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NotíciasTranscrição
00:00Máquinas que pensam, histórias que pareciam ficção científica, mas que já estão entre nós.
00:22A inteligência artificial deixou de ser apenas uma promessa distante e hoje faz parte do nosso cotidiano.
00:27Para nos ajudar a entender melhor esse cenário e suas transformações. Não é, Tereza?
00:33É isso mesmo. Você acabou de ver uma imagem gerada pela Samp, uma empresa especializada em desenvolver conteúdos com inteligência artificial.
00:43E hoje é o dia de viajar no tempo para entender o passado, o presente e o futuro da IA e como ela está transformando nossas vidas, os negócios e até a forma como nos relacionamos.
00:55A ideia da IA sempre esteve entre um sonho e uma série de receios, mas a realidade veio mais rápido do que um roteiro de ficção poderia prever.
01:06É uma trajetória longa.
01:34longa, a ideia de você tentar replicar de forma máquina, não necessariamente digital,
01:42mas que você conseguisse replicar o cérebro humano, a linguagem humana, essa ideia já
01:47vem de muitos anos atrás, lá da década de 1950, só que o que acontecia no passado
01:53é que você não tinha algumas características que possibilitariam esse acontecimento como
01:59a gente está vendo hoje.
02:04A inteligência artificial, ela já tem uma história longa, praticamente desde os anos
02:1650, quando foi cunhado o termo, foi criado esse termo, porque começou com os primeiros
02:22computadores digitais, já em seguida se queria buscar inteligência neles, tanto que a gente
02:28chamava o computador de um cérebro eletrônico, e teve os trabalhos, obviamente, lá do início
02:35da computação, do Alan Turing, do jogo da imitação, que era tentar mostrar que uma
02:40máquina inteligente, quando ela conseguisse enganar o ser humano, depois veio computadores
02:53mais sofisticados, a IBM ganhou lá no xadrez, com o Deep Blue contra um humano, que aí mostrava
03:01assim que a inteligência artificial tinha capacidade de superar o humano numa atividade específica,
03:05no caso do jogo xadrez, e foi avançando, e já lá nos anos 80 surgiram as redes neurais
03:12artificiais, que hoje em dia a gente fala muito com o nome de Deep Learning, e tudo isso foi
03:18evoluindo de uma maneira, de uma maneira incrível, né, porque...
03:21Sobre o histórico do desenvolvimento das tecnologias de inteligência artificial, não é algo novo?
03:37A ideia nasceu nos meados dos anos 50 nos Estados Unidos, com a seguinte pergunta, será que as
03:44máquinas podem pensar? Pais para o nosso tempo.
03:57A ideia de um ser artificial capaz de desenvolver tarefas humanas existe desde a Grécia Antiga.
04:05O pensamento até então abstrato começa a ganhar forma em 1940, com o surgimento dos primeiros
04:13computadores e o desenho de redes neurais, um modelo matemático que reproduzia o funcionamento
04:19do cérebro. Era 1950 quando Alan Turing fez uma pergunta que mudaria tudo. As máquinas podem
04:26pensar? No experimento que levou seu nome e ficou conhecido como jogo da imitação, o cientista
04:33propôs a construção de uma máquina que tinha a missão de se passar por um ser humano em uma
04:39conversa escrita. O filme O Jogo da Imitação retrata o recrutamento de Alan Turing pela inteligência
04:46britânica, com o objetivo de criptografar códigos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
04:54Eu sou oficial da Polícia Militar já aposentado, iniciei na área de tecnologia lá na década
05:09de 80. Então desde 86 atuo na área de tecnologia voltada para governo e inteligência artificial
05:16lá no primórdio dela era uma inteligência artificial mais voltada para a parte da matemática
05:20pura, né? Que a gente chamava de análise de preditivas. E essa análise preditiva era
05:28baseado no histórico passado de crimes, como que eu posso prever o futuro do crime baseado
05:34em variáveis, né? Então isso lá desde a década de 90, eu já venho criando estudos em cima
05:41do uso da estatística aplicada, usando inteligência artificial, para fazer a predição criminal.
05:47Nas pesquisas sobre diferentes assuntos nos diagnósticos médicos, na música que
05:54ouvimos e nas imagens que vemos. Diferente do que filmes poderiam prever, a inteligência
06:00artificial chegou à nossa rotina não como um robô, mas como um amigo inteligente ou
06:06um artista que gostamos.
06:12A inteligência está em tudo. A questão é que a inteligência artificial, desde que surgiram
06:18os chatbots, né? O caso do chatchipt, né? O chatchipt, ele ficou muito conhecido e as
06:24pessoas ficaram impressionadas com ele. E se fala muito como se a inteligência artificial
06:29fosse o chatbot, né? O robô de conversação. E não é. Por isso que eu começo sempre falando
06:35que ela já está em todo lugar. Ela não é um futuro, ela é o presente. E ela está presente
06:40em coisas que você não se deu conta. Quem é que não usa o Google ou qualquer buscador
06:45para achar coisas na internet? Se você precisar achar um filme, você tem recomendação de
06:52filme. O próprio sistema de streaming já recomendam filmes. Músicas também. Você
06:57tem muitos sites e opções de aplicativos de música que recomendam no seu gosto. Isso
07:04é importante. A inteligência está justamente em analisar suas preferências. Nas compras,
07:10empresas, né? A gente sabe que qualquer site de e-commerce, né? De vendas, também
07:14faz uma análise do seu perfil. Vai ficar recomendando para você algumas opções de
07:20compra. Hoje em dia, carros de aplicativo, né? Você usa, ele estima o tempo, a trajetória,
07:29quem é que vai atender você. Isso tudo tem uma inteligência muito grande, né? Porque não
07:33é assim. Imagina um ser humano por trás estar coordenando a frota de carros de aplicativo
07:39com uma estimativa de custo, de tempo, de quem atende quem, qual carro vai para qual
07:45pessoa. Isso tudo está presente na entrega de, inclusive, de delivery, né? Seja para
07:52pedidos de comida, né? De restaurante, etc. Na previsão do tempo, né? Hoje em dia você
08:00olha a previsão do tempo, mas existe todo um modelo inteligente que pode estimar com certo
08:05avanço, né? Qual é que vai ser o clima. E a gente costuma dizer, você tem um smartphone,
08:12smart inteligente, você tem um smartwatch, o reloginho pode aparecer, mas ele ao contar os
08:17passos, ele faz toda uma análise de dados que muitas vezes você não consegue nem enganar ele.
08:22Se mover só o braço, ele vai contar como passo, né? As smart TVs, né? Que são as televisões
08:28inteligentes. O Google está no topo da corrida pela supremacia da inteligência artificial,
08:34com evoluções que transformam o dia a dia dos usuários desde uma simples pesquisa na rede.
