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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o impacto das novas tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros será limitado, mas exige atenção. Em discurso no Itamaraty, garantiu apoio a setores vulneráveis, como a fruticultura, defendeu a manutenção do Pix gratuito e público, e disse que o Brasil terá o sistema tributário mais moderno do mundo. Haddad também reforçou a defesa da soberania nacional diante de pressões externas.

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00:00Vamos agora com imagens ao vivo do Palácio do Itamaraty, em Brasília, onde Fernando Haddad participa da abertura da reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Social Sustentável, um colegiado que reúne ministros, empresários e ativistas. Vamos acompanhar um pedacinho da fala do ministro.
00:16... na casa de 2% do PIB, mas lembrando, Janja, uma coisa que eu sei que é cara a você e ao presidente, que nós não estamos fazendo ajuste fiscal no lombo dos mais pobres, no lombo do trabalhador.
00:32Nós estamos preservando a saúde, os investimentos em educação, os investimentos em assistência, os investimentos em infraestrutura, que retomaram depois de anos de estagnação.
00:46... e no nosso conceito, sei que isso é comum ao vice-presidente Albuy, à ministra Tebbit e a mim, a qualidade, a qualidade do ajuste fiscal é tão importante quanto o seu sentido.
01:04Você garantir que as pessoas comam, trabalhem, invistam, é muito importante para sinalizar o futuro que nós pretendemos.
01:14... a questão do nosso comércio exterior.
01:18Eu lembro aqui, depois da fala, das falas sobre o tarifaço, as exportações para os Estados Unidos, presidente, já representaram 25% das nossas exportações.
01:30Graças à política que o senhor inaugurou ainda em 2003, de abrir os mercados para os produtos brasileiros, elas representam 12%.
01:40Desses 12%, 4% são afetados pelo tarifaço.
01:46E dos 4%, vice-presidente Alckmin, mais de 2% terá naturalmente outra destinação, porque são commodities com preço internacional, commodities que vão encontrar o seu destino no curto ou no médio prazo.
02:03Então, nós, sim, governador Rafael Fonteles, estamos atentos, porque não é porque 2%, 1,5% das exportações serão afetadas, que nós vamos baixar a guarda.
02:18Porque nós sabemos que há, nesse 1,5%, setores muito vulneráveis, setores que geram muito emprego, como é o caso da fruticultura, setores que exigem, da nossa parte, uma atenção especial que vai ser dada.
02:35O presidente dispõe dos instrumentos necessários que vão ser utilizados para socorrer essas famílias prejudicadas com uma agressão que já foi chamada de injusta, de indevida, de não condizente com os 200 anos de relação fraterna que nos ligam ao povo dos Estados Unidos.
02:57Podia falar também dos recordes de investimentos, tanto da indústria, quanto em infraestrutura, que está vivendo o seu melhor momento em 15 anos.
03:09Então, nós temos que olhar para tudo isso, em meio a essa situação geopolítica que nós estamos vivendo, nós temos que olhar para tudo isso com otimismo,
03:20até porque, sem otimismo, eu não aconselho alguém a assumir o Ministério da Fazenda do Brasil.
03:26Tem que ser muito otimista e tem que servir a um presidente apaixonado por esse país e que sabe que o seu destino é um destino grandioso.
03:42Eu queria, na minha fala, fazer menção a algumas coisas muito importantes.
03:47Primeiro, ao papel desse Conselho na reforma do crédito.
03:51Esse Conselho tem uma visão voltada para a questão do crédito desde 2023.
03:59E nós já tivemos aqui, presidente, programas como o Desenrola, as quatro linhas de crédito do Acredita, uma das quais ainda estamos devendo,
04:09a questão do crédito trabalhador, que em poucos meses bateu 50% do antigo crédito consignado do setor privado,
04:19que tem 20 anos de existência.
04:22Em cinco meses, nós atingimos 50% de 20 anos de crédito consignado do setor privado.
04:29A questão do marco de garantias, que também recebeu de vários dos senhores e das senhoras apoio no Congresso Nacional.
04:36E quero dizer, presidente, muito importante o senhor saber,
04:40de todas as sugestões desse Conselho no âmbito do crédito,
04:47a Secretaria de Reformas Econômicas, liderada pelo nosso Marcos Pinto,
04:52já traduziu a maior parte dessas medidas em projetos de lei.
