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O governo brasileiro adotou uma postura otimista em relação à negociação com os Estados Unidos sobre o tarifaço. Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não "pintou química" entre ele e Donald Trump, mas sim "uma indústria petroquímica", citando a boa conversa entre eles e até a liberdade para chamar o líder americano de "você". O chefe do Executivo confirmou que ocorrerá uma conversa entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio nesta quinta-feira (16), para negociar o tarifaço e as sanções contra autoridades. Apesar da empolgação por parte do Brasil, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o Representante Comercial, Jamieson Greer, reforçaram nesta quarta-feira (15) que as tarifas foram impostas devido a medidas brasileiras contra empresas e cidadãos americanos consideradas ilegais, principalmente na questão comercial.

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00:00Para começar, o governo brasileiro adotou uma postura otimista em relação à negociação com os Estados Unidos sobre o tarifácio.
00:08Segundo o presidente Lula, não pintou química entre ele e Trump, mas uma indústria petroquímica, citando a boa conversa entre eles e até a liberdade para chamar o líder americano de você.
00:22O chefe do executivo confirmou que ocorrerá uma conversa entre o chanceler Mauro Vieira e também o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio amanhã para negociar o tarifácio e as sanções contra autoridades.
00:35Apesar da empolgação por parte do Brasil, o secretário do Tesouro Scott Bassan e o representante comercial Jameson Greer reforçaram nesta quarta-feira que as tarifas foram impostas
00:48em razão de medidas brasileiras contra empresas e cidadãos americanos.
00:53Medidas consideradas ilegais, principalmente na questão comercial.
00:58Acho que alguns elementos, alguns aspectos para a gente discutir sobre essa reunião que acontecerá, ao que tudo indica, amanhã, entre diplomacia brasileira e norte-americana.
01:09Quem é que está ao vivo com a gente? O Mota já está preparado?
01:12Luiz Felipe Dávila, ao vivo. Dávila, seja bem-vindo.
01:15Uma ótima noite a você, inclusive as informações que chegam é que há um clima de otimismo, uma sensação de que boas coisas poderão acontecer amanhã
01:27nesta reunião entre a diplomacia brasileira com os representantes do governo norte-americano.
01:33Você acha que esse é o clima? É tentar negociar todos os assuntos de uma vez?
01:38O presidente Lula até fez um trocadilho, não rolou uma química, rolou uma indústria petroquímica.
01:44Enfim, quais as leituras que a gente pode fazer e o que é possível projetar para amanhã, Dávila? Bem-vindo.
01:51Boa noite, Caniato. Boa noite aos meus colegas. Boa noite à nossa audiência.
01:56O presidente Lula, até na hora de elogiar, ele pensa numa estatal, né?
02:00Porque ele já pensa na Petrobras, assim. Ele quer estatizar a química com o presidente Donald Trump.
02:06Mas o fato é que não é uma questão de otimismo ou pessimismo.
02:10O que nós precisamos na negociação amanhã é realismo, objetividade, pragmatismo.
02:18A tal da química que ocorreu durante a reunião da ONU é apenas um passe para dizer
02:25vamos deixar as diferenças de lado e vamos começar a negociar.
02:29Agora é que começa o jogo para valer.
02:33E para isso, o Brasil precisa estar preparado para negociar, ceder e saber
02:39como vai responder a pressão dos Estados Unidos para questões fundamentais,
02:45como é o caso dos minerais raros.
02:47Portanto, não é uma questão de otimismo ou pessimismo.
02:51É uma questão de realismo.
02:53E o que me preocupa sempre é justamente a ausência de realismo, pragmatismo e objetividade
03:00nas negociações do lado do Brasil.
03:03Afinal de contas, o histórico deste governo na diplomacia não é nem um pouco bom.
03:09É uma diplomacia que foi capturada por uma visão partidária, militante, ideológica
03:16que simplesmente ignora os interesses nacionais para colocar à frente o jogo de cena político-eleitoral.
03:26É justamente isso do que o Brasil não precisa nesse momento.
03:30O Brasil precisa de diplomacia, negociação séria, objetividade.
03:34Caso contrário, vamos perder a oportunidade que os Estados Unidos deram ao país
03:41no discurso de Donald Trump, que usou esse tal termo da química para abrir espaço para negociação.
03:51Tomara que amanhã sabemos como aproveitar esta chance que apareceu em nossa frente.
03:59Afinal de contas, quem vem pagando essa conta é o Brasil.
04:02Nós perdemos 20% das nossas exportações para os Estados Unidos nos últimos dois meses.
04:10Muitas expectativas para quinta-feira, os holofotes voltados para essa reunião.
04:15Chama o Roberto Mota também ao vivo.
04:17Está lá no Rio de Janeiro, vai trazer as análises e as projeções sobre esse encontro
04:22que parece que será muito importante e vão tratar de várias questões.
04:26E a informação que chega, Mota, é que há um clima de otimismo.
04:31As autoridades brasileiras apostam em uma reunião que poderá determinar, inclusive,
04:37a reversão de medidas que foram tomadas pelos Estados Unidos.
04:40E lá atrás, muito se falava, não, só falaremos de questões comerciais.
04:45Mas parece que o jogo pode virar e as autoridades brasileiras talvez tratem não somente de questões comerciais,
04:52mas também das sanções.
04:54Temos um pacote completo, Mota, o que a gente precisa trazer, discutir e considerar.
04:58Bem-vindo.
05:00Primeiro, a gente precisa admirar esse otimismo.
05:05No mundo onde tanta coisa vai mal, onde tanta gente é pessimista,
05:10é interessante ver esse otimismo no governo brasileiro.
05:14Boa noite a você, Caniato.
05:16Boa noite aos meus colegas de bancada.
05:18Boa noite à nossa audiência e parabéns aos mestres do Brasil.
05:25Hoje é o dia do professor.
05:27Agora vamos voltar à negociação do governo brasileiro com o governo americano.
05:33O mundo está de cabeça para baixo.
05:37Por isso, a gente precisa ter cautela.
05:39Talvez exista mesmo algum motivo que a gente desconhece para o governo brasileiro ser assim tão confiante
05:49e pedir o fim das sanções contra autoridades brasileiras.
05:55Então, fica aqui a sugestão.
05:59Aproveita esse momento, governo brasileiro.
06:02Aproveita e pede mais.
06:05Pede também o fim das sanções americanas à Venezuela, ao Irã.
06:10Pede o fim do embargo à Cuba.
06:13Aproveita.
06:14Pede para o Trump deixar de apoiar o Milley.