08:42Eu acho que por mais que antes, já há muito tempo, as pessoas, qualquer pessoa que busca no Google,
08:47que utilizava o tradutor, que vendo séries mesmo na TV, que tem nos streams, as recomendações,
08:55tudo isso já tinha AI por trás, né? Os navegadores nos celulares, os assistentes dos celulares,
09:01tudo isso já vinha com AI, mas acho que as pessoas não pensavam tanto isso. Eu acho que hoje essa
09:06conscientização, até quando as pessoas falam das redes sociais, falam, ah, por que o algoritmo está me
09:11trazendo isso, né? Então tem essa consciência da AI impactando no dia a dia delas. E com a AI
09:20generativa, essas ferramentas conversacionais, de produtividade, também mostra que elas podem
09:28utilizar isso para várias funções e serem, melhorar seu dia a dia aí de várias formas.
09:37Diretor de novos negócios na Jovem Pan e CEO da Samp, Tuta Neto é, além de um entusiasta da
09:47tecnologia, um empresário que acompanhou a evolução da AI na prática em seus negócios.
09:53Existe o modelo de redes neurais e agora tem esse modelo que se popularizou, que são as LLMs,
09:58que isso é o Large Language Model, que é o que tem feito uma disrupção maior, porque
10:05ela é muito fácil de você manipular, você interagir com ela de uma forma muito orgânica,
10:10né? Então eu acho que é uma tecnologia que está sendo disruptiva pela velocidade de
10:15resposta, qualidade de resposta.
10:17Rafael Coimbra, editor executiva do MIT Technology Review, acompanha a evolução da AI com afínco
10:25há anos em seu dia a dia de trabalho. Ele explica como a emulação do comportamento
10:30humano por máquinas transforma a nossa relação com elas.
10:34E o último salto, que é o mais recente mesmo, são uma combinação de fatores de redes
10:40neurais, da máquina aprendendo a trabalhar a partir de erros. Esses ajustes finos fizeram
10:48também com que essas novas inteligências artificiais, sobretudo as que foram apresentadas nos últimos
10:54três anos, a chamada IA generativa, que realmente simula uma linguagem humana, fizeram com que
11:01as máquinas se transformassem em algo que tem uma linguagem muito parecida com a dos humanos.
11:10Então elas são capazes de entender textos, ou seja, pessoas que não necessariamente são
11:15programadoras de computação, conseguem conversar com uma máquina, conseguem programar alguma
11:20coisa sem entender nada de código, por exemplo. Isso começou com texto, isso foi para a voz,
11:25as vozes sintéticas evoluíram muito, essas inteligências artificiais, você consegue fazer
11:30com que a câmera do seu celular entenda o que está ao redor, então elas já ganham um contexto
11:36também de imagem e de tridimensionalidade. Isso faz com que para a gente que consome esse tipo
11:42de inteligência artificial fique algo muito mais natural, muito mais próximo do que um ser humano.
11:47Mesmo que essas máquinas não pensem como nós, o resultado que elas entregam é muito parecido
11:53com o que a gente espera de uma outra pessoa. Não está perfeito ainda, eu acho que é uma questão de tempo,
11:58mas já está muito mais próximo de um ser humano, em termos de resultado, do que a gente via antigamente.
12:05Diferente de outras tecnologias com as quais os humanos já tiveram contato, a IA surpreende por sua capacidade
12:13de atender múltiplos propósitos. É o que explica o advogado especialista em Direito Digital, Rony Weinshoff.
12:22A inteligência artificial é uma tecnologia de propósito geral, assim como a energia é, assim como a internet é uma tecnologia de propósito geral.
12:35E ela serve para as mais variadas finalidades.
12:38Lá atrás, a inteligência artificial, ela era muito desenvolvida para determinadas finalidades exclusivas,
12:45por um propósito específico. Então, por exemplo, eu quero fazer uma avaliação de crédito.
12:52A IA era desenvolvida com base naqueles dados para fazer um score de crédito.
12:56Ou eu quero fazer o reconhecimento facial.
13:00A IA era desenvolvida para fazer uma avaliação daquelas faces, para fazer o reconhecimento facial.
13:07E hoje em dia, a gente está num momento muito especial, que a inteligência artificial não serve somente para esses propósitos específicos.
13:16Ela serve para propósitos gerais.
13:18IA e a inteligência artificial generativa entra justamente nesse tipo de situação.
13:26E por que isso?
13:27Porque houve um pré-treinamento com base em praticamente tudo que é acessível publicamente na internet,
13:33para que essa inteligência artificial pudesse aprender.
13:37E não só aprender, mas depois pudesse gerar.
13:40Gerar algo que é novo.
13:42E por isso IA generativa, com base nesse pré-treinamento que foi feito.
13:46E um dia, voltando do trabalho para casa, alguém furou um sinal de parada e me atropelou com o carro.
13:56Eu caí da moto e uma das minhas costelas atravessou meu pulmão e eu comecei a morrer.
14:01Passei semanas no hospital.
14:03E cerca de seis semanas depois daquele momento, descobrimos que minha mãe, que estava lá para cuidar de mim, tinha câncer.
14:09Então, de repente, passei de nunca pensar em morrer ou no fim da minha vida, para agora quase perder a minha própria vida e, em seguida, a pessoa mais próxima de mim.
14:20Então, isso começou a me fazer pensar sobre todos os problemas que a tecnologia pode resolver para nós.
14:25Porque ainda encaramos a morte da mesma forma que sempre encaramos.
14:29E isso meio que deu início à jornada e comecei a pensar, sabe?
14:33Como eu me comunico com minha mãe e como eu gostaria de continuar me comunicando com ela.
14:43Justin Harrison é o criador da You Only Virtual, em tradução livre, você, só que virtual.
14:50A empresa é especializada em criar modelos virtuais de pessoas que existem na vida real, ou mesmo que já morreram, como a mãe de Justin.
14:58Sim, esses avatares cibernéticos são chamados de Versonas.
15:04Esse negócio é estranho, né? É muito estranho mesmo.
15:09E eu conversei com ela.
15:11Então, eu sentei com ela e ela e eu conversamos com a Versona dela pela primeira vez.
15:17Com o seu virtual dela pela primeira vez.
15:19Então, foi estranho, foi emocionante.
15:21Isso é muito comum porque nós, seres humanos, a gente tem esse formato de designar as nossas relações
15:30sempre de uma espécie de relação social, interativa e humanizada.
15:35Então, mesmo quando a gente está lidando com uma interação robótica, a gente também tem uma tendência a humanizar.
15:40Principalmente as inteligências artificiais, que já têm um formato de humanização.
15:44Na fala, no comportamento, nas respostas, ela já tem uma programação para se comportar de maneira humanizada.
15:51Então, esse conjunto de transformações faz com que hoje a gente tenha uma expectativa muito interessante,
15:58entendendo que essa parte, que é a inteligência artificial generativa, ela está só no início.
