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O Documento JP explora como a maturidade pode ser o início de uma nova jornada de descobertas e liberdade. Para muitos brasileiros com mais de 60 anos, as viagens se tornaram uma poderosa ferramenta de reinvenção e busca por novos propósitos.

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Transcrição
00:00A idade não é um limite para estudar e nem para se divertir.
00:05A aposentadoria não precisa ser sinônimo de repouso.
00:09Para muitos com 60 anos ou mais, essa é a oportunidade perfeita para aproveitar a vida com mais tempo livre.
00:16Prova disso é que 27 milhões de viagens são realizadas por idosos a cada ano no Brasil.
00:23Conforme levantamento recente realizado pelo Escritório de Consultoria Especializado em Turismo,
00:30Ibratur, o presidente do Conselho Nacional do SESI e sociólogo Fausto Augusto Júnior reflete sobre isso.
00:38O mercado, inclusive, da geração prateada dos 60 a mais é um mercado crescente.
00:45E é um mercado que consome, que tem a possibilidade muito significativa de consumir produtos,
00:51diversos produtos e serviços que podem e devem impulsionar novos mercados, novos negócios, novas empresas.
00:59Isso é algo que o mercado está começando a acordar aqui no Brasil e que na Europa já é muito comum.
01:05Só um exemplo, o mercado de turismo é um mercado muito significativo para a geração prateada.
01:11Você vai ter, muito provavelmente, deslocamento de pessoas muito diferente.
01:16Agora, você precisa preparar, né? Você precisa preparar as companhias aéreas, você precisa preparar a hotelaria,
01:22você precisa preparar as atrações turísticas para receber esse turista que tem uma característica bastante diferente.
01:28Há uns anos atrás, nós criamos aqui dentro da Ligação um projeto chamado Golden Age.
01:33A gente chamava de Golden Age, que é a Idade Dourada.
01:36Que você vai lembrar, há uns anos atrás, a gente chamava de... não era a Geração Prateada ainda.
01:41A Geração Prateada vem um pouco depois, como a minha, né?
01:44Que agora eu estou na Geração Prateada, por causa dos cabelos brancos, tanto dos homens quanto das mulheres.
01:49Mas o Golden Age era isso.
01:51Então, a gente está de olho nesse projeto de viagens para a cidade há muito tempo.
01:56Mas eu creio que no pós-pandemia, nesses últimos dois, três anos, teve um boom.
02:03E esse boom deve-se a vários fatores.
02:07Principalmente, essa liberdade das pessoas de viajar, essa libertação das pessoas de viajarem sozinhas.
02:14E a gente começou a ver isso como um grande nicho de mercado, com um grupo.
02:18A Geração Prateada na Gastur representa quase 50% do nosso movimento de vendas.
02:24Na prática, hoje, para você ter uma ideia, nesse minuto de hoje, eu estou com um grupo de 30 pessoas, acima de 60 anos, na China.
02:34Olha a distância que eu estou falando. Não é que foi aqui.
02:37Esse é o exemplo máximo.
02:39Mas você tem o mesmo exemplo de gente indo para Mendoza tomar vinho.
02:43Você tem o mesmo exemplo de ir para o Nordeste, ficar em uma pousada.
02:47Você tem o mesmo exemplo que tem chegado já para a gente pedidos de ir para a Disney.
02:51Porque a Disney também é um projeto para a Geração Prateada.
02:57Então, acho que nasceu.
03:00Nasceu a ideia.
03:01Hoje não tem mais nenhuma restrição.
03:03Não é aquela coisa de um passado.
03:04Ah, vocês vão viajar sozinhos.
03:06Ou sozinhas.
03:07Ou casais.
03:09Puxa, que coisa mais chata.
03:10Não.
03:11A alegria de viajar em grupo, que eu te falei, foi uma criação no pós-pandemia.
03:15Hoje as pessoas têm prazer em viajar em grupos, conhecer gente nova e passear.
03:22Existem viagens de navio que fazem Brasil e Itália.
03:26Itália-Brasil, que a gente vende muito.
03:29Então, para você ter uma ideia, eu vou te contar.
03:31Minha mãe hoje está no navio.
03:33Acabou de embarcar em Lisboa.
03:35Vai fazer um cruzeu de 10 dias de Lisboa até Roma.
03:38Com uma amiga dela.
03:39E é o público acima de 70, 80.
03:43Então, a viagem da geração prateada, como você quiser chamar,
03:47para mim, hoje, é o maior nicho que eu vejo para o nosso futuro.
03:51Você coloca uma viagem pensada, com calma, com alimentação, com ônibus confortável.
03:57São pessoas que já passaram da vida.
03:59Elas não precisam entrar no estresse.
04:01Não precisam sair correndo para ver um destino turístico como se o destino fosse acabar no dia seguinte.
04:06Então, eu diria para você que a maior preparação que tem é a retirada da palavra ansiedade e velocidade das viagens.
04:14Isso é o que a gente faz.
04:16Viajar.
04:18A primeira coisa que me vem na cabeça é a experiência.
04:22Não é eu ser uma pessoa experiente.
04:24E sim a experiência de conhecer culturas, conhecer destinos e aquela vontade de você saber o novo.
04:32Viajar e dançar são duas das formas mais antigas de expressão humana.
04:39E, quando combinadas, criam uma experiência de pura conexão e liberdade.
04:44Mais do que apenas mover o corpo, a dança é uma linguagem universal que quebra barreiras e nos conecta com a alma de cada lugar.