06:18Aproveita e pede para os Estados Unidos cederem o canal do Panamá para a China.
06:23Aproveita essa autoconfiança toda e avisa que o governo brasileiro vai censurar as redes americanas, sim.
06:33Do jeito que ele quiser, na hora que ele quiser.
06:38Aproveitem essa petroquímica, senhores negociadores, porque nada de bom dura para sempre.
06:47Inclusive, essa discussão que a gente tem com os nossos comentaristas é o tema da enquete do dia.
06:52Depois, se você puder, entre no nosso portal de notícias e manifeste a sua opinião sobre qual estratégia o governo brasileiro deve adotar nessa reunião.
07:00Otimismo total?
07:01Vamos tentar negociar a reversão das tarifas, reversão das sanções?
07:06Ou é preciso ter cautela?
07:08Vamos tratar somente das questões econômicas e comerciais?
07:12Tentar reverter o tarifaço?
07:14Neste momento, é melhor focar os esforços nisso.
07:17Queria saber o que você pensa a respeito dessa discussão.
07:20Cristiano Beraldo, ao vivo com a gente, vai trazer também suas análises.
07:24E o que é preciso considerar, quando a gente olha para um evento superimportante,
07:28uma reunião entre diplomacia do Brasil e dos Estados Unidos,
07:31e a possibilidade de reverter medidas que foram tomadas pelos Estados Unidos.
07:36Parece que esse clima de otimismo pode, inclusive, propiciar que a diplomacia brasileira trate de vários temas,
07:43mas, ao mesmo tempo, um pacote, um combo, Beraldo.
07:47Bem-vindo.
07:49Boa noite, Keniato.
07:50Boa noite, Dávila, Mota.
07:51E boa noite, audiência que prestigia diariamente os pingos nos vistos.
07:55Keniato, veja, são duas perspectivas completamente diferentes.
07:59Talvez, de alguma forma, até opostas em relação a esse encontro de amanhã.
08:03De um lado, nós temos os Estados Unidos, que sabem exatamente o que querem.
08:07Ele tem ali uma lista de demandas, sabe como ampliar uma balança comercial que era favorável aos Estados Unidos,
08:15mas que agora ele pode aproveitar essa questão das tarifas, do tarifácio,
08:19para colocar ali outros ganhos para os Estados Unidos em relação ao Brasil,
08:24e isso será colocado à mesa.
08:27É óbvio que nós tivemos também o presidente brasileiro criticando os Estados Unidos nesses últimos dias,
08:34e, da mesma forma, os representantes do governo norte-americano também têm ali liberdade para se manifestar,
08:41enfim, serem duros da maneira que foram.
08:44E isso vai criando um clima que não abala, no meu entendimento, o que será discutido amanhã,
08:50ou seja, as demandas que os Estados Unidos têm em relação ao Brasil.
08:55Aí a gente olha para o outro lado da mesa.
08:57Do outro lado da mesa, terá o chanceler brasileiro com a missão de fazer aquilo que o presidente da república o instruiu para fazer.
09:07Só que as instruções recebidas por ele, pelo presidente da república, dadas pelo presidente da república,
09:13não têm a ver com ganhos do Brasil, do ponto de vista estratégico, numa relação com os Estados Unidos de longo prazo.
09:20Porque o Brasil tinha muito a ganhar com essa relação de longo prazo com os Estados Unidos.
09:24O Brasil tem, aqui, no mesmo continente, numa distância muito menor do que a China, por exemplo,
09:33o melhor mercado consumidor do mundo, porque é onde mais circula dinheiro.
09:37Você tem um número gigantesco de famílias na classe média.
09:42Você tem ali uma força econômica brutal, a principal economia do mundo.
09:46Isso tem tudo acontecendo nos Estados Unidos.
09:48Aliás, tecnologias de ponta sendo desenvolvidas ali nos Estados Unidos,
09:52que vão colocar o mundo inteiro num outro patamar.
09:55O mundo inteiro, menos o Brasil.
09:59Porque o Brasil não leva essas coisas a sério.
10:01O Brasil assiste a esses movimentos como algo longínquo, distante,
10:06que não vai impactar ninguém por aqui.
10:09Porque a preocupação com o impacto é
10:12vai impactar a próxima eleição? Não vai.
10:15Então deixa que depois a gente vê isso.
10:16Portanto, a posição do Brasil amanhã será uma posição mesquinha
10:22de quem está observando o ano que vem.
10:25E a posição dos Estados Unidos será uma posição ambiciosa
10:30de quem está enxergando o próximo século.
10:33Pois é, deixa eu passar mais uma vez para o Dávila,
10:35porque tem um aspecto, um detalhe da notícia que nós trouxemos,
10:39que inclusive pode dar uma dica sobre o que pode acontecer nessa discussão amanhã
10:45e, naturalmente, servir de alerta para as autoridades brasileiras d'Ávila.
10:50O secretário do Tesouro Scott Bassan e o representante comercial Jameson Greer
10:56disseram, inclusive nesta quarta, que as tarifas foram impostas também
11:01por conta de medidas brasileiras contra empresas e cidadãos norte-americanos.
11:07Isso passa longe daquela reflexão que entende que somente aspectos comerciais
11:14determinaram o movimento norte-americano.
11:17E, a partir disso, você acha que é preciso redobrar a cautela
11:22ou talvez até fomentar uma estratégia diferente por parte das autoridades brasileiras?
11:29Esses representantes estarão, segundo as informações, no encontro de amanhã.
11:33Então, me parece pouco provável que somente questões comerciais sejam debatidas.
11:38Eu acho que, em algum momento, alguma menção, pelo menos, vai acontecer, não é, Dávila?
11:44Se houver menção às questões políticas, o que o Itamaraty tem de fazer
11:49é que este assunto será tratado com o presidente Trump e o presidente Lula,
11:54que a turma do Itamaraty está lá para negociar as questões comerciais
12:00de interesse de ambos os países.
12:02Ou os Estados Unidos querem sair da negociação junto com o Brasil
12:05e não poder anunciar, por exemplo, um ótimo acordo para explorar as terras raras,
12:11os minerais raros.
12:13Então, é preciso focar nós nas questões comerciais
12:17e não cair na armadilha das questões políticas.
12:21Na verdade, o ministro das Relações Exteriores do Brasil
12:24não tem nenhum poder para negociar nada que se trate de política.
12:30Esta é uma negociação do presidente da República.
12:33Portanto, ele tem que dizer que ele não tem autoridade
12:37e nem poder ou autonomia para negociar questões políticas.
