- há 2 meses
- #jovempan
- #documentojp
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Baixe o AppNews Jovem Pan na Google Play
https://bit.ly/2KRm8OJ
Baixe o AppNews Jovem Pan na App Store
https://apple.co/3rSwBdh
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
#JovemPan
#DocumentoJP
Baixe o AppNews Jovem Pan na Google Play
https://bit.ly/2KRm8OJ
Baixe o AppNews Jovem Pan na App Store
https://apple.co/3rSwBdh
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
#JovemPan
#DocumentoJP
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Música
00:00Documento Jovem Pan
00:16Para muitos, a chegada da terceira idade ainda carrega o estereótipo de fragilidade e dependência.
00:23Mas a realidade no Brasil mostra um outro lado. Uma história de vitalidade e protagonismo.
00:31É a geração prateada. Um grupo que está rompendo barreiras, mantendo-se ativo e mostrando que a vida, após os 60 anos, é um capítulo de novas conquistas.
00:43Eles estão empreendendo, voltando aos bancos escolares e se dedicando a esportes com uma energia que inspira.
00:51Prepare-se para conhecer o Brasil que envelhece com muita disposição, aqui no Documento Jovem Pan.
00:59Música
01:00Eu sou um velho, eu sou careca, eu tenho barbas brancas, eu uso óculos e essas rugas, elas mostram sabores e dessabores que eu vivi pela vida e tenho muito orgulho delas.
01:17Vamos desconstruir a palavra velho, porque no Brasil o velho é sempre o outro.
01:22Enquanto com Gaia Ficha, você não luta contra o idadismo.
01:29É preciso que a gente incorpore e se sinta bem sendo o velho.
01:35O velho é o jovem que deu certo.
01:37E eu almejo para você, mais jovem, um futuro que te abrace.
01:43Essa questão da luta contra o idadismo, ela começa dentro de si.
01:47Música
01:48Eu sempre trabalhei em televisão, né?
01:55E eu tinha um programa na TV já há 16 anos, um programa muito consolidado.
02:01Mas aí eu estava fazendo 60 anos de idade e eu já vinha percebendo uma mudança de olhar.
02:09Principalmente as mulheres, né?
02:11Quando vão envelhecendo, elas vão se tornando invisíveis.
02:17O que eu acho um absurdo.
02:19Música
02:19A nossa sociedade ainda tem etarismo contra o envelhecimento.
02:26É um preconceito.
02:28Está começando a quebrar.
02:30Está começando a ter um novo olhar.
02:33E isso, para mim, é minha luta.
02:35De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas com idade superior a 60 anos
02:44chegará a 2 bilhões até 2050.
02:47Isso representará um quinto da população mundial.
02:52Música
02:52Uma revolução silenciosa transformou o perfil demográfico do Brasil.
02:58A expectativa de vida ao nascer, que era de apenas 62,6 anos em 1980,
03:05saltou para 74,9 anos em 2013, um aumento de quase 20%.
03:12Mas o crescimento não parou por aí.
03:15Entre 2013 e 2023, a expectativa de vida subiu mais um ano e meio,
03:21atingindo a marca de 76,4 anos.
03:25Isso mostra que os brasileiros estão vivendo mais e celebrando a longevidade.
03:29Em apenas 25 anos, a população brasileira com mais de 60 anos pode dobrar,
03:36conforme ressalta o médico gerontólogo e presidente do Centro Internacional da Longevidade,
03:42Alexandre Kalachi.
03:44Numa sociedade que vai dar um salto de 15% para 30% das pessoas sexagenárias nos próximos 25 anos,
03:56em 2050 nós vamos ter 31% da população com mais de 60 anos,
04:02nós vamos dar um salto de 33 milhões hoje de sexagenários para 68 milhões.
04:09Então tem que chamar a atenção dessa sociedade.
04:11Basta você ter 35 anos hoje,
04:15quando daqui a 25 você ser um sexagenário,
04:18abre o olho, cuide-se.
04:20Cuide-se e cuide-se dos outros,
04:22porque o nosso envelhecimento é relacional.
04:27O seu envelhecimento depende do envelhecimento daqueles que estão ao seu lado.
04:32Então, a palavra que mais combina com longevidade é solidariedade.
04:37E essas duas passam por intergeracionalidade.
04:43Vamos ser um país mais humano, mais coeso, mais solidário,
04:48para que o processo de envelhecimento, a grande conquista dos últimos 100 anos,
04:54não se torne um desastre para os próximos 20, ou 30, ou 100.
04:59Os demógrafos gostam de dizer que o envelhecimento populacional
05:07é o final de um processo chamado de transição demográfica.
05:12E esse processo de transição demográfica,
05:16ele vai transformar a população mundial à humanidade, de fato,
05:21de uma forma, se não permanente, pelo menos estrutural,
05:28e por muito tempo, porque a população, como a gente sabe,
05:31ela era, por quase toda a história da população,
05:35as populações cresciam muito lentamente,
05:39porque as pessoas morriam muito e tinham muitos filhos.
05:42Então, a fecundidade era muito alta e a mortalidade também era muito alta.
05:45A gente agora está convergindo para um momento em que a fecundidade vai ser baixa
05:52e a mortalidade também vai ser baixa.
05:55Então, as duas altas ou as duas baixas resultam igualmente em baixo crescimento demográfico,
06:03mas com uma diferença muito grande.
06:05Quando você tem fecundidade alta e mortalidade alta,
06:10você tem uma estrutura etária jovem.
06:13E quando você tem fecundidade baixa e mortalidade baixa,
06:18você tem uma estrutura etária velha, idosa,
06:23que é o que está acontecendo, está acontecendo no Brasil, está acontecendo no mundo.
06:27Então, assim, para resumir, esse é um fenômeno que está acontecendo no mundo inteiro,
06:31começou nos países mais envolvidos,
06:34a Europa está muito à frente da gente, nesse sentido,
06:38a população com mais de 65 anos na Europa gira em torno de 25% a 30%.
06:45O envelhecimento ativo é um conceito da Organização Mundial de Saúde.
06:55Então, ela se apoia em três pilares.
06:57Então, tem a parte da saúde, que vai desde a prevenção de doenças,
07:01mas o tratamento de doenças,
07:03mas também acesso a serviços que estejam adaptados para essa pessoa mais velha.
07:07Também, o segundo pilar, que é a inserção dessa pessoa mais velha na sociedade,
07:12na sua família,
07:14de forma que ele esteja ativo,
07:16que ele mantenha o propósito dele,
07:19que ele seja um ator protagonista,
07:22tomador de decisão,
07:23e não só um receptor de cuidados.
07:26E um terceiro pilar, bem amplo, que é de segurança,
07:29porque vem pensando em segurança alimentar,
07:32segurança ambiental,
07:33segurança de moradia habitacional e econômica,
07:37e quando a gente pensa nesse envelhecimento ativo,
07:41as respostas são muito amplas,
07:43que elas vêm desde uma política pública de proteção,
07:46campanha de combate ao etarismo,
07:49promoção de hábitos saudáveis
07:51e acesso a serviços sociais e de saúde
07:55que contemplem essas características
07:57dessa população mais velha.
07:59Eu acho que o Brasil tem uma característica muito particular,
08:04porque os outros países que envelheceram,
08:08eles enriqueceram e depois eles envelheceram, né?
08:11Então, no Brasil, a gente não teve essa chance,
08:14a gente envelheceu sem enriquecer.
08:16E o Brasil, a gente tem muito esse culto ao corpo,
08:19à estética, ao vigor, né?
08:22Então, além do idoso agora,
08:25muitas vezes ele está associado a essa perda da juventude,
08:30da beleza, né?
08:31Mas também associado a um corpo doente
08:33e a um corpo pobre também.
08:35Então, ele é uma somatória de estigmas e preconceitos, né?
08:39Então, acho que no Brasil,
08:40esse etarismo, ele é ainda mais importante
08:44do que vários outros lugares, né?
08:46Onde que, por exemplo, a sabedoria, a experiência
08:49acaba sendo mais valorizado
08:50do que esse corpo jovem e vigoroso.