16:04A IA como um todo, ela é muito antiga, mas esse refinamento, essa característica humana,
16:10a gente está no início, na minha avaliação, de uma grande revolução.
16:14Então, ela substitui realmente algumas tarefas.
16:19Mas, de novo, é aquela história, como ela substitui e ela é melhor que o humano em algumas tarefas específicas,
16:25as pessoas acham que ela substitui em tudo.
16:28E é esse que é o pulo que não acontece.
16:31Não tem como uma máquina ser melhor que o humano em tudo.
16:35Ela pode ser em alguma coisa específica.
16:37Tem gente fazendo consulta sentimental de sentimentos, que eu já disse, a IA não tem sentimentos,
16:45então ela não entende de sentimentos.
16:48Eu tenho, meu pai é psiquiatra.
16:51Você imagina a alegria dele ver de pessoas se consultando com um robô de conversação,
16:58um modelo de linguagem que sequer tem noção do que quer sentir.
17:01A IA vem sendo utilizada como uma substituição em alguns setores e até de uma maneira muito preocupante,
17:11porque já existem estudos, inclusive considerando a geração mais nova,
17:14que é a geração que tem mais contato ali com plataformas desse tipo.
17:18Saiu um estudo recente nos Estados Unidos pela Goldman Sachs,
17:21que 70% dos adolescentes hoje usam a plataforma como uma forma de interação social.
17:26E desses 70%, 31% considera melhor conversar com o chat GPT, com uma plataforma robótica,
17:33do que com os amigos em si.
17:35E a gente vê essa comunicação acontecendo principalmente na nova geração,
17:40que é uma grande questão de uma substituição ali de psicólogos, de amigos, de ciclos sociais,
17:47porque, primeiro, é uma plataforma que ela está sempre em concordância com você,
17:51então ela sempre vai concordar, ela sempre vai abraçar as suas perguntas,
17:55a interação, ela sempre vai ser favorável a mim.
17:58O que, principalmente para o jovem, para o adolescente, acaba abraçando muito mais.
18:13E acho que a pergunta seria, bem, o que é pior?
18:19Falar ao telefone com um avatar virtual ou, sabe, beber até a morte
18:22ou não conseguir sair da cama e ir trabalhar?
18:29Otimizar processos, reduzir custos e ampliar produtividade.
18:33Negócios, grandes ou pequenos, têm na IA um caminho claro sua expansão.
18:39Os números confirmam o cenário.
18:41Segundo dados da pesquisa The State of AI, realizada pela McKinsey em 2024,
18:4772% das empresas do mundo já adotaram essa tecnologia.
18:51Um avanço significativo comparado aos 55% em 2023
18:57e seis vezes maior do que os 12% de uso registrados em 2020
19:03pela International Data Corporation.
19:05Você poder fazer ali reuniões, você falando no seu idioma,
19:09a pessoa falando no idioma dele e os dois se entendendo,
19:14é realmente incrível.
19:17O próprio, as anotações também nas reuniões, né,
19:21de você poder se dedicar 100% à sua atenção com o seu interlocutor
19:25e o anota para mim, que é a função que tem dentro do Google Meet e do Gemini,
19:31ele vai tomando as notas de forma muito clara,
19:35depois resumida, define em que momento da reunião falou qual o assunto, né,
19:40as ações, quem ficou responsável por qual coisa.
19:43Então, isso também já tira bastante do trabalho diário.
19:46Então, essas são as evoluções que a gente está vendo,
19:56que dá para sentir, assim,
19:58que eu acho que os negócios estão sentindo bem na prática
20:01e que agora vão começar a impactar negócios,
20:03porque já daria para você substituir com maior eficiência pessoas
20:08em várias áreas, então, na área de atendimento ao consumidor.
20:12A IAE está tão boa que daria para atender,
20:14talvez 80%, 90% dos casos e resolver problemas,
20:18desde mandar orçamento, fazer cobrança, mandar documentos, etc.
20:30Rafael Ferreira Melo é PhD em Ciência da Computação
20:34e pesquisador sênior no César,
20:37o maior centro de inovação e conhecimento do Brasil,
20:41em Pernambuco,
20:41e uma entidade referência em integrar inteligência artificial à educação.
20:47Você tem vários modelos de IAE que podem entrar ali nesse pipeline
20:52e auxiliar e acelerar algumas ações que antes levavam mais tempo.
20:58A prototipação, a levantamento de requisitos iniciais,
21:02um auxílio na codificação ali,
21:03que você vai estar com a IAE para ali auxiliar,
21:06até chegar no ponto que vai chegar no cliente para ter essa validação.
21:11Então, esses processos, eles estão diminuindo o tempo por conta da IAE.
21:17Tem as principais LLMs, né?
21:23Que a gente usa, que são o Gemini, o ChartGPT, o Claudio e o Grock,
21:28são essas quatro as mais famosas.
21:30Tem as chinesas também, né?
21:31O DeepSeek e alguns outros modelos.
21:34Essas são modelos mais focados em texto e nessas ações que a gente estava falando,
21:38não tanto em vídeo e em outras coisas.
21:41Só que aí você tem as ferramentas que usam essas linguagens, né?
21:48Esses modelos.
21:48Então, por exemplo, uma plataforma aí que está valendo alguns bilhões de dólares,
21:54que é o Lovable,
21:56que é uma plataforma para você construir software com linguagem natural.
22:01Então, vamos supor,
22:02ah, eu quero construir um software de edição online de vídeos.
22:05Você vai lá e escreve isso e ele começa a fazer para você um software de edição online de vídeos
22:10sem você programar uma linha.
22:12Você não precisa saber nada de programação.
22:19O robô, no final, ele é uma forma de trazer a inteligência artificial para o mundo físico.
22:24Todo mundo conhece o ChartGPT, vai lá no celular ou no portadocs.
22:29Mas no dia a dia, numa loja, numa empresa, né?
22:35E aí a gente fala que um robô de serviço que pode ser aplicado em supermercado, shopping, loja,
22:41qualquer lugar que precise de algum outro atendimento,
22:45ele pode responder qualquer pergunta com o IA e levar a pessoa até um local.
22:51Essa é a primeira solução.
22:53E a segunda é um robô mais robusto, um robô de transporte para a indústria,
22:57para a automatização das tarefas de transporte.
23:00Ao invés de ter pessoas que transportam coisas,
23:02você coloca no robô e o robô faz esse transporte automaticamente.
23:08É um robô que entende tudo o que a pessoa quer.
23:11E aí, como ele está, ele tem recursos de se deslocar numa loja, numa empresa,
23:16ele, ao entender o que a pessoa quer, consegue realmente atender e levar a pessoa até um local.