12:42Ele está lá para defender as questões comerciais
12:46e que esses assuntos devem ser tratados diretamente entre os presidentes.
12:51É assim que tem que ser a resposta, porque Mauro Vieira
12:54não tem nenhum aval presidencial para discutir questões políticas.
13:00Pois é, o Jameson Greer, ele é representante do comércio dos Estados Unidos
13:03e ele concedeu uma entrevista coletiva, viu, Mota?
13:06E aí, em dado momento, a jornalista fez uma pergunta
13:10em relação às tarifas impostas ao Brasil.
13:12Ele disse o seguinte, uma é a tarifa recíproca,
13:1510% implementada contra todos os países.
13:18A outra é uma extra de 40% e a justificativa, segundo ele,
13:24são questões políticas.
13:26Então, falar em reversão de tarifaço, ok,
13:29naturalmente, a diplomacia brasileira tentará tratar somente
13:34das questões comerciais, as questões que envolvem o tarifaço,
13:39mas uma das tarifas, a justificativa ou a motivação,
13:43não foi comercial, né?
13:44Olha, Caniato, você não vai acreditar a quantidade de mensagens
13:50que eu recebi hoje com links para esse vídeo dessa entrevista
13:56do Jameson Greer e do Scott Bessa.
14:00E muita gente dizendo, olha, Mota, aquilo que você fala todo dia nos pingos,
14:04aquela explicação que você dá todo dia nos pingos,
14:07que as tarifas são políticas.
14:09Olha aí, olha quem falou agora.
14:11Foi um representante comercial americano, Jameson Greer,
14:16com um acréscimo muito importante do Scott Bessa.
14:20Os jornalistas quiseram saber que história é essa dessas tarifas
14:23de 50% para o Brasil.
14:26Qual a explicação disso?
14:28Em que lei vocês estão encaixando isso?
14:30E aí o Jameson Greer explicou de uma forma bastante didática,
14:36talvez em homenagem ao dia do professor hoje, né?
14:38Ele disse, olha, gente, tem duas partes essa resposta.
14:43Tem as tarifas de 10%, que são tarifas recíprocas,
14:48fazem parte daquela estratégia do Donald Trump,
14:52que muita gente acha que é uma estratégia sem perna em cabeça,
14:55não interessa, é a estratégia do Donald Trump,
14:58de aplicar tarifas para tentar equilibrar a balança comercial americana.
15:0310% de 50% são tarifas que a gente poderia chamar de comerciais.
15:10Aí o Jameson Greer, com muita calma, explica.
15:13Os outros 40% têm a ver com a preocupação do governo americano
15:21com estado de direito, censura e direitos humanos no Brasil.
15:28E aí o Jameson Greer deu a explicação,
15:31disse que tem acontecido no Brasil,
15:33censura a empresas americanas e perseguição à oposição.
15:41Nada a ver com balança comercial,
15:44nada a ver com produtos,
15:46nada a ver com consumidor americano.
15:49Pura política.
15:51E aí, neste momento, Scott Brassett,
15:54o secretário do Tesouro dos Estados Unidos da América,
16:00se inclinou em direção ao microfone e disse,
16:04e também a detenção ilegal de cidadãos americanos para o Brasil.
16:10Mais didático e claro do que isso, impossível.
16:15Então, Beraldo, essas informações levantadas nessa entrevista coletiva mencionada pelo Mota,
16:22não dão, talvez, o tom, um bom direcionamento ou até um spoiler da reunião de amanhã?
16:28Não, dá um tempero para nós aqui comentaristas e os comentaristas políticos do mundo inteiro,
16:38especialmente aqueles comentaristas domésticos no Twitter ali,
16:43expressando suas opiniões aí dia após dia.
16:47Mas é que existe uma coisa importante da gente considerar.
16:51Obviamente que foi declarado por Donald Trump na sua carta escrita,
16:55carta pública, direcionada ao presidente brasileiro,
16:59que ao anunciar as tarifas de 50%,
17:02que ele o fazia em razão, sim,
17:04dessas questões de perseguição do judiciário contra Jair Bolsonaro
17:08e também decisões tomadas contra empresas norte-americanas e cidadãos norte-americanos.
17:15Isso foi colocado desde o início.
17:18Mas existem dois lados dessa história.
17:22Existe esse lado da imprensa, da divulgação,
17:28que é o que eu trouxe aqui, apontei no início da minha fala,
17:31mas tem um outro lado, que é o lado jurídico legal do ponto de vista norte-americano.
17:36A determinação de tarifas é uma prerrogativa do Congresso norte-americano
17:44e, salvo engano, na década de 70,
17:48o Congresso norte-americano transferiu para o presidente da República
17:53a autonomia de definição das políticas tarifárias
17:56e há algumas circunstâncias para que tarifas sejam impostas
18:04em cima de outros países.
18:06O que está sendo discutido hoje, acho que já está na Suprema Corte,
18:12acho que teve uma decisão contrária ao governo Donald Trump,
18:14na primeira e na segunda instância, agora acho que está na Suprema Corte,
18:17é se o argumento utilizado por Donald Trump,
18:22que vai na linha da segurança nacional, da emergência nacional,
18:26se isso é embasamento suficiente, legalmente suficiente,
18:33para que ele tome as medidas que ele está tomando.
18:36E aí a gente tem que entender que,
18:38que, sim, os Estados Unidos passam por um momento extremamente complicado
18:42em que ele precisa se fortalecer novamente,
18:46especialmente no que tange à volta das indústrias para os Estados Unidos.
18:51Os Estados Unidos, ele primeiro perdeu empregos elementares,
18:55os empregos da indústria, os empregos mais elementares,
18:58eles foram para a China.
18:59E depois ele ficou totalmente dependente de países estrangeiros
19:04para suprir o consumo dos seus cidadãos.
19:07E isso é muito grave, porque deixa realmente o Estado americano fragilizado.
19:13Então há um aspecto que eu acho que é coerente desse uso da tarifa
19:19dentro da proposta colocada por Donald Trump.
19:22O problema, me parece, é quando você julga a aplicação de tarifas
19:28com este cunho político, porque eu não conheço, até agora pelo menos,
19:35o amparo legal na legislação norte-americana
19:39que permita ao presidente a utilização de tarifas
19:43para estes fins políticos, como foi declarado e hoje reforçado
19:48por estes dois autos oficiais do governo americano.
19:55Amanhã, no encontro de amanhã, o que estará em jogo
19:58será a definição das prioridades e interesses dos Estados Unidos.