08:57Precisa que a nossa ficha
08:58é que envelheceu um privilégio, né?
09:00É um ato revolucionário,
09:01é uma conquista civilizatória.
09:07Esqueça a imagem de fragilidade e dependência.
09:11A população idosa de hoje
09:13está quebrando estereótipos e paradigmas,
09:16redefinindo o que significa envelhecer.
09:19Eles não estão se aposentando da vida,
09:21estão se lançando em novas jornadas
09:23com uma energia contagiante.
09:26São empreendedores, influenciadores,
09:29estudantes, atletas.
09:31Estão provando que a idade é apenas um número
09:34e que a experiência pode ser o maior trunfo
09:36para novos projetos de vida.
09:38Salime Sá Pereira atuou como advogada
09:44por mais de três décadas.
09:46Hoje, no auge de seus 78 anos,
09:49trabalha como gestora financeira.
09:51Meu ciclo já tinha terminado na advocacia,
09:55entendeu?
09:56Já tinha trabalhado muito,
09:57já tinha tido muitas experiências
09:59e para mim era um ciclo que já tinha terminado.
10:04Eu já também estava muito cansada
10:06do telefone toda hora,
10:08ter agenda, ter prazos.
10:12E eu estava vivendo muito problemas dos outros,
10:14sabe?
10:14Não o meu.
10:15Então, eu acho que já tinha acabado ali.
10:19Fiquei um tempo repensando,
10:21um tempo falando o que eu vou fazer,
10:24vendo as minhas habilidades,
10:25se eu tinha algum hobby que eu poderia fazer mais ou menos.
10:30E eu acho que a minha volta e aceitar isto
10:35foi principalmente o relacionamento interpessoal.
10:41Eu gosto muito disso, sabe?
10:43E com pessoas jovens que gostam de trocar experiências.
10:50Ali, na advocacia, eu trocava leis, papel,
10:56eu escrevia, defendia,
10:59mas não tinha esse,
11:01esse, é como eu digo,
11:05esse sabor, né?
11:06Da convivência interpessoal.
11:09E o número, ele é exato, né?
11:12As finanças, um mais um é dois.
11:14Mas você consegue por um mais dois, sabe?
11:17O amor, consegue dar um sabor de diferente,
11:23consegue fazer um monte de coisa.
11:25E foi isso que eu aceitei.
11:26E não me arrependo, sou muito feliz.
11:33O recomeço é tudo,
11:35a gente tem que ir à frente.
11:37Ninguém é melhor do que ninguém.
11:39E a nós somos muito importantes,
11:41porque nós carregamos dentro de nós
11:43a nossa experiência de vida.
11:45A experiência é uma coisa que não tem preço.
11:50E hoje estão buscando no mercado a experiência
11:54para juntar aos jovens
11:57e fazer um meio-termo maravilhoso.
12:03O que você vai passar por jovens
12:05que estão com você?
12:06Então, eu levo muito a sério isso.
12:11Sempre procuro dar o meu melhor, certo?
12:14E peço para eles também que deem o melhor deles.
12:18E a gente tem, assim, uma relação interpessoal maravilhosa.
12:24Eu amo o meu trabalho,
12:26amo o que eu faço,
12:28amo conversar com as pessoas,
12:31amo aprender com as pessoas.
12:33Então, eu levo o meu trabalho
12:36não com peso, sabe?
12:37Com leveza.
12:41Quando você olha para o mercado formal,
12:44para o mercado de trabalho,
12:45propriamente dito,
12:46se você pegar o último resultado de 24,
12:48o que a gente viu foi que quase 70%,
12:50houve quase um aumento de quase 70%
12:53nas pessoas que estão trabalhando
12:56acima dos 60 a mais.
12:57Então, essa é uma mudança significativa.
12:59A mudança significativa
13:00é porque impacta o ambiente de trabalho,
13:03impacta a forma como você pensa o ambiente de trabalho,
13:07impacta como você organiza a sociedade.
13:09Vamos lembrar que a gente é uma sociedade
13:10que vai ter cada vez menos crianças
13:12e cada vez mais idosos.
13:14Isso mexe nas políticas públicas
13:16para você pensar o bem-estar da população.
13:19Isso impacta o convívio familiar também.
13:22Nós construímos um mundo de uma família
13:24que partia do pressuposto
13:26de você ter o causal com filhos.
13:28e essa é uma geração que cuidava desses filhos.
13:31Nós estamos caminhando agora
13:32para uma geração que terá muitos idosos
13:34e uma geração anterior
13:36que vai ter que cuidar desses idosos.
13:38Então, nós estamos num momento
13:39de transição bastante significativo
13:41que vai mudar a forma
13:42como a gente olha para a sociedade em geral.
13:45Vai mudar no âmbito familiar,
13:47no âmbito do indivíduo,
13:48no âmbito social
13:49e no âmbito das políticas públicas.
13:51As empresas demandarão esses trabalhadores
13:58e esses trabalhadores terão muito a contribuir
14:00pela sua história, pela sua experiência.
14:04A vida para Sueli Tonar
14:06que sempre foi sobre transformação.
14:09Aos 65 anos,
14:10quando muitos pensam em desacelerar,
14:13Sueli fez o contrário.
14:15Ela se reinventou.
14:16Criou uma marca de roupas para mulheres
14:18que, como ela,
14:20querem se sentir bem,
14:21confiantes e elegantes.
14:23Usando as redes sociais
14:24como vitrine e palco,
14:26ela não apenas mostra suas criações,
14:29mas também compartilha
14:30um estilo de vida,
14:31uma filosofia.
14:33Sueli prova que moda não tem idade
14:35e que a melhor roupa
14:37é a que nos faz sentir bem
14:38na nossa própria pele.
14:40Ela se tornou inspiração
14:41para muitas mulheres,
14:43mostrando que é possível, sim,
14:45se reinventar,
14:46encontrar uma nova paixão
14:48e continuar a escrever
14:50uma história de sucesso.
14:52Aí a minha irmã,
14:53que chama Silza Tonarque,
14:55que o apelido dela é Duda,
14:57virou para mim em 2017
14:59e falou,
15:00vamos fazer um combinado?
15:01Eu falei, qual é?
15:03Eu faço os vestidos
15:05e você vende.
15:07Na hora, eu topei,
15:09porque ela é uma artista maravilhosa,
15:11é uma artesã
15:13e aí deu certo.
15:15Como é que deu certo?
15:17Começamos em 2017
15:18e hoje a gente está em 2025.
15:22Na época, eu tinha 65
15:25e a Duda tinha 61, 62.
15:29e a gente começou.
15:33Então, passou esse tempo
15:34e o que a gente fazia?
15:38Nós duas juntas.
15:40Ela fazia os vestidos,
15:41eu vendia.
15:42Só que ela focava
15:43no meu mestrado,
15:44que depois virou um livro,
15:46vestir-se com o desafio
15:47do envelhecimento.
15:48Aí, quando a gente abriu,
15:50teve um idadismo,
15:51um preconceito,
15:52um etarismo.
15:53Como vocês vão fazer roupa
15:54para a velha?
15:55Sim, a gente vai fazer.
15:56E a gente está aqui,
15:58já vai para nove anos
15:59e nós estamos
16:01muito, cada vez mais,
16:02fortes.
16:03Então, a gente está
16:04olhando para essa marca
16:06Duda Maiduda
16:07num vestido que é confortável
16:10para o velho,
16:11para a velha.
16:12Então, esse é o nosso diferencial.
16:15Porque, como vem de uma artista,
16:17de uma menina que é autora,
16:18de uma menina velha
16:19que está hoje,
16:20com 70 anos,
16:21ela não faz igual.
16:23E o que a gente
16:23pensa, pensa, pensa
16:25no conforto.
16:27É confortável?
16:28É gostoso?
16:30E nesse atendimento
16:31com esse público,
16:32algumas pedem
16:33para colocar a manga.
16:36E a gente gosta de falar,
16:37a gente que agora sou eu,
16:39mostra o teu braço.
16:41Mesmo que você tenha 70, 80,
16:43mostra o teu braço
16:44que tem história.