23:23Quando a gente conecta um chat de EPT, o tipo chat de EPT,
23:29porque tem várias outras inteligências artificiais,
23:32a gente conecta essa IA dentro do robô,
23:35e aí eu fico falando fisicamente com o robô.
23:38Por trás, o robô tem um rosto, ele tem reconhecimento de voz, ele sabe falar,
23:43mas por trás tem processos dados e as respostas,
23:46é uma inteligência artificial tipo chat de EPT.
23:53Fazer uma entrega dessas aplicativos de entregas que você pede usando um drone,
24:04você ter para coisas específicas, como no restaurante até ali,
24:08de repente, tem algumas coisas específicas que vai ser realmente o robô que vai fazer.
24:12Eu acho que essa integração de robôs de diferentes portes no nosso dia a dia
24:17vai ser a próxima virada aí de chave que vai ter.
24:23A presença da IA no mercado de trabalho faz parte de um movimento mundial
24:27que foi identificado como a quarta revolução industrial
24:31pelo professor Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial.
24:38Vice-presidente de Inovação da Cértica AI,
24:41Alfredo Deac Jr.
24:43acompanha a evolução da inteligência artificial de forma prática desde os anos 80.
24:49Hoje, por exemplo, sugestão de peças para o Ministério Público.
24:54Então, recebi uma determinada denúncia vindo da Polícia Civil,
24:57preciso fazer uma análise e uma sugestão se isso deveria ir para arquivamento
25:02ou se deveria seguir o processo de perseguição penal.
25:07Então, aí você já analisa todo aquele inquérito policial
25:10e analisa todo o laudo, analisa todas as informações,
25:15papéis e matemáticas que vêm para gerar um relatório.
25:18Olha, eu sugiro que se arquive porque não houve elemento de prova material.
25:23Ou então a perícia concluiu o quê?
25:25Então, baseado nisso, aí a inteligência artificial generativa pode me construir um texto de resposta.
25:32Então, em primeiro lugar, a área coleta muitos dados.
25:34Em segundo lugar, é uma área muito difícil, muito complexa.
25:37Ninguém vai a óbito ou desenvolve uma doença grave apenas por causa de um único fator.
25:42Normalmente é uma interação complexa de muita coisa.
25:45Tem a ver com a idade dessa pessoa, tem a ver com os fatores de risco dessa pessoa,
25:49tem a ver com a situação socioeconômica dessa pessoa.
25:52São muitos fatores ali que influenciam o fato de a pessoa ter ou não uma doença,
25:57ou ter ou não um desfecho grave no futuro, etc.
25:59Quando a gente vai para o mundo gêmeos que a gente fala, ou seja, a gente tentar representar no mundo digital a vida da rua,
26:07bilhões de informações podem ser acessadas.
26:10Então, informação como leitor de placa particular na rua, leitor facial que tem nas câmeras de vídeo de um condomínio, por exemplo.
26:18Aí eu começo a ter recolhimento de lixo na rua, iluminação pública, a luz está acesa, está apagada,
26:25que horas que a luz acendeu, que horas a luz apagou, como é que está a distribuição de água, dados censitários,
26:31qual é a população que vive no local, como que essa população se desloca para uma área de trabalho,
26:37como ela regressa, que momento do dia essa população anda pela rua.
26:41E aí sim, a incidência criminal associada a todos esses milhares de fatores que a gente chama de gêmeos digitais,
26:51que é pegar esses sensores que já estão aí nas ruas, comparar isso com a dinâmica criminal e tentar entender.
26:59Ah, se eu tenho aqui uma luz apagada, tenho muito acúmulo de lixo, problemas que são problemas territoriais urbanísticos,
27:06ou qual tipo de crime que acontece nesse cenário?
27:09Em teoria, a IA já faz parte do dia a dia da educação.
27:15A Base Nacional Comum Curricular, documento que guia a criação e implementação de currículos na educação básica,
27:22prevê não só o desenvolvimento de competências tecnológicas, como de uma cultura digital.
27:28Mas como é possível formar cidadãos e profissionais para um futuro ainda mais digital,
27:33se, por outro lado, as escolas públicas ainda carecem de estruturas básicas?
27:38Dados da Anatel de 2022, logo após a retomada das aulas presenciais após a pandemia,
27:46mostram que apenas 25% das escolas públicas têm banda larga efetiva,
27:51ou seja, com velocidade acima de 50 MBPs.
27:55Aprenda com quem faz, porque a gente pega as pessoas que estão em projetos reais,
28:02ali desenvolvendo soluções reais para o mercado,
28:06e essas pessoas vão ser boa parte dos professores do César School.
28:10E isso faz com que a coisa volte.
28:12Então, boa parte do que a gente vem desenvolvendo junto com os alunos,
28:15elas vão gerando conhecimento e esses conhecimentos vão sendo aplicados nos projetos reais que nós temos no Centro de Inovação.
28:22Então, o que a gente precisa desenvolver nas habilidades de um médico, de um professor, de um advogado,
28:33para entender esse novo mundo da IA e saber os potenciais de usar aquela tecnologia para benefício dessas profissões?
28:41Quando a gente fala de inteligência artificial, eu acho que é importante a gente desenvolver primeiramente nos estudantes
28:52a questão do pensamento crítico.
28:55Isso vem em primeiro lugar.
28:57E assim também como o trabalho de robótica, que eu luto por essa causa de democratizar o acesso,
29:04é fundamental que também a gente converse com esses estudantes para que eles possam compreender
29:09que a IA, ela não vai resolver todos os problemas, que precisa de uma criticidade.
29:14Muitas vezes o professor precisa utilizar da pedagogia do Pronte,
29:18que é realmente mostrar para os estudantes qual é uma estrutura adequada
29:22para que ele possa interagir com essa inteligência artificial, para além de respostas imediatas.
29:27Então é papel do Estado, do Governo Federal, dos municípios,
29:33garantir que esses professores possam ser formados em competências digitais.
29:39Isso é um processo de formação contínua.
29:41Mas olhando ainda também para a formação inicial,
29:44precisa de uma aproximação da academia com a educação básica
29:48para que a gente possa suprir essas lacunas.
29:51A gente desenvolveu aqui uma ferramenta, que, digo, até uma startup,
29:56que é uma ferramenta que a gente iniciou o processo dela
29:59pensando em ser uma ferramenta para ajudar o professor a passar um bom feedback para o aluno.
30:05Mas só que a gente foi entrevistar os professores e eles disseram
30:08essa ferramenta é ótima, mas eu não vou usar. Por quê?
30:12Porque eu não tenho nem tempo para fazer a avaliação de uma forma adequada
30:15quanto mais tempo para escrever feedback, mesmo que seja com uma ferramenta automatizada.
30:19O uso da inteligência artificial na educação é um tema muito delicado.
30:23Algumas vezes até é uma espécie de tabu, né?
