- há 7 semanas
- #meiodiaembrasilia
Às vésperas da entrada em vigor do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros, o presidente Lula pede “respeito” e critica a postura americana.
Missão de senadores nos EUA não consegue convencer parlamentares a adiar a medida, que entra em vigor em 1º de agosto.
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NotíciasTranscrição
00:00Às vésperas de entrar em vigor uma tarifa comercial de 50% anunciada pelo presidente americano Donald Trump
00:06contra produtos brasileiros, o The New York Times publicou nesta quarta-feira
00:12uma entrevista com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
00:16Na entrevista, Lula reforça que tem dito nos últimos dias
00:20que os Estados Unidos estão ignorando as ofertas do governo brasileiro para negociar
00:25e diz que o país não será subserviente.
00:28Vamos conferir alguns trechos desta entrevista.
00:32Na primeira, ele diz
00:34Tenham certeza de que estamos tratando isso com a máxima seriedade.
00:40Não seriedade, mas seriedade não exige subservência.
00:44Trato todos com muito respeito, mas quero ser tratado com respeito.
00:49E ele segue
00:49Sabemos do poder econômico dos Estados Unidos, reconhecemos o poder militar dos Estados Unidos,
00:56Reconhecemos a dimensão tecnológica dos Estados Unidos, mas isso não nos dá medo.
01:02Isso nos causa preocupação.
01:05O que está nos impedindo é que ninguém quer conversar.
01:10Eu pedi para fazer contato.
01:12Eu designei meu vice-presidente, meu ministro da agricultura, meu ministro da economia
01:17para que todos conversem com seus equivalentes nos Estados Unidos para entender qual é a possibilidade
01:24de conversa.
01:25Até agora, não foi possível.
01:28O senador Jacques Wagner, líder do governo no Senado, descartou a possibilidade do presidente
01:34Lula conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes da entrada em vigor
01:40das tarifas de 50% prevista para a próxima sexta-feira, dia 1º de agosto.
01:46Vamos ouvi-lo.
01:47A comissão dos senadores que está nos Estados Unidos tenta adiar ao máximo o tarifácio.
02:12Vamos ouvir o senador Esperidião Amin, que está nos Estados Unidos.
02:18O que os senadores estão defendendo?
02:20O prazo razoável seria o mesmo que foi dado a todos os outros, inclusive a China, que ganhou
02:29agora mais três meses de prazo.
02:32Uma carta de 9 de julho, produzir efeito dia 1º de agosto.
02:38Outros países também tiveram essa carta no 9 de julho, com prazo 1º de agosto?
02:42Todos tiveram mais prazo.
02:45Todos.
02:46Todos, desde abril, tiveram mais prazo.
02:49Nós queremos, por analogia, por sermos deficitários, e eles, eu acho que seria razoável ter um prazo.
02:58Mas vamos a um exemplo concreto.
03:00O que é o perde-perde?
03:02Anuncia-se que a madeira vai pagar 50% de taxa de tarifas.
03:14O Estado do Nunesco é um dos importadores de madeira.
03:18O meu Estado exporta um terço da madeira de diversos tipos.
03:23mesmo compensado em IPF, porta, cultura, remóveis, nós exportamos um terço.
03:33Provavelmente a nossa madeira está lá.
03:36E o senador disse, o preço da madeira já está subindo.
03:39Isso é o que se chama perde-perde.
03:42Nós perdemos o negócio de exportação.
03:47E o importador perde o preço da construção civil.
03:51Portanto, é este perde-perde.
03:53Eu estou dando um caso.
03:57Nós precisamos de prazo para mesurar, dimensionar e discutir.
04:03E hoje pela manhã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
04:07reafirmou que o tarifaço ocorrerá mesmo a partir de 1º de agosto.
04:13Ele disse,
04:13Vamos lembrar que Trump também estende essa data do dia 1º de agosto,
04:31não só para o Brasil.
04:32O tarifato para o Brasil é mais significativo porque é de 50%.
04:36Mas dezenas de outros países que ainda não fecharam acordo com os Estados Unidos
04:40também devem ser afetados pelas suas próprias tarifas, ainda que menores.
04:45E para falar disso, temos aqui Wilson Lima e Duda Teixeira.
04:51Wilson Lima, muito boa tarde.
04:54Duda também, ótima tarde a todos.
04:56E eu pergunto para você, Wilson,
04:58parece que aquela missão dos senadores nos Estados Unidos não colheu muitos frutos.
05:04Como vamos e venhamos, já antecipávamos aqui,
05:07até porque eles não tinham grande autonomia para fechar acordos, né?
05:12É exatamente isso, Inácio.
05:13Boa tarde para você, meu amigo Inácio.
05:15Boa tarde para você, meu grande Duda Teixeira.
05:17Mas principalmente,
05:19boa tarde para você, meu amigo e minha amiga de ONU,
05:22antagonista e também do canal BMC News.