20:03Não tem nada a ver com a política.
20:05É óbvio que se o governo Donald Trump,
20:08se o presidente Donald Trump quiser manter retaliações
20:13independente da negociação comercial,
20:15ele vai fazer, seja por tarifa, seja por outros instrumentos,
20:19até porque eu acredito que haja outros instrumentos
20:21até bastante mais eficientes,
20:24como o Lei Magnitsky, como suspensão de vistos e por aí vai,
20:28nesse aspecto objetivo da política.
20:32Portanto, nesse momento, é uma estratégia conhecida de Donald Trump,
20:36ele embaralha tudo,
20:39joga aquela cortina de fumaça e tal,
20:42e ali, de repente, você vai entender exatamente o que está por trás daquilo
20:46e quais são as conquistas que ele efetivamente está focado.
20:49Então, vamos saber disso em breve.
20:52Pois é, determinação à Suprema Corte Americana,
20:55analisando o poder do presidente da República
20:57em relação à Lei de Poderes Econômicos Emergenciais.
21:01Mas, rapidamente, Beirado, só para a nossa audiência entender
21:04qual é o encaminhamento disso,
21:07o que se fala na imprensa norte-americana
21:09em relação ao posicionamento da Suprema Corte.
21:13Há apostas no sentido de que darão respaldo ao presidente da República
21:19ou devem seguir aquelas cortes inferiores
21:21que determinaram que o presidente não teria o poder
21:25para utilizar esse mecanismo?
21:27Neto, o que eu tenho ouvido aqui é que esse julgamento
21:32deve ser um julgamento demorado,
21:35o que me soa como uma estratégia da Suprema Corte
21:38de dar tempo ao presidente Donald Trump
21:41de implementar as suas políticas
21:43e fazer os acordos bilaterais que ele tem feito.
21:46Porque, quando ele faz o acordo bilateral,
21:48ele não está mais utilizando tarifa
21:50como um instrumento de governo.
21:53Ele está simplesmente fazendo um acordo entre países.
21:55Então, eu acho que ele terá o tempo necessário
21:58para sair desse corner que a justiça o colocou.
22:02Porque, se for até o julgamento,
22:04ele talvez tenha dificuldade de conseguir tocar
22:06adiante a sua política tarifária.
22:08Enquanto ele pode utilizar esse expediente, né, Dávila,
22:12ele ganha, naturalmente, uma carta superimportante
22:15para forçar uma negociação.
22:17Negociação que, muitas vezes, é muito favorável
22:20aos norte-americanos, né?
22:22Mas é favorável ao Brasil também.
22:25Olha, só para você ver como a diferença,
22:28hoje, esse discurso dos Codpast,
22:30do secretário de Comércio,
22:32é discurso político, Caniato.
22:34Ela não está embasada na realidade.
22:38Porque o que acontece?
22:39Mesmo no auge da história dos 50% das tarifas
22:42em relação a produtos brasileiros,
22:45Donald Trump isentou metade das exportações
22:49não estão sobre a tarifa.
22:51Porque ele entende muito bem
22:53as coisas que afetam o interesse dos norte-americanos.
22:58Então, veja só como que é jogar para a plateia
23:00essa conversa de discurso político.
23:03Isso não é nada disso.
23:0445% das exportações brasileiras
23:07não estão debaixo das tarifas de Donald Trump.
23:10E os produtos mais importantes
23:14da nossa pauta de exportação,
23:16os aviões da Embraer,
23:18petróleo e derivados de petróleo,
23:20minério, suco de laranja,
23:23tudo isso está fora da tarifa.
23:25Então, essa turma gosta de jogar um pouco
23:28para a plateia política
23:29e faz parte da negociação.
23:31Por isso que você precisa ter objetividade.
23:33Os três grandes produtos
23:35que ainda estão sobre a tarifa
23:37e que vamos negociar
23:38é o café, a carne e a indústria moba veleira.
23:41São esses os três grandes produtos.
23:43Então, a gente está falando
23:44de três produtos importantes da pauta.
23:47O resto é coisa muito pequena.
23:50Por último, os Estados Unidos
23:52têm enorme interesse
23:54no negócio das terras raras no Brasil
23:56ou dos minerais raros.
23:58Então, esta é a história
24:00que está na mesa amanhã.
24:02E ninguém vai jogar isso na lata do lixo
24:05por causa de questão política.
24:07Porque os Estados Unidos
24:09têm total objetividade
24:12nessa negociação
24:14e se recuaram com a tal
24:16do discurso da química
24:18é para resolver essa questão fundamental.
24:21Terras raras.
24:22Só o Brasil e China
24:24são o que hoje detêm.
24:25Os dois países juntos
24:26detêm 70% a 80%
24:28das terras raras do mundo.
24:29Então, é isso que tem que resolver.
24:32Portanto,
24:33essa história de discurso político
24:35é bom para arrancar
24:36o aplauso da militância,
24:38mas na hora da mesa
24:39da negociação,
24:40eu tenho certeza
24:41que não é isso
24:42que vai impedir
24:43de se chegar a um acordo
24:45do interesse
24:46dos dois países
24:47reduzir tarifas
24:49e retomar a normalidade comercial.
24:52Rápida parada
24:53para você que nos acompanha
24:54pela rede.
24:55Nós seguimos aqui
24:56com os nossos comentaristas
24:58e o Dávila mencionou
25:00as manifestações
25:01dos dois representantes
25:02do governo americano
25:03estariam jogando
25:04para a plateia.
25:06Mas é um expediente
25:07muito usado na política,
25:08né, Mota?
25:08Se a gente olha também
25:09a declaração
25:11do presidente brasileiro
25:12quando ele fala
25:13não rolou só uma química
25:16entre nós dois, né?
25:17Entre mim
25:18e o presidente norte-americano.
25:20Rolou uma indústria
25:21petroquímica.
25:22Enfim,
25:22ele vende
25:23para o grande público
25:24que a relação,
25:25na verdade,
25:26extrapolou
25:27e foi muito melhor
25:28do que todos imaginavam.
25:29Então,
25:29foi tão fantástico
25:31que trata-se
25:32de uma indústria
25:33petroquímica.
25:34Ou você fez
25:35uma leitura diferente,
25:36hein, Mota?
25:38São umas declarações
25:39que às vezes
25:40fazem a gente
25:40até ficar ruborizado, né?
25:42Você fica pensando,
25:43meu Deus,
25:44será que eu li isso mesmo?
25:46E o governo americano
25:47precisa ficar em alerta, né?