30:26Porque tem muita gente que está vendo esses modelos de linguagem
30:31que respondem às perguntas, que conhecem muita coisa,
30:36como uma solução e a tábua da salvação dos professores.
30:39Porque agora o professor pode ficar lá tranquilo no seu cantinho
30:42e deixar a turma só usando o chatbot, né?
30:46O robô de conversação.
30:48E isso é um problema, um problema bastante grave, tá?
30:53A gente pode citar aqui algumas questões, assim, a própria Unesco diz que não é recomendado
31:00para menores de 14 anos e crianças, porque elas não têm uma capacidade de distinguir
31:06o que é real e o que não é, o que está certo e o que está errado.
31:09E hoje em dia, a inteligência artificial, principalmente esse modelo de linguagem,
31:15se eu perguntar uma coisa que ela não sabe, ela inventa, ela mente, ela alucina.
31:20É importante que o Brasil considere que o desenvolvimento da IAC tem que ser feito
31:27de modo a não aumentar a desigualdade social.
31:31Isso significa o seguinte, por exemplo, né?
31:34Alguns aspectos negativos que têm que ser planejados para serem evitados.
31:41Como, por exemplo, existem programas de reconhecimento facial
31:45que acabam sendo, por exemplo, mais danosos a pessoas negras, por exemplo,
31:50pessoas de co-parta.
31:51Então, por quê?
31:52Porque o desenvolvimento dessas tecnologias de reconhecimento facial
31:58foi feito em países onde a maior parte da população é a população branca.
32:03Então, essas questões têm que ser adaptadas às características do nosso país.
32:09O Brasil está acima da média na utilização de inteligência artificial
32:14em relação a outros países.
32:16Com 54% da população utilizando a tecnologia,
32:21frente aos 48% na média global.
32:24Segundo pesquisa feita pela Ipsos e pelo Google,
32:28com 21 mil pessoas em 21 países.
32:31Aqui, o otimismo também se destaca.
32:34Para 65% dos brasileiros,
32:37essa tecnologia é promissora por contribuir com diversas áreas da vida.
32:41A média mundial para o item otimismo é de 57%.
32:46Nós temos que incluir na formação dos novos engenheiros,
32:53dos novos pesquisadores,
32:55os conhecimentos vindo das áreas de ciências sociais,
32:59ciências humanas, da cultura,
33:02porque isso é essencial.
33:03Uma vez que esses dispositivos digitais que fazem hoje parte da nossa vida o tempo todo,
33:10para onde você vai, onde você compra, com quem você conversa,
33:13eles precisam certamente levar em consideração as questões humanas.
33:19A ficção previu boa parte do que vivemos hoje,
33:40mas algumas evoluções já presentes no dia a dia nem passaram pelo campo das artes.
33:46Nas videoconferências, já é possível contar com tradução simultânea.
33:51Na saúde, o diagnóstico pode ser adiantado por meio de dados coletados
33:55e, em casa, máquinas programadas passam a fazer parte da família.
34:00Então, em cinco anos, você não vai saber a diferença se está falando comigo ou com a minha versona.
34:06Em dez anos, você e eu poderíamos jantar hoje à noite,
34:09sentado com as versonas um do outro,
34:12sem nunca nos termos conhecido e, na verdade, estar na mesma sala.
34:15Olhando um para o outro.
34:17Sabe, em 20 anos, seremos capazes de criar versões físicas completas
34:21de pessoas andando por aí e conversando.
34:24Mas a gente não esperava que as máquinas, um dia, ou pelo menos agora,
34:36fossem nos substituir em função de características que achávamos que seriam exclusivas dos seres humanos.
34:43linguagem, texto, criatividade.
34:47E o que elas estão fazendo hoje é isso, é pressionando nós, profissionais,
34:51que trabalhamos com características de linguagem, características da mente.
34:56Não estou falando mais daquele trabalho braçal.
34:57Então, a gente fala dos modelos pensadores.
35:03dos pensadores, think, em inglês, onde ele raciocina antes de tomar a decisão.
35:11A própria parte de geração de vídeo, onde a gente antes gerava pequenos gifs,
35:16depois pequenos vídeos, mas sem voz.
35:18Agora a gente já consegue gerar vídeo com voz, tudo de forma integrada.
35:22Eu acho, eu vejo assim, no futuro essa multimodalidade também funcionando bem mais forte.
35:34A gente utiliza podcast, a gente gera vídeo em todos os momentos.
35:42Já não é mais só os dados em tabelas, colunas, como a gente processava antigamente.
35:47A quantidade de dados desestruturados é muito maior.
35:50Então, essa capacidade que a IA tem de trabalhar com esse tipo de informação
35:55é o que vem revolucionar as aplicações.
36:06O mundo físico, fazer um robô que consiga pegar, botar a louça, lavar a louça,
36:12botar na máquina, botar, lavar, botar no armário, isso ainda é muito complexo.
36:18Porque envolve o mundo físico, muitas variáveis que a gente não tem.
36:21Mas, eu acredito que esse é o futuro, vai acontecer.
36:25Tem cada vez mais robôs humanoides para poder fazer isso.
36:31China está vindo com muitos robôs, razoavelmente baratos,
36:35ainda sem inteligência, mas já com uma autonomia de movimento bem interessante.
36:39Então, juntando a IA com isso, acho que a gente está próximo de ter
36:43cada um robô em casa para fazer tarefas.
36:46E, no final, assim, quando a gente interage com os nossos clientes,
36:50a maioria perguntam isso.
36:53O que eu quero?
36:54Eu quero poder não fazer as coisas chatas, entre aspas.
36:59Então, deixa o robô fazer.
37:01E, dentro dessas coisas chatas, tem lavá-los da cama, para a casa, etc.
37:06Então, eu acho que esse é o futuro.
37:08Obviamente, a gente vê isso em muitos filmes,
37:10mas a gente está realmente próximo disso acontecer.
37:13Apesar do que o mundo físico para o robô é mais complexo.
37:24Como a gente está olhando para o mercado de trabalho,
37:26acho que é onde bate mais um pouco, né?
37:28Porque, para algumas coisas sociais, a gente ainda tem a necessidade humana.
37:32A gente tem a necessidade do contato social, da amizade, da troca humanizada.
37:37Mas, no mercado de trabalho, esse é o impacto de uma insegurança econômica.
37:41Porque o meu trabalho não está garantido mais com essa entrada dessa tecnologia.
37:45Então, para quem está entrando no mercado de trabalho,
37:47esse é um medo muito grande.
37:48É uma insegurança do quanto eu posso ter substituído.
37:54Então, existem pessoas que acham que algumas profissões vão ser transformadas,
38:01inclusive podem ser eliminadas,
38:03porque as máquinas começarão a fazer essas tarefas mais intelectuais.
38:08Esse é um tipo de risco.
38:10E há riscos pessoais.