05:25Amigo,
05:26essa missão dos senadores custou aos cofres públicos 500 mil reais.
05:31E ela volta para casa sem conseguir mudar muita coisa.
05:36Os senadores conseguiram ali conversar com alguns congressistas norte-americanos,
05:40mostraram a situação do Brasil,
05:43mas em termos práticos,
05:45não teve nenhum avanço.
05:48Nesse momento, os senadores, eles dão uma entrevista coletiva justamente fazendo esse balanço.
05:53E um detalhe curioso dessa coletiva é que os parlamentares agora mudaram o discurso.
05:59Se no primeiro momento eles iam, eles foram, melhor dizendo, aos Estados Unidos,
06:03dizendo, olha, vamos tentar evitar o tarifácio.
06:06Agora, eles passaram a falar o seguinte,
06:08olha, a gente não veio aqui para tentar evitar o tarifácio.
06:12Nós viemos aqui apenas para conversar,
06:13porque quem de fato pode adotar uma postura para evitar o tarifácio seria o governo brasileiro.
06:19Ou seja,
06:21na prática, Inácio,
06:22foi tempo perdido dos parlamentares.
06:24Agora, aí a pergunta que eu levanto para o meu amigo Duda é o seguinte,
06:29será que eles poderiam fazer de fato alguma coisa se o Lula também não atrapalhasse?
06:34Aí eu deixo com o meu amigo Duda Teixeira.
06:38Wilson, que destreza, né?
06:41Essa história, não sabia desse valor.
06:44Então, meio milhão de reais jogados no lixo.
06:48A gente aqui comentou,
06:51quando os senadores falaram dessa comitiva,
06:54a gente já sabia que não ia dar em nada.
06:57Quem faz política externa é o executivo.
07:01O executivo entendido aí como a presidência
07:04ou o Ministério de Relações Exteriores,
07:07comandado pelo Mauro Vieira.
07:10Os senadores, eles não têm autoridade
07:13para negociar esse tipo de coisa.
07:18Eles não têm poder para fazer, por exemplo, concessões.
07:22O que a gente precisa para fazer um acordo com os Estados Unidos
07:24é concessões.
07:26Os senadores não têm esse poder.
07:28Eles são do legislativo.
07:31E ainda chegaram lá nos Estados Unidos
07:33no meio de um recesso parlamentar.
07:35Ainda pegaram o Washington vazio.
07:38E aí, interessante também,
07:42o Lula também está atrapalhando a história.
07:46Falou para o New York Times também,
07:48ele tentou minimizar as consequências do tarifácio.
07:50Outra frase dele,
07:51ah, o tarifácio é que nem o bug do milênio.
07:53Todo mundo achou, entrou em pânico
07:55quando ia mudar lá o computador
07:57para 1999, para 2000,
07:59e não aconteceu nada.
08:00Então, do tipo, já está meio que apostando
08:02que não vai acontecer nada.
08:05E a gente vê claramente também
08:07que o Lula não tem essa intenção
08:09de fazer um acordo,
08:10porque nessa frase que vocês pegaram
08:14da entrevista do New York Times,
08:15você vê, eu indiquei o meu vice,
08:19o Geraldo Alckmin,
08:20o ministro da Agricultura,
08:22o ministro de mais não sei o que
08:23para ir lá fazer negociação,
08:25mas ele omite o Mauro Vieira.
08:28O Mauro Vieira,
08:28que é o ministro de Relações Exteriores,
08:30que é quem deveria estar falando com o Marco Rubio.
08:33Então, enfim, o Lula atrapalha,
08:35já está contando que o tarifácio vem
08:37e os senadores só foram lá
08:40para passear e para rasgar nosso dinheiro.
08:42E para nos ajudar a entender
08:44o possível impacto para a economia brasileira,
08:47estamos com Paulo Serra,
08:49especialista em gestão governamental
08:50e ex-prefeito de Santo André.
08:53Paulo, muito boa tarde.
08:56Já é possível precisar,
08:58ou pelo menos estimar,
08:59o impacto desse tarifácio,
09:01que, ao que tudo indica,
09:02vai ser mesmo implantado
09:03a partir de sexta-feira?
09:05Boa tarde, Inácio, Wilson, Duda.
09:07Uma alegria estar aqui com vocês.
09:09Boa tarde a todos que estão acompanhando aqui
09:11pelo Antagonista.