16:46Cada história,
16:47cada ruga,
16:48cada braço,
16:49cada barriga,
16:50um pouquinho de barriga
16:51para lá,
16:52faz parte do seu viver,
16:54faz parte da sua
16:55construção psíquica,
16:58do seu envelhecimento.
16:59E o teu envelhecimento
17:01abraça o teu envelhecimento.
17:03É um banquete
17:04a velhice,
17:06das escolhas.
17:07E outra coisa,
17:08e cuida
17:08desse envelhecimento
17:10como que,
17:11através
17:12da alimentação,
17:15dos exercícios físicos,
17:17da sua rede
17:17de apoio,
17:19dos seus amigos
17:20antigos,
17:21dos seus amigos
17:21antigos
17:22e dos seus amigos
17:23novos,
17:24constrói novas relações.
17:26Então,
17:26para mim,
17:27o envelhecer,
17:28de verdade,
17:29que eu falo isso,
17:30está sendo
17:30uma bênção,
17:32porque eu acho
17:32que eu estou
17:33muito,
17:34muito feliz
17:34com a minha história,
17:36do meu envelhecimento
17:37e dos meus projetos
17:38de vida.
17:39E outra coisa importante,
17:40tenha sonhos,
17:42tenha desafios.
17:43Eu vou acordar,
17:45o que eu vou fazer
17:45hoje?
17:46vai fazer o que você gosta,
17:49o que você quer.
17:51O propósito de vida
17:52é ser feliz
17:53com você mesma,
17:54para você
17:54dar felicidade
17:56a quem está
17:57no teu entorno,
17:58ou seja,
17:58o teu neto,
17:59o teu filho,
18:00o teu vizinho,
18:00o teu marido.
18:07Aos 81 anos,
18:09Silvia Massumoto
18:10reescreve
18:11sobre os novos
18:12caminhos do envelhecimento
18:14a cada treino
18:15e repetição.
18:16Para ela,
18:17a busca por uma vida
18:18ativa não é moda,
18:20mas uma missão
18:20que começou cedo,
18:22observando a avó.
18:24A luta da avó
18:25para ter autonomia
18:26se tornou
18:27a sua inspiração,
18:29a força
18:29que a impulsionou
18:30a fazer do exercício físico
18:32uma escolha de vida,
18:34um pilar inegociável
18:35para a saúde,
18:37a autonomia
18:38e também
18:38como fonte
18:39de motivação.
18:40Eu fui criada
18:42com a minha avó
18:43e eu vi a minha avó
18:45com muita dificuldade
18:47de andar,
18:49de se locomover,
18:50de ter,
18:51assim,
18:52sabe,
18:52de levantar
18:53do sofá,
18:54então a gente
18:55tinha que ajudar,
18:56tal.
18:57E eu vi aquilo
18:58e eu dizia assim,
18:59não,
18:59isso não é para mim.
19:01Nunca eu vou querer
19:02ser desse jeito,
19:03nunca,
19:04eu nunca.
19:05Eu tenho que fazer
19:06alguma coisa contra isso.
19:07então,
19:08com 81 anos,
19:10eu continuo fazendo
19:11tudo o que eu sempre fiz.
19:13Por quê?
19:14Porque eu me exercito,
19:16porque nós temos
19:17que criar músculos
19:19para ter uma velhice
19:21saudável,
19:23uma velhice
19:24com autonomia,
19:26uma velhice
19:27que não precise
19:28de ninguém
19:30para te levar
19:32em algum lugar,
19:34para te ajudar
19:35a tomar um banho,
19:36por exemplo,
19:37para você
19:38sair sozinha.
19:41Então,
19:42se você não tiver
19:43músculos,
19:45não fortalecer
19:46o seu corpo,
19:48você jamais
19:50vai conseguir isso,
19:52porque você envelhece,
19:53todo mundo envelhece.
19:55Mas a pergunta é
19:57como você quer envelhecer?
20:01Eu acho que muita gente
20:02deixa de fazer
20:04atividade porque acha
20:07que não vai adiantar,
20:09que elas não têm
20:10mais idade
20:11para isso,
20:12que não gostam,
20:18param na vida,
20:20não pode,
20:21não pode,
20:21não pode parar na vida.
20:23Se você parar na vida,
20:25você envelhece rapidamente,
20:27porque é assim mesmo,
20:29a velhice vem,
20:31para todo mundo vem,
20:33mas aí,
20:34se você enxergar
20:36dessa forma,
20:38não tenho mais idade
20:39para isso,
20:40não quero mais
20:40sair de casa,
20:42não sei o quê,
20:42você envelhece
20:43muito rapidamente.
20:45Então,
20:45essas pessoas
20:46têm que fazer
20:49alguma coisa
20:50por si,
20:51por si próprias,
20:52porque,
20:53por exemplo,
20:53na minha geração,
20:54na minha geração,
20:56as mulheres
20:56não cuidavam
20:57delas próprias.
20:59Elas só pensavam
21:00em filhos,
21:01marido,
21:02casa,
21:04menos nelas.
21:06Mas o que
21:06que acontece?
21:07Você,
21:09para cuidar
21:09dos seus queridos,
21:11seus filhos,
21:13netos,
21:14bisnetos,
21:14seja lá o que for,
21:15você tem que estar
21:16forte.
21:17E como você vai ficar
21:18forte se você
21:19não cuidar
21:20de si próprio?
21:21os jovens
21:22vêm para mim
21:23perguntar
21:24como que eu consigo
21:25esse ombro
21:27que você tem,
21:28como eu consigo
21:29ficar assim,
21:30e isso e aquilo.
21:31Então,
21:31o negócio
21:32reverteu,
21:33porque eu acho
21:34que aí o preconceito
21:37acabou,
21:37já não tinha mais
21:38preconceito,
21:39entendeu?
21:40Aí o negócio
21:40reverteu
21:42a meu favor.
21:44Em uma sociedade
21:46que muitas vezes
21:47ignora a voz
21:48da maturidade,
21:49a jornalista
21:50Roberta Zampetti
21:51decidiu criar
21:52o seu próprio
21:53canal no YouTube,
21:55o Sou 60,
21:56Envelhecer e Se Libertar,
21:58um canal que se tornou
21:59um farol
22:00para diversas pessoas,
22:02mostrando
22:02o que a velhice
22:03pode ser o início
22:04de uma das fases
22:05mais ricas
22:06da vida.
22:08Aí eu comecei
22:09a estudar,
22:10estudar,
22:10estudar,
22:10essa minha estante
22:11aqui atrás,
22:12o que tem de
22:13O que tem de livros
22:17que trata de velhice
22:19é impressionante,
22:20eu lia compulsivamente,
22:22estudei muito,
22:23escrevi um livro
22:24que por sinal
22:25chama-se
22:25Sou 60
22:26também,
22:28comentando
22:28sobre a dificuldade
22:30que eu via
22:31na sociedade,
22:32né?
22:33E como é que
22:34essa coisa
22:34poderia mudar?
22:36Aí eu criei
22:37o canal também
22:38Sou 60
22:39no YouTube.
22:41E por que
22:41que eu coloquei
22:42Sou 60?
22:43Porque eu estava
22:44fazendo 60 anos
22:45de idade,
22:46eu não imaginava
22:48que anos depois
22:50começasse a se usar
22:5160 mais,
22:53mais 60,
22:54hoje não é assim?
22:55Mais 50,
22:56agora até mais 40
22:57eu estou vendo por aí.
22:58Porque na época,
22:5910 anos atrás,
23:01não se falava
23:02nessa questão
23:03do envelhecimento
23:04e da velhice,
23:05isso é uma coisa
23:05muito nova,
23:07que hoje,
23:08graças a Deus,
23:09a gente vê aí,
23:10né?
23:10Nas redes sociais,
23:11Gente,
23:14experiência de vida
23:15é uma coisa
23:16riquíssima,
23:16você não compra
23:17na farmácia
23:18da esquina,
23:19você precisa
23:20de,
23:21você precisa
23:21viver,
23:22né?
23:22Então,
23:23assim,
23:24eu acho
23:24que é,
23:26eu descobri,
23:27nossa,
23:27eu acho que
23:28não só eu,
23:29sabe?