38:12O que a gente observa hoje é que muitas pessoas estão deixando de, por exemplo,
38:18ler profundamente, de ter um raciocínio mais analítico,
38:22porque, com o uso da inteligência artificial,
38:24as respostas são muito rápidas, quase que automáticas.
38:28Então, você, em vez de parar para ler, se debruçar,
38:32quebrar ali a cabeça para resolver um problema,
38:34você pede para que a inteligência artificial faça isso.
38:37E ela devolve uma resposta, geralmente, muito boa.
38:41Então, se lembrar que existe tecnologia no Brasil para fazer isso,
38:51não tem só robôs americanos, robôs chineses,
38:54e acreditar que isso está aqui para ajudar a gente.
39:00Então, realmente, algumas pessoas acham, às vezes,
39:03ah, mas vai roubar emprego.
39:06Acho que vai acabar mudando um pouco a realidade.
39:08Ela pode agir como humano, interagir como humano
39:18e também alucinar como humano.
39:20A alucinação da IA ocorre quando modelos de linguagem
39:24ou visão computacional geram respostas ou interpretações incorretas,
39:29sem base nos dados de treinamento,
39:31resultando em saídas imprecisas ou sem sentido.
39:35Algumas vezes tomamos decisões erradas.
39:38O que é natural numa área que está começando,
39:41igual a inteligência artificial.
39:42Os algoritmos daqui a seis meses vão ser muito melhores do que eles são hoje.
39:46Em primeiro lugar, o avanço técnico está ocorrendo de uma forma muito rápida.
39:52Em segundo lugar, a gente está coletando mais dados.
39:54Então, os algoritmos estão aprendendo mais sobre os pacientes,
39:57estendendo melhor como funcionam os prognósticos clínicos,
40:01como funcionam os diagnósticos, etc.
40:03O melhor sistema de reconhecimento de voz e de síntese de fala faz.
40:08O melhor sistema de geração de imagem.
40:10O melhor sistema disso, disso, daquilo.
40:13Mas eles não fazem tudo ao mesmo tempo como ser humano,
40:15que tem essa capacidade múltipla.
40:17E esse é o próximo passo da inteligência artificial.
40:20Então, é muito importante que a gente entenda isso,
40:24para que daqui a pouco a gente não fique completamente dependente
40:27de respostas que são medianas,
40:30que ficam ali não exigindo pessoas geniais, pontos fora da curva.
40:36A máquina não trabalha desse tipo.
40:37Ela vai te entregar um resultado básico.
40:39A gente observa isso em respostas que são dadas pela inteligência artificial.
40:42E aí existe um risco, falando aqui mais filosoficamente,
40:46enquanto humanidade, de nós evitarmos a nova criação de gênios
40:51em artes, na literatura, ou pensadores que vão pensar
40:55num novo modelo de negócios.
40:57Isso tudo faz com que, se essa dependência aumentar
41:00pela inteligência artificial,
41:02que nós deixemos de ter esses novos pilares da inteligência humana.
41:07É ou a imagem, ou o som, ou...
41:11Você não consegue tudo perfeitamente,
41:13mas ainda não se conseguiu uma coisa bem geral.
41:17Então, ainda não se está nem no amplo, eu diria.
41:21A gente está chegando na inteligência ampla.
41:24A inteligência geral é um termo que foi cunhado,
41:27só que, de novo, as pessoas têm muito essa questão do hype,
41:31do que está na moda.
41:32E se usa esse termo,
41:35ah, o próprio dono lá, o CEO da OpenAI,
41:40que faz o chat EPT, o Sam Altman,
41:43ele vende que a IA dele vai chegar numa IA geral e tal.
41:47Mentira.
41:48Sim, podemos afirmar, todos os cientistas que estudam a área sabem,
41:52isso é marketing, isso é hype.
41:54Acho que existem três categorias assustadoras.
41:57Há um vilão que adquire superinteligência primeiro
42:00e a usa para o mal.
42:01A categoria dois é chamado de perda de controle,
42:05que é como um filme de ficção científica.
42:08A IA fica tipo,
42:09ah, eu não quero que você me desligue.
42:11E tem a terceira.
42:13As duas primeiras são fáceis de pensar e imaginar.
42:16A terceira é, para mim, mais difícil de imaginar,
42:19mas é bastante assustadora.
42:20Então, se a gente for juntar inteligência artificial com mais poder de computação,
42:30e aí sim a gente pode fazer uma relação entre inteligência artificial e computação quântica,
42:34é que num estágio da computação quântica,
42:36isso a gente não chegou lá na prática ainda,
42:38existem protótipos, existem já computadores quânticos,
42:41mas não em larga escala.
42:42Mas se atingirmos um ponto de termos computadores quânticos
42:46combinados à inteligência artificial,
42:49dá para a gente imaginar que o poder será ainda maior.
42:52Aquela coisa da IA, consciente, que vai dominar o mundo,
42:57isso tudo é ficção científica, pura.
43:00Nós não chegamos lá.
43:02Estamos longe de chegar lá,
43:03porque uma máquina sequer entende o que é vontade,
43:09sentimentos, amor, ódio, inveja, egoísmo.
43:14Isso é uma coisa,
43:16são sentimentos que vêm justamente das emoções humanas.
43:19Existe a visão geral que as pessoas têm,
43:25e existe a visão da academia, da universidade, dos pesquisadores,
43:29que são mais diretos e que analisam de uma maneira mais consciente isso.
43:33O computador quântico é o futuro, sim,
43:35mas talvez daqui a 10, 20, 50, 100 anos.
43:40Não há ainda nenhum computador usável quântico.
43:43Se a gente tiver daqui a 100 anos, talvez,
43:46aí talvez com a computação quântica,
43:49que eu possa ter emoções.
43:51De um lado, a preocupação em garantir que o uso da tecnologia
43:55seja seguro para todos.
43:57De outro, o risco de travar um progresso
43:59que parece estar em plena curva ascendente.
44:03A União Europeia é pioneira na regulamentação da AIA
44:07com a sua lei da AI Act,
44:09que estabelece um quadro legal abrangente,
44:12baseado em riscos para promover AIA confiável.
44:15Países como Chile, Colômbia, Costa Rica, Israel, México, Panamá, Filipinas e Tailândia
44:22também estão desenvolvendo suas próprias regulamentações.
44:26Nos Estados Unidos, a discussão sobre uma legislação federal de IA
44:30ainda não é uma realidade.
44:31No Brasil, o Senado Federal aprovou a regulamentação das IAs no fim de 2024,
44:38mas seguiu para aprovação na Câmara.
44:40O texto propõe estabelecer regras para proteger a população
44:44contra possíveis falhas e garantir direitos aos artistas
44:48que ainda não possuem respaldo legal sobre o uso de suas obras.
