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O ministro do STF, Gilmar Mendes, voltou a defender uma Lei Anti-Embargo para proteger autoridades contra sanções. Segundo o ministro, as decisões estrangeiras que aplicam sanções precisam de um aval judicial no Brasil. A repórter Janaína Camelo detalha o assunto. Acompanhe a análise de João Belucci em Tempo Real.

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Transcrição
00:00Bom, o que é importante nós também colocarmos em discussão aqui para repercutirmos os acontecimentos do mundo,
00:06mas também sem tirar os olhos do Supremo Tribunal Federal.
00:11O ministro do STF, Gilmar Mendes, voltou a defender uma lei anti-embargo para gerar uma espécie também de uma certa blindagem
00:20para as autoridades contra as sanções.
00:24A Janaína Camila, quem tem as informações ao vivo do Supremo Tribunal Federal.
00:28Ótima tarde a você, Janaína.
00:30Seria então uma lei que o que fosse tomado de decisão nos Estados Unidos não afetaria então os ministros do Supremo Tribunal Federal?
00:40De que forma isso vai acontecer?
00:45Pois é, Bruno. Muito boa tarde para você, para todo mundo que está assistindo a gente.
00:49Exatamente essa é a ideia, para blindar, para proteger autoridades, não só do Supremo,
00:54mas autoridades de todos os poderes aqui no Brasil de sanções de países estrangeiros, né?
01:00Então, já mirando aí, por exemplo, o caso dos Estados Unidos contra autoridades aqui, principalmente aos ministros aqui do STF, né?
01:07Vários ministros ali tiveram visto os norte-americanos revogados.
01:11O próprio ministro Alexandre de Moraes foi o mais penalizado ali com base na lei Magnitsky.
01:15Então, o ministro Gilmar Mendes, ele voltou a defender, né, essa lei e seria ali uma lei anti-embargos, segundo ele,
01:24que os três poderes estão se debruçando ali nessa proposta, para elaborar essa proposta.
01:30E ele disse que seria, então, isso para proteger as autoridades brasileiras, citando ali o próprio caso do ministro Alexandre de Moraes.
01:38E aí, hoje, Bruno, o ministro Gilmar Mendes, ele está em Portugal, está em Lisboa.
01:42E aí, ele deu uma declaração para a imprensa, citando novamente esse caso, dizendo que realmente está sendo elaborada essa lei
01:49e dizendo o seguinte, com relação às instituições financeiras, porque no caso do ministro Alexandre de Moraes, por exemplo,
01:55porque foram aplicadas sanções econômicas a ele.
01:58E aí, os bancos que atuam aqui no Brasil receberam uma ordem dos Estados Unidos
02:03para que essa determinação da Casa Branca fosse cumprida, né, mas acabou que essas instituições ficaram ali
02:09numa saia justa com a justiça brasileira.
02:11Então, hoje, o ministro Gilmar Mendes, ele disse o seguinte, que o entendimento, até aqui,
02:16e que os bancos têm interpretado até então, é que as sanções não são extensíveis ou aplicáveis.
02:24E aí, ele relembrou, inclusive, aquela decisão do ministro Flávio Dino, Bruno,
02:28logo depois da aplicação da lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes,
02:32em que ele disse que decisões de outros países, de países estrangeiros,
02:37não podem ser imediatamente aplicáveis aqui no Brasil.
02:41E hoje, o ministro Gilmar Mendes deu como exemplo essa própria decisão do ministro Flávio Dino.
02:46Então, seria como base ali nessa lei, nessa proposta que está sendo elaborada.
02:51Resta saber ainda de onde vai sair essa proposta.
02:54Direto do Palácio do Planalto, direto do Congresso Nacional,
02:57mas segundo o ministro, a cúpula ali do Congresso, do Planalto, do Executivo e do Legislativo,
03:01e que, juntamente com o Judiciário, estão elaborando essa proposta.
03:05Ele aproveitou para dizer também que cabe ao Congresso Nacional a discussão,
03:10depois que essa proposta foi anunciada, foi elaborada, que cabe,
03:13já se adiantou ali, dizendo que cabe ao Congresso Nacional,
03:16que lá, sim, é o ambiente adequado para discutir ali essa proposta de lei
03:22anti-embargos a autoridades brasileiras.
03:25Bruna, com você. Bruna e Márcia.
03:27Obrigada, Janaína Camelo, pelas informações.
03:31Vamos chamar o João Bellucci, o nosso comentarista do dia, então, para avaliar isso.
03:36João, eu acho que agora a gente percebeu que a situação dos embargos pelos Estados Unidos,
03:42as taxas, não pegou da forma que a gente esperava que pegaria.
03:47O comércio em geral, o empresariado, pelo menos a gente ainda não sentiu esse impacto.
03:52Uma lei seria mais uma narrativa política que o governo está procurando
03:58para realmente sustentar aquela narrativa da soberania?
04:02Ou você acredita que, de fato, protege, blinda mais os nossos poderes legislativos, executivos, judiciários?
04:10Você tocou no ponto principal, Márcia.
04:12Uma nova lei para dar mais garantias ainda para os ministros do Supremo,
04:17ou demais autoridades, me parece um grande excesso, até porque eles já têm dezenas de garantias
04:22que os trabalhadores comuns ou outras autoridades mesmo, do funcionalato público, não possuem.
04:29A grande questão dessas sanções, como você bem mencionou, o Trump fez o tal tarifácio aqui para o Brasil
04:34e é uma coisa que é mitigado, vai sentindo a longo prazo,
04:38até porque as empresas têm estoques, já têm acordos fechados,
04:42então é uma coisa mais de longo prazo, a tendência é que seja sentido ao longo dos meses.
04:45E lembrando que o Trump, ao defender os interesses exclusivos dos Estados Unidos,
04:50não do mundo como um todo, somente dos Estados Unidos,
04:53ele acabou tirando vários produtos, vários itens do tal tarifácio
04:56para defender os seus interesses, inclusive eleitorais.
04:59Vamos lembrar que depois ele precisa que o partido dele dispute uma nova eleição
05:03em que, pese não possa legalmente ele ser o candidato,
05:06mas já há sondagens ali de que ele busca uma mudança legislativa para tanto.
05:12O outro ponto é a questão do próprio Gilmar Mendes, ministro do Supremo,
05:15a naturalidade com que ele fala sobre a criação de leis,
05:18quando o que se espera do juiz é um comportamento mais sóbrio,
05:22mais silencioso e não necessariamente vocalizando o tempo inteiro.
05:26E certamente a competência seria do Congresso Nacional
05:29propor qualquer lei nesse sentido, jamais do Supremo Tribunal Federal,
05:32mas infelizmente há uma normalização de alguns atores do Supremo,
05:36alguns juízes atuando como atores políticos,
05:38como o caso aí ficou bastante claro do Gilmar Mendes,
05:41que quer uma lei para blindar ainda mais.
05:43E vamos lembrar que as sanções americanas,
05:46especificamente com relação aos ministros do Supremo,
05:48foi para os CPFs de determinadas pessoas,
05:50Gilmar Mendes, o AGU, também o Alexandre de Moraes,
05:54o Gilmar Mendes ainda não foi, foi o Alexandre de Moraes, o AGU,
05:58foram algumas pessoas ali do governo, foi no CPF,
06:00nesse caso não foi contra o Brasil como um todo,
06:03contra o Brasil foi a questão do tarifácio para produtos importados do Brasil,
06:07e que o Trump rapidamente tirou os mais importantes para ele.
06:10Bom, é importante essa responsabilidade e essa divisão, na verdade.
06:19Agora, não é segredo que é de responsabilidade do Legislativo
06:23elaborar novas leis, e não do Supremo Tribunal Federal.
