Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Carlos Braga, presidente da Jervois Brasil, explicou no Real Time como a refinaria de níquel de São Miguel Paulista, em São Paulo, foi incluída pela União Europeia como ativo estratégico para a transição energética. Ele detalhou o papel do níquel na produção de baterias e a importância da operação para o Brasil e o mercado global.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00A refinaria de níquel de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo,
00:04construída nos anos 80 e controlada pela australiana Gervoá,
00:08foi incluída pela União Europeia como ativo estratégico para reduzir a dependência da China.
00:14A gente vai conversar sobre esse projeto com o Carlos Braga, que é presidente da Gervoá Brasil.
00:19Bom dia para você, Carlos. Seja muito bem-vindo ao Real Time.
00:22Bom dia, Marcelo. Obrigado pela oportunidade. Obrigado pela Times pela oportunidade.
00:26Bom, Carlos, o níquel sempre foi um produto muito usado na indústria,
00:30mas recentemente, nos últimos anos, ele ganhou outra dimensão por causa da produção de energia limpa.
00:36Eu queria que você detalhasse para a gente esse uso e explicasse se é por isso que a Europa passou a considerar vocês como um ativo estratégico.
00:44Sem dúvida, sem dúvida, Marcelo.
00:46O níquel sempre foi utilizado, muito importante, na indústria de aço inoxidável,
00:51que também é uma indústria, vamos dizer, limpa, porque você transforma o aço em um produto com uma oxidação
00:58que demora mais tempo para ser transformado.
01:01Então, ele tem uma durabilidade, em média, três vezes maior.
01:05Mas, especificamente, o níquel tem um uso muito importante nas baterias,
01:10nas baterias que são agora bastante utilizadas aí na eletrificação, nos carros elétricos
01:15e também na uso para acúmulo de energia nas energias renováveis.
01:22Então, a demanda por níquel, o grande driver hoje do consumo dos próximos cinco, dez anos,
01:29vai ser realmente a transição energética.
01:33E de que maneira? Atende a que tipo de indústria especificamente?
01:36Especificamente para a produção das baterias.
01:39Então, os carros elétricos são uma realidade.
01:44A transição energética não é mais uma questão de se irá acontecer ou não.
01:48Ela vem acontecendo e só há um caminho, que é a intensificação.
01:52E a produção de baterias, hoje você tem algumas tecnologias,
01:56algumas que até não usam níquel ou cobalto ou próprio lítio,
01:59mas muitas delas usam e vai ter a necessidade muito grande
02:04dessa utilização de níquel para as baterias.
02:07Então, não somente o aço inoxidável e os aços especiais
02:11continuam com um crescimento importante,
02:14mas também as baterias vão requerer cada vez mais
02:16a necessidade de produção e de consumo de níquel para a sua fabricação.
02:23Carlos, e como é que são as reservas de níquel aqui no Brasil
02:26comparadas com o resto do mundo?
02:27A gente tem bastante níquel aqui?
02:29Nós temos algumas reservas importantes,
02:32temos algumas dificuldades, obviamente, para o desenvolvimento dessas reservas.
02:37Temos algumas operações hoje produzindo o níquel, o ferro níquel,
02:42que é utilizado especificamente para o aço inoxidável,
02:46não tanto para as baterias ainda, mas é uma fonte de níquel.
02:50E existem oportunidades, sim, bastante importantes
02:53para o desenvolvimento de mineração de níquel no Brasil.
02:57Mas se a gente comparar com outros países, a gente está em um papel de relevância no níquel?
03:02Sim, temos alguma relevância, sim.
03:04Estamos aí com, em termos de reservas agora, não vou lembrar o número correto,
03:07mas estamos ali entre os 5 ou 10 maiores em termos de reserva mineral de níquel.
03:13E quando a gente fala de capacidade de refino?
03:17Capacidade de refino, vamos lá, você tem algumas tecnologias.
03:22Como eu falei, hoje no Brasil se produz o ferro níquel,
03:25que é um produto intermediário, não é o níquel puro,
03:28e você não tem outra produção, outro tipo de produção no Brasil.
03:33A GEVOA, a nossa planta lá em São Miguel,
03:35ela produzia no passado e a gente vai voltar a operar,
03:38produzindo o níquel metálico, o níquel puro.
03:40Essa produção não existe no Brasil, na verdade, nem na América Latina, nem nos Estados Unidos.
03:45Para você encontrar níquel metálico, grau 99,9% de pureza,
03:51é no Canadá ou então Europa e Ásia.
03:54Então, hoje no Brasil não tem, a gente vai voltar a produzir esse material aqui no Brasil.
03:59Queria que você falasse um pouco sobre a GEVOA,
04:01como é que ela está posicionada no mercado, os planos de expansão da empresa.
04:05Claro, claro.
04:06A GEVOA é uma empresa originalmente australiana,
04:10nós passamos por uma reestruturação aí em meados do ano passado.
04:13Hoje somos controlados 100% por um fundo de investimento americano.
04:19E a gente tem hoje já em operação uma refinaria de cobalto na Finlândia,
04:25que é a maior refinaria de cobalto fora da Ásia, fora da China, no mundo.
04:30Então, estamos bem posicionados na produção de cobalto,
04:33que também é um material crítico para a transição energética,
04:36entre outras aplicações.
04:40E o foco da GEVOA, então, é a produção das commodities,
04:43que são os minerais ou os materiais críticos para a transição energética,
04:47de uma forma sustentável e confiável.
04:51Ou seja, nós temos hoje uma questão bastante importante na transição energética,
04:56da produção dos minerais críticos,
04:58que atenda às questões de ESG, que se fala muito.
05:03Mas, realmente, o que significa?