23:30Eu vejo a turma
23:31que me segue
23:31no meu canal,
23:32né?
23:33O pessoal
23:34está descobrindo,
23:35descobrindo,
23:36sabe?
23:36Fazendo coisas novas,
23:38vendo as possibilidades,
23:39ninguém está parado,
23:40quem recebe,
23:42quem pôde,
23:43né?
23:43Ter uma situação
23:44financeira melhor,
23:46ter uma aposentadoria melhor,
23:48ter uma situação financeira,
23:50digamos,
23:51mais estável,
23:52você não precisa de trabalhar,
23:54então vai viajar,
23:55vai fazer cursos,
23:57vai,
23:58há um monte de coisa,
23:59tomar chá no final da tarde,
24:01para o cinema,
24:01para o teatro,
24:02a gente sabe que a maioria
24:03dos velhos brasileiros
24:05não tem essa,
24:07essa possibilidade,
24:09né?
24:10Mas mesmo assim,
24:12estão aprendendo,
24:14pouco tempo atrás,
24:14eu entrevistei,
24:16velhos,
24:17pobres,
24:18pobres que eu estou falando,
24:20não,
24:20numa situação miserável,
24:22mas assim,
24:22que tem um casal,
24:23cada um ganha um salário mínimo,
24:25tá?
24:26Ou,
24:27o casal,
24:28viaja todos os anos,
24:30por quê?
24:32Eles planejam,
24:34eles vão viajar em época
24:35que não é tão caro,
24:37eles viajam de ônibus,
24:38às vezes até de avião também,
24:40né?
24:40Mas vão para a praia,
24:42para a Bahia,
24:42moram aqui em Belo Horizonte,
24:43vão para a Bahia,
24:44vão de ônibus,
24:45e curtem a vida de uma forma,
24:49e tem gente que fala assim,
24:50mas pô,
24:50vai fazer o quê?
24:51Ganhar um salário mínimo?
24:54Ajeitando,
24:55claro,
24:55eles não pagam aluguel,
24:56tem a casa própria,
24:57uma casa muito simples,
24:58mas eles têm a casa deles,
25:00eu estou citando só um exemplo,
25:03para ver como que as pessoas,
25:05estão curtindo,
25:07mesmo tendo menos dinheiro,
25:10a gente sabe que a gente precisa de dinheiro nessa vida,
25:13né?
25:13Mas assim,
25:14mesmo quem tem menos,
25:17se tem vontade,
25:18se tem propósito,
25:20se quer,
25:20dá um jeito,
25:22e chega lá.
25:23Eu sempre digo que você precisa de quatro capitais,
25:31que você precisa acumular ao longo da vida,
25:34ao longo da vida,
25:35é curso de vida,
25:36para que você possa chegar bem ao 100.
25:39Primeiro,
25:39vem saúde,
25:41não há dúvida,
25:42pobre ou rico,
25:43se você adoece,
25:45o seu envelhecimento vai ser de má qualidade.
25:47O segundo pilar,
25:50o segundo capital que você tem que acumular nessa fase em que nós estamos,
25:54da sociedade,
25:55da humanidade,
25:57de mudanças drásticas da tecnologia,
26:00é conhecimento.
26:02Você acumular conhecimentos,
26:05você estar aberto,
26:06curioso,
26:07ir à luta,
26:08não ser tecnofóbico.
26:09No século passado,
26:12quem tinha poder era quem tinha conhecimentos,
26:14hoje o conhecimento está na palma da sua mão,
26:17você tem um celular na mão,
26:19e que todo conhecimento acumulado está ali.
26:23Você precisa não só de conhecimentos,
26:26mas saber o que fazer com eles.
26:29Ter a curiosidade e a imaginação
26:32de usar esses conhecimentos.
26:35Tem mais e mais pessoas velhas que estão fazendo isso.
26:39O terceiro capital que você tem que acumular
26:42é um capital social.
26:45E para isso você precisa participar integralmente da sociedade.
26:50Você ter direitos,
26:52porque são negados muitas vezes por medidas públicas,
26:56pela mentalidade da empresa,
26:59de negar que você participe integralmente da sociedade.
27:03Até a palavra aposentado mostra isso.
27:07Foi um erro absurdo nos anos 30,
27:11quando a Seguridade Social chegou no Brasil,
27:14e que traduziram para o português do Brasil,
27:17porque nem em Portugal eles compreendem
27:21que você seja um aposentado.
27:24O quê?
27:24Isso é um reformulado.
27:25O reformulado.
27:26O aposento, ele remete àqueles quartinhos antigos das casas velhas
27:33e me tinham ali os velhos, fora da vida.
27:40Eu estou envelhecendo na sala da frente e faço questão disso.
27:44Eu não sou aposentado nada.
27:46Eu sou um recurso para a sociedade.
27:49Então, a gente tem que, através da linguagem,
27:53a gente comunica noções, conceitos.
27:57Eu sou contra essa palavra aposentado
27:59e luto para que a gente possa sair do aposento.
28:04Vai para a sala da frente, vai buscar os seus direitos,
28:06vai brigar por eles.
28:08E com isso você aumenta o seu capital social,
28:10porque no momento que você se retira
28:12e vai para o aposento,
28:14você fica cada vez mais isolado
28:16e a pandemia da solidão ficou também muito patente
28:21durante a pandemia.
28:24E o último capital que você precisa acumular
28:28é de você ter um pé de meia
28:31e você se sentir protegido.
28:33O envelhecimento populacional, ele tem um impacto
28:59sobre vários segmentos, né?
29:01Se a gente pegar no caso específico da economia
29:04e olhar da perspectiva do consumo,
29:06há algumas cadeias que diretamente
29:08são afetadas no sentido da expansão da demanda.
29:12Então, por exemplo, o IBGE tem uma pesquisa
29:15que é a pesquisa mensal do comércio
29:17e a pesquisa anual do comércio.
29:18Então, algumas cadeias produtivas,
29:20por exemplo, o setor de farmacêutico,
29:22produtos farmacêuticos, produtos de beleza, cosméticos,
29:25esse setor, por exemplo, está em constante expansão,
29:29porque são produtos,
29:31uma parcela significativa de produtos
29:33ligados ao consumo da população,
29:36da população idosa.
29:38Então, esse é um setor que é impactado
29:41de forma positiva no sentido da expansão do consumo.
29:44Não só esse setor,
29:44mas, por exemplo, a questão da saúde.
29:47Então, de alguns anos para cá,
29:48a gente tem segmentos específicos de saúde
29:50voltados para a população idosa, né?
29:53Há, inclusive, planos desenhados com essa finalidade,
29:57mas não só a saúde e consumo de medicamento,
30:01mas há um impacto, inclusive, na questão do turismo, né?
30:03Porque o que acontece?
30:04A população idosa,
30:05quando a gente pega a estratificação da população
30:09segundo faixas de rendimento,
30:11a população idosa que está inserida no mercado de trabalho
30:14tem uma média de rendimento superior
30:16às demais faixas de consumo da população.
30:20Então, o que acontece?
30:21Essa população idosa,
30:23uma parte que está no mercado de trabalho
30:25e a outra que tem que estar em vias de aposentar,
30:29por exemplo,
30:30tem um potencial de consumo mais significativo
30:32e procura, normalmente, esses produtos.
30:35Então, tem uma expansão do turismo,
30:37o turismo acabou sendo afetado.
30:39Lembrando que o Brasil,
30:40também, no caso do turismo,
30:41é um setor em expansão,
30:43e em expansão especialmente por conta desse público.
30:46A tendência de pessoas com mais de 60 anos
30:57voltarem a estudar
30:58se confirma nos dados do Censo da Educação Superior de 2023.
31:04De acordo com a pesquisa,
31:05o Brasil teve cerca de 10 milhões de matrículas
31:08em cursos de graduação.
31:10Desse total, mais de 60 mil alunos
31:13tinham 60 anos ou mais,
31:15e quase metade deles,
31:17cerca de 30 mil,
31:18ingressaram no ensino superior
31:20no próprio ano de 2023.
31:22Se você olhar para o futuro,
31:26a gente vai assistir
31:27uma demanda educacional muito diferente.
31:30A gente vai ter salas de aula
31:32com menos crianças, cada vez mais,
31:34e idosos que vão demandar formação.
31:36Nós vamos ter que fazer um debate.
31:38As universidades, por exemplo,
31:39foram construídas para os jovens.
31:41Nós vamos ter universidades
31:43que, de alguma forma,
31:45vão atender uma população que envelhece?
31:48Um exemplo de universidade
31:50que atende uma população que envelhece
31:51é a USP.
31:53Egídio Dória é coordenador
31:55do programa 60+, da USP,
31:57e aponta como tudo começou por lá.
32:01Surgiu em 1993.
32:04E ele veio no esteio
32:05de outros programas
32:06que surgiram inicialmente na Europa,
32:08na década de 70,
32:10mais precisamente na cidade de Toulouse,
32:11na França,
32:13numa tentativa de fazer
32:14com que aqueles idosos
32:16que estavam em suas casas
32:17tivessem algumas atividades
32:18fora de casa.
32:19E esse programa foi um sucesso.
32:22No semestre posterior,
32:23várias unidades novas foram abertas,
32:26aumentou-se exponencialmente
32:27o número de vagas,
32:29e aqui no Brasil surgiu,
32:31logo após,
32:31as escolas do SESC.
32:34Após a escola do SESC,
32:35surgiu na década de 80,
32:37a primeira universidade aberta
32:38à terceira idade,
32:39no Rio Grande do Sul,
32:40posteriormente em Campinas,
32:42e depois a USP 60+.
32:43Nós temos mais de 30 anos de idade.
32:49Nós temos centenas de atividades,
32:51elas estão distribuídas
32:53em três grandes grupos.
32:54Nós temos as atividades
32:55da grade curricular,
32:57em que o aluno 60+,
32:59participa da sala de aula
33:00junto com o aluno da graduação,
33:02que tem em torno de 20 anos,
33:04então essa é uma experiência única,
33:06e nós somos pioneiros nisso.
33:08Esse sempre foi um dos nossos
33:09grandes pilares,
33:10a questão da intergeracionalidade.
33:13Então, quando o mundo começou
33:14a falar de intergeracionalidade,
33:16mais recentemente,
33:17nós já havíamos adotado
33:18a intergeracionalidade há 30 anos.
33:21Então, isso foi, assim,
33:23um grande marco,
33:24uma grande inovação.
33:25Nós tivemos uma série de benefícios
33:28ao mundo dessa convivência,
33:31tanto por parte dos mais jovens,
33:33quanto por parte dos mais velhos.
33:36E essas atividades da graduação
33:37da grade curricular,
33:38elas variam de semestre a semestre.
33:41Então, tem semestre
33:41que algumas são oferecidas,
33:43que os coordenadores oferecem
33:44vagas nas suas disciplinas.
33:46Mas nós temos também
33:47os cursos da grade cultural,
33:51e aí são atividades desenvolvidas
33:54especificamente para os 60 mais.
33:56Nesse contexto,
33:57ele só vai ter contato
33:58com pessoas também
33:59acima de 60 anos.
34:01Nós temos as atividades esportivas,
34:04que aí, nesse contexto,
34:04podem ser mistas
34:05ou podem ser direcionadas
34:07somente para os 60 anos.
34:08Nós temos atividades
34:10na área da filosofia,
34:12da história,
34:13da literatura,
34:14astronomia,
34:15geologia,
34:17metais pesados,
34:20política,
34:21direito internacional,
34:23línguas.
34:24Então, são assim
34:25diversas atividades,
34:28incluindo algumas
34:28que são muito disputadas,
34:30como a questão
34:30da digitalização,
34:33da inclusão digital.
34:34Essa é sempre
34:35muito procurada
34:35até os 60 mais.
34:37E também,
34:37quando se fala
34:38do processo de cultura,
34:39as atividades culturais
34:40são muito procuradas também.
34:43Então, as pessoas
34:44estão sedentas
34:46de terem atividades
34:47e de poderem aprender
34:49ao longo da sua vida
34:50e aprenderem também
34:51a viver essa longa vida.
34:54Para Roberto Barreiros,
34:55a idade não é um obstáculo,
34:57mas um estímulo
34:58para buscar novos horizontes.
35:01Começou a estudar
35:02fisioterapia
35:03no auge de seus 74 anos.
35:07Eu voltei para a faculdade,
35:09então comecei
35:10a fazer fisioterapia.
35:11Estou, assim,
35:13deslumbrado.
35:15Estou apanhando muito,
35:17porque eu faço
35:18o semipresencial.
35:20Na aula presencial,
35:21é ótimo.
35:22Agora, o semipresencial,
35:24para mim,
35:25eu tenho muita dificuldade
35:26de acompanhar
35:28pelo computador
35:28e pelo celular.
35:30Graças a quem me ajuda
35:31muito são minhas filhas também.
35:33E eu também tive muito apoio
35:35da minha família para isso.
35:36Entendeu?
35:37Se eu não tivesse esse apoio
35:38da minha família,
35:39eu estaria fazendo
35:40alguma coisa
35:40diferente disso,
35:42porque você tem que
35:43ocupar o seu tempo, né?
35:45E você tem que buscar
35:46um ganho, né?
35:48Então,
35:50eu estou me vendo
35:51passando esse curso
35:53com uma formação,
35:56mais o conhecimento
35:58que eu adquiri
35:59durante todos esses anos.
36:00eu não quero ter
36:02uma formação
36:03exclusivamente
36:04de fisioterapeuta,
36:06entendeu?
36:07Eu quero
36:07mesclar
36:09o que é
36:10educação física,
36:12que tipo de educação física,
36:14que exercício
36:15você tem que fazer.
36:16E eu vou profundo nisso, viu?
36:18Então,
36:19eu já estou, assim,
36:19muito bem focado, né?
36:22Tenho
36:22colegas
36:23que se aposentaram
36:25no final de vida.
36:27No final de vida,
36:28entendeu?
36:29E você não tem
36:30um objetivo maior.
36:32Agora,
36:32quando você tem
36:32um objetivo maior,
36:34a idade não é o problema.
36:36Então,
36:36por exemplo,
36:37eu estou fazendo
36:38um cursinho
36:38para entender melhor
36:40o celular,
36:41não estou entendendo nada,
36:42mas estou ficando
36:43com menos medo
36:44de mexer nele,
36:45entendeu?
36:46Então,
36:46eu estou vendo
36:47uma evolução.
36:48Vale a pena.
36:49E você tem lugares
36:50para você procurar as coisas.
36:52Estou fazendo
36:53o meu exercício,
36:54não é o que eu quero
36:55fazer ainda,
36:56mas é uma evolução.
36:58Entendeu?
36:59Então,
37:00tudo isso
37:01me dá um ânimo
37:03dos 20 anos.
37:05Eu, por exemplo,
37:05fiz duas semanas
37:06um tipo de ginástica.
37:09Eu achei
37:09que eu estava
37:10com 20 anos.
37:11Machuquei
37:11as duas pernas
37:12dos dois braços.
37:15Então,
37:16a gente tem que ser comedido,
37:17porque eu tenho
37:18a minha idade.
37:19Então,
37:19você não pode
37:20se empolgar.
37:21Entendeu?
37:21A gente se empolga,
37:23se machuca.
37:24Então,
37:24agora,
37:28o corpo nosso
37:29que eu tenho
37:29descoberto,
37:31que eu tenho
37:32lido,
37:32e aí quem fala
37:33não sou eu,
37:34são expertos
37:36que só fazem isso
37:37em alto nível.
37:40Pessoas
37:40que
37:41são responsáveis
37:44por
37:44muito
37:46diferentes
37:48conjuntos
37:49de pesquisadores
37:50do mundo inteiro
37:51que hoje
37:53eles estão
37:53enxergando
37:54o envelhecimento
37:55não como uma coisa
37:57inexorável da vida,
37:59mas como uma doença.
38:01E doença,
38:01você pode fugir dela.
