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A GWM inaugurou sua primeira fábrica nas Américas, em Iracemápolis, São Paulo, e anunciou também seu primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento na América Latina. A planta já emprega 600 trabalhadores, produz três modelos e tem capacidade para 50 mil veículos por ano. Diego Fernandes, chefe de operações da GWM Brasil, detalhou planos de nacionalização, expansão e inovação.

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Transcrição
00:00A chinesa GWM acaba de inaugurar a sua primeira fábrica nas Américas em Iracemápolis, no interior de São Paulo.
00:08A montadora também anunciou a instalação do primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento da marca na América Latina.
00:15A planta já emprega 600 trabalhadores e deve chegar a mais de mil postos diretos até o fim do ano.
00:21A operação começa com 18 fornecedores brasileiros e já está produzindo três modelos diferentes.
00:27Com área total de mais de 1 bilhão de metros quadrados, a unidade da GWM no Brasil possui capacidade para produzir 50 mil veículos por ano.
00:38O objetivo é investir 10 bilhões de reais até 2032.
00:43Sobre esse assunto, eu recebo aqui no estúdio o chefe de operações da GWM Brasil, Diego Fernandes.
00:49Tudo bem, Diego? Boa tarde.
00:50Boa tarde, Fábio. Boa tarde.
00:52Obrigado pela sua presença aqui.
00:53Diego, antes de mais nada, por que a GWM escolheu o Brasil como porta de entrada da marca para a América Latina?
01:01Muito bem. O Brasil é um mercado extremamente relevante dentro do setor automotivo.
01:04É o oitavo maior mercado e tem um potencial para muito mais do que isso, como já foi no passado.
01:09Atualmente, o número de vendas no Brasil está em torno de 2,6 milhões de unidades, ou seja, é um volume bastante representativo.
01:16E o Brasil, na verdade, é um hub para as operações da GWM na América Latina, ou seja, a gente tem uma possibilidade de atender o mercado brasileiro e também exportar para todos os outros países.
01:26Esse é o objetivo da GWM no Brasil.
01:29Vocês estão vislumbrando um mix entre importação de veículo pronto e produção 100% aqui no Brasil?
01:35Como é que isso vai ficar composto ao longo dos anos?
01:37Está certo. Bom, nós iniciamos a produção agora, na última sexta-feira, como você comentou, três produtos.
01:44A gente tem a linha Rava, OH6, H9 e também uma picape.
01:47Mas o nosso lineup é composto de outros modelos também.
01:50Esses outros modelos continuam sendo importados.
01:52Então, o nosso lineup é misto, ou seja, produção local e também veículos importados.
01:58E não há um plano nesse momento para ir além dos três modelos a serem fabricados no Brasil?
02:03Sim, a nossa intenção é que, com o passar do tempo, outros modelos possam ser incorporados à linha de produção no Brasil.
02:10Mas como o lineup acaba sendo muito extenso e a gente tem veículos de mais alto valor e ainda mais tecnologia,
02:16a gente importa parte do lineup ainda da China.
02:19Como é que vocês estão vendo essa discussão que está se travando no mercado automobilístico brasileiro,
02:24envolvendo, inclusive, aumento progressivo de imposto de importação para veículos híbridos e elétricos?
02:30Como é que a empresa se posiciona? Ela que importa, vai continuar importando, mas também vai fabricar aqui, né?
02:35Sim, sim. Sem dúvida alguma, para que você possa ter competitividade, você precisa produzir localmente.
02:41Isso, sem dúvida, foi um fato importante para que nós decidíssemos o início da operação da fábrica no Brasil.
02:49Mas, como eu disse, parte do lineup ainda precisa ser importado.
02:52Mas, com o objetivo da produção local, é a gente poder oferecer aos clientes a mesma tecnologia,
02:59a mesma qualidade, mas com um preço acessível, dentro daquilo que é possível, dentro daquilo que o mercado demanda.
03:06E isso, a produção nacional contribui muito.
03:09Até que ponto esse aumento progressivo no imposto pode prejudicar a competitividade dos modelos importados de vocês?
03:16Na verdade, Fábio, a gente já vem numa linha de aumento progressivo desde janeiro do ano passado.
03:23Em julho, agora, primeiro de julho, teve uma nova etapa.
03:26E no ano que vem tem a última etapa, chegando a 35% do imposto de importação.
03:30Então, a gente já vem trabalhando com diferentes estratégias dentro desse cenário pré-estabelecido.
03:35Ou seja, a gente pode se planejar ao longo do tempo para cada uma dessas etapas.
03:40Sem dúvida alguma, a taxa atual de 28% já é bastante elevada.
03:44Base partiu do zero, na verdade, vai chegar aos 35%.
03:48Então, a gente já foi acomodando os nossos volumes dentro de cada um desses períodos de importação.
03:53E, como eu comentei, a chegada da fábrica com o início da produção faz com que grande parte do nosso volume de venda seja nacionalizado.