04:58Então, há cinco projetos de lei que já tratam de parte dessas 40 medidas que exigem mudança legislativa.
05:06Algumas dessas propostas estão em tramitação desde o final de 2023, com o apoio desse Conselho.
05:15Então, um alô para o seu deputado, para o seu senador,
05:19para que esses projetos ganhem prioridade na pauta legislativa do segundo semestre,
05:23vai nos permitir entregar ainda esse ano uma agenda completa do crédito,
05:29que vai trazer redução de spread muito significativamente,
05:33maior concorrência entre os bancos, reduzindo, a partir da concorrência,
05:38reduzindo os spreads, eu penso que é um caminho muito importante.
05:43Lembrando que o trabalho do Dataprev, do ministro Marinho, no crédito do trabalhador,
05:49permitiu criar no Brasil o maior marketplace de crédito do mundo.
05:54Isso dito por CEOs de bancos estrangeiros que conheceram o trabalho do ministro Marinho
06:03e celebraram essa iniciativa de oferecer essa plataforma para o trabalhador brasileiro.
06:11Eu queria falar de outros dois temas que estão associados.
06:17A reforma tributária e a transformação digital do nosso país.
06:22O Brasil é um país digital, presidente.
06:25Não é por outra razão que nós temos o melhor sistema eleitoral do mundo,
06:31não é por outra razão que nós temos os melhores serviços bancários do mundo,
06:36não é por outra razão que nós teremos, e acreditem,
06:41o melhor sistema tributário do mundo a partir da reforma tributária.
06:45Eu vou dar a vocês uma pequena mostra do que vai ser o sistema tributário brasileiro
06:56a partir da aprovação da emenda constitucional.
07:00Nós temos, com a presença de alguns dos senhores e das senhoras,
07:0430 grupos de trabalho regulamentando,
07:06na regulamentação da reforma tributária,
07:12com 90 servidores da Receita Federal, 100% dedicados a isso.
07:17São mais de 32 grupos de trabalho no desenvolvimento e implantação do sistema de TI,
07:23sendo 150 da Receita e 200 do CERPRO.
07:27Nós temos 200 entidades representativas de setores econômicos
07:32dialogando cooperativamente com todos os GTs da Fazenda Nacional.
07:39Nós temos 250 representantes dessas entidades,
07:43essa semana em Brasília, participando do fórum.
07:471 bilhão e 600 milhões de reais já foram investidos no CERPRO
07:53apenas para criar o sistema virtual da reforma tributária.
07:59Agora, para que vocês tenham uma ideia da dimensão,
08:02o sistema da reforma tributária,
08:05ele será 156 vezes maior do que todo o PIX do país.
08:12156 vezes maior.
08:14Em volume de informação,
08:17com mais de 70 bilhões de documentos processados anualmente.
08:20O sistema será 11 vezes maior que o atual sistema da Receita Federal
08:26dedicado às notas fiscais eletrônicas.
08:30Nós vamos notar o primeiro sistema tributário digital do mundo,
08:34assim como nós temos a primeira moeda soberana digital do mundo.
08:39Não estamos falando de cripto,
08:40nós estamos falando de PIX.
08:42É a moeda digital cuja tecnologia está chamando a atenção de vários países do mundo.
08:51Uma tecnologia nacional desenvolvida pelo Estado brasileiro,
08:55pelo nosso Banco Central,
08:57há muitos anos já,
08:59e que ganhou uma maturidade que hoje incomoda.
09:02Mas é uma tecnologia soberana brasileira,
09:04que está sendo aceita, inclusive já,
09:08em países vizinhos, como é o caso da Argentina,
09:10em países europeus, como é o caso da França.
09:13E nós não podemos nem sonhar, nem pensar, nem imaginar,
09:17em privatizar algo que não tem custo para o cidadão.
09:22Não tem custo.
09:23Então, imaginar que nós vamos ceder a pressão de multinacionais
09:31que estão se incomodando com uma tecnologia,
09:34eles ganharam por décadas dinheiro com uma tecnologia que eles desenvolveram.
09:38E ninguém se incomodou com isso,
09:40porque garantiu bem-estar para muita gente usar um cartão de crédito.
09:44Agora, por que nós temos agora uma tecnologia gratuita,
09:47que atende o cidadão a custo zero,
09:49uma moeda digital no sentido pleno da palavra?
09:52É melhor do que usar o papel moeda.