38:03Você pode se tratar.
38:05E aí,
38:06tem essa composição
38:07que você precisa
38:07fazer um exercício físico,
38:09que exercício
38:10eu tenho que fazer,
38:11qual é a...
38:12Se você
38:13vai ficar um
38:14atlas aqui,
38:16um zeus aqui
38:18de músculos,
38:18você quer mais?
38:19Não,
38:19não é esse o objetivo.
38:20O objetivo é que você tenha
38:21um músculo
38:22saudável,
38:23forte,
38:24resistente,
38:26que você
38:26tenha
38:28a mobilidade
38:29que você tinha
38:30antes,
38:31entendeu?
38:32E que você,
38:33esse músculo,
38:35o exercício
38:36não apenas
38:37vai te dar
38:38um corpo mais
38:39sarado,
38:40nada disso.
38:41Esse músculo
38:41também vai fazer
38:42com que o teu
38:43mental,
38:45sabe,
38:46fique sempre aberto.
38:47A idade
38:49não é um limite
38:50para estudar
38:51e nem para se divertir.
38:52A aposentadoria
38:53não precisa ser
38:54sinônimo de repouso.
38:56Para muitos
38:57com 60 anos
38:58ou mais,
38:59essa é a oportunidade
39:00perfeita
39:01para aproveitar
39:02a vida
39:02com mais tempo livre.
39:04Prova disso
39:05é que 27 milhões
39:06de viagens
39:07são realizadas
39:08por idosos
39:09a cada ano
39:10no Brasil.
39:11Conforme levantamento
39:12recente
39:12realizado pelo
39:13Escritório de Consultoria
39:15especializado
39:16em turismo
39:17e Bratur.
39:18O presidente
39:19do Conselho Nacional
39:20do SESI
39:21e sociólogo
39:22Fausto Augusto Júnior
39:23reflete sobre isso.
39:25O mercado,
39:26inclusive,
39:27da geração
39:29prateada
39:30dos 60 a mais
39:31é um mercado
39:31crescente
39:32e é um mercado
39:33que consome,
39:34que tem a possibilidade
39:35muito significativa
39:37de consumir
39:38produtos,
39:38diversos produtos
39:39e serviços
39:40que podem
39:41e devem
39:42impulsionar
39:43novos mercados,
39:44novos negócios,
39:46novas empresas.
39:47Isso é algo
39:47que o mercado
39:48está começando
39:49a acordar
39:49aqui no Brasil
39:50e que na Europa
39:51já é muito comum.
39:52Só um exemplo,
39:53o mercado de turismo
39:54é um mercado
39:55muito significativo
39:56para a geração
39:57prateada.
39:58Você vai ter
39:59muito provavelmente
40:01deslocamento
40:02de pessoas
40:03muito diferente.
40:04Agora,
40:04você precisa preparar.
40:05Você precisa preparar
40:07as companhias aéreas,
40:08você precisa preparar
40:08a hotelaria,
40:09você precisa preparar
40:10as atrações turísticas
40:11para receber esse turista
40:12que tem uma característica
40:13bastante diferente.
40:15Há uns anos atrás,
40:17nós criamos aqui
40:18dentro da Gasson
40:19um projeto chamado
40:19Golden Age.
40:21A gente chamava
40:21de Golden Age
40:22que era a Idade Dourada.
40:23Você vai lembrar
40:24uns anos atrás,
40:25a gente chamava de...
40:26não era a geração
40:27prateada ainda.
40:28A geração prateada
40:29veio um pouco depois,
40:30como a minha,
40:31que agora eu estou
40:32na geração prateada,
40:33por causa dos cabelos brancos,
40:34tanto dos homens
40:35quanto das mulheres.
40:36Mas o Golden Age
40:37era isso.
40:38Então, a gente está
40:39de olho nesse projeto
40:40de viagens
40:41para a cidade
40:43há muito tempo.
40:44Mas eu creio
40:45que no pós-pandemia,
40:47nesses últimos
40:47dois, três anos,
40:49teve um boom.
40:50E esse boom
40:51deve ser
40:52a vários fatores.
40:54Principalmente,
40:55essa liberdade
40:56das pessoas
40:56de viajar,
40:58essa libertação
40:59das pessoas
40:59de viajarem sozinhas.
41:01E a gente começou
41:02a ver isso
41:02como um grande nicho
41:03de mercado,
41:05com um grupo.
41:05A geração prateada
41:07na Gastur
41:08representa quase
41:0950%
41:10do nosso movimento
41:11de vendas.
41:13Na prática,
41:13hoje,
41:14para você ter uma ideia,
41:15nesse minuto de hoje,
41:16eu estou com um grupo
41:17de 30 pessoas
41:19acima de 60 anos
41:20na China.
41:21Olha a distância
41:22que eu estou falando.
41:23Não é que foi aqui.
41:24Esse é o exemplo máximo.
41:26Mas você tem
41:27o mesmo exemplo
41:28de gente
41:29indo para Mendoza
41:30tomar vinho.
41:31Você tem o mesmo exemplo
41:32de ir para o Nordeste
41:33ficar em uma pousada.
41:34Você tem o mesmo
41:35exemplo
41:36que tem chegado
41:37já para a gente
41:38pedidos de ir para a Disney.
41:40Porque a Disney
41:41também é um projeto
41:42para a geração prateada.
41:45Então,
41:45acho que
41:46nasceu.
41:47Nasceu a ideia.
41:48Hoje não tem
41:49nenhuma restrição.
41:50Não é aquela coisa
41:51de um passado.
41:52Ah, vocês vão viajar
41:52sozinhos
41:53ou sozinhas
41:54ou casais.
41:56Puxa,
41:56que coisa mais chata.
41:57Não.
41:58A alegria
41:59de viajar em grupo
42:00que eu te falei
42:01foi uma criação
42:02no pós-pandemia.
42:03Hoje as pessoas
42:04têm prazer em viajar
42:05em grupos,
42:06conhecer gente nova
42:07e passear.
42:10Existem viagens
42:11de navio
42:11que fazem Brasil
42:13e Itália.
42:13Itália-Brasil
42:14que a gente
42:15vende muito.
42:16Então,
42:17para você ter uma ideia,
42:18vou te contar.
42:18Minha mãe hoje
42:19está no navio.
42:20Acabou de embarcar
42:21em Lisboa,
42:22vai fazer um cruzeu
42:23de dez dias
42:24de Lisboa
42:24até Roma
42:25com uma amiga dela.
42:28E é o público
42:28acima de 70, 80.
42:30Então,
42:30a viagem
42:31da geração
42:32prateada,
42:33como você quiser chamar,
42:34para mim,
42:35hoje,
42:35é o maior nicho
42:35que eu vejo
42:36para o nosso futuro.
42:38Você coloca
42:39uma viagem pensada,
42:41com calma,
42:42com alimentação,
42:43com ônibus confortável,
42:45que são pessoas
42:45que já passaram da vida.
42:46Elas não precisam
42:47entrar no estresse,
42:48não precisam sair correndo
42:49para ver
42:50um destino turístico
42:51como se o destino
42:52fosse acabar
42:53no dia seguinte.
42:54Então,
42:54eu diria para você
42:55que a maior preparação
42:56que tem
42:57é a retirada
42:58da palavra
42:58ansiedade
42:59e velocidade
43:00das viagens.
43:01Isso é o que a gente faz.
43:04Viajar.
43:05A primeira coisa
43:06que me vem na cabeça
43:07é a experiência.
43:09Não é eu ser
43:10uma pessoa experiente,
43:12e sim a experiência
43:13de conhecer culturas,
43:15conhecer destinos
43:16e aquela vontade
43:18de você saber o novo.
43:20Viajar e dançar
43:22são duas das formas
43:23mais antigas
43:24de expressão humana.
43:26E quando combinadas,
43:27criam uma experiência
43:29de pura conexão
43:30e liberdade.
43:31Mais do que apenas
43:32mover o corpo,
43:34a dança é uma linguagem
43:35universal
43:36que quebra barreiras
43:37e nos conecta
43:39com a alma
43:40de cada lugar.