05:05Significa fazer isso de forma sustentável, de forma confiável,
05:09de uma forma que respeite direitos humanos,
05:12que respeite a sustentabilidade em geral.
05:16A GEVOA tem como objetivo seguir esse padrão
05:19e focar nesses materiais críticos.
05:22Nós, então, já temos a operação de cobalto na Finlândia.
05:25Aqui no Brasil, a refinaria de São Miguel vai produzir o níquel metálico
05:30e também um pouco de cobalto.
05:32E temos aí planos de olhar outras, talvez até outras commodities,
05:36outras expansões.
05:37A nossa planta aqui em São Miguel,
05:39inicialmente, é para produzir 12 mil toneladas por ano de níquel
05:43e 2 mil toneladas de cobalto.
05:45A capacidade original da planta era 25 mil toneladas.
05:49A gente tem, na perspectiva aqui, fazer uma expansão,
05:52numa segunda etapa, para buscar aí essa capacidade nominal
05:57que existia anteriormente.
06:00E também queremos olhar oportunidades de integração e verticalização
06:05dessa operação no Brasil.
06:07E quantos empregos vocês geram hoje?
06:09A ideia...
06:10Hoje estamos aí na fase de engenharia,
06:13mas a ideia é, na fase de operação que deve entrar...
06:16Nós estamos querendo aí, nos próximos meses,
06:19ter a aprovação final do board para a retomada da reforma.
06:25É uma reforma que leva um certo tempo, um ano, um ano e meio.
06:28Depois, na entrada em operação, a ideia é gerar aí 450 empregos diretos
06:33e mais alguns indiretos aí, tendo algumas metodologias aí,
06:37talvez 1.300 a 1.500 empregos indiretos.
06:39Não é tão comum a gente ver uma planta de refino desse porte
06:43dentro de São Paulo, né?
06:44Por que vocês resolveram continuar em São Paulo?
06:47Veja bem, a planta já existia dentro de São Paulo
06:49e ela foi construída nos anos 80,
06:51onde realmente não era exatamente dentro de São Paulo.
06:55A região foi crescendo no passado
06:57e já existiam outras operações, plantas químicas naquela região.
07:03A empresa que tinha essa, que construiu essa planta nos anos 80,
07:06na verdade, ela construiu porque existia uma mina de cobalto,
07:09uma mina de níquel, perdão, em Goiás
07:11e o refino não seria possível fazer lá em Goiás
07:15porque não existia acesso à energia elétrica.
07:18E aí, nos anos 80, foi feita essa planta aqui em São Paulo,
07:22onde essa empresa já tinha uma outra operação,
07:25uma planta química nessa região e tinha acesso à energia elétrica.
07:29Hoje, para você levar essa planta para outro lugar,
07:33os custos são inviáveis, né?
07:35E é uma operação, é uma planta, é uma região industrial.
07:38A comunidade, a sociedade local foi desenvolvida
07:42em função dessas plantas industriais que já existiam lá
07:44e a gente segue todos os parâmetros, todos os padrões
07:48e com certeza vai ser um convívio, como era no passado,
07:52bastante harmonioso e muito respeitoso.
07:55Carlos, quando a gente fala de guerra comercial,
07:57muitos setores da economia apreensivos, né?
07:59Com cenários de incertezas aí,
08:00como é que está o comércio internacional de níquel?
08:04Vocês têm intenção de exportar, têm facilidade para exportar?
08:07Como é que está a situação?
08:09Nós vamos produzir cerca de 12 mil toneladas por ano,
08:12o consumo nacional é em torno de 5 a 6 mil,
08:16talvez 7 mil, depende um pouco do ano.
08:18Então, com certeza, nós teremos que exportar esse material.
08:21Existe hoje um comércio bastante difundido desse metal,
08:30existe um consumo grande, tanto nos Estados Unidos, Europa e Ásia,
08:33como também tem muita produção na Ásia e na Europa,
08:36não tanto nos Estados Unidos.
08:38Nós estamos olhando, quando a gente faz um investimento desse,
08:41um investimento de mais de 400 milhões de reais,
08:44obviamente não se olha com uma perspectiva de 3, 4, 5 anos,
08:48tem que se olhar para uma perspectiva de 20, 30 anos no mínimo.
08:52Então, quando a gente olha nessa perspectiva,
08:55a gente não tem dúvida que o cenário global de comércio,
09:00ele vai cada vez mais ter necessidade desses materiais
09:04e a gente vai sim exportar esse material.
09:07O níquel hoje é negociado na Bolsa de Metais de Londres,
09:11então o preço é negociado diariamente por lá.
09:14Nós, no passado, antigamente a empresa era associada à Bolsa de Londres,
09:20a gente tem ainda a marca registrada lá na Bolsa de Londres
09:23e vai voltar a fazer todas as qualificações e certificações
09:26para continuar sendo negociado na Bolsa de Londres.
09:29Carlos Braga, presidente da Gervoar Brasil,
09:31muito obrigado pela sua participação hoje aqui no Real Time.
09:34Bom dia.
09:35Obrigado. Eu que agradeço, Marcelo e Times.
09:37Obrigado.
09:38Obrigado.
09:39Obrigado.
09:40Obrigado.
09:41Obrigado.
09:42Obrigado.
09:43Obrigado.
09:44Obrigado.
09:45Obrigado.
09:46Obrigado.
09:47Obrigado.
09:48Obrigado.
09:49Obrigado.
09:50Obrigado.
09:51Obrigado.
09:52Obrigado.
09:53Obrigado.
09:54Obrigado.
09:55Obrigado.
09:56Obrigado.
09:57Obrigado.
09:58Obrigado.
09:59Obrigado.
10:00Obrigado.
10:01Obrigado.
10:02Obrigado.
10:03Obrigado.
10:04Obrigado.
10:05Obrigado.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado