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A cúpula da Câmara dos Deputados decidiu dar preferência a um texto alternativo para a chamada PEC da Blindagem, que cria novas regras para investigações contra parlamentares. Reportagem: Victoria Abel.

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Transcrição
00:00A cúpula da Câmara decidiu dar preferência a um texto alternativo à PEC da blindagem.
00:06Confira os detalhes com Vitória Abel.
00:09A cúpula da Câmara dos Deputados, que reúne o presidente da Casa, Hugo Mota, do Republicanos,
00:15e líderes próximos a ele, deixou de lado o texto do relator Lafayette Andrada,
00:20também do Republicanos, sobre a proposta de emenda à Constituição das Prerrogativas,
00:25e deu preferência para um texto alternativo, com previsões mais amplas de imunidade para deputados e senadores.
00:34De acordo com líderes presentes na reunião, o texto ampliado foi apresentado pelo próprio Hugo Mota,
00:40a pedido de um grupo de parlamentares que não foi identificado.
00:44A proposta apresentada e debatida na reunião continha a exigência de dois terços do plenário do Supremo Tribunal Federal
00:52para condenação de parlamentares, a proibição do STF revisar decisões do Congresso,
00:59além da autorização dos plenários da Câmara e do Senado para que qualquer investigação contra deputados e senadores fosse aberta.
01:08O texto do relator Lafayette Andrada previa essa mesma necessidade de autorização dos plenários das Casas,
01:14mas apenas para investigações que envolvessem suspeitas de crimes cometidos no exercício do mandato parlamentar.
01:23A proposta do relator também traz o direito à livre manifestação,
01:27com julgamento de opiniões e palavras, sendo feito apenas pelos conselhos de ética da Câmara ou do Senado.
01:35Líderes de centro avaliam que Hugo Mota queria fazer um gesto para um grupo de deputados
01:39que teria apresentado a alternativa, mas o debate se estendeu mais do que o esperado.
01:46Em meio à discussão, Lafayette teria cogitado deixar a relatoria da proposta.
01:51Porém, uma nova reunião sobre o tema deve ser marcada na semana que vem.
01:56Após a repercussão negativa do tema, parlamentares começaram a se posicionar contra a proposta,
02:02como o presidente do MDB, Baleia Rossi, que disse ser contra qualquer mudança no foro privilegiado.
02:08O líder do PL, Sostenes Cavalcante, disse não ser contra a discussão da matéria,
02:14mas que o partido não será mais protagonista do assunto, apenas coadjuvante.
02:20De Brasília, Vitória Abel.
02:23Vamos conversar mais uma vez aqui com os nossos comentaristas.
02:26Túlio, vou chamar você dessa vez.
02:28Havia, então, portanto, a expectativa de que o texto fosse votado esta semana na casa,
02:33não houve consenso entre os deputados,
02:35e isso mesmo depois de várias reuniões ao longo do dia.
02:40Qual a expectativa para agora, na sua avaliação, a clima ainda para essa pauta ser votada?
02:47Olha, Soraya, a situação ficou um pouco mais complicada e difícil do que se apresentava de início.
02:53Na verdade, Otto von Bismarck já falava que a política é a arte do possível.
02:57O que acontece nesse cenário?
02:59É evidente que o Congresso Nacional está querendo se blindar em relação às pressões que sofre do Supremo Tribunal Federal.
03:07E isso é bom para a República. Por quê?
03:09Num sistema de freios e contrapesos, os poderes têm que ser harmônicos e independentes entre si.
03:15Então é evidente que o Congresso Nacional, sempre com a faca no pescoço pelo Supremo,
03:19em relação às investigações que correm no Supremo Tribunal Federal,
03:22também em relação àquele processo das emendas parlamentares,
03:25os parlamentares devem ter a sua autonomia assegurada em relação ao Supremo Tribunal Federal.
03:31É bom essa oxigenação para que os parlamentares tenham aí garantido a sua imunidade,
03:36garantido o seu direito de fala, de expressão.
03:39Agora, o problema é que o diabo mora nos detalhes.
03:42Essa medida foi iniciada exatamente para não se colocar em pauta outras duas medidas,
03:48essas sim muito mais polêmicas, e que acirrariam o confronto com o Supremo Tribunal Federal.
03:53Quais sejam? O PL da anistia e a reforma do judiciário do STF.
03:58Então essa medida seria uma terceira via, uma via mais light,
04:02aquela que menos incomodaria o Supremo Tribunal Federal.
04:05Mas mesmo assim, ainda com a medida mais light, as pressões voltaram,
04:10o Supremo Tribunal Federal não está nem um pouco feliz com essa pauta,
04:13e por essa razão existe aí agora um obstáculo a ser enfrentado,
04:18e eu não sei se o Congresso vai conseguir superar, Soraya.
04:21Jesualdo Almeida, é um sintoma de que não há autocontenção dos poderes?
04:27Os poderes estão fora do seu quadrado mesmo, Jesualdo?
04:32Marcelo, também, mas também é uma forma de proteção no próprio parlamentar.
04:37É uma defesa em causa própria, é o corporativismo a não mais poder.
04:41Vamos lembrar que no passado, e a Constituição de 88 é quem dá esse foro privilegiado aos parlamentares,
04:47no passado o Supremo foi quase que um escudo de impunidade.
04:52Dificilmente um congressista era julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
04:55A partir do mensal, isso muda significativamente,
04:58e agora existe exatamente a preocupação com o Supremo.
05:01Portanto, querem tirar do Supremo a competência para julgamento desses parlamentares.
05:05Essa criação de um autocontrole, de um controle interno,
05:10que a própria Casa deveria controlar o ato dos seus parlamentares,
05:14isso também é nefasto.
05:16Afora o corporativismo, que nós sabemos que o Congresso já tem,
05:19é da essência que um poder controla o outro.
05:23E vamos lembrar que o próprio Congresso não se controla.
05:26Lembram do Chiquinho Brasão?
05:27Aquele que é acusado e tem mandado matar a Marielle no Rio de Janeiro?
05:31Ele não foi caçado pelo Congresso.
05:33Ele foi, ele saiu por conta das faltas que ele teve.
05:36Seu julgamento até hoje não foi pautado.
05:39Portanto, não me parece o melhor dos cenários.
05:41Pelo contrário, longe disso, que o Congresso controla a si próprio.
05:45Entretanto, temos que diferenciar a imunidade em dois grandes grupos.
05:49A imunidade material, a inviolabilidade dos parlamentares
05:53por suas opiniões, por suas expressões, por suas manifestações.
05:57Essa tem que ser assegurada.
05:59Essa é a base do Estado Democrático de Direito.
06:02Mas não a imunidade processual para crimes comuns.
06:06Eles devem ser julgados como qualquer um,
06:08sem necessidade de autorização do Congresso.
06:11Eu não preciso de autorização do Congresso para que aí eu seja processado,
06:14porque um parlamentar tem de ter.
06:17Temos de fazer, então, essa distinção.
06:18Proteger o Congresso naquilo que é a missão dele.
06:21Expor ideias, debates.
06:23Isso tem imunidade.
06:24Mas não como salvaguarda para a prática de crimes comuns.
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