Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • hoje
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes decidiu manter o decreto do governo que aumenta o IOF. A repórter Janaína Camelo traz detalhes do assunto. Acompanhe a análise de João Belucci, Bruno Pinheiro e Márcia Dantas em Tempo Real.

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no X:
https://x.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#TempoReal

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00E o primeiro caso de hoje já é o ministro do Supremo Tribunal Federal que decidiu manter o decreto do governo que aumenta o IOF.
00:08A Janaína Camelo tá por dentro dessa situação e vai trazer os detalhes agora.
00:13Oi Jana, boa tarde, bem-vinda em tempo real com a gente.
00:16Ele só manteve uma situação ali, né? Que foi aquela situação do pagamento, né?
00:22Conta melhor pra gente qual foi o único que foi continuado, né? Que não foi sancionado.
00:30Pois é, né Márcia? Muito boa tarde pra você, boa tarde a todos que estão nos assistindo.
00:36O ministro retornou ali a eficácia dos decretos do presidente Lula aumentando as alíquotas do IOF,
00:42mas como você teve, ele manteve a suspensão com relação ao risco sacado, a tributação do IOF ao risco sacado.
00:50O risco sacado, ele é quando uma empresa fornecedora, ela pega uma antecipação junto a uma instituição financeira,
00:56uma antecipação ali dos pagamentos que vão ser feitos pelos clientes.
00:59Isso é tributado. E aí o ministro, o ministro Alexandre de Moraes, ele entendeu que o risco sacado
01:04não é uma operação de crédito, mas é uma modalidade de antecipação de recebíveis.
01:10Então por isso ele entendeu ali que não deve ser tributado pelo IOF.
01:15Na expectativa do governo, Márcia, pra arrecadar no ano que vem com os aumentos do IOF,
01:20a expectativa do governo era de arrecadar 31 bilhões de reais só no ano que vem,
01:25sendo que desse total 3,5 bilhões, 3 bilhões e meio, era só com o IOF tributado ali em cima do risco sacado.
01:33Então agora fica aí essa margem um pouco menor do que o governo esperava arrecadar.
01:38Na decisão do ministro Alexandre de Moraes, ele disse o seguinte,
01:41que a decisão do governo não teve desvio de finalidade.
01:46E que também ele entendeu que não há um risco irreparável do que ele chamou ele de eventual exação fiscal irregular
01:54em montantes vultuosos.
01:56Só lembrando que essa decisão do ministro saiu ontem à noite e um dia depois de terminar sem acordo nenhum
02:00aquela conciliação, aquela audiência de conciliação no STF com o Congresso e governo,
02:05as duas partes esperaram, decidiram esperar uma decisão mesmo do ministro Alexandre de Moraes,
02:10uma decisão judicial. Ele tinha convocado essa audiência de conciliação logo depois que ele suspeiteu
02:16tanto os decretos de Lula quanto a decisão do Congresso de derrubar esses decretos do Executivo.
02:23Quem falou sobre essa decisão do ministro Alexandre de Moraes de ontem foi o ministro da Fazenda,
02:27Fernando Haddad. Ele agradeceu o ministro do STF e a gente vai ouvir agora.
02:32Conforme eu já adiantei, nós estávamos muito satisfeitos com a maneira como o ministro Alexandre
02:37tratou o assunto, com muita sobriedade e colocando a Constituição acima de tudo.
02:43Quer dizer, o Supremo Tribunal tem que julgar a forma da Constituição.
02:48E nós, então, estávamos confiados de que o decreto do presidente respeitava completamente
02:53a Constituição Federal.
02:56E houve essa questão do risco sacado que ele já tinha manifestado alguma sensibilidade
03:05em relação à controvérsia. Nós entendemos como absolutamente legítima a decisão dele.
03:11A justiça é para isso mesmo.
03:12Pois é, o risco sacado, o Márcio, ele nunca foi tributado, tá?
03:20Ele sempre foi isento. E aí, com o decreto de Lula em maio, ele passou a ser tributado ali
03:25com uma alíquota de 3,95%. Então, agora volta a ser, tinha já voltado a ser isento com a decisão
03:32do Congresso, mas aí, de fato, volta a ser permanentemente isento de qualquer tributação.
03:37Quem também se manifestou foi o advogado-geral da União, representando ali o governo federal,
03:41que tinha ali peticionado junto ao Supremo, né, judicializado essa questão toda.
03:46O AGU, o ministro Jorge Messias, ele disse que o STF analisou com abrangência esse tema,
03:51concluindo que o decreto do presidente Lula é constitucional, respeita a decisão do ministro
03:56com relação a risco sacado, entendendo que é um tema que ainda gera divergências
04:02e defendeu também o diálogo ali entre todos os poderes.