06:28Agora, se é de fato uma espécie de blindagem,
06:32é hora de ir às ruas novamente?
06:33Então, como nós vimos sobre essa blindagem do Congresso Nacional?
06:38Olha, Bruno, eu não teria tanta certeza assim,
06:41porque me parece que o momento é muito mais favorável atualmente para o governo.
06:45Vide a última manifestação, que contou com dezenas de artistas,
06:49que acabou levando um público bastante expressivo,
06:52agora a questão do imposto de renda,
06:54me parece que no momento atual, em termos de cenário,
06:57o governo está com mais popularidade do que a oposição.
07:02E lembrando que a oposição já convocou muitas manifestações,
07:05já tem até um roteiro previamente das manifestações,
07:08que são essencialmente com falas de político,
07:11depois vai todo mundo para casa,
07:12e no dia seguinte, normalmente, há uma escalada,
07:15há uma piora da situação da oposição.
07:18E me parece que não tem ninguém também mencionando isso,
07:20de convocar absolutamente nada.
07:22Mas o seu ponto foi bastante preciso.
07:24Compete ao Congresso Nacional fazer qualquer lei.
07:27Hoje o governo tem ampla maioria no Senado,
07:29enfrenta muita dificuldade no Congresso,
07:31mas como vimos, quando é algum tema que pega muito ali na sociedade,
07:35que a narrativa acaba encaixando bem nos termos na imprensa,
07:38o governo acaba ganhando, como foi o caso agora do imposto de renda.
07:42E o governo é quem tem a caneta na mão,
07:43é quem tem a margem para liberar as emendas,
07:45para fazer as indicações em ministérios,
07:47que é isso que infelizmente conta para os parlamentares.
07:50E caso o Supremo Tribunal Federal crie algum projeto,
07:53ou dê algum encaminhamento para o Congresso,
07:56tocar algum projeto não seria inédito,
07:58já aconteceu outras vezes, mas não é o ideal,
08:00na medida em que o Supremo Tribunal Federal julga,
08:02o papel dele é simplesmente julgar,
08:05não ficar falando sobre o tema e decidindo
08:07e determinando que o Congresso atue.
08:09Mas, conhecendo o Congresso brasileiro,
08:11o cenário atual me parece bastante claro
08:14que o Congresso vai fazer um projeto nesse sentido,
08:17agora não sei se será aprovado,
08:18porque uma coisa é isentar o imposto de renda
08:21para até 5 mil reais,
08:22que é um tema que todo mundo,
08:24até por termos de lógica, acha correto.
08:26Não faz sentido a pessoa ganhar 5 mil reais
08:28no imposto de renda alto,
08:30tem que ser isento mesmo.
08:31Agora, uma nova lei para blindar ainda mais
08:34os ministros do Supremo,
08:35que já tem uma super blindagem,
08:36vamos lembrar, cargo vitalício,
08:39eles podem ser processados ali pelo Senado,
08:41mas fica evidente que o Senado não atua em face deles,
08:44então assim, eles já têm essa super proteção.
08:46Vide também a questão da lei Magnits,
08:49que é a revogação de vistos,
08:51que ocorreu, mas eles continuam lá tranquilamente.
08:53Ainda com essas situações,
08:55o Senado sequer iniciou uma investigação
08:57ou qualquer proposição,
08:58mesmo um pedido de informações para o Supremo,
09:00que é da natureza do Senado,
09:02requerer informações.
09:03Falou, Supremo, por que vocês foram punidos?
09:06Pode explicar para a gente quais as razões?
09:08Nem isso o Senado fez.
09:10Então, acho que vai ter, me parece claro,
09:12que vai ter alguma proposição por parte do Congresso,
09:15Agora, não é um tema muito popular,
09:18dar mais prerrogativas,
09:20vamos colocar assim,
09:21para os juízes do Supremo Tribunal Federal,
09:23que já gozam de prerrogativas
09:24que a população como um todo
09:25não tem nem de longe próximo.
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