25:49Porque foi na indústria
25:49petroquímica brasileira
25:51que aconteceram
25:52alguns dos maiores
25:53escândalos recentes
25:55por aqui, né?
25:56Bom,
25:56enfim,
25:57eu prestei atenção
25:59no que os meus
26:00dois colegas
26:01colocaram aí
26:02e eu vou pedir
26:04para registrar
26:05um voto
26:06dissidente
26:07aqui.
26:08Eu não consigo entender
26:09quem seria
26:10essa plateia
26:11para a qual
26:13o Donald Trump
26:13está jogando.
26:15E nem Scott Besson,
26:17nem Jameson Grier.
26:18Qual é a plateia?
26:20Não é para o eleitor brasileiro,
26:21o eleitor brasileiro
26:22não tem a mínima ideia
26:23quem é Jameson Grier
26:24e Scott Besson.
26:26E também qual seria
26:27a plateia?
26:27Para qual plateia
26:28Donald Trump
26:29estaria jogando?
26:31E que jogada maluca
26:32é essa
26:33de endurecer,
26:35caçar visto,
26:37aplicar sanção
26:38da lei magnítica,
26:39escrever várias cartas,
26:41tweets e comunicados
26:43e aí depois jogar
26:44tudo isso no lixo,
26:45chegar na mesa
26:46de negociação,
26:47olha só,
26:47me dá as terras raras,
26:49eu dou o que vocês quiserem
26:51e acabou.
26:53Olha,
26:54pode acontecer?
26:55Claro que pode,
26:56tem acontecido
26:56coisas absolutamente
26:57malucas aí,
26:59mas essa hipótese
27:00eu acho que não é
27:01consistente,
27:03nem com a lógica,
27:04isso aí não é grande coisa,
27:05porque tem muita coisa
27:06que a gente vê
27:06que não é consistente
27:07com a lógica,
27:08mas não é consistente
27:09com o que a gente
27:11viu de comportamento
27:12do Donald Trump.
27:13Eu vou admitir
27:15que eu fiquei surpreso,
27:16fui pego totalmente
27:18de surpresa
27:18por aquela declaração
27:19no discurso da ONU,
27:22eu até agora
27:23não tenho uma explicação
27:24boa para aquilo,
27:25eu desconfio
27:27dessa explicação fácil
27:28de que aquilo ali
27:29é uma tática
27:30de negociação
27:31para atrair
27:32o governo brasileiro
27:33com armadilha,
27:34o Trump não precisava
27:35fazer aquilo,
27:36o Trump poderia ter feito
27:37um discurso duríssimo
27:38na ONU,
27:40colocando o governo brasileiro
27:42numa situação
27:43extremamente difícil
27:44e eu acho
27:45que aí talvez
27:47essa negociação
27:48acontecesse
27:50num clima
27:51muito mais favorável
27:52ao governo americano,
27:53mas meus amigos,
27:54quem sou eu
27:54para ensinar
27:56técnica de negociação
27:58a Donald Trump?
28:00O cara é bilionário,
28:02ele é um dos dois
28:04únicos presidentes
28:06nos Estados Unidos
28:07que foi eleito,
28:08saiu do poder
28:09e depois voltou.
28:11Ele foi alvo
28:12da maior campanha
28:14de ativismo judicial
28:16da história americana.
28:18A política americana
28:20chegou a um nível
28:21de radicalismo
28:22inacreditável.
28:24Para quem está
28:24acompanhando,
28:25não sei se o Beraldo
28:26está vendo aí
28:26o que está acontecendo
28:27em Portland,
28:28no Oregon,
28:30em Chicago,
28:31estão acontecendo
28:32coisas nos Estados Unidos
28:34que muitas vezes
28:35você olha pelo Brasil
28:36e fala,
28:36bom, aqui até a coisa
28:37não está tão complicada
28:39assim,
28:39comparado com certos
28:41eventos nos Estados Unidos.
28:43Então, eu acho
28:44que isso tudo
28:46traz um grau
28:48de incerteza máximo
28:50para essas negociações,
28:52Caniato.
28:53Eu acho que nós
28:54vamos ter
28:54bastante
28:56material
28:58para comentar
28:59aqui depois.
29:00É isso aí,
29:01recebendo as pessoas
29:02que nos acompanham
29:02pela rede Jovem Pan,
29:04análise dos nossos
29:05comentaristas
29:06sobre os muitos elementos,
29:07os muitos aspectos
29:08que envolvem
29:09essa reunião
29:10que acontecerá amanhã
29:12entre diplomacia brasileira
29:13e norte-americana
29:14sobre tarifácio,
29:16medidas tomadas
29:17pelo governo norte-americano
29:19contra autoridades brasileiras
29:21e o que será tratado,
29:23negociado,
29:23somente os aspectos comerciais
29:25ou também as medidas tomadas
29:27contra as autoridades.
29:29Mota,
29:29há pouco,
29:30fez uma colocação,
29:32um questionamento
29:33sobre declarações
29:35do Dávila e do Beraldo,
29:37mas principalmente
29:37do Dávila
29:38sobre as falas
29:40dos representantes
29:41norte-americanos
29:42que estariam jogando
29:43para a plateia
29:44e aí o Mota
29:44fez a provocação.
29:45Bom,
29:45mas que plateia é essa?
29:47Eleitores brasileiros,
29:48imprensa norte-americana,
29:50Dávila quer desenrolar?
29:51Qual a leitura
29:52que você fez?
29:53Que plateia é essa?
29:56A militância republicana,
29:58aqueles que todo dia
29:59ali acordam,
30:00aplaudem,
30:01gostam desse conflito,
30:03desse ringue,
30:04desse telequete
30:05da política.
30:06Essa é a turma
30:07e faz parte do jogo,
30:09como você falou,
30:09Caniato.
30:11Mas este jogo
30:13para a plateia
30:13não tem peso
30:15na mesa de negociação
30:16quando o presidente
30:17dos Estados Unidos
30:18diz que é para negociar.
30:21Por isso,
30:21usou o tal do termo
30:22da química,
30:23falou com o presidente Lula,
30:25já disse que vai marcar
30:26um próximo encontro.
30:27Então,
30:28ele não vai marcar encontro
30:29para anunciar
30:31um acordo
30:32que deu em água.
30:33Então,
30:33é para acertar.
30:34Então,
30:34mas faz parte
30:35você fazer esse jogo
30:37para a plateia
30:37para dizer que você
30:38não está ali
30:40traindo
30:41a agenda
30:42política
30:43do Partido Republicano.