04:53A ideia de ter um baile voltado à terceira idade é puro sentimento, é pura vocação da minha parte.
05:03E um grande respeito com esse público.
05:08É um público 60 a mais.
05:11O público normal é 60, 70, 80, até 90 anos, um pouco mais.
05:17Mas eu faço isso com grande carinho, com grande amor, pois eles são pessoas que merecem total respeito nosso, das pessoas mais novas.
05:30É um público nichado, é um público que se preparam bem antes de estarem ao evento, aos bailes.
05:40Pois os horários dos bailes, eles são variáveis.
05:45Podem ser bailes vespertinos e alguns bailes até noturnos.
05:50Então, esse grande respeito que eu tenho com eles é justamente, é claro, o respeito pela idade, né?
05:58Mas principalmente pela minha responsabilidade e carinho com todo esse público, tanto as mulheres quanto os homens.
06:08Que, conforme eu falei, eles se preparam desde manhã, principalmente as mulheres, vaidosas, vão aos cabeleireiros, vão pintar as suas unhas,
06:21vão colocar a melhor roupa para estar presentes no evento, que é os bailes voltados à terceira idade.
06:31Porque ali eles esquecem dos seus problemas, ali eles pensam neles, né?
06:37Dançando, participando, conhecendo outras pessoas, amigas, amigos, né?
06:44E o evento sempre são eventos nostálgicos e toda a música, todas as melodias são voltadas dentro daquela...
06:55A gente retroage todo o evento, todas as canções, né?
07:00Os cantores são bandas ao vivo, eles retroagem e fazem aquele contexto dos tempos dos anos 60 e 70,
07:09o quais esse lixo de pessoas tinham, entre eles, a idade de 25 a 30 anos, né?
07:19Mas o poder de consumo não é o único motor dessa geração.
07:24A insuficiência dos benefícios de assistência social e previdência
07:28obriga essa população a se manter empregada por mais tempo,
07:32garantindo que sua experiência e força de trabalho
07:35continuem a ser um fator vital para a economia do país.
07:39Conforme analisa o economista e professor da Faculdade do Comércio, Rodrigo Simões.
07:45Há estudos de ONGs especializadas na longevidade,
07:50nessa questão de toda essa geração prateada,
07:55de que o tamanho e o peso econômico da população, 50 a mais,
08:01movimenta em torno de 20 a 25% do PIB brasileiro,
08:05quase 2 trilhões de reais do consumo privado, né?
08:10Eu quero dizer do consumo privado.
08:12Então, assim, e para 2044,
08:16essa estimativa é que passe de 2 trilhões para 3 trilhões de reais o consumo dessa geração.
08:24veja que é um mercado, assim, de consumo impressionante.
08:29Por quê? Porque o Brasil está envelhecendo e essa camada da sociedade de mais de 50 anos
08:34vai tomar cada vez mais espaço na nossa pirâmide.
08:37Outro ponto que eu posso contribuir aqui é sobre o mercado de trabalho.
08:41Essas pessoas, cada vez mais com o avanço da tecnologia,
08:46elas também terão que estar reintegradas ao mercado de trabalho, tá?
08:52Exercendo outras funções e também precisarão estar mais tempo empregadas.
08:57Por quê? Porque nem sempre o custo da assistência social ou da previdência
09:02é suficiente para que essas pessoas consigam arcar com seus gastos pessoais.
09:07Então, elas se manterão empregadas por mais tempo no mercado de trabalho.
09:14A equação do futuro demográfico do Brasil é complexa e preocupante.
09:19De um lado, a queda acentuada na taxa de natalidade.
09:23Do outro, o aumento da longevidade da população.
09:27Os dois lados da pirâmide etária se achatam,
09:30pressionando um problema que já é real,
09:32o desequilíbrio da previdência social.
09:35Ao passo que a população envelhece,
09:39a nossa taxa de crescimento populacional também vem diminuindo.
09:45Então, você tem uma redução de nascimentos,
09:49de taxas de natalidade.
09:52Você tem um outro ponto,
09:55que é um aumento do envelhecimento populacional.
09:59E você tem os dois lados do quadrado sendo achatados na pirâmide.
10:04Então, essa questão da previdência,
10:07ela vai ser crucial para o governo e o Brasil tentar repensar isso.
10:11Por quê?
10:12Porque você vai ter cada vez mais pessoas dependentes da previdência pública,
10:18só que com menos contribuições de pagadores ao INSS.
10:25Então, é uma conta que não vai fechar.
10:27Hoje, a gente já sabe que a previdência, ela fecha no negativo.
10:31Falta dinheiro para poder fechar as contas todos os meses,
10:35mas esse problema se agravará ainda mais no futuro.
10:39É um tema difícil, difícil para o Congresso debater,
10:44mas que a gente não vai poder passar, principalmente dessa década,
10:48sem tentar ter um plano sobre como poderemos reverter isso.
10:53Eu acredito muito que as aposentadorias serão revistas.
10:58Esse período de se aposentar, homem 65 anos, mulheres com 62 anos,
11:04serão revistas.
11:05Provavelmente vai aumentar um ou dois anos para cada um.
11:08O fator de média de contribuição também vai ser alterado,
11:14porque senão a conta não vai fechar.
11:16Só que, por outro lado, você tem um índice,
11:19que significa que boa parte dessa população 50 a mais,
11:24ela também está empregada.
11:27E muitos, muitos destes 60 a mais estão retornando ao mercado de trabalho.
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