43:42A ideia
43:43de ter um baile
43:44voltado à terceira idade
43:45é puro sentimento,
43:48é pura vocação
43:49da minha parte,
43:50e um grande respeito
43:52com esse público.
43:55É um público
43:5660 a mais,
43:59o público normal
44:00é 60, 70, 80,
44:03até 90 anos,
44:04um pouco mais.
44:06Eu faço isso
44:07com grande carinho,
44:08com grande amor,
44:11pois eles são
44:11pessoas que merecem
44:13total respeito
44:14nosso,
44:15das pessoas mais novas.
44:17é um público
44:19nichado,
44:20é um público
44:20que se preparam
44:23bem antes
44:24de estarem
44:25ao evento,
44:27aos bailes,
44:28pois os horários
44:29dos bailes,
44:30eles são variáveis.
44:32Pode ser
44:33bailes vespertinos
44:34e alguns bailes
44:35até noturnos.
44:37Então,
44:37esse grande respeito
44:39que eu tenho com eles
44:40é justamente,
44:42é claro,
44:43o respeito
44:44pela idade,
44:46mas principalmente
44:47pela minha responsabilidade
44:50e carinho
44:50com todo esse público,
44:52tanto as mulheres
44:54quanto os homens,
44:56que,
44:57conforme eu falei,
45:00eles se preparam
45:01desde manhã,
45:02principalmente as mulheres,
45:03vaidosas,
45:05vão ao cabeleireiro,
45:07vão pintar as suas unhas,
45:09vão colocar
45:10a melhor roupa
45:11para estar presente
45:13num evento,
45:14que é os bailes
45:15voltados à terceira idade.
45:19Porque ali
45:19eles esquecem
45:21dos seus problemas,
45:22ali eles pensam
45:23neles,
45:24né,
45:25dançando,
45:26participando,
45:27conhecendo
45:27outras pessoas,
45:29amigas,
45:30amigos,
45:31né,
45:31e o evento
45:32sempre são eventos
45:33nostálgicos,
45:34e toda a música,
45:38todas as melodias
45:39são voltadas
45:40dentro daquela,
45:42a gente retroage,
45:44todo o evento,
45:45todas as canções,
45:47né,
45:47os cantores
45:48são bandas ao vivo,
45:50eles retroagem
45:51e fazem aquele
45:52contexto
45:54dos tempos
45:55dos anos 60
45:56e 70,
45:57o quais
45:58esse nicho
45:59de pessoas
46:00tinham
46:02entre eles
46:03a idade
46:04de 25
46:05a 30 anos.
46:07Mas o poder
46:08de consumo
46:08não é o único
46:09motor
46:10dessa geração.
46:11A insuficiência
46:12dos benefícios
46:13de assistência
46:14social
46:15e previdência
46:16obriga
46:16essa população
46:17a se manter
46:18empregada
46:18por mais tempo,
46:20garantindo que
46:20sua experiência
46:21e força de trabalho
46:23continuem a ser
46:24um fator vital
46:25para a economia
46:26do país.
46:27Conforme analisa
46:28o economista
46:29e professor
46:29da Faculdade
46:30do Comércio,
46:31Rodrigo Simões.
46:33Há estudos
46:34de ONGs
46:35especializadas
46:36na longevidade,
46:38nessa questão
46:40de toda
46:40essa geração
46:41prateada,
46:42de que
46:43o tamanho
46:44e o peso
46:45econômico
46:45da população
46:4750 a mais
46:48movimenta
46:49em torno
46:49de 20
46:50a 25%
46:52do PIB
46:52brasileiro,
46:53quase 2 trilhões
46:55de reais
46:56do consumo
46:57privado,
46:58eu quero dizer
46:58do consumo
46:59privado.
47:00Então assim,
47:00e para 2044,
47:03a estimativa
47:05é que passe
47:06de 2 trilhões
47:07para 3 trilhões
47:09de reais
47:10o consumo
47:11dessa geração.
47:12Veja,
47:12que é um mercado
47:13assim,
47:14de consumo
47:15impressionante.
47:16Por quê?
47:17Porque o Brasil
47:17está envelhecendo
47:18e essa camada
47:19da sociedade
47:20de mais de 50 anos
47:21vai tomar cada vez
47:22mais espaço
47:23na nossa pirâmide.
47:25O outro ponto
47:25que eu posso
47:26contribuir aqui
47:27é sobre o mercado
47:28de trabalho.
47:29Essas pessoas,
47:31cada vez mais
47:31com o avanço
47:32da tecnologia,
47:34elas também
47:34terão que estar
47:36reintegradas
47:37ao mercado
47:38de trabalho,
47:39exercendo outras
47:40funções
47:41e também
47:42precisarão
47:43estar mais tempo
47:44empregadas.
47:45Por quê?
47:45Porque nem sempre
47:46o custo
47:47da assistência social
47:48ou da previdência
47:50é suficiente
47:51para que essas pessoas
47:52consigam arcar
47:53seus gastos pessoais.
47:56Então,
47:56elas se manterão
47:57empregadas
47:58por mais tempo
47:59no mercado
48:00de trabalho.
48:01A equação
48:02do futuro
48:03demográfico
48:04do Brasil
48:04é complexa
48:05e preocupante.
48:07De um lado,
48:07a queda acentuada
48:08na taxa de natalidade,
48:10do outro,
48:11o aumento
48:12da longevidade
48:13da população.
48:14Os dois lados
48:15da pirâmide etária
48:16se achatam,
48:17pressionando
48:18um problema
48:18que já é real,
48:20o desequilíbrio
48:21da previdência social.
48:23Ao passo
48:24que a população
48:25envelhece,
48:26a nossa taxa
48:27de crescimento
48:30populacional
48:31também vem diminuindo.
48:32Então,
48:32você tem
48:33uma redução
48:35de nascimentos,
48:37de taxas
48:38de natalidade,
48:40você tem
48:41um outro ponto
48:43que é
48:43um aumento
48:44do envelhecimento
48:44populacional
48:46e você tem
48:47os dois lados
48:48do quadrado
48:49sendo achatado
48:50na pirâmide.
48:52Então,
48:52essa questão
48:53da previdência,
48:55ela vai ser
48:55crucial
48:56para o governo
48:57e o Brasil
48:58tentar repensar isso.
48:59Por quê?
48:59Porque você vai ter
49:00cada vez mais
49:02pessoas dependentes
49:03da previdência
49:04pública,
49:06só que com
49:06menos contribuições
49:08de pagadores
49:11ao INSS.
49:13Então,
49:13é uma conta
49:14que não vai fechar.
49:15Hoje,
49:15a gente já sabe
49:16que a previdência
49:17fecha no negativo,
49:19falta dinheiro
49:19para poder fechar
49:20as contas
49:21todos os meses,
49:22mas esse problema
49:23se agravará
49:24ainda mais
49:25no futuro.
49:26É um tema
49:27difícil,
49:29difícil para o Congresso
49:30debater,
49:32mas que a gente
49:32não vai poder
49:33passar,
49:34principalmente
49:34dessa década,
49:36sem tentar
49:37ter um plano
49:38sobre como
49:39poderemos reverter isso.
49:40Eu acredito muito
49:41que as aposentadorias
49:44serão revistas,
49:45esse período
49:46de se aposentar,
49:47homens 65 anos,
49:50mulheres com 62 anos,
49:52serão revistos.
49:53Provavelmente
49:53vai aumentar
49:54um ou dois anos
49:55para cada um,
49:56o fator
49:56de média
49:57de contribuição
49:58também
49:59vai ser alterado,
50:01porque senão
50:02a conta
50:02não vai fechar.
50:03Só que,
50:04por outro lado,
50:05você tem
50:05um índice
50:07que significa
50:08que boa parte
50:09dessa população
50:1050 a mais,
50:11ela também
50:12está empregada.
50:14e muitos,
50:15muitos destes,
50:1660 a mais,
50:18estão retornando
50:19ao mercado
50:19de trabalho.
50:21Até 2019,
50:23nós tínhamos
50:23uma forma
50:24de previdência
50:25social
50:26e houve ali
50:26a reforma
50:27da previdência
50:28que mudou um pouco
50:29esse formato
50:30de previdência social.