30:45Mas o fato
30:45é que
30:46está focando
30:47nos interesses
30:48nacionais.
30:49E interesses
30:50nacionais
30:51e verborragia
30:52político-eleitoral
30:53muitas vezes
30:55não combinam.
30:56
30:56o presidente
30:57do Brasil
30:58que não aprendeu
30:59essa lição ainda.
31:00A plateia
31:00pode ser também
31:01as outras lideranças,
31:02porque a cada
31:03acordo fechado,
31:04acaba sendo
31:05um sinal
31:05para os outros
31:06presidentes
31:06de países
31:07que estão
31:08sem saber
31:09o que fazer.
31:09Mas você,
31:10Beraldo,
31:10quer trazer o seu
31:11complemento?
31:12Por favor.
31:13Não,
31:14assim,
31:14é claro que existe
31:15uma plateia.
31:16Quando falam
31:17representantes,
31:18sobretudo representantes
31:19importantes no contexto
31:21da administração
31:21de Donald Trump,
31:22eles estão falando
31:24para um público
31:25tanto interno,
31:27mas também isso
31:28o Eduardo Bolsonaro
31:29conseguiu fazer.
31:30O Brasil virou
31:31um assunto
31:31dentro da administração
31:33de Donald Trump.
31:34E isso se deve
31:35ao trabalho
31:36feito
31:37junto ao governo
31:38para chamar
31:39atenção ali
31:40dos abusos
31:42do judiciário
31:43brasileiro,
31:45da conduta
31:46da esquerda brasileira
31:47em relação
31:48a assuntos
31:48de interesse
31:49da direita,
31:50enfim.
31:50Isso, então,
31:51é o mérito
31:51do Eduardo Bolsonaro.
31:53Quando há
31:55esse tipo
31:55de colocação
31:56por parte
31:57de um representante
31:57que não estará
31:58na reunião
31:59amanhã,
32:00e para mim
32:00isso demonstra
32:01que a estratégia
32:03é criar um clima,
32:05mas não afetar
32:06a conversa
32:07de amanhã,
32:09o Donald Trump
32:10está fazendo
32:10a mesma coisa
32:11que Putin faz
32:12com o ex-presidente
32:13da Rússia,
32:14Dmitry Medvedev,
32:15que é o cão
32:16de guarda
32:17do Putin.
32:18sempre que ele
32:18precisa falar mal
32:19dos Estados Unidos,
32:20sempre que precisa
32:21falar mal
32:22de Donald Trump,
32:24é o Medvedev
32:24que fala,
32:25e aí faz
32:26as declarações
32:27mais horrorosas
32:28possíveis,
32:29e depois vai lá
32:30o Putin
32:30conserta e tal,
32:32e vai criando
32:33aquele clima
32:34que tem sempre
32:35um nível de tensão.
32:36E me parece
32:37que é a mesma coisa
32:38que aconteceu hoje,
32:40da mesma forma
32:41que o presidente
32:42brasileiro
32:43recentemente
32:44também fez
32:44declarações
32:45que não caberiam
32:47fazer nesse momento
32:48em que se busca
32:48um entendimento.
32:51Eu só faço,
32:51Mota,
32:52uma observação
32:53naquilo que você
32:55trouxe,
32:55da expectativa
32:56para essa reunião
32:57de amanhã.
32:58Eu não acho
32:59que será
32:59uma conversa
33:01em que
33:01toma aqui
33:03o que eu quero
33:03e eu vou te entregar
33:04tudo o que vocês
33:05querem,
33:05como se o Brasil
33:06tivesse lá
33:07muitas demandas.
33:09Desculpa,
33:09eu acho que o Brasil
33:10não tem demanda
33:10relevante nenhuma.
33:12O Brasil não está
33:13indo
33:14para essa reunião
33:15com uma lista
33:16de demandas
33:17que vai exigir
33:19dos Estados Unidos
33:20decisões complexas,
33:22arranjos,
33:24vai ter que acomodar
33:25um outro parceiro
33:26para poder atender
33:27ao que o Brasil
33:28quer.
33:29Eu acho
33:30que nós vamos lá,
33:32eu não vou usar
33:33termos chulos aqui,
33:34mas enfim,
33:35nós estaremos
33:35facinhos,
33:36facinhos
33:37para entregar
33:39aos Estados Unidos
33:39tudo o que os Estados Unidos
33:40querem.
33:41e nós não vamos
33:42ter nada
33:43de relevante,
33:44porque o governo
33:45brasileiro
33:46quer só o discurso.
33:48O governo brasileiro
33:49quer dizer
33:50que eu sou
33:51mais amigo
33:52de Donald Trump
33:53do que o Bolsonaro.
33:55O Donald Trump
33:56tem uma química
33:57comigo,
33:58ele não tem,
33:59não está falando
33:59que ele tem química
34:00com o Bolsonaro.
34:03Então,
34:03se ele tinha química
34:04com o Bolsonaro,
34:04ele tem uma indústria
34:05petroquímica comigo.
34:06Essa disputa
34:07absolutamente infantil
34:09da quinta série
34:11que nós vemos
34:13o nosso país
34:14com temas
34:16tão importantes,
34:17com uma parceria
34:18que poderia produzir
34:19frutos excepcionais.
34:22Aliás,
34:22hoje teve anúncio
34:23de construção
34:25por parte
34:26de uma empresa americana
34:28de um imenso
34:29data center
34:30na Argentina.
34:31Por que esse data center
34:32não é no Brasil?
34:34Um país que tem
34:34a energia mais limpa
34:36do mundo.
34:37E tantas outras
34:38oportunidades
34:39que a gente perde.
34:40Então,
34:41diante dessa
34:43situação grave
34:44que a gente se encontra,
34:46eu tenho certeza
34:47que o papel
34:48do governo brasileiro
34:49amanhã
34:49será tratar
34:50das coisas
34:51menores,
34:52mais irrelevantes
34:53para a população brasileira
34:54e para o nosso futuro.
34:55Se trata de um ponto
34:56muito importante,
34:57mas se o objetivo
34:58é fortalecer
34:59o discurso
35:00na ativa,
35:01isso teria qual
35:02a finalidade?
35:04Estratégia eleitoral
35:05pura e simples
35:05ou seria um troféu
35:08para ser utilizado
35:09quando?
35:10Rapidamente.
35:11Puro e simples,
35:12Canedo,
35:12puro e simples.
35:13Canedo,
35:14nós somos o governo
35:15que vai colocar
35:1520 bilhões de reais
35:16no Correio.