04:02Então, quando eu falo que tem alguns produtos que ainda são importados, são produtos de volume bastante reduzido.
04:07Então, como você bem comentou, a nossa fábrica já inicia com a capacidade de produção de 50 mil unidades.
04:13O nosso objetivo de vendas agora para 2024 é de 40 mil unidades.
04:17Ou seja, a gente já tem uma capacidade de produção que atende perfeitamente o volume de vendas de 2024, naturalmente, de 2025.
04:25Naturalmente, o nosso objetivo de vendas para 2026 é maior, mas, ainda assim, a fábrica, complementada pelos modelos importados,
04:32atende perfeitamente bem a sequação que diminui o impacto do imposto.
04:37Por que a escolha de Iracemápolis?
04:39Iracemápolis, no interior de São Paulo, na verdade, a fábrica da JWM foi adquirida.
04:45A gente, na verdade, adquiriu essa fábrica da Mercedes, que iniciou as operações no Brasil e acabou fechando a fábrica.
04:51Em 2021, a JWM adquiriu essa fábrica.
04:53O estado de São Paulo nos facilita muito pelo fato de boa parte dos nossos consumidores serem da região sudeste.
05:01Então, isso também facilita bastante a logística.
05:04Boa parte dos fornecedores também serem estabelecidos nessa região.
05:08E isso é um ponto bastante importante.
05:10A gente já iniciou a fábrica com 18 fornecedores.
05:13Então, alguns componentes do nosso produto já são produtos nacionais.
05:17E a gente vai seguir nessa nacionalização, na localização de componentes.
05:21Então, o parque de fornecedores no estado de São Paulo também é bastante interessante.
05:25Foi um fator fundamental para essa decisão.
05:27Queria que você falasse um pouco para a gente desse centro de pesquisa também que vocês estão abrindo aqui.
05:32Como é que ele vai funcionar? Qual o propósito dele?
05:35O centro de pesquisa e desenvolvimento, os nossos carros não são simples, até hoje, os carros que eram até então importados,
05:41eles não são simplesmente veículos como eles estão no seu mercado de origem, na fábrica, que são trazidos pelo Brasil.
05:48Diversas adaptações, tanto de design, mas principalmente técnicas,
05:51para que elas possam se adequar às necessidades do brasileiro, na sua condução e também às diferentes condições de piso que temos no Brasil,
05:59já são aplicadas nesse produto.
06:01Mas com o centro de pesquisa e desenvolvimento, a GWM vai ser habilitada ou capacitada para ir ainda mais fundo nesse sentido.
06:08Para que a gente possa desenvolver produtos que tenham cada vez mais características
06:13e respondam às demandas do consumidor brasileiro.
06:15Então, isso é essencial para que a gente possa acelerar e surpreender os nossos clientes com produtos ainda mais brasileiros.
06:24Como é que vocês enxergam o potencial do mercado brasileiro para os carros elétricos e híbridos?
06:30O mercado brasileiro, para nós, vem respondendo bastante bem.
06:34O ano passado foi o segundo ano de operação.
06:36Em 2023, foram 13 mil veículos vendidos pela GWM.
06:40Em 2024, 29 mil e esse ano, 35, 40 mil veículos vão ser comercializados.
06:47Se a gente considerar o mês de julho, foram 4 mil veículos emplacados pela GWM.
06:51Ou seja, e todos esses veículos eletrificados, ou puro elétrico, ou veículos híbridos convencionais ou híbridos plug-in.
06:59Ou seja, o consumidor brasileiro já está se adaptando a essa questão de eletrificação
07:06e para alguns consumidores isso já passou a ser necessidade.
07:09Por que eu falo que já passou a necessidade?
07:11Porque nesses dois anos e meio de operação, a gente já tem clientes que estão comprando o seu segundo,
07:16o seu terceiro automóvel e eles dizem que não conseguem voltar para trás.
07:20Ou seja, eles não conseguem mais possuir um veículo que não seja minimamente eletrificado como um veículo híbrido.
07:26Então, ainda tem bastante espaço para crescer.
07:30Eu acho que principalmente para os híbridos plug-in e para os veículos elétricos,
07:33a gente tem uma questão de estrutura, de infraestrutura necessária,
07:36porque você precisa de um abastecimento, ou seja, plugar na energia.
07:41Mas os veículos híbridos, eu acho que já são muito conhecidos pelos brasileiros.
07:46E tem um ponto bastante importante também, que a GWM inclusive está presente nisso,
07:51são os híbridos flex.
07:53Então, a partir do ano que vem, a gente já vai ter híbrido flex produzido no Brasil pela GWM.
07:58Tá certo.
08:00Diego Fernandes, chefe de operações da GWM Brasil.
08:03Muito obrigado, Diego, pela sua participação aqui.
08:05Bons negócios para vocês.
08:07Obrigado, Fábio.
08:08Obrigado.
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