09:54Você vai afrontar a modernidade que traz bem-estar para toda a população,
10:00bancariza pessoas que nunca passaram em uma agência bancária.
10:03Isso está completamente fora de cogitação.
10:08A outra coisa, e para encerrar,
10:11é o documento que nos foi entregue sobre transformação ecológica.
10:15Eu falei de crédito, que foi um dos documentos,
10:17quero dizer que foi endereçado para o Congresso Nacional.
10:20A regulamentação será feita pela Fazenda Nacional ou pelo Conselho Monetário Nacional.
10:27Mas, na questão da transformação ecológica,
10:30é outro caminho de aproximar o Brasil dos grandes blocos econômicos.
10:35Nós temos o melhor vento do mundo,
10:38o melhor sol do mundo para produzir energia limpa.
10:42São dados técnicos.
10:43Não é porque nós somos brasileiros que a gente está elogiando o sol e o vento.
10:47Nós estamos elogiando porque, tecnicamente, é onde se produz a energia limpa mais barata.
10:52Aqui.
10:53O mundo precisa de energia barata por tudo,
10:56mas também por conta da economia digital.
10:59A economia digital é altamente demandante de energia.
11:03E as grandes empresas tecnológicas estão em busca de provimento de energia limpa.
11:10Nós queremos fazer parcerias.
11:12Não é só com a China, é com a Europa.
11:14O presidente tem dedicado grande parte da sua agenda ao acordo União Europeia-Mercosul.
11:20Nós não estamos olhando só para a Ásia, nem só para os BRICS.
11:23Nós estamos olhando para o mundo todo, porque o Brasil não cabe no quintal de ninguém.
11:27O Brasil é grande demais para ser colônia, satélite de quem quer que seja.
11:32E nós temos na transformação ecológica, falei de energia, mas falo também de minerais críticos,
11:43condição de atrair investimentos para cá.
11:46Nós precisamos de tecnologia para não ser meramente exportadores de commodities, como é o caso do ferro.
11:53Mas do ferro fizemos o aço.
11:55Por que não dos minerais críticos, das terras raras, fazer aquilo que a economia moderna exige,
12:02mas fazer aqui, ao invés de exportar granel, vamos produzir baterias eficientes aqui,
12:08vamos produzir painéis solares aqui, vamos produzir para a energia eólica,
12:15todos os instrumentos necessários.
12:17Nós temos condição e queremos fazer parcerias com todos os países, o que inclui os Estados Unidos da América.
12:25Nós passamos os últimos dois anos da administração Biden,
12:29sob o comando do presidente Lula, eu, com a Janet Yellen, secretária do Tesouro,
12:34negociando mais investimentos dos Estados Unidos no Brasil, e não menos.
12:40Mais presença dos Estados Unidos no Brasil, e não menos.
12:45Então, esse diálogo, ele tem que se estabelecer em outro nível.
12:49Nós somos um país amigo do mundo.
12:51Nós somos um país parceiro de todos os países representados nas Nações Unidas.
12:57Nós queremos mais parceria, e nós não vamos cair na armadilha de imaginar que um governo,
13:04que, por desinformação, está tomando medidas agressivas em relação ao Brasil,
13:09essa não é a história da parceria do Brasil com os Estados Unidos.
13:12Nós temos que buscar parcerias concretas, com benefícios mútuos,
13:17e são várias as oportunidades de cooperação que estão na mesa.
13:22E não estão hoje, em função do tarifácio.
13:26Estão desde que o presidente Lula tomou posse.
13:28Então, nós vamos continuar acreditando no multilateralismo, na democracia,
13:34e vamos continuar defendendo, como sempre, a soberania nacional.
13:38Muito obrigado.
13:38O discurso, então, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
13:44que deu várias sinalizações importantes para o mercado,
13:47nesses momentos que a gente vive de tensão,
13:51esperando a entrada em vigor das tarifas de 50% dos Estados Unidos.
13:55Ele sinalizou, por exemplo, a ajuda a produtores de frutas que exportam para os Estados Unidos.
14:01Disse que o Brasil vai ter o melhor sistema tributário do mundo
14:04quando a reforma tributária, que foi aprovada no ano passado, começar a vigorar.
14:09Isso vai acontecer gradualmente a partir de 2026.
14:12Disse também que não vai ceder à pressão internacional para privatizar o PIX.
14:17Disse que o PIX continuará grátis e elogiou também a tecnologia,
14:20dizendo que é um exemplo para o mundo.
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