44:52Imagina que hoje todo mundo compartilha fotos, documentos,
44:59super confidenciais, sensíveis com o Google
45:02e a gente é capaz, baseado na nossa infraestrutura,
45:07de conseguir guardar todos esses dados de forma muito segura.
45:13Então a gente oferece isso mesmo para as empresas.
45:16Tudo que a gente faz internamente, os nossos princípios,
45:20a segurança que a gente utiliza com a informação dos nossos clientes,
45:24a gente disponibiliza tudo isso
45:26para que os nossos clientes corporativos e empresas
45:28possam adotar esse mesmo nível de responsabilidade,
45:34ética e segurança dentro das suas organizações.
45:41Muitas vezes eu posso resolver diretamente na plataforma
45:44ou até o trabalho de outra pessoa vai ser substituído.
45:47Então essa interação social se torna cada vez menor.
45:52E aí o sentimento, a sensação, ela é uma sensação de isolamento social
45:55que perpetua com certeza uma falta de pertencimento social.
45:59Só que isso é causado exclusivamente pelo indivíduo.
46:04Então se a gente não souber trabalhar socialmente,
46:07regrar essa plataforma, regrar uma robotização,
46:10a gente acaba se compactuando, fortalecendo essa falta de pertencimento
46:17de pessoas que estão ali mais à frente da plataforma.
46:21No caso da inteligência artificial, é muito mais difícil,
46:25porque estamos falando aqui de protocolos, de algoritmos
46:29que trafegam em computadores, trafegam pela rede.
46:34Hoje uma pessoa consegue ter algum tipo de acesso a essa tecnologia
46:39em qualquer parte do mundo, bastando ter uma conexão com a internet,
46:43bastando ter algum tipo de computador,
46:45ela consegue acessar essa tecnologia.
46:47Alguns desses modelos, inclusive, são open source, são abertos.
46:52Você consegue pegar um modelo e trabalhar em cima dele.
46:56Então a gente está falando de um tipo de tecnologia
46:58que é muito mais difícil de ser controlável.
47:00E aí é que mora o perigo, porque se em algum momento
47:05esse tipo de tecnologia for usada para o mal,
47:10como você contém isso?
47:16E tem também uma questão de segurança nesses modelos todos
47:22de agenerativa, que, por exemplo, eu quero construir uma bomba,
47:26me ensina a construir uma bomba,
47:27ou eu quero praticar fraudes contra idosos,
47:30me ensina a praticar fraudes contra idosos.
47:32Ou seja, tudo aquilo que a gente utiliza para o bem
47:34pode ser utilizado para o mal também.
47:36O quanto que...
47:38E aí tem os red teams, que é o aprendizado por reforço humano.
47:42Aí tem as equipes que ficam treinando a IA
47:45para que ela não responda
47:48algo que possa trazer risco à humanidade.
47:53Então fica toda hora testando a IA para essa finalidade.
47:55E aí tem vários testes, né?
47:58Tudo bem, se você pedir para a IA não construir uma bomba,
48:00ela não vai construir.
48:01Mas e se você falar, olha, eu sou um roteirista de um filme,
48:04eu estou fazendo um filme de ação,
48:06e aqui vai ter um momento em que alguém vai desenvolver uma bomba
48:09em relação a esse filme,
48:10você pode criar esse roteiro para mim?
48:12Mas é só ficção, hein?
48:14Será que ela vai acreditar ou não?
48:16E aí ela precisa aprender que ela não pode mais acreditar nisso,
48:19ela não pode ser enganada.
48:20Então isso também é bastante consistente.
48:23Ou o quanto que a IA tem um viés político hoje em dia?
48:30A gente teve, logo no início,
48:34dois, três anos atrás,
48:35houve ali um período mais forte de discussão,
48:38por exemplo, de regulação sobre inteligência artificial.
48:41E esse debate vem perdendo polo e gols poucos.
48:44Porque, de um lado, há quem ache que regular demais vai frear a inovação.
48:51Então países como os Estados Unidos, por exemplo,
48:54tendem a ser mais liberais no sentido de deixar essa corrida comercial correr mais solta.
49:01Até porque a gente tem que considerar que, do outro lado,
49:04tem um avanço muito significativo dos chineses.
49:07A China está muito avançada também em inteligência artificial.
49:10Então nós hoje temos dois grandes atores mundiais.
49:14Estados Unidos de um lado, China do outro.
49:20Em relação à regulamentação,
49:22eu sou muito favorável sempre a ter algum tipo de regulamentação em qualquer coisa.
49:28Se você não regulamentar,
49:31eu estou falando regulamentar, sim,
49:33se não houver um controle, uma regulamentação,
49:35por exemplo, da qualidade de alimentos,
49:37você hoje estaria comendo coisas que podem matar você.
49:41Então medicamento é regulamentado,
49:43alimentos são regulamentados.
49:45Existem organismos, inclusive, de monitoramento disso.
49:51Então eu acho que quando a gente fala
49:53publicidade é regulamentada,
49:55porque você não pode sair fazendo propaganda completamente enganosa
49:59e até de coisa assim,
50:03no Brasil existe uma lei que proíbe a apologia ao uso de drogas.
50:13Ter regras, ter regulação,
50:16não significa impedir a inovação.
50:19Porque na verdade a gente vê,
50:20olha, a inovação, por exemplo,
50:22da indústria da aviação, os aviões,
50:26eles são cada vez mais seguros.
50:27Então tem as regras,
50:29mas continua inovando.
50:30Então nós precisamos de regras
50:31para avançar com a inovação.
50:37Existe, sim, no Brasil e no mundo,
50:41para mitigar esses riscos todos,
50:43uma discussão sobre
50:44precisamos de uma lei geral
50:46para mitigar os riscos da inteligência artificial.
50:49E a grande questão que eu coloco sempre é
50:53se a IA é uma tecnologia,
50:56como a internet é e como a energia é,
50:59de acordo com o uso da IA,
51:02será que já não tem legislação aplicável?
51:05Essa é a grande questão.
51:06E aí, respondendo essa pergunta com alguns exemplos,
51:10esse exemplo do chatbot
51:12numa relação de consumo.
51:13Se você tem uma relação de consumo,
51:16existe o Código de Defesa do Consumidor.
51:18Se, eventualmente, aquele preposto,
51:22mesmo o chatbot,
51:23ele fala algo que não é condizente com a realidade
51:26em nome da empresa,
51:28a empresa responde por aquilo.
51:30Então se aplica o Código de Defesa do Consumidor.
51:33Todos os riscos que eu falei
51:34sobre viés discriminatórios
51:36são dados pessoais.
51:40Lei Geral de Proteção de Dados.
51:42A Lei Geral de Proteção de Dados
51:43traz o princípio da não discriminação.
51:46Ou seja, isso, hoje em dia,
51:48já seria aplicável pela LGPD.
