Donald Trump anunciou um acordo com o Japão, reduzindo tarifas de 25% para 15%. O pacto inclui investimentos japoneses de US$ 550 bilhões nos EUA e tarifas recíprocas sobre automóveis. Mariana Almeida analisou o impacto político e econômico da medida, que animou os mercados e fortaleceu a indústria americana.
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00:00O presidente dos Estados Unidos anunciou um acordo comercial com o Japão e reduziu a tarifa ao país asiático de 25% para 15%.
00:09Mas o negociador japonês, que esteve na Casa Branca, afirmou que as taxas norte-americanas de 50% sobre aço e alumínio ficaram de fora do acerto.
00:20O acordo anunciado nesta terça-feira foi classificado como o talvez o maior já firmado.
00:26Segundo Donald Trump, o pacto prevê tarifas recíprocas de 15% sobre exportações japonesas aos Estados Unidos, com impostos sobre automóveis supostamente reduzidos ao mesmo patamar.
00:40O Japão também se comprometeu a investir 550 bilhões de dólares nos Estados Unidos, que devem ficar com 90% dos lucros gerados, além de criar centenas de milhares de empregos.
00:53O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, destacou que as exportações de automóveis aos Estados Unidos são fundamentais para a economia do país,
01:05respondendo por 28,3% das vendas externas em 2024, segundo dados alfandegários.
01:12O novo acordo comercial pode reforçar sua liderança política, especialmente após a coalizão governista perder a maioria na Câmara Alta nas eleições recentes.
01:23Os mercados japoneses reagiram positivamente ao anúncio do acordo, com ações de montadoras registrando altas expressivas, algumas superando 10%.
01:34Logo após o anúncio, o principal negociador comercial do Japão, Ryosei Akazawa, afirmou que a missão foi cumprida e expressou sinceros agradecimentos a todos os envolvidos,
01:47mas também disse que as tarifas norte-americanas de 50% sobre as importações de aço e alumínio japoneses
01:55e o aumento dos gastos com defesa do Japão não fazem parte do acordo comercial.
02:00Já Trump afirmou que o país asiático aceitou ampliar o acesso ao seu mercado para veículos, arroz e outros produtos agrícolas.
02:10Além do pacto firmado nesta terça-feira, Donald Trump afirmou que Estados Unidos e Japão estão finalizando um acordo complementar relacionado ao gás natural liquefeito.
02:21Também está previsto o anúncio de um novo acordo envolvendo a Europa.
02:26E para repercutir essas e outras notícias, vou conversar agora com Mariana Almeida, que já está chegando aqui conosco no Agora.
02:35Bom dia, Mariana Almeida. Como você está nesta quarta-feira?
02:38Muito bem, Eric. Bom dia para você. Bom dia para todo mundo que nos acompanha aqui no Agora.
02:41Chegamos na metade da semana e já temos uma notícia de mais um acordo comercial.
02:46Então, Donald Trump fechou ali uma negociação com o Japão, reduziu de 25% a 15%.
02:52Os 25% de tarifas sobre produtos japoneses estavam na cartinha que Donald Trump havia mandado há duas semanas para o governo japonês.
03:01Isso deu uma animada no governo japonês, que está passando por um momento político conturbado lá no país asiático.
03:09E também foi muito importante para o setor automotivo, né, Mariana Almeida?
03:12É, a indústria automobilística no Japão, a gente vem citando várias vezes ela como um aspecto até simbólico dessa relação explicitamente comercial e industrial na tese Trump.
03:24Em que sentido? Porque o Japão foi um dos primeiros a furar, de alguma maneira, o grande universo de carros americanos nos próprios Estados Unidos.
03:32E foi quando mudou, foi virando lá nos anos 50, já faz bastante tempo, quando depois da reconstrução pós-guerra, o Japão se estruturou,
03:39a indústria automobilística assumiu um espaço muito importante e o mercado americano se tornou um dos principais.
03:44E isso vinha incomodando significativamente a economia japonesa.
03:48Bom, é isso. Em termos gerais, o clima é de que se atingiu um acordo.
03:52Mas se a gente pensar em onde estávamos antes e como estamos agora, é bastante ainda com muita intervenção.
03:59Um momento expressivo, é.
04:00Um momento expressivo, a gente está com 15%.
04:02E ainda tem os 50% do ácido e do alumínio que não foram conversados ou não foram retirados desse acordo, né?
04:08Pois é, exatamente. O ácido e o alumínio que ficam à parte e também tem diversos outros aspectos que não são diretamente envolvidos só com comércio,
04:15mas com aquela temática de Trump de demandar os investimentos no próprio Estados Unidos.
04:20550 bilhões de dólares foi acordado de investimento japonês lá nos Estados Unidos com lucro de 90% para os norte-americanos.
04:28O Akazawa, que é um negociador japonês, saiu até satisfeito, mas fez essa ressalva num pronunciamento.
04:36Pois é, porque que parte que é um pedaço de uma narrativa e de uma, talvez, até de uma consequência de,
04:43tá, sou satisfeito, mission accomplished, né?
04:45Que é, realmente, consegui cumprir a minha função aqui.
04:49Tá, mas dentro de um cenário muito ruim, né?
04:52Assim, então, a narrativa não é bom você só lamentar agora, ainda mais no governo japonês que tá fragilizado,
04:58acabou de perder, de deixar de ter a maioria na Casa Alta do Japão.
05:03Então, não vