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A reportagem de capa da especial de Crusoé sobre os dois anos do 7 de outubro, intitulada “Superando o terror” e publicada nesta terça-feira, destaca o que o massacre diz sobre Israel, Hamas e o Ocidente.

Também nesta terça, o Senado realizou sessão solene em memória das vítimas dos ataques do grupo terrorista Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. A cerimônia, proposta por Sérgio Moro, contou com discursos de autoridades, representantes da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e sobreviventes.

Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:

Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores.

Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade.

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00:00Música
00:00Muito bem, está aí a capa da edição especial que a gente tinha anunciado ontem, sem mostrar a capa, a gente tinha mostrado só o índice, são 5 matérias, 3 artigos, uma entrevista, uma lista de dicas de filmes e livros sobre o terror de 7 de outubro,
00:28uma edição muito completa, é claro que é muito mais fácil sair gritando palavras de ordem do que esmiuçar a realidade, mas aqui a gente faz o trabalho difícil, o trabalho que demanda esforço de compreender a complexidade da realidade em seus múltiplos ângulos.
00:45Então estão lá todas as questões delicadas debatidas no mundo atualmente, o histórico e claro o respeito à dor das vítimas do terror que tanto sofreram e que ainda tem um trauma muito grande.
00:58Então a gente fala sobre essas vítimas, a gente fala sobre a organização da sociedade israelense, a gente fala sobre a reação militar de Israel, os problemas inclusive dessa reação militar na faixa de Gaza,
01:12questiona sobre determinados pontos delicados, o major Rafael Rosenstein, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, nascido no Brasil, a gente fala da guerra dos clãs de Gaza contra o Hamas,
01:25a gente fala evidentemente dos reféns e a gente já vai mostrar como eles estão lá há mais de 730 dias aqueles que remanesceram, depois evidentemente de muitos assassinatos de reféns e do resgate de outros, seja em operações especiais, seja em breves períodos de trégua.
01:45Então é uma edição bastante completa, histórica, da qual a gente tem muito orgulho e a nossa equipe está de parabéns aqui por ter conseguido fazer isso tão rapidamente em meio a um país muito turbulento e claro ao noticiário do exterior que também mobiliza a nossa redação.
02:02Então teve julgamento de Bolsonaro, PEC da blindagem, discussão de anistia, dosimetria, CPMI do INSS rolando, no meio de tudo isso, de plano de paz etc, a gente conseguiu fazer uma edição bastante caprichada que é praticamente um livreto sobre esse período dos dois anos.
02:20Duda Teixeira que estava no México, chegou, leu e gostou, Duda, o que você destaca?
02:24Eu adorei a edição, os textos estão ótimos, você e o Rodolfo Borges que comandaram aí essa empreitada toda estão de parabéns, gostei muito da matéria, gostei da sua reportagem sobre os clãs ali na faixa de Gaza, a hora que esse momento o Hamas está enfraquecido e começa a ter uma disputa entre os palestinos, grupos armados, está bem legal.
02:50O Rodolfo Borges também trouxe uma matéria bacana, acho que os reféns do Hamas, como que a hipocrisia do mundo na maneira de olhar para esse conflito, então lá na Assembleia Geral da ONU todo mundo sai na hora que Benjamin Netanyahu está falando, mas vai lá o representante do Irã e fica todo mundo assistindo.
03:13Então, essa falta de um critério único, moral, para jogar as coisas que estão acontecendo no mundo, isso é um problemão.
03:25O João Pedro Farah também trouxe uma matéria muito legal falando da situação do Hamas hoje, que está muito enfraquecido, acho que foram 25 mil terroristas mortos nessa operação de Israel ao longo de dois anos.
03:39Então, não li tudo ainda, estou lendo, mas estou gostando bastante da edição.
03:44Maravilha, tem um artigo espetacular da Catarina Rocha Monte sobre o islamosquerdismo, ela já tinha abordado isso ao longo do último ano até, acho que a gente abordou isso até naquela entrevista que a gente fez na virada do ano retrasado para o ano passado com ela,
04:02que tem se aprofundado nesse assunto falando da união justamente desse fanatismo religioso, violento, bárbaro e no caso o fanatismo islâmico com o fanatismo político que dá à violência e à barbárie uma justificação
04:22e, portanto, acaba legitimando moralmente o terror. E essa é a união entre esse fanatismo islâmico e a esquerda global.
04:34E você tem até depoimentos, na própria edição da revista, mas a gente viu isso, a gente cobriu isso ao longo desses dois anos,
04:41de pessoas que têm algum alinhamento à esquerda, às vezes total, às vezes parcial, às vezes em algum elemento,
04:47e que ficaram enfurecidas, evidentemente, com essa postura que no Brasil é tão ilustrada pelos discursos, pelas falas de duplo padrão moral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
04:59Então, o próprio Caio Blinder, no depoimento que ele deu e que nós citamos na matéria de capa, Superando o Terror, fala dessa decepção com a esquerda
05:10por esse tratamento indevido da comunidade judaica no mundo inteiro e agora sendo alvo de outros atos de terror ou de hostilidades,
05:20de agressões em todos os lugares do mundo, em razão daquilo que está acontecendo na faixa de Gaza,
05:26como se tudo sempre fosse uma coisa só. Então, se maximiza determinados casos, determinados episódios,
05:35se aplica aquilo para todo o povo, para todo o Estado. Então, não existe um governo político, o militar.
05:45Então, é como se o militar que entrou lá na faixa de Gaza e resgatou um refém, ele é culpado,
05:51assim como o militar que entrou num desvio de conduta ou cometeu um erro de disparar contra um telhado de hospital
05:58e acabou matando o civil. O político que deu uma ordem ou que prolongou uma determinada batalha, etc.,
06:04os outros políticos que às vezes são críticos de determinada atitude, eles são culpados por causa desse político.
06:11O povo judeu, ele é culpado por tudo, independentemente da posição sobre o Estado de Israel, sobre o governo,
06:18sobre qual partido, qual político defende, seja dentro de Israel, seja fora de Israel.
06:22Olha o que está acontecendo agora no Reino Unido.
06:24Eu fiz uma outra matéria antes dessa edição, no Antagonista, acho que foi nesse fim de semana ou no final da semana passada,
06:32sobre o que está acontecendo lá, que é muito grave, depois do ataque terrorista em Manchester.
06:38Não só a gravidade do ato terrorista em si, quer dizer, um fanático cujo pai defendia Hitler e o Hamas em rede social,
06:48foi lá, acelerou, atropelou pessoas na frente da sinagoga e saiu esfaqueando.
06:54Morreram duas pessoas, três ficaram feridas.
06:57E você tem atos, esses atos que, entre aspas, pró-Palestina,
07:02porque aí você tem uma mistura nesses atos ao longo de todo esse tempo de guerra,
07:07em vários lugares do mundo, inclusive nos campos universitários americanos.
07:10Você tem pessoas que defendem a solução de dois Estados,
07:13pessoas que têm determinadas críticas legítimas.
07:16No entanto, muitas vezes, essa bandeira está acobertando um apoio declarado ao Hamas,
07:22está acobertando uma declaração de globalização da intifada,
07:28um ódio mortal aos judeus como um todo.
07:32E é isso que os intelectuais, que jornalistas, que atuam no Reino Unido
07:36e que mantêm a sua cabeça sã e independente, estão apontando nesses atos.
07:41E aí você tem o problema de como reprimir.
07:44Você tem lá a Palestine Action, se eu não me engano em inglês, a Ação Palestina,
07:50que é um grupo que foi considerado terrorista pelo governo.
07:53Então, manifestações de apoio àquele grupo, elas são reprimidas pela polícia,
07:57as pessoas são detidas, etc.
07:58E essas manifestações de apoio aparecem nas manifestações.
08:03E o que as pessoas que defendem a comunidade judaica estão falando no Reino Unido,
08:08como a jornalista, por exemplo, Nicole Lampert e vários outros,
08:12estão dizendo que foram dois anos em que se permitiu toda essa agressividade
08:18contra a comunidade judaica, que agora está indignada, inclusive, com o governo do Keir Starmer,
08:25do primeiro-ministro.
08:26O seu vice foi lá falar para a comunidade local da área do terror em Manchester
08:31e foi vaiado, foi criticado, porque essa comunidade não estava sendo ouvida,
08:36porque o governo sinalizou o apoio a uma solução de Estado palestino
08:43no momento em que o Hamas não se rendeu.
08:45Quer dizer, que Estado palestino é esse? Vai ser governado por um grupo terrorista
08:48que quer eliminar Israel do mapa?
08:51Quer dizer, idealmente não há problema algum das pessoas defenderem solução de dois Estados.
08:55Quem não quis foram os terroristas.
08:58E isso acontece desde lá de trás, como na história contada aqui pelo Samuel Feldberg
09:03no podcast O.A.
09:04Aliás, Samuel Feldberg também escreveu um excelente artigo
09:08analisando as possibilidades do plano de paz anunciado pelo Donald Trump.
09:12Ricardo Kertzmann escreveu também um artigo sobre a ferida incurável
09:17e ele está aqui presente, viva voz, para falar a respeito.
09:19Ricardo.
09:21Em primeiro lugar, Felipe, é uma iniciativa brilhante da Cruzoel,
09:24uma edição primorosa, as reportagens, as matérias,
09:28as dicas sobre documentários e livros de extrema qualidade.
09:34E eu considero que, para quem quer entender o que aconteceu em 7 de outubro de 2023,
09:39o que acontece hoje e o que está por vir, eu considero uma leitura bastante útil,
09:44eu diria até fundamental.
09:46Felipe, sobre o seu comentário agora, extremamente oportuno,
09:50porque é importante, Felipe, de uma vez por todas, se separar o joio do trigo.
09:54Apontar e colocar de forma bem clara que o início desta guerra se deu única e exclusivamente
10:00por iniciativa, mais uma vez, do grupo terrorista Hamas,
10:03com a invasão ao território israelense, com o assassinato bárbaro de 1.800 pessoas,
10:09com o sequestro de duzentas e tantas pessoas.
10:12Negar este fato, Felipe, não só é impossível à luz da verdade, à luz da lógica,
10:21como é sinônimo de adoção de um lado, o lado do terrorismo.
10:25Felipe, nada que qualquer pessoa possa dizer vai tirar esta culpa do Hamas.
10:35Isso não significa, Felipe, que qualquer judeu, qualquer israelense, judeu ou não,
10:40qualquer judeu pelo mundo tenha que ratificar todas as ações militares israelenses,
10:46ou que qualquer judeu pelo mundo precise necessariamente adotar um tom de apoio
10:53a um governante de turno. Não é nada disso.
10:56O que israelenses, judeus ou não, e judeus pelo mundo, precisam fazer o tempo todo,
11:02e é um absurdo que seja necessário isso, Felipe, é o tempo inteiro ter que mostrar
11:08que, olha, há o direito de Israel existir, há o direito dos judeus existirem,
11:14seja Israel, seja em qualquer outro país do mundo.
11:17Ah, Ricardo, e não há o mesmo direito para os palestinos?
11:20É claro que há, e o primeiro a reconhecer esse direito historicamente é o Estado de Israel.
11:26São os israelenses, são os judeus.
11:28Quem sempre disse não, e começa lá atrás com os famosos três nãos da Liga Árabe,
11:34são os fundamentalistas palestinos, são os fundamentalistas islâmicos.
11:39Que, aliás, Felipe, é sempre bom a gente sempre lembrar isso também,
11:44não se confunda islamismo com fundamentalismo islâmico.
11:49O islâm é uma religião, como qualquer outra, em que a maioria de seus fiéis prega a paz,
11:56em que a maioria de seus fiéis não pretende eliminar Israel e os judeus da face da terra.
12:03Infelizmente, há uma quantidade imensa de fundamentalistas que pensam o contrário
12:08e que são os verdadeiros e únicos responsáveis por tudo que anda acontecendo atualmente em Gaza.
12:13Aliás, eu fiz uma compilação, só uma dica rápida, cinco respostas marcantes sobre Israel e terror.
12:20São apresentadores, historiadores, jornalistas, escritores, analistas,
12:24que estão reagindo na TV e nas redes sociais a narrativas, posturas e hostilidades frequentes.
12:32E nós fazemos isso aqui no Papo Antagonista, no Antagonista, na Cruzoé,
12:36e muita gente que fica numa bolha de rede social seguindo aquelas contas de propaganda do lulismo
12:44que, por isso, são muito alinhadas à legitimação moral do Hamas como um partido político.
12:52Essas pessoas, às vezes, se espantam em ouvir a gente mostrando a complexidade da realidade.
12:58Aí tem aquela atitude binária de achar que está defendendo um lado incondicionalmente,
13:03que tudo é um apoio de 100%, etc.
13:06A gente está mostrando a complexidade da situação.
13:10Então, essas pessoas, às vezes, não percebem que existem várias outras vozes no mundo
13:16que estão fazendo discursos pela sanidade mental, pela sensatez,
13:23como nós fazemos aqui no Brasil.
13:25E é muito interessante essa compilação,
13:27porque tem resposta de apresentador americano para a esquerda americana,
13:31tem de judeu para judeu, tem comentários sobre a Greta Thunberg,
13:37essa ativista que foi lá na flotilha da Selfie,
13:40tem quase que um desabafo britânico depois do terror em Manchester,
13:48colocando essa complexidade para ser devidamente analisada.
13:51Então, é uma leitura que eu recomendo bastante.
13:53Dua Teixeira.
13:54Você citou a Greta, tem um trecho ali nessa sua reportagem que você comenta
14:00a Greta se dizendo uma refém de Israel,
14:05o que claramente é um absurdo.
14:08Aliás, ela ficou pouquíssimo tempo ali nas mãos dos soldados israelenses,
14:14porque ela já foi mandada, ela acha que para a Eslováquia,
14:17deve estar, já está na Suécia.
14:20Mas diz isso, como se o governo de Israel fosse uma autoridade
14:25que estivesse raptando as pessoas ou cobrando alguma recompensa,
14:30alguma coisa assim.
14:32E, obviamente, não é nada disso,
14:34mas entra nisso que o Ricardo comentou,
14:38que são essas equiparações falsas,
14:41as pessoas que tratam o governo de Israel e o Hamas
14:44como se fosse a mesma coisa.
14:46Então, o governo de Israel está praticando um genocídio,
14:49quer destruir a raça palestina.
14:54Como se equiparando, então, ao Hamas,
14:57que adoraria fazer isso com a população israelense.
15:01Não faz porque não deixam.
15:04O atentado de 7 de outubro há dois anos foi isso.
15:07Foi uma tentativa de fazer isso.
15:09E aí, eu acho que vocês conseguiram muito bem mostrar
15:12que são coisas muito diferentes.
15:15Eu vou dar esse spoiler.
15:17O escritor israelense Ren Mazig,
15:18autor do livro O Tipo Errado de Judeu,
15:21ele criticou a Greta Thunberg e falou assim,
15:24que ela se autodenominar refém é cuspir na cara de Elis Sharab,
15:29cuja esposa e filhas foram assassinadas
15:30e que ainda está esperando o corpo do seu irmão Yosses
15:34para finalmente enterrá-lo.
15:36Quer falar sobre reféns?
15:38Fale sobre ele.
15:39Quer dizer, é alguém que realmente ficou com um sofrimento muito grande
15:43e com uma família destruída pelo terrorismo do Hamas.
15:46E aí ele ironizou a Greta, dizendo,
15:49a Greta Thunberg já alegou duas vezes ter sido abusada e feita refém,
15:53entre aspas, por Israel.
15:54Ela pode ser a única refém na história que navegou alegremente em um barco de volta
15:58para os seus captores malignos para que pudesse ser sequestrada novamente.
16:03Quer dizer, é óbvio que ela não é refém, que ela não é uma pessoa sequestrada,
16:07ela é uma ativista que está fazendo corte para a rede social
16:10e contribuindo para essa propaganda anti-Israel,
16:14patrocinada em diversas frentes pelo regime iraniano,
16:18com apoio dos seus aliados, lamentavelmente, do governo brasileiro também.
16:22Falando nisso, mais cedo o Senado realizou a sucessão solene
16:25em memória das vítimas dos ataques do Hamas a Israel, em 7 de 10 de 23.
16:30A cerimônia proposta pelo senador Sérgio Moro contou com discurso de autoridade
16:34representante da CONIB, Confederação Israelita do Brasil, e sobrevivente.
16:38O presidente da CONIB, Cláudio Lothenberg, afirmou em discurso
16:41que passaram a tratar o Hamas como se fosse um ator político legítimo.
16:44Pode soltar.
16:45Falo hoje não só em nome da comunidade judaica brasileira e dos judeus brasileiros,
16:52mas falo principalmente em nome de 6 milhões de judeus
16:57que sucumbiram na Segunda Grande Guerra Mundial.
17:00Aquilo sim foi, deputado Pazuello, um verdadeiro genocídio.
17:06E basta conhecer a etimologia e conhecer um pouco de antropologia
17:10para entender o real significado e a definição legal do que é um genocídio
17:15e não, como muitos querem, no fundo, tentar macular a imagem
17:21daquilo que o Estado faz ao se defender de um ataque terrorista.
17:25Dois anos se passaram desde o ataque de Gaza,
17:31dois anos desde que Israel foi atacado covardemente por um grupo terrorista.
17:38não foi, em absoluto, deputado Sostenes, uma guerra convencional,
17:46e o senhor sabe muito bem.
17:48Não foi, muito menos, uma disputa política.
17:51Foi, para quem quer ver, e também para quem não quer ver,
17:56puro terrorismo.
17:58terrorismo que assassinou, que sequestrou e que destruiu vidas inocentes
18:07numa verdadeira operação fraticida, num ato, esse sim, de genocídio,
18:14porque ali existia intenção pura de matar toda e qualquer pessoa,
18:21deputado do Nascimento, que ali estivesse presente,
18:24levando-se em consideração que seriam judeus.
18:28No primeiro momento, o mundo reconheceu isso.
18:33Reconheceu que Israel havia sido atacado pelo Hamas,
18:37um movimento terrorista.
18:39Mas, logo depois, a farsa.
18:42Passaram a tratar o Hamas como se fosse um ator político legítimo.
18:47Aliás, Hamas, cujo livro tem prefácio até com a participação de brasileiros.
18:57Como se a voz do Hamas fosse a voz de um povo.
19:02E não é.
19:03Isso é mentira.
19:05O Hamas não é política.
19:07O Hamas representa o terror, um braço estendido,
19:10do governo do Irã,
19:12que patrocina não somente o Hamas, mas o Hezbollah, o Routis,
19:17que usa aquilo que há de pior em termos de interlocução,
19:22o terrorismo, a violência deliberada.
19:26Portanto, essa é uma marca de terror.
19:29Essa é uma obra de terror.
19:31Em outro momento, Cláudio Lutemberg, que, repito, é presidente da Conib,
19:35criticou o governo Lula por se posicionar sistematicamente contra Israel
19:38e falou em vergonha nacional.
19:40Vamos assistir.
19:42Mas hoje, infelizmente, lamento e tenho que dizer nessa casa
19:45que estamos vendo um Brasil diferente.
19:48Um Brasil que, desde o primeiro dia,
19:50recusou-se a chamar essa guerra pelo nome certo.
19:56Guerra contra o terrorismo.
19:59Um Brasil que preferiu patrocinar narrativas ideológicas
20:02dentro de uma perspectiva diplomática que não é tradicional,
20:07dentro daquilo que alguns classificam como sendo no-política.
20:10que se colocou sistematicamente contra Israel.
20:15E, lamentavelmente, senador Bolsonaro, alimentando o antissemitismo dentro deste país.
20:24Que fechou as portas, deixo isso aberto a todos vocês, para essa comunidade, a comunidade judaica brasileira.
20:32Que procurou e queres estar junto ao governo brasileiro para poder dialogar.
20:38Que, infelizmente, distorceu fatos.
20:40Que vem repetindo números falsos, conceitos impróprios e que, infelizmente, ignora sistematicamente os reféns.
20:49Isso não é apenas um erro, a meu ver, com toda a liberdade, presidente, dessa sessão, senador.
21:00Isso, para mim, é uma vergonha nacional.
21:03Isso é insulto à nossa história, ao nosso povo e a uma credibilidade internacional.
21:09E, aqui, eu quero ser claro.
21:13A Confederação Israelita do Brasil, minhas senhoras e meus senhores,
21:17ela não é um braço político ou um braço partidário.
21:22Ela não é instrumento de governo ou de oposição.
21:25Nós já acreditamos, meu sempre senador Romero Juca,
21:29governos de esquerda e governos de direita.
21:32Todas as vezes que achamos que houve algum tipo de abuso ou algum limite foi ultrapassado.
21:38Mas sempre pudemos dialogar.
21:41E hoje estamos aqui criticando porque vemos que existe, senador Moro,
21:47limites que são ultrapassados.
21:49Porque a política externa se tornou uma inimiga sistemática de Israel.
21:55E cumpre-se, muitas vezes, de narrativas que acabam fortalecendo o conceito do terrorismo.
22:03Também durante a sessão, o senador Sérgio Moro afirmou que o antissemitismo
22:06foi alimentado por esse atentado terrorista.
22:09Vamos acompanhar.
22:10O objetivo é nós transformarmos um dia de infâmia em um dia de celebração
22:18à memória das vítimas e contra o antissemitismo.
22:23Há exatos dois anos, no dia 7 de outubro de 2023,
22:29o mundo testemunhou os ataques terroristas mais brutais e devastadores da história recente.
22:36Mais de 1.200 vidas foram ceifadas.
22:40Centenas de pessoas foram sequestradas e levadas como reféns para a faixa de Gaza,
22:50separadas de sua família, arrancadas de suas rotinas,
22:54mergulhadas em um pesadelo que, para muitas delas, 48 ainda não terminou.
23:02O exercício do direito de defesa, reconhecido pela comunidade internacional,
23:09nenhuma nação pode ser obrigada a permanecer inerte
23:12enquanto seus cidadãos são massacrados, sequestrados e brutalizados.
23:19O debate acerca de como esse direito de autodefesa é exercido
23:25e como as ações tomadas por Israel têm sido aplicadas,
23:32esse debate é legítimo e é um debate necessário.
23:37Mas nós não podemos deixar que esse debate obscureça
23:43ou relativize a gravidade dos crimes que deram origem a essa espiral de violência.
23:51Não podemos esquecer quem atacou primeiro,
23:54quem matou os civis armados que celebravam a vida,
23:58quem sequestrou crianças, idosos e mulheres.
24:02O antissemitismo não é apenas uma questão histórica.
24:05Ele permanece vivo, foi alimentado por esse atentado terrorista
24:11e por suas repercussões, a meu ver, o produto mais grave dessa ação.
24:18Ele se adapta aos tempos, assumindo novas formas,
24:22mas mantendo sua essência, a negação da humanidade plena,
24:26do povo judeu e de seu direito à autodeterminação e à segurança.
24:32Quando crimes bárbaros contra civis israelenses são justificados,
24:38quando o contexto é usado para desculpar o imperdoável,
24:43quando a violência contra judeus é tratada como uma inevitabilidade aceitável,
24:50estamos diante de manifestações contemporâneas deste ódio milenar.
24:55O combate ao antissemitismo não é apenas uma causa judaica,
24:59é uma causa de toda a humanidade.
25:02Onde há espaço para a discriminação,
25:06para o preconceito,
25:07para o ódio contra um grupo,
25:10há risco para todos.
25:12Que a memória das vítimas
25:14nos convoque à responsabilidade
25:16de construir um futuro
25:18onde tais atrocidades
25:20não encontrem mais espaço.
25:22Esse é o desejo
25:23dessa instituição
25:26que represento nesse ato solene,
25:28o Senado Federal.
25:30Muito obrigado.
25:32E agora vamos assistir,
25:33para terminar
25:34essa série de vídeos,
25:36ao vídeo que a Márcia Kelnir Polizuk
25:38enviou aqui para o antagonista,
25:39falando da Praça dos Sequestrados,
25:41lá em Tel Aviv, em Israel.
25:43E, para quem não conhece a Márcia,
25:46aliás,
25:47muitas pessoas talvez
25:48não identifiquem o nome e a pessoa,
25:51mas viram o vídeo que viralizou
25:53nas redes sociais,
25:54quando ela,
25:55se eu não me engano,
25:55foi num evento em Israel,
25:56mas eu posso estar enganado.
25:57Mas era uma transmissão ao vivo
25:58de outra emissora de TV
26:00e o correspondente foi lá,
26:02colocou o microfone,
26:03fez uma pergunta para ela
26:04e ela falou sobre Israel, etc.
26:08E aí acabou criticando
26:09o governo Lula
26:10por essa postura
26:11que adota,
26:12que acabou de ser criticada
26:13pelo presidente da Conip.
26:16E esse vídeo foi cortado,
26:17foi divulgado nas redes sociais
26:18e muita gente repercutiu,
26:20compartilhou,
26:21dizendo que ela fez,
26:22ali ao vivo,
26:23na emissora,
26:24aquilo que os comentaristas
26:26da emissora não faziam,
26:27que era criticar
26:28a postura do Lula
26:29de demonização de Israel,
26:31uma postura mais alinhada
26:32ao Hamas.
26:33Então,
26:34a Márcia,
26:34ela é uma brasileira
26:36que mora há muitos anos
26:37em Israel
26:38e que é ligada
26:39à organização judaica
26:40Rileu.
26:41Ela, inclusive,
26:41foi quem trouxe
26:42o Rileu Neuer,
26:43diretor da ONG
26:44e o Enwatch
26:45para o Brasil,
26:46aquela organização
26:48que vigia e monitora
26:49a ONG.
26:50O Rileu deu
26:50entrevista aqui
26:52no podcast
26:52para mim
26:53e para o Duda Teixeira.
26:55Então,
26:55é dessa Márcia
26:56que a gente está falando
26:57e ela fez um vídeo
26:59ali na frente
27:00do relógio
27:00que marca o tempo
27:01desde 7 de outubro
27:03de 2023.
27:04Pode soltar.
27:06Caros antagonistas,
27:08Márcia Kelner
27:09falando com vocês
27:10diretamente aqui
27:11de Tel Aviv,
27:12da Praça dos Sequestrados,
27:13onde a gente
27:14compra até hoje
27:14dois anos
27:15do massacre
27:16e do sequestro.
27:17Onde hoje
27:18ainda 48 pessoas
27:20continuam reféns
27:22em Gaza.
27:2321 vivos.
27:25Esse relógio,
27:26ele mostra
27:27os minutos,
27:28as horas
27:29e os dias
27:29desde que aconteceu
27:31o massacre
27:32do Hamas
27:33aqui em Israel.
27:34Nós entramos
27:35numa guerra
27:35que a gente
27:36não queria entrar
27:37para defender
27:37o nosso país,
27:39a nossa gente.
27:41O que eu posso dizer
27:42para vocês?
27:42Os soldados autistas
27:44até hoje em Gaza
27:45e nós aqui
27:46resilientes,
27:49confiantes
27:50de que todo mundo
27:50volta
27:51e correndo atrás
27:53no mundo
27:54para que impere
27:55a verdade.
27:57E a gente conta
27:57com vocês,
27:58os antagonistas
27:59para isso.
28:00Hillel Neuer
28:00a gente trouxe
28:01para o Brasil
28:01e foi aí
28:02que ele foi
28:02fazer a entrevista
28:03também.
28:04E o Hillel
28:05ele justamente
28:05faz isso.
28:06Ele vai para a ONU
28:07e antes de todo mundo
28:09começar a falar da ONU
28:09ele está lá
28:10há 20 anos
28:11denunciando
28:12as mentiras
28:13e o apoio
28:14aos ditadores.
28:15Então,
28:16mais uma vez
28:17estou aqui
28:17com os antagonistas
28:18e um dia
28:20muito complexo.
28:22Obrigado pelo trabalho
28:23de vocês
28:23e parabéns
28:24pelo trabalho
28:24de vocês.