09:13E acompanhando as falas,
09:16e eu concordo com grande parte delas,
09:19é possível estimar sim,
09:20claro, porque na economia
09:22a gente tem uma regra diferente,
09:25que muitas vezes
09:25ela é contrastante com as ações políticas,
09:29e nesse caso específico,
09:31uma ação econômica com prazo já determinado,
09:35pode trazer consequências muito difíceis
09:38para a economia brasileira,
09:40mas no Brasil,
09:40o que aconteceu nesse tema específico,
09:43já foi falado muito longamente,
09:45mas eu faço questão de frisar aqui,
09:47que isso é produto de uma polarização,
09:49de uma radicalização,
09:50que já tem atrapalhado muito o Brasil,
09:53e mais do que isso,
09:54na economia,
09:56quando a gente tem alguma ação com data marcada,
09:58a gente cuida primeiro do efeito
10:00para depois discutir a causa.
10:03E nesse tarifácio especificamente,
10:06o que os senadores,
10:07deputados federais foram fazer,
10:09já foi falado aqui,
10:10e da mesma forma a gente pode
10:12tratar o governo federal,
10:16que ficou muito tempo se discutindo
10:18a causa de quem era a culpa,
10:21quando isso começou,
10:23os motivos que levaram o governo americano
10:25e o presidente americano
10:26a estipular esse tarifácio,
10:28e não se discutir os efeitos
10:30que isso pode trazer para a nossa economia,
10:32no agronegócio,
10:34nos nossos commodities,
10:36em vários produtos que efetivamente
10:39vão gerar desemprego,
10:40mais de 100 mil que estão estimando,
10:43diretos e indiretos,
10:46pode gerar excesso de produtos
10:48aqui no Brasil,
10:49e aí pode gerar também
10:50um processo inflacionário
10:51que já está pressionado,
10:52enfim,
10:53perdeu-se muito tempo
10:55discutindo a causa
10:56e pouco discutindo os efeitos disso.
10:58O grande ponto,
10:59e aí o Wilson foi muito bem,
11:02no sentido de que
11:03o presidente e o governo federal
11:05não se posicionou ainda
11:07da forma institucional
11:08que era esperada.
11:10Claro que o vice-presidente tem importância,
11:12o ministro tem importância,
11:12mas a relação entre os países
11:15e a chancelaria brasileira
11:17sempre foi uma referência.
11:19E nesse caso específico,
11:20deixou de ser.
11:21Se não conseguiu nem o contato
11:23para iniciar uma negociação,
11:26e os americanos,
11:27e o próprio presidente Trump
11:28têm demonstrado,
11:29e aí eu não estou aqui
11:30defendendo o presidente Trump,
11:32até porque tenho discordâncias
11:33de vários tipos
11:36com a forma que ele conduz o país
11:38e a sua política externa.
11:39No entanto,
11:40ele já demonstrou
11:41que é aberto,
11:43é apto às negociações,
11:44prorrogando prazos,
11:45reduzindo tarifas,
11:47e até hoje
11:47a nossa diplomacia
11:49infelizmente falhou.
11:51Então,
11:52o resumo,
11:54do ponto de vista econômico,
11:55é de uma gravidade,
11:57sem dúvida nenhuma,
11:57muito grande,
11:58e principalmente,
12:00a gente se preocupou
12:01primeiro com a causa
12:02e depois com os efeitos.
12:03E isso na economia
12:05é um pecado muito grave.
12:07Duda Teixeira.
12:09Paulo,
12:09o Lula,
12:10na entrevista para o New York Times,
12:11ele falou assim,
12:12mas se os Estados Unidos
12:12não querem os nossos produtos,
12:14a gente vende para a China.
12:16É fácil fazer isso?
12:18Ah,
12:18não é tão simples assim,
12:19né?
12:20A nossa relação
12:21com os Estados Unidos
12:23é uma relação
12:24que é deficitária,
12:27né?
12:27Do ponto de vista
12:29para o próprio Brasil.
12:32No entanto,
12:33a gente não pode contar
12:36com um mercado consumidor chinês
12:38ou qualquer outro,
12:39que seja ilimitado.
12:40isso tem...
12:42Porque a China
12:43tem outros parceiros comerciais,
12:45né?
12:45Hoje a economia
12:46é muito globalizada.
12:47Claro que o Brasil
12:47tem os minérios raros,
12:50tem questões
12:51que a nossa natureza
12:54nos ajuda
12:54e isso não está disponível
12:55no mundo todo,
12:56mas do ponto de vista
12:57de commodities,
12:58por exemplo,
12:59de grãos,
13:00de laranja
13:00e de outros produtos,
13:02eu não tenho nenhuma dúvida
13:03que a China
13:03não vai conseguir
13:05absorver
13:07o excedente
13:08de produção,
13:08caso a gente feche
13:10essa porta
13:10com os Estados Unidos
13:11num médio prazo.
13:13Num curtíssimo prazo,
13:15pode até ser
13:15que não surta
13:16tanto efeito,
13:17mas no médio
13:18e no longo prazo
13:18os números
13:20mostram que dificilmente
13:21o mercado consumidor
13:22chinês
13:23vai conseguir absorver
13:24tudo aquilo
13:24que a gente vende
13:25para os Estados Unidos.
13:38e aí
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