35:18Nós não temos
35:18um projeto
35:19para absolutamente nada.
35:20O único projeto
35:21do governo
35:22é manter
35:23os apaniguados políticos
35:25no Correio
35:25e ter esse discurso
35:27de que ficou amigo
35:27do Donald Trump
35:28para poder
35:28o Bolsonaro
35:30não usar.
35:31É de uma mesquinharia
35:32total e absoluta
35:34só visando
35:35a eleição
35:35do ano que vem.
35:36Curiosíssimo
35:37para saber
35:37o resultado
35:38dessa reunião.
35:39Você, Mota,
35:39quer trazer
35:40os complementos
35:40após as falas
35:42do Beraldo
35:42e do Dávila?
35:44É isso aí.
35:46Eu acho
35:46que não tem
35:47plateia,
35:49não vejo sentido
35:50em jogar
35:51para essa plateia
35:52para o Partido
35:53Republicano,
35:55mas jogar
35:55para a plateia
35:56do Partido
35:56Republicano
35:57nos Estados Unidos
35:58atacando o governo
36:00brasileiro,
36:01partes do Estado
36:02do Brasil
36:03e eu acho
36:04que o Beraldo
36:05tem razão.
36:06Eu acho
36:06que o governo
36:07brasileiro
36:08não vai amanhã
36:10falar sobre
36:11terras raras.
36:12Eu acho
36:13que o governo
36:13brasileiro
36:14vai levar amanhã
36:14dois pedidos.
36:17Ele não vai falar
36:17de exportação
36:18brasileira,
36:19de tarifa,
36:20isso aí pode
36:21entrar depois
36:22no press release,
36:24que vai ser,
36:25que provavelmente
36:26já está até pronto
36:27o press release
36:27da negociação,
36:28né?
36:29Dando resultado.
36:31Mas eu acho,
36:31Beraldo,
36:31que o governo
36:32brasileiro
36:32vai levar
36:33dois pedidos
36:34para essa
36:34negociação.
36:35Pedido
36:36número um,
36:37o seu Trump,
36:38a gente quer
36:39voltar
36:39à Disney.
36:41Isso,
36:41por favor,
36:42pode permitir
36:42que a gente
36:43vá à Disney?
36:43E o segundo
36:45pedido é,
36:46a gente quer
36:47poder voltar
36:48a usar cartão
36:49de crédito
36:49internacional,
36:50seu Trump.
36:51Esses são
36:52os dois pedidos
36:53que estão
36:54na mesa.
36:55Cancela as
36:55sanções dos
36:56vistos,
36:57cancela as
36:58sanções
36:58da lei
36:59magnítica.
37:00E eu acho
37:01também que o governo
37:02brasileiro tem
37:03dois planos
37:04para,
37:06depois da
37:06negociação
37:07para o
37:08after,
37:09o plano A
37:09e o plano B.
37:10O plano A é,
37:12se essa
37:12negociação
37:13der qualquer
37:15resultado
37:16remotamente
37:18positivo,
37:19por mais
37:19microscópico
37:20que ele seja,
37:22a declaração
37:23vai ser,
37:23viu como
37:24esse governo
37:25é competente,
37:27viu como
37:28nós temos
37:28química,
37:30nós somos
37:30ótimos.
37:32Se a
37:33negociação
37:34por acaso
37:35for criada
37:36a percepção
37:37de que ela
37:37foi ruim,
37:39a narrativa
37:39vai ser,
37:40plano B,
37:41viu,
37:42nós encaramos
37:43os imperialistas,
37:46nós não
37:47nos rendemos,
37:49é plano A,
37:50meus amigos,
37:51ou plano B,
37:52porque a
37:53terra mais
37:54rara,
37:55a terra
37:55que conta
37:56aqui,
37:57é a terra
37:58eleitoral.
37:59Pois é,
38:00acho que,
38:01putz,
38:01tem vários
38:02aspectos,
38:03muitas teses
38:04e teorias
38:04e possibilidades,
38:05né,
38:06Dávila,
38:06mas só para
38:06nós
38:08finalizarmos
38:09essa discussão,
38:10acho que tem
38:10inúmeras perguntas
38:11e muitas dúvidas
38:12das pessoas
38:13que nos acompanham,
38:14inclusive o tema
38:15da nossa enquete
38:16é justamente
38:16essa discussão
38:17que a gente faz aqui,
38:18quem puder
38:18participe no nosso
38:20portal.
38:20Dávila,
38:21muitos perguntando
38:22se o clima
38:23estará propenso
38:24para uma negociação
38:25amanhã,
38:26para a reversão
38:27do tarifácio.
38:28E aí queria só
38:29que você discorresse
38:30sobre o que o Brasil
38:32poderia levar
38:33na mala
38:34ou na caixa
38:35de ferramentas.
38:36Fala-se muito
38:37sobre as terras raras,
38:38né,
38:38que esse seria
38:39um objetivo
38:40dos norte-americanos.
38:41E aí você sempre
38:42pontua também
38:43alguns desejos
38:45do governo
38:46norte-americano
38:47para tentar reverter
38:48e não impactar
38:49mais o consumo
38:51do norte-americano,
38:52do cidadão
38:53norte-americano.
38:54Você conseguiria
38:55listar aquilo
38:56que é fundamental
38:56que o brasileiro,
38:57que a diplomacia
38:58brasileira leve
39:00e ofereça
39:01nessa negociação?
39:02Bom, o importante
39:04é esses três
39:06grandes itens
39:07para o Brasil.
39:08A parte da indústria
39:09moveleira,
39:10a questão do café
39:12e da carne.
39:13São os três
39:13grandes itens
39:14que ainda ficaram
39:15de fora
39:16dessas quase
39:17cinquenta por cento
39:18das exportações
39:19brasileiras
39:20que não estão
39:21submetidas
39:22às tarifas
39:23de cinquenta por cento.
39:24É bom deixar
39:24isso bem claro.
39:26Então,
39:27se esses outros
39:28três produtos
39:28sentarem,
39:29provavelmente nós vamos
39:30para oitenta por cento
39:31das exportações
39:32brasileiras
39:32e isso aí é um
39:33grande negócio
39:34para o Brasil,
39:35não há dúvida.
39:36Mas,
39:37em contrapartida,
39:38o Brasil vai ter
39:39que ceder
39:40essa questão
39:40das terras raras
39:41que é algo fundamental
39:42para os Estados Unidos.