28:25E não tem como
28:26ver aquele número
28:27731 dias
28:29esse vídeo
28:30foi gravado
28:30no final
28:30da manhã
28:31de hoje
28:32já tem
28:32portanto
28:32mais horas
28:33mas são
28:33731 dias
28:35de cativeiro
28:36para as dezenas
28:37de reféns
28:38que continuam
28:39nas mãos
28:39do Hamas
28:40e das suas
28:41demais células
28:42terroristas
28:43aparentemente
28:44na faixa de Gaza
28:45possivelmente
28:47tem pessoas mortas
28:48mas possivelmente
28:49tem pessoas vivas
28:50e isso
28:50está sendo
28:51termo aí
28:52desse acordo
28:53de paz
28:54que estão
28:55tentando negociar
28:56Estados Unidos
28:57Israel
28:57e os negociadores
28:59do Hamas.
28:59Eu acabei de ler
29:00antes de entrar
29:00no estúdio aqui
29:01informação
29:02lá de mídias árabes
29:04de que o negociador
29:05do Hamas
29:06está travando
29:07esse acordo
29:08então assim
29:09a gente tem que ter
29:09muita desconfiança
29:10em relação
29:11ao grupo terrorista
29:12que tem
29:13como previsão
29:15estatutária
29:16eliminar Israel
29:17do mapa
29:17assassinar
29:18os judeus.
29:19Duda Teixeira.
29:20Essa frase
29:21do Moro
29:22que está aí
29:22no nosso GC
29:23aqui embaixo
29:24acho que ela
29:25é muito interessante
29:27porque
29:27o antissemitismo
29:29foi alimentado
29:30por esse atentado
29:31terrorista
29:31depois que acontece
29:33a reação
29:34de Israel
29:35ao atentado
29:37acontecem
29:38vários ataques
29:40contra judeus
29:41no mundo inteiro
29:42e aí
29:43há uma
29:44uma interpretação
29:45falha
29:46de que esses ataques
29:48na verdade
29:48eram uma resposta
29:50então
29:50são as ações
29:52de Israel
29:52na faixa
29:53de Gaza
29:54e eu acho
29:54que essa frase
29:55do Moro
29:55ela mostra
29:57que a questão
29:58é mais complexa
29:59que o antissemitismo
30:01já existia
30:02no mundo inteiro
30:04já existia
30:05no Brasil
30:06já existia
30:07nos Estados Unidos
30:08o que acontece
30:09na verdade
30:10é que quando você
30:11tem
30:11uma crise
30:13desse tipo
30:14algumas pessoas
30:15que já tem
30:16esse antissemitismo
30:17já inculcado
30:18ali no cérebro
30:19ficam mais
30:20encorajadas
30:21para sair falando
30:23escrevendo coisa
30:24na rede social
30:25atacando
30:27judeus
30:28e atacando
30:29no mundo real
30:31promovendo
30:32outros atentados
30:33então
30:33o antissemitismo
30:35que já existia
30:37e hoje
30:38até um ponto
30:39que a Catarina
30:40Rochamont
30:40chama muita atenção
30:41hoje no mundo
30:42o antissemitismo
30:43está muito mais
30:44na esquerda
30:45do que na direita
30:47passou aquela fase
30:48do nazismo
30:49ainda existe
30:50um ou outro
30:51nazista
30:53neonazista
30:54contra judeu
30:55é claro que existe
30:56não estou dizendo
30:57que não existe
30:57mas
30:57hoje o que a gente
30:59vê na esquerda
31:00é muito maior
31:01a carga de antissemitismo
31:04e aí tem uma frase
31:05do Cláudio Lotenberg
31:07que eu acho
31:08que é interessante
31:08que ele fala também
31:09que
31:10teve até um
31:12prefácio
31:13de um livro
31:15defendendo
31:16o Ramaz
31:18escrito por brasileiros
31:19ele está citando
31:21Celso Amorim
31:23provavelmente
31:23assessor especial
31:25de assuntos internacionais
31:26do governo Lula
31:27que escreveu
31:29o prefácio
31:29de um livro
31:30que era um livro
31:31pró-Ramaz
31:32e ele diz ali
31:33que
31:34se sente
31:36encorajado
31:37de ver
31:38o autor
31:39defendendo
31:40que o Ramaz
31:41pode representar
31:42os palestinos
31:43imagina
31:44vou dar as aspas
31:45aqui Duda
31:46para te ajudar
31:46através de maiores
31:47esforços diplomáticos
31:49e alianças globais
31:50o Ramaz
31:50pode desempenhar
31:51um papel central
31:52na restauração
31:53dos direitos
31:54palestinos
31:55fecha o aspas
31:56Celso Amorim
31:57aliás
31:58está na matéria
31:59em livro
32:00Amorim
32:00vê potencial
32:01no Ramaz
32:02na busca
32:02pelos direitos
32:03palestinos
32:03em antagonista.com.br
32:05é só um trechinho
32:05que eu estou lendo aqui
32:06e isso mostra muito
32:08explica muito
32:09da política externa
32:11do governo Lula
32:12que a gente
32:13tem que se preocupar
32:14com isso
32:15aliás
32:16o Celso Amorim
32:17foi quem deu
32:18explicação
32:18da saída
32:20do Brasil
32:21daquela aliança
32:22internacional
32:22contra o holocausto
32:24que é uma
32:24é uma organização
32:26que busca
32:26conscientizar as pessoas
32:28sobre o que aconteceu
32:30no holocausto
32:31e tem ali
32:32estratégias
32:34de didatismo
32:38nas escolas
32:38para evitar
32:39que uma coisa
32:40assim se repita
32:41o Brasil
32:42sai
32:43dessa aliança
32:45e quem vai dar
32:46a justificativa
32:47é o Celso Amorim
32:48com uma explicação
32:49completamente boba
32:50dizendo assim
32:51a definição deles
32:52de antissemitismo
32:54é diferente da nossa
32:54e não existe
32:56uma definição nossa
32:57de antissemitismo
32:58do Brasil
32:59ali
32:59escrita na pedra
33:00isso é uma coisa
33:01que ele inventou
33:02só para arrumar
33:03uma desculpa
33:04esfarrapada
33:04para essa decisão
33:06e aí é só conectar
33:07os pontos
33:08que a gente
33:08entende
33:09essa postura
33:10do governo Lula
33:11que é
33:12tem essa raiz
33:13na esquerda
33:14que é
33:15mais antissemita
33:17esquerda
33:18que tem aí
33:19entre os seus
33:21líderes
33:22Celso Amorim
33:23que manda
33:24na cabeça do Lula
33:24nas questões
33:25de política externa
33:26e antes do comentário
33:27do Ricardo
33:27só quero exibir um vídeo
33:28que mostra a imagem
33:30rapidamente
33:31em um minuto
33:32das mil e duzentas
33:33pessoas assassinadas
33:35pelo Hamas
33:36em ataques
33:37em Israel
33:38durante aquela invasão
33:39de sete de outubro
33:40de dois mil e vinte e três
33:42são pessoas
33:43de esquerda
33:44de direita
33:45homens
33:46mulheres
33:47bebês
33:47idosos
33:48hétero
33:50gay
33:50gente de todo tipo
33:52e o terrorismo
33:53simplesmente não permite
33:54que exista
33:55entraram em território
33:56israelense
33:57e foram atirando
33:59nas pessoas
33:59que vinham pela frente
34:00e eu assisti já
34:02a vários documentários
34:03sobre aquele dia
34:04eu tenho aquelas imagens
34:05na cabeça
34:06são imagens
34:07bárbaras
34:08as mais bárbaras
34:09que eu já vi
34:10e por isso
34:11é sempre importante
34:12lembrar
34:12que essas pessoas
34:14existiram
34:15e é preciso trazer
34:16de fato a memória
34:17como essa sessão
34:17solene no congresso
34:19fez hoje
34:20pode soltar
34:20e aí
34:25Amém.