50:31Até então,
50:31nós tínhamos
50:32o que a gente
50:32chamava de
50:33aposentadoria
50:33por tempo
50:34de contribuição,
50:35onde o homem
50:36pagava 35 anos
50:37de contribuição
50:38e o mulher
50:3830 anos
50:39de contribuição
50:40e,
50:41atingindo
50:41esse tempo,
50:43já poderia
50:43se aposentar.
50:44Depois de 2019,
50:45essa aposentadoria
50:46acaba e inicia
50:48então,
50:49já existia
50:50a aposentadoria
50:51por idade
50:52e essa é a única
50:53que resta
50:54depois de 2019.
50:56O governo,
50:57quando faz
50:57essa transição,
50:59cria ali no meio
50:59uma espécie
51:01de regra
51:02de transição.
51:03Então,
51:03surge na mudança
51:05em 2019
51:06uma regra
51:07transitória
51:08que ela serve
51:09para algumas pessoas,
51:11mas,
51:11em algum momento,
51:12boa parte
51:13dos trabalhadores
51:14já não alcançarão
51:15mais essas regras
51:16de transição.
51:17Isso quer dizer
51:17que um trabalhador
51:18antes que aposentava
51:19um homem que aposentava
51:20com 35 anos
51:21de contribuição,
51:22ele vai precisar
51:22pagar 35 anos
51:24de contribuição
51:25e cumprir
51:25mais algum tipo
51:26de pedágio
51:27para que ele consiga
51:28acessar a aposentadoria.
51:30Já a aposentadoria
51:32por idade,
51:32ela também teve
51:33uma mudança,
51:33a mulher agora
51:34se aposenta
51:35com 62 anos de idade,
51:36antes eram 60 anos
51:38e o homem
51:39se aposenta
51:40com 65 anos
51:41de idade
51:42e permanece
51:42como era
51:43antigamente.
51:45A mensagem
51:45que eu deixo
51:46para as pessoas
51:46que ainda não
51:48se aposentaram
51:48e querem planejar
51:49sua aposentadoria
51:50para o futuro,
51:51ela parte
51:52do princípio
51:52de que a aposentadoria
51:54ficou muito mais
51:55complicada
51:56de compreender
51:56depois de 2019.
51:58Então,
51:59ter um profissional
52:00que te auxilia
52:01e encontre
52:02o melhor cenário
52:03dentro dessas
52:04diversas possibilidades
52:06de aposentadoria
52:07é fundamental.
52:08Hoje,
52:08nós advogados,
52:09por exemplo,
52:10fazemos serviços
52:10chamados
52:11planejamento
52:12previdenciário,
52:13então ajudamos
52:13muitas pessoas
52:15a se planejarem
52:16para conseguir
52:18dar previdência social
52:19a partir da sua
52:20força de trabalho
52:21uma aposentadoria
52:22adequada,
52:23justa,
52:23correta.
52:24Então,
52:24ter um profissional
52:25que te ajuda
52:25nesse sentido
52:26é extremamente
52:27importante.
52:29Com essas mudanças
52:30também,
52:31vale a pena
52:32o trabalhador
52:32entender
52:33que,
52:34embora o INSS
52:35possa te conceder
52:36um benefício
52:37você trabalhador
52:38tem direito
52:38de revisar
52:40o ato
52:40de concessão
52:41desse benefício.
52:43Em um país
52:44com profundas
52:45desigualdades
52:46como o Brasil,
52:48a longevidade
52:48não é uma conquista
52:50para todos.
52:51Enquanto uma
52:52pequena parcela
52:53da população
52:53envelhece
52:54com saúde
52:55e recursos,
52:56a grande maioria
52:57enfrenta um processo
52:58de envelhecimento
52:59precário
53:00e negligenciado.
53:02Para essas pessoas,
53:03o desafio
53:04não é apenas
53:04a idade,
53:05mas a falta
53:06de acesso
53:07a serviços
53:07e infraestrutura
53:09básica.
53:10Em um país
53:10tão desigual,
53:11a gente sabe
53:12que vai ter
53:12muita gente
53:13que vai envelhecer
53:14e vai envelhecer
53:15mal e vai envelhecer
53:16mal e precocemente
53:17e que chega
53:18aos 58
53:18aos tapas.
53:20Enquanto que
53:21o outro,
53:22que pertence
53:23à bolha
53:23da elite,
53:25vai chegar
53:25aos 90
53:26muito bem,
53:27obrigado.
53:28Para a população,
53:30a imensa maioria,
53:31você precisa
53:33desde o aspecto
53:34físico,
53:36de calçadas
53:37que você ande
53:38com segurança,
53:40de parques
53:41e jardins
53:42que possam
53:43te oferecer
53:44um refresco,
53:45de equipamentos
53:46públicos
53:47onde você possa ir
53:48sem ter que pagar
53:49e se sentir
53:50abraçado,
53:51uma biblioteca,
53:53você quer ler,
53:54mas você não tem
53:55capital para comprar
53:56o livro.
53:56São essas
53:58as necessidades
54:00que uma pessoa
54:01idosa tem
54:01e de ter,
54:03como nós já temos
54:05em várias capitais
54:07ou cidades maiores,
54:08academias ao alívio
54:10em que você
54:10possa exercitar,
54:12mas você precisa
54:13também de
54:14um profissional
54:16de atividade física
54:17que possa
54:19te dizer
54:19ok,
54:21você
54:21pode vir aqui,
54:25mas vamos ver
54:27o que você precisa
54:28para você
54:28não causar
54:30uma injúria,
54:31um trauma.
54:33Então não é só
54:34o equipamento,
54:35é o equipamento
54:36com uma assistência.
54:38Você precisa
54:39de moradias,
54:40de políticos
54:41de moradia,
54:43de possibilidades
54:44adequadas,
54:46você precisa
54:47de cidadania
54:49que seus direitos
54:50sejam respeitados
54:52e nós,
54:54apesar de ter
54:55um estatuto
54:56do idoso
54:57que tem
54:57um cunho legal,
54:59nós não estamos
55:00desenvolvendo
55:01políticas públicas
55:03na mesma proporção
55:06do envelhecimento
55:08populacional
55:08que se dá.
55:10O idoso,
55:11a partir do momento
55:12que ele é protagonista,
55:13ele está gritando
55:14por soluções
55:15diversas,
55:17de prevenção
55:17de doenças,
55:19de ambientes
55:20adaptados,
55:21de uma transição
55:22profissional
55:23e isso agrega
55:24a toda a sociedade,
55:25não só
55:26a esse subgrupo
55:27de pessoas
55:28mais velhas.
55:29E hoje em dia
55:30a gente tem que reconhecer,
55:32ainda mais no nosso país,
55:33que muitas vezes
55:34os idosos
55:35são a rio da família.
55:36Então eles não são
55:37só as pessoas
55:38que são cuidadas,
55:39são as pessoas
55:40que promovem
55:41o bem-estar
55:42econômico
55:43das suas famílias.
55:44E a gente sabe
55:44que todos os ambientes
55:45onde a gente tem
55:46multiplicidade
55:47de vivências,
55:48pessoas de diferentes idades,
55:51pessoas de diferentes
55:52partes da sociedade,
55:55as soluções
55:56compartilhadas
55:58sempre são
55:59muito mais ricas
56:00quando a gente tem
56:01essa diversidade
56:02de pensamentos.
56:10O documento
56:11Jovem Pan
56:12fica por aqui.
56:13Assista a esse
56:14e a outros programas
56:15no canal do YouTube
56:16da Jovem Pan
56:17e no aplicativo Panflix.
56:19Uma ótima noite
56:20para você
56:20e até mais.
56:40Documento Jovem Pan
56:41A opinião
56:44dos nossos comentaristas
56:45não reflete
56:46necessariamente
56:47a opinião
56:48do Grupo Jovem Pan
56:49de Comunicação.
56:54Realização Jovem Pan
56:55do Grupo Jovem Pan
Recomendado
58:09
Seja a primeira pessoa a comentar