39:44Aliás,
39:45a briga hoje
39:46dos Estados Unidos
39:47com a China
39:48é justamente
39:49sobre as terras raras
39:50porque é algo
39:52que prejudica
39:53a indústria
39:54de tecnologia,
39:55principalmente
39:56a parte
39:57de desenvolvimento
39:58técnico
39:58e militar.
39:59As duas áreas
40:00muito sensíveis
40:02para os Estados Unidos.
40:04Então,
40:04certamente,
40:06terras raras
40:06estarão na mesa
40:07e na mesa
40:08do Brasil,
40:10café,
40:11indústria
40:11moveleira
40:13e principalmente
40:14a indústria
40:15de proteínas.
40:16Então,
40:17esta é a negociação
40:18objetiva.
40:19Por isso que não é
40:20uma negociação
40:21muito difícil.
40:22É só deixar
40:22a política
40:24do lado
40:25de fora
40:25da sala
40:26sentar
40:27de maneira
40:27objetiva
40:28e tratar
40:28desses assuntos
40:29que,
40:30na verdade,
40:31é de interesse
40:32de ambos os países.
40:34E aí tem uma pergunta
40:34da nossa audiência,
40:36viu,
40:36Beraldo?
40:36Inclusive,
40:37endereçada a você
40:38quando você fazia
40:39o seu último comentário
40:41sobre aquele aspecto
40:43do discurso,
40:44da narrativa.
40:45O Rodrigo escreveu
40:46o seguinte,
40:47bom,
40:47mas se o governo americano
40:48quer fazer negócios
40:49e é pragmático,
40:51não é uma tarefa
40:52mais fácil
40:53para a diplomacia
40:54brasileira
40:55alcançar justamente
40:56o objetivo,
40:58aí conseguirá
40:58fazer um acordo
40:59com os Estados Unidos
41:00e ainda sairá
41:02como grande negociador,
41:03sairá o governo brasileiro
41:04como grande negociador.
41:06Não existe também
41:07essa possibilidade?
41:09Eu acho que essa
41:10é a possibilidade
41:13mais,
41:15com maior chance
41:16de acontecer,
41:17mais provável.
41:17Por quê?
41:18É naquela,
41:19naqueles dois cenários
41:20que o Mota colocou.
41:22Porque,
41:22como está claro
41:23para os Estados Unidos
41:24o que eles querem
41:25do Brasil,
41:26e ter interesse
41:28dos Estados Unidos
41:29nessa questão
41:30da carne,
41:30por exemplo,
41:31que aliás foi usada
41:32no meu entendimento
41:35e conhecendo
41:36um pouco
41:36dos bastidores,
41:38foi justamente
41:39o lobby
41:40do setor
41:41de proteína animal
41:41brasileiro
41:42que conseguiu
41:43mudar
41:44essa
41:45disposição
41:48do Trump
41:48em conversar
41:49com o presidente Lula.
41:50hoje,
41:52só para você ter
41:52uma ideia,
41:53Caniato,
41:54o açougue
41:55do meu bairro
41:56é de propriedade
41:59de um grande
42:00conglomerado
42:01corrupto
42:02brasileiro,
42:03cujos donos
42:04foram presos
42:05por corrupção,
42:07delatores,
42:08entregaram
42:09todo mundo,
42:09todos seus amigos
42:10com quem eles
42:11faziam o negócio,
42:12roubando o povo
42:13brasileiro,
42:14eles estão
42:16nos Estados Unidos
42:16mais fortes
42:17do que nunca.
42:18e, surpreendentemente,
42:20se aproximaram,
42:22apesar de continuarem
42:23sendo os amigos
42:24mais íntimos
42:26do presidente
42:27brasileiro,
42:27eles se aproximaram
42:28de uma maneira
42:29assustadora
42:30do governo
42:31de Donald Trump.
42:33Recentemente,
42:34estiveram no Salão Oval
42:36e, na sequência,
42:38sorrisos,
42:38abraços
42:39e muita química
42:40de Donald Trump
42:41em relação
42:41a Lula.
42:42Isso é o poder
42:43que eles têm.
42:46Então,
42:46eu não tenho a menor dúvida
42:47de que a pauta
42:48principal amanhã
42:50vai ser a pauta
42:51da proteína animal.
42:53E eu tenho certeza
42:54que esse assunto
42:55será resolvido,
42:56custe o que custar,
42:57porque os interesses
42:59acessórios,
43:00digamos assim,
43:01dos dois lados
43:02é muito grande.
43:03Então,
43:04só para concluir,
43:07então, assim,
43:07quando a gente olha
43:08esse cenário,
43:09eu acho que
43:10haverá avanço.
43:11Talvez não se resolva tudo,
43:12você nunca resolve tudo,
43:14mas haverá avanço
43:15e haverá um enredo
43:17para que os representantes
43:19do governo brasileiro
43:20saiam de lá
43:21dizendo que eles estão
43:23muito felizes,
43:25que eles foram
43:25muito bem sucedidos
43:26na negociação
43:27com os Estados Unidos.
43:28Eu quero,
43:29inclusive,
43:29reforçar para a nossa audiência,
43:31eu sei que vocês gostam
43:32de acompanhar
43:33esses debates,
43:34tem muitos detalhes,
43:35muitas possibilidades,
43:36informações oficiais,
43:38outras que não são oficiais,
43:40são informações de bastidores,
43:42e a gente tenta conectar
43:43todas essas informações,
43:44e aí você em casa
43:46forma o seu trabalho,
43:47enfim,
43:47você que está em deslocamento,
43:49acaba formulando a sua tese,
43:51a sua teoria,
43:52pode concordar um pouco
43:53com Mota,
43:54um pouco com Dávila,
43:55um pouco com Beraldo,
43:56e você forma a sua opinião
43:57sobre determinado tema.
43:59Participe da nossa enquete
44:00jovempan.com.br
44:02ou no YouTube
44:03do programa
44:04Os Pingos nos Is,
44:05a gente trata justamente
44:06da estratégia
44:07que a diplomacia brasileira
44:09deve adotar.
44:10É otimismo total?
44:11tentar negociar tudo,
44:13reverter tarifácio,
44:15reverter medidas
44:16que foram tomadas
44:17contra autoridades brasileiras,
44:18ou é melhor
44:19ter um pouco mais
44:20de cautela,
44:21falar somente
44:22sobre as questões comerciais
44:23nesse momento,
44:24e aí num segundo momento,
44:25se o relacionamento permitir,
44:28tentar reverter também
44:29aquelas medidas tomadas
44:31contra as autoridades.
44:32Vote em
44:32jovempan.com.br
44:35e aí
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