34:55Amém.
35:25Bom, Felipe, eram 1.200 vidas, eram 1.200 pais, 1.200 mães, 1.200 filhos, 1.200 avós, 1.200 netos.
35:38O presidente da Conib, o Cláudio Lothenberg, quando ele explicou, quando ele se utilizou dos termos etimologia e antropologia
35:50para colocar de forma muito clara o que significa genocídio, ele foi muito feliz, Felipe,
35:56porque essa palavra foi banalizada através do próprio presidente da República, do presidente Lula,
36:03e também dos seus áulicos de esquerda.
36:06Genocídio é um atentado deliberado de extermínio contra uma população, contra uma etnia.
36:12E dizer que é isso que Israel faz, Felipe, para muito além de ser uma má fé intelectual e uma desonestidade,
36:20intelectual, é evidentemente promover, favorecer o ódio contra judeus.
36:29É evidentemente promover e favorecer o antissemitismo moderno.
36:35Felipe, se todos nós que acompanhamos, e aí independentemente da religião, independentemente das questões ideológicas de cada um,
36:46mas se todos nós que acompanhamos o que ocorre na região, o que ocorre no Oriente Médio,
36:52antes ainda da fundação do Estado de Israel, qualquer pessoa minimamente instruída sabe que a existência de Israel
37:01só ela está diretamente relacionada e condicionada pela autoproteção que Israel concede a si mesmo,
37:09pela autoproteção, pela unidade dos israelenses, dos judeus.
37:14Porque se dependesse de qualquer outro país ao seu entorno, ou mesmo da maioria dos países do mundo,
37:21Israel já teria sido varrido da face da terra.
37:23Ricardo Kertzmann estava comentando e ia falar agora sobre a menção ao Celso Amorim,
37:29o ministro informal das relações exteriores do governo Lula,
37:34feita pelo presidente da Conib, Cláudio Lothenberg, durante a sessão solene,
37:38em homenagem às vítimas do 7 de outubro de 2023, hoje no Congresso Nacional.
37:42E a nossa leitora, minha leitora de longa data, Olga Belém, um grande abraço para a Olga,
37:48ela comentou aqui no X, Ricardo, o artigo do Ricardo Kertzmann está comovente e botou um coraçãozinho.
37:56Então leiam o artigo do Ricardo. Continue, por favor.
38:00Obrigado, nossa leitora querida.
38:02Felipe, quando o Celso Amorim tenta institucionalizar a atuação política do Hamas,
38:09e ele não é um ignorante no assunto, ele está militando em favor de um grupo terrorista
38:15que quando tentou ser um ator político, perdeu as eleições e tomou Gaza à força,
38:21à base de assassinatos, expulsou do território de Gaza o seu rival que à época,
38:28ambos se diziam políticos que eram fatais.
38:30É a banalização, Felipe, da política isso.
38:33Assim como é banalização equiparar o genocídio que o povo judeu sofreu
38:39com o que ocorre em Gaza atualmente.
38:41Como é banalização, Felipe, e você comentou já sobre isso,
38:45a Greta vim se colocar no papel de uma refém.
38:49Refém é algo muito mais sério e muito pior do que isso.
38:52Como é banalização também, sabe, Felipe,
38:55o que a esquerda principalmente a todo momento adjetiva como nazistas,
39:01qualquer oponente político,
39:02se você não milita no campo da esquerda, você é contra a esquerda,
39:06eles chamam de nazista.
39:07Isso é banalização do nazismo.
39:09Esses termos têm que ser preservados, Felipe,
39:11porque senão, a partir desta banalização que eu estou apontando aqui,
39:15e ao longo dos anos, tudo fica relativizado,
39:18tudo fica pequenininho, diante do que verdadeiramente tudo sempre foi.
39:23Maravilha, Ricardo.
39:24E você falou de execuções cometidas pelo Hamas na faixa de Gaza.
39:29Aconteceu uma execução filmada no dia 21 de setembro,
39:34agora há pouco, semanas atrás,
39:36no oeste da cidade de Gaza, perto do hospital Chifa.