04:07Márcia, com você.
04:08Obrigada, Jana, pelas informações. Agora a gente volta, então, direto para Brasília ali
04:13com o Bruno Pinheiro. Bruno, tudo isso não repercutiu muito bem por aí no Congresso, não é?
04:19Conta melhor para a gente os bastidores.
04:22Repercussão imediata, inclusive. Se um lado está comemorando, o outro lado está reclamando
04:28desta decisão do Supremo Tribunal Federal, que acaba atingindo diretamente, aumentando
04:34esse IOF, ou seja, mais imposto. E aí, como entendemos na reportagem,
04:39que fica de fora somente ali o valor sacado, que é uma espécie de uma antecipação.
04:44A gente vai entender um pouco como isso repercutiu entre os parlamentares da oposição.
04:49O deputado Sostens Cavalcante escreveu nas suas redes sociais, logo após essa divulgação
04:55do ministro que um ministro que nunca teve um voto mandando mais que 594 parlamentares
05:03eleitos pelo povo. E ele faz um questionamento e explica que é para ajudar, de acordo com
05:10o deputado Sostens, o desgoverno do governo atual. Ele cita aqui o descondenado, nas palavras
05:18de Sostens Cavalcante. Fica claro, então, nas redes sociais. Na sequência, vem também
05:24uma fala do líder da oposição, que é o deputado Luciano Zucco. Ele cita também
05:30diretamente esta decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que restabelece o aumento
05:36do IOF. E é mais um capítulo vergonhoso, de acordo com o Zucco, de uma falta de respeito
05:42institucional que vem se tornando rotina. E ele fala de mais uma medida inconstitucional,
05:50autoritária e que ignora o que foi colocado em uma votação, o que seria, então, uma
05:58responsabilidade, uma soberania do Congresso Nacional. Esse é um recorte do que a oposição
06:04fez ainda ontem à noite. Acontecia uma importante votação. Eles estavam em plenário quando
06:11veio essa decisão do Supremo Tribunal Federal e que a gente acabou, então, repercutindo.
06:17Hugo Mota, logo na sequência, também repercutiu. Ele sai da Câmara dos Deputados, vai até
06:24o Senado Federal, se junta com Alcolumbre, inclusive, e começam a conversar. Isso foi
06:30logo na sequência desta decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ou seja, o que o Congresso
06:36havia resolvido, esperava, então, que Alexandre de Moraes fosse tomar uma decisão para que
06:41atendesse ambos os lados. Mas, na verdade, no entendimento da oposição, o ministro
06:47Fernando Haddad acabou saindo muito maior. Saiu como vencedor, já que ele havia editado
06:53este decreto enviado para o governo sem comunicar o Congresso Nacional. Então, o que foi resolvido
07:00na Câmara, isso foi derrubado. O que o governo editou está mantido. Márcia.
07:06Bruno, obrigada pelas informações. A gente segue nesse assunto agora. Vou chamar o nosso
07:11analista do dia, o comentarista João Bellucci, direto aqui de São Paulo. Vou abrir ele na
07:16tela aqui. João, muito obrigada pela sua participação. Boa tarde. A sua análise sobre esse assunto
07:22é o seguinte. Eu queria a sua opinião sobre essa posição de Moraes. Você acredita que,
07:27após a decisão, ele apazigua um pouco os ânimos ou acirra ainda mais a questão do
07:33Legislativo contra o Executivo? Boa tarde, Márcia, Bruno e toda a audiência. Veja, já
07:39é ato comum o Supremo invadir as competências do Congresso. É mais um chamado pequeno dia
07:46para o Congresso Nacional. Caberia agora, tanto ao Davi Alcolumbre quanto ao Hugo Mota, se
07:52manifestarem, fazerem uma nota ou algum vídeo, assim como fizeram recente em outra
07:56situação. O que a oposição colocou é bastante verdadeiro. Um homem, a decisão
08:01de um juiz, passou por cima do Congresso Nacional. É evidente que na técnica jurídica
08:06tributária, o IOF, esse Imposto sobre Operações Financeiras, ele é o que se
08:12chama de regulatório. Ele atua, o governo usa ele com fins regulatórios de algum
08:16mercado. Mas na prática, no final do dia, ele serve para arrecadar. E é isso que o
08:20governo vem fazendo, usando para arrecadação. O Congresso deu o seu
08:24recado, mas o Supremo novamente põe mais fogo nessa caldeira e novamente passa por
08:30cima de uma decisão do Congresso Nacional em sua maioria, o que é muito triste. Mais
08:34um pequeno dia agora. A oposição lamenta muito na rede social agora, precisa de um
08:40ato concreto, né? Paralisar votações, enfim, ter alguma forma de atitude ali em
08:46grupo regimental, porque senão fica parecendo que é só uma gritaria de Twitter sem
08:50efetividade institucional, Márcia.

Recomendado