Uma missa foi realizada em homenagem aos quatro policiais mortos durante a megaoperação da Polícia Militar e da Polícia Civil contra o crime organizado no Rio de Janeiro.
A cerimônia, que contou com a presença de familiares e de autoridades de segurança, destacou o luto da corporação e a bravura dos agentes que atuaram no Complexo da Penha. Reportagem: Rodrigo Viga.
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00:00Rio de Janeiro agora, os quatro policiais mortos durante a mega-operação no Complexo do Alemão
00:04foram homenageados com uma missa no Teatro Municipal do Rio.
00:08Repórter Rodrigo Viga chegando com as últimas informações aqui ao Jornal Jovem Pan.
00:12Claro, ainda muita comoção por tudo que o Rio de Janeiro está vivendo nesses últimos dias.
00:18Bem-vindo, Viga, sempre ao Jornal Jovem Pan. Abraço, boa noite.
00:24Obrigado, Tiago. Sempre um prazer estar com você, com o nosso ouvinte, espectador, internauta
00:28desse Jornal Jovem Pan. Boa noite também para os nossos comensaristas.
00:32Terminou agora há pouco aqui, ó, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, um símbolo da cidade,
00:36por que não dizer, é de todo o país, a missa de sétimo dia em memória aos quatro agentes de segurança
00:43que morreram na mega-operação da semana passada, que totalizou cento e vinte e uma pessoas mortas,
00:50cento e dezessete ligados ao Comando Vermelho, ao crime organizado, e dois policiais civis e dois policiais militares.
00:57A Cúpula da Segurança estava aqui presente no Teatro Municipal do Rio de Janeiro,
01:03bem como o governador Cláudio Castro, para essa homenagem aos policiais Cleiton Serafim Gonçalves,
01:09Heber Carvalho da Fonseca, Marcos Vinícius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Veloso Cabral.
01:17O Teatro Municipal do Rio de Janeiro estava pleno, estava lotado para essa homenagem,
01:23que foi uma missa de sétimo dia nesse símbolo aqui do Rio de Janeiro.
01:28Meu caro Tiago, a gente tem falado muito sobre a operação mais letal de toda a história,
01:33mas essa também foi aquela com o maior número de mortos policiais em uma intervenção das forças de segurança aqui do Estado.
01:41Quatro no total, esses que foram homenageados aqui no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
01:46Mais de dez, além dos quatro que morreram, ficaram feridos.
01:49Teve até um delegado da Polícia Civil que perdeu a perna após ser alvejado.
01:54E seis agentes de segurança permanecem internados, sendo quatro em estado grave, lutando pela vida contra a morte.
02:04Nós conversamos com representantes do governo do Estado do Rio de Janeiro,
02:07inicialmente com o comandante da Polícia Militar do Rio, coronel, secretário da PM, Marcelo de Menezes,
02:14que falou desse triste dia em que se lembra a morte de quatro agentes de segurança após a mega-operação na PEM, no Alemão.
02:23Vamos ouvi-lo.
02:24É um dia que a gente precisa acolher e homenagear a família desses heróis.
02:29É um momento de consternação da corporação, mas é um momento também que eu entendo que essa operação traz um movimento diferente na sociedade de bem
02:39para que a gente possa efetivamente virar a chave da segurança pública desse país
02:45e que as vidas do sargento Weber, do sargento Serafim, do policial Rodrigo, do policial Marco Vinícius não ficarão em vão.
02:54Certamente as respostas serão dadas à altura e dentro da legalidade.
02:59Na visão da Cúpula da Segurança do Rio de Janeiro e também do governador Cláudio Castro,
03:06os quatro que foram homenageados aqui no Teatro Municipal do Rio de Janeiro
03:09são as únicas e verdadeiras vítimas daquele conflito na Serra, no topo da PEM e do Alemão,
03:17na Serra da Misericórdia, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
03:20Os demais, segundo palavras do próprio secretário de Segurança, do comando da Polícia Militar e do governador Cláudio Castro,
03:27eram criminosos. Castro chegou até a dizer que eram vagabundos do Comando Vermelho, a principal facção criminosa do Rio de Janeiro.
03:36É apenas o começo de uma série de operações que vem pela frente.
03:41Vamos ouvir um pouco mais o comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o coronel Marcelo de Menezes.
03:46Em um momento, a predisposição da nossa operação era de buscar mortes.
03:55Preciso que se entenda que segurança pública não é uma ciência exata, não é uma ciência cartesiana.
04:01Existem variáveis que você não controla.
04:04E também é preciso que se diga que você está diante de narcoterroristas fortemente armados,
04:12que têm, sim, eles pré-disposição para reagir, para matar, para buscar realmente um enfrentamento.
04:19É uma doutrina dessa facção criminosa.
04:22E a gente não vai esmorecer, a gente não vai recuar e ninguém vai parar a gente.
04:27Esse também tem sido o lema da Cúpula da Segurança Pública.
04:34Não vai haver recuo, é apenas o início, apenas o começo.
04:39E as forças de segurança se sentem, de alguma forma, mais robustecidas e fortalecidas, Thiago.
04:44Por conta da aprovação popular.
04:47Pesquisas de opinião mostraram que a popularidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro,
04:53subiu após a mega-operação da semana passada.
04:56E essa operação foi considerada, por maior parte dos moradores do Rio de Janeiro, um grande sucesso.
05:03O governador Cláudio Castro, inclusive, disse que já estão, entre aspas, agendadas,
05:09pelo menos mais dez operações em favelas e comunidades aqui do Rio de Janeiro,
05:15ao longo das próximas semanas, antes do início daquele processo de retomada de territórios,
05:21que deve começar no ano de dois mil e vinte e seis.
05:24Vamos ouvir o governador Fluminense.
05:26Tem pelo menos dez operações sendo preparadas.
05:32Não quer dizer que são incursões, não quer dizer que sejam iguais a essa.
05:37Quando a gente fala operações, são operações de combate ao crime organizado.
05:41Também não quer dizer que são todas numa organização criminosa só.
05:45Na verdade, se for olhar as investigações, tem muito mais que dez.
05:52O que eu falei é que tem pelo menos dez aí, já muito robustas,
05:57para que em pouco tempo as polícias possam estar cumprindo esses mandatos
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