39:40Eles acusaram, os terroristas acusaram,
39:43aqueles palestinos de estarem colaborando com Israel.
39:46É a unidade Saham do Hamas,
39:48tem um H aí no meio,
39:50e ela é conhecida na região por oprimir,
39:55por promover essas execuções em praça pública,
39:57filmada e distribuída,
39:59para incutir medo na população
40:01e para reprimir qualquer possibilidade de dissidência.
40:03Então, é a um regime opressor e terrorista,
40:08em relação, inclusive, à própria população,
40:11não só em relação à população vizinha,
40:13o que já seria grave,
40:15é aceno a esse grupo
40:17que integrantes do governo Lula fazem.
40:21As imagens estão disponíveis,
40:23foram publicadas pela conta Gaza Report,
40:25foram repercutidas, inclusive,
40:26ali pelo Centro para Comunicações de Paz,
40:31o CPC, na sigla em inglês,
40:33Center for Peace Communications,
40:36que também tem a sua conta na rede social,
40:38volta e meia me manda vídeos também,
40:40liberando para a gente publicar,
40:41legendado em português aqui no Brasil,
40:43para mostrar aquilo que muitos veículos
40:46de mainstream media não mostram.
40:48E é óbvio,
40:49que não teve nenhuma notinha do Itamaraty
40:51sobre as execuções de palestinos
40:53em praça pública,
40:54filmadas por membros da unidade Saham do Hamas.
40:59Só tem notinha quando a deputada do PT
41:01na flotilha da Selfie
41:03tem a sua embarcação interceptada,
41:06porque ela está lá sob o pretexto
41:07de levar ajuda humanitária
41:08para fazer propaganda em rede social
41:10anti-Israel a favor do regime do Irã,
41:13que patrocina os terroristas.
41:14Diga, Duda.
41:15O povo de Israel e o povo judeu
41:17é um povo que resistiu,
41:20porque são várias tentativas
41:24de eliminar o povo de Israel
41:26desde que nasce o Estado israelense.
41:28Já começa a Guerra de Independência,
41:30que é a invasão ali de tropas
41:32do Egito, da Síria,
41:35para impedir o nascimento do Estado de Israel.
41:38E depois tem a Guerra dos Seis Dias,
41:40tem a Guerra do Yom Kippur,
41:42e aí depois, mais recentemente,
41:44as duas intifadas,
41:45que são um número gigantesco
41:49de atentados contra a população israelense.
41:52E é justamente por causa,
41:54para evitar esses atentados,
41:56porque era muito fácil
41:57alguém sair ali da Cisjordânia,
42:00um palestino ou da faixa de gás,
42:02entrar no território israelense
42:04e matar as pessoas
42:06num restaurante, num café.
42:08Então é por isso que se cria ali,
42:12se constrói o muro,
42:13para preservar a população israelense.
42:17E aí, no atentado de 7 de outubro,
42:19o que acontece é que esse muro é transposto
42:22pelas forças do Hamas,
42:24com a ajuda ali do Hezbollah,
42:26que ajudou a treinar as pessoas,
42:28e do Irã.
42:30Então Israel tem essa consciência
42:32de que precisa, antes de tudo,
42:34se proteger, bem se proteger.
42:38Essa guerra, que dura dois anos,
42:41é uma guerra de defesa.
42:43Não há ali qualquer intenção
42:45de destruir, acabar com o povo palestino.
42:49O objetivo é acabar o Hamas,
42:51a ameaça do Hamas.
42:52E torcer para que o Hamas,
42:55o Samuel Feldberg,
42:56traz isso também nessa edição especial,
43:00torcer para que o Hamas aceite,
43:03não só libertar os reféns,
43:05coisa que eles já sinalizaram,
43:06mas também que aceite entregar as armas.
43:09Isso se conseguir realmente
43:11seria um baita do marco histórico,
43:14porque é um grupo terrorista
43:16que se ficar sem armas,
43:18realmente praticamente deixa de existir.
43:20E aí sim a gente vai ter chance de paz.
43:22Vale a pena ler o artigo de Samuel Feldberg,
43:24que eu chamo de a maior autoridade do Brasil
43:26em conflitos no Oriente Médio,
43:27ficou com o título
43:28Dogmatismo Jihadista ou Real Politik.
43:31Esse título que soa um tanto acadêmico,
43:34no entanto está tratando simplesmente
43:35do plano de paz proposto
43:38pelo presidente dos Estados Unidos,
43:39Donald Trump,
43:40ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu,
43:42que está sendo discutido
43:42em negociações intermediadas
43:44por Catar, Turquia,
43:46outros países que estão,
43:48pelo menos alegadamente, colaborando.
43:51Vamos ver o resultado disso tudo.
43:53E só para concluir,
43:54o Lula tem sido moralista
43:55com as democracias governadas
43:58por grupos ideologicamente contrários,
44:02ou críticos à esquerda,
44:03ou que estão à sua direita,
44:05e, no entanto,
44:06é aliado e, por conseguinte,
44:08cúmplice moral de ditadores,
44:10de regimes que oprimem a sua população.
44:14Essa é a velha hipocrisia do Lula,
44:16esse velho duplo padrão,
44:18que, no entanto,
44:19tem pouca, vamos dizer assim,
44:23entrada, percepção
44:24por parte de determinados segmentos
44:26da sociedade brasileira
44:27que estão mais preocupados
44:28com a sua sobrevivência,
44:29com a sua subsistência
44:30do que com o cenário internacional,
44:32e o Lula acaba explorando isso.
44:34Mas há, evidentemente,
44:35os segmentos que rejeitam
44:37esse tipo de postura
44:38e elevam a rejeição
44:40do atual presidente.
44:41Então, leiam a edição completinha
44:43da Cruzoé,
44:44dois anos,
44:44do 7 de outubro.
44:45A CIDADE NO BRASIL
44:56Obrigado.
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