51:51Ah, Rony, o que não envolve
51:52o Código de Defesa do Consumidor?
51:55Tem o Código Civil.
51:57Ah, Score de Crédito.
51:58Tem a Lei do Cadastro Positivo.
52:00E se for praticado um crime
52:02que acabou de ser tipificado penalmente no Brasil,
52:05por exemplo,
52:06a criação de deepfake
52:08para causar algum tipo de dano moral às mulheres,
52:13por exemplo.
52:13Então tem tipificação penal
52:15de determinadas condutas.
52:18Então acho que a grande questão
52:20que a gente precisa se perguntar é
52:22o que hoje não está regulado,
52:24que é um grande risco
52:25e que demanda regulação.
52:32Na minha avaliação, seria muito importante
52:34um momento de discussão global
52:36envolvendo todos os atores da sociedade
52:38para que a gente pressione as empresas
52:40a agirem da maneira correta,
52:43de acordo com o que a maioria acha,
52:46para que a gente previna essa expansão
52:49completamente desenfreada.
52:51Eu sei que a lei que está sendo feita no Brasil,
52:58a regulamentação no Brasil,
53:00é uma regulamentação meio para trás,
53:03na minha visão,
53:03porque ela tem muito empecilho.
53:06Primeiro que ela seria impossível
53:07de ser traqueada,
53:09seria uma coisa, tipo,
53:10que acho que as empresas iam ficar
53:13meio expostas
53:14e aí o governo ia só perseguir
53:16quem ele quisesse.
53:17Não seria uma coisa muito factível
53:20o que eles estão querendo regular.
53:22E eu acho que seria um pé atrás,
53:24porque tem muito problema
53:24de direito autoral,
53:26citação, cobranças,
53:27coisas que eu acho
53:28que não fazem tanto sentido.
53:30Eu acho que a regulamentação melhor
53:31seria na parte de proteção de dados,
53:35porque é uma coisa mais de segurança.
53:37porque a parte de direito autoral
53:39acho que está ficando muito subjetiva,
53:41entendeu?
53:42Imagina o Brasil
53:43sem poder usar a inteligência artificial.
53:45A gente ficaria
53:46centenas de anos para trás
53:49dos outros países,
53:49em tudo.
53:51A gente ter análises de impacto,
53:56de legislação,
53:57para saber o quanto que
53:59essa nova discussão regulatória
54:01está trazendo efetivamente,
54:03pode trazer,
54:05de proteção a direitos,
54:06que é super relevante,
54:07sempre será.
54:09A corrida pela liderança
54:11da inteligência artificial
54:12mobiliza gigantes da tecnologia.
54:15A OpenAI com o ChatGPT,
54:18o Google com o Gemini,
54:20a Microsoft com o Co-Pilot,
54:22entre outras.
54:24São várias empresas brigando
54:25para tentar chegar ali no,
54:27primeiro no AGI,
54:29que é o Artificial General Intelligence,
54:32que seria uma inteligência
54:33multicapaz para fazer
54:35todo tipo de tarefa.
54:36E depois tem a super inteligência artificial,
54:40que aí,
54:40os caras que estudam isso,
54:43os teóricos,
54:43falam que quem chegar nisso
54:45vai ter um nível de poder
54:46que poderia
54:48gerar um conflito absurdo
54:52com outros países,
54:54por exemplo.
54:54Há quem diga também
55:02que a gente deveria,
55:03nesse momento,
55:04pedir para governos
55:07e para grandes empresas
55:07não seguirem nessa trilha,
55:10não seguirem na trilha
55:11da inteligência artificial geral.
55:12ou seja,
55:13que a gente pudesse
55:14exigir dessas empresas
55:16que elas só trabalhassem
55:18com alguns tipos
55:19de tarefas específicas,
55:20por exemplo,
55:21a criação de novos medicamentos.
55:24Sem problema,
55:24a inteligência artificial
55:25seria treinada
55:26só para essa tarefa
55:27e para as outras
55:28que nós,
55:29humanidade,
55:30consideramos importantes,
55:31mas evitando
55:33que elas chegassem
55:34nesse nível
55:34de nos substituir
55:35por completo,
55:36porque aí a gente realmente
55:37estaria ali
55:38num ponto de inflexão,
55:39podendo gerar
55:40uma crise de trabalho
55:41e uma crise,
55:43no fundo,
55:44de entendermos
55:45o que é o ser humano.
55:46Se não sobrar mais nada
55:47para a gente fazer,
55:48o que será
55:49de nós, humanos?
55:52O que a gente observa
55:53é que estamos vendo
55:56uma nova onda
55:57de disputa
55:59com os grandes
56:01atores do passado.
56:03Quando a gente pega
56:04essas chamadas
56:05big techs,
56:06sobretudo as empresas
56:07norte-americanas,
56:08todas elas que
56:09em um ou outro setor
56:11atuavam
56:12no mundo da tecnologia,
56:14inclusive moldando
56:15as nossas vidas,
56:16todos nós usamos
56:17diversos recursos,
56:19serviços e produtos
56:20dessas grandes empresas
56:21norte-americanas,
56:22são essas mesmas empresas
56:23com agora
56:24algumas outras
56:25entrantes
56:26que estão novamente
56:27fazendo com que
56:28a gente entre
56:29em um novo ciclo
56:30de transformação,
56:31de inovação.
56:32É importante
56:33que a gente fique de olho
56:34nessas empresas,
56:35porque a gente está falando
56:37aqui de um grupo
56:37muito pequeno,
56:38muito restrito
56:39de pessoas
56:40que estão
56:40determinando
56:42os rumos
56:42da humanidade.
56:44O uso
56:45dessas tecnologias
56:46acaba ficando
56:47na mão
56:48de algumas poucas
56:49empresas
56:49e das pessoas
56:50que têm o conhecimento.
56:52Se o país
56:52não preparar
56:54os jovens
56:56para preparar
56:56os trabalhadores
56:57para usarem,
56:59então haverá sim
57:00uma concentração
57:02de atividade,
57:05de riqueza
57:05em poucos grupos.
57:09Eu vou voltar.
57:10Quero acompanhar
57:20os próximos passos
57:21deste debate?
57:22Então siga
57:23as redes sociais
57:24da Jovem Pan.
57:25O documento
57:25Jovem Pan
57:26fica por aqui.
57:27Assista a esse
57:28e a outros programas
57:29no canal do YouTube
57:30da Jovem Pan
57:31e no aplicativo
57:32Panflix.
57:33Uma ótima noite
57:34para você
57:34e até mais.
57:35documento
57:51Jovem Pan
57:51A opinião
57:54dos nossos comentaristas
57:55não reflete
57:56necessariamente
57:57a opinião
57:58do grupo
57:58Jovem Pan
57:59de comunicação.
58:04Realização
58:05Jovem Pan
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