultados.
12:18Mas cabe ao governo empurrar também essa qualificação,
12:21volto a dizer, trazendo debates no campo do planejamento
12:24e dando dados para que a gente possa fazer esse adensamento necessário do debate.
12:28Olha, Mariano Almeida, se Gabriel Galípolo tivesse uma conversa assim,
12:32a mesa com o Fernando Haddad, aquela conversa mais descontraída,
12:35eu acho que ele diria o seguinte, sabe aquela história do
12:37ajuda-me, me ajuda a te ajudar, entendeu?
12:41Eu acho que precisa um pouquinho da ajuda também da parte de lá do governo
12:45para que o Banco Central consiga aí tomar medidas
12:48de um pouquinho mais de afrouxamento monetário.
12:51e a gente sabe que isso não deve acontecer porque o ano que vem tem eleição.
12:54E a tendência é uma enxurrada de projetos sociais
12:58e mais liberação de dinheiro nas ruas.
13:00Talvez tivesse que ter mais gente nessa mesa aí,
13:02se é para ajudar mesmo, viu, Klein?
13:04Pois é.
13:04Além do Fernando Haddad e Gabriel Galípolo,
13:07acho que as outras alas do governo que fazem a política pública
13:10de implementação mesmo teriam que estar incluídas nessa conversa.
13:14Seria uma mesa quase igual da Santa Ceia.
13:16Até já, Mariano Almeida.
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