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Donald Trump anunciou tarifas de até 100% sobre produtos farmacêuticos importados e aumentos em móveis e caminhões, visando reforçar a indústria americana. Especialistas analisam impacto no mercado, investimentos em fábricas nos EUA e possíveis atrasos na chegada de medicamentos aos consumidores.

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Transcrição
00:00Vamos voltar a falar sobre as novas tarifas determinadas pelo presidente americano, Donald Trump.
00:05Marcelo Favalli, apresentador do Conexão, já está aqui para explicar como a sobretaxa farmacêuticos vai impactar no setor.
00:14Favalli, boa noite para você. Vai ter impacto também nos consumidores?
00:20Gigantescamente. Boa noite, Cris Pelagio. Boa noite, que nos acompanha.
00:24Se é que eu posso desejar boa noite diante desse fato, porque essa análise tem duas vertentes.
00:30Uma, como é que isso impactou o mercado?
00:32Mexeu com valor em bolsa, claro que as empresas já estão revendo os seus fluxos, caixa, estoque.
00:40Só que do outro lado, há pessoas, não há números, pessoas dependentes de medicamento para doenças graves, raras,
00:48e que já tomam medicamentos caríssimos e eles vão ficar o dobro do preço.
00:55Repito, boa noite, se for possível.
00:58Boa noite para quem tiver estômago para ver essa análise que a gente preparou.
01:02A começar, primeiro, com o tamanho do problema.
01:08Duas vezes o dobro do custo.
01:10Só lembrando que o Donald Trump, então, faz uma postagem dizendo que a partir do dia 1º de outubro,
01:15alguns medicamentos patenteados, ou seja, os chamados medicamentos genéricos,
01:20eles não entram nessa lista, aqueles medicamentos que você encontra na parte de fora do balcão da farmácia,
01:27também estão excluídos.
01:29Isso é um problemão para muita gente que usa aí medicamentos muito específicos.
01:35Então, no dia 1º de outubro, a partir do dia 1º de outubro, o Trump disse,
01:40estes medicamentos que não forem produzidos nos Estados Unidos ou produzidos por empresas
01:45que ainda não começaram a se movimentar, a trazer a sua produção,
01:50criar, então, estruturas dentro dos Estados Unidos, vão ser taxados aqui.
01:56Então, medicamentos para tratamento de câncer, para esclerose múltipla, para artrite reumatoide.
02:05Nada disso aqui é simples, nada daqui você cura com uma pílula para aliviar os sintomas.
02:12São doenças graves.
02:16Agora, qual que é o risco?
02:18Esses medicamentos, eles já são caros por natureza.
02:21Qual que é o risco?
02:23O paciente não vai conseguir mais arcar com os custos,
02:26e ele pode interromper o tratamento ou procurar uma alternativa, um paliativo,
02:34e isso pode trazer graves riscos à saúde de pessoas que já estão debilitadas.
02:40Vamos avançar para a gente entender aqui mais do que exatamente eu estou falando.
02:47Eu fui atrás aqui de alguns desses medicamentos atingidos, e de onde que eles vêm?
02:54Queitruda é para doenças autoimunes, leia-se, câncer, fabricado na Irlanda e na Holanda.
03:03O Rumira, para doenças autoimunes, talvez a mais comum delas, mais famosa,
03:09a doença de Crohn, também fabricado em Porto Rico.
03:12Tudo bem que tem uma relação com os Estados Unidos, mas parte do Rumira também vem da Europa, da Irlanda.
03:19Eliquis, muito comum para pessoas que têm risco de AVC,
03:25porque é um dos anticoagulantes mais eficazes que tem no mercado.
03:31Também vem da Irlanda.
03:33Estelara, psoríase e doenças inflamatórias intestinais.
03:39De novo, Holanda e Irlanda.
03:42E aqui o Ozempic, que dispensa a apresentação.
03:46Embora haja alternativas para esses remédios, muitos médicos preferem exatamente essas fórmulas,
03:54porque já sabem os efeitos nos pacientes.
03:56O Ozempic passa a ter uma versão do mesmo princípio ativo, por exemplo, fabricado no Brasil.
04:02Mas eu peguei aqui a fórmula original, que vem da famosa farmacêutica na Dinamarca.
04:07Agora, os olhares mais atentos perceberam que Irlanda, Holanda e Dinamarca se repetem nessa lista,
04:14que isso não é uma coincidência.
04:15Esses países criaram incentivos fiscais para ampliar o seu parte de produção de medicamentos nesses países.
04:23E há muito tempo, estas farmacêuticas instaladas nesses países começaram a desenvolver uma certa expertise.
04:32O que eu quero dizer com isso?
04:34Transpor toda a estrutura que já está ali há décadas, na Irlanda, na Holanda, na Dinamarca,
04:40para os Estados Unidos, como quer o Donald Trump, é possível?
04:44É. Vai levar tempo e pode atrapalhar essa dinâmica de um produto bem sucedido, já bem estabelecido.
04:54Queria avançar aqui para a próxima arte, que é a mais impactante de todas.
04:58Para vocês entenderem o custo de tudo isso, eu fui atrás dos valores.
05:03É claro que os Estados Unidos têm 50 estados, cada um tem uma taxação diferente,
05:08porque tem uma política fiscal diferente, esses valores flutuam.
05:12Flutuam também se o paciente tem um plano de saúde, se ele depende de uma ajuda do governo.
05:18Eu peguei os valores macros, o teto desses valores, mas para a gente ter uma ideia.
05:24Então, o que intruda para câncer, quem usa, pode chegar a gastar 191 mil dólares por ano.
05:32Com a taxação de 100%, vai para quase 400 mil dólares.
05:36Rumira, 84 mil dólares, vai para quase 170 mil dólares.
05:42Stellara, pode chegar a 330 mil dólares, para quem tem doença de Crohn.
05:48O Ozenpix, você compra na farmácia, mas é caro.
05:51Até houve uma redução de preço, mas em alguns Estados, ele chega a custar mil dólares,
05:56dependendo também, tudo isso, da dose que o paciente tem que tomar.
05:59Vai passar a 2 mil dólares.
06:01O eliquiz, assim como o Ozenpix, você compra na farmácia, mas é um medicamento muito importante.
06:07O paciente que sofre risco de AVC, precisa tomar diariamente, às vezes, mais de um comprimido por dia,
06:13desse anticoagulante, pode gastar até 13 mil e 400 dólares por ano,
06:19se houver realmente essa sobretaxação de 100%, que, segundo o Donald Trump, começa a valer na semana que vem.
06:25Eu acho que a gente tem mais uma arte para avançar, porque o Donald Trump também disse o seguinte,
06:30olha, quem começar a construir aqui, trazer a sua produção para os Estados Unidos,
06:35eu vou aliviar essa sobretaxação.
06:38De fato, a gente tem aqui 10 plantas sendo planejadas com investimentos já apontados,
06:47principalmente na costa leste dos Estados Unidos.
06:51195 milhões de dólares, alguém que vai colocar 1,4 bilhão, a GSK 800 milhões, são planos.
07:01Mas nada disso não fica pronto no estalar de dedos.
07:05Depois, é preciso de um tempo para saber a eficiência dessa produção dentro de solo americano.
07:12Todos esses medicamentos que eu falei vão vir para o território americano?
07:16A gente ainda não sabe. O que a gente consegue prever com mais clareza é que doentes que precisam desses medicamentos
07:23vão sofrer muito, não só da doença, mas para pagar a conta agora da farmácia.
07:30Cris Pelágio, não, isso é...
07:33Não há adjetivos, porque eu não encontrei nenhum por enquanto.
07:37Te chamo de novo já já.
07:39Até já.
07:40Vamos para a nossa última parada.
07:41Fique aqui com a gente no Jornal Times Brasil, exclusivo CNBC, porque eu volto em instantes.
07:46Fique aqui com a gente no Jornal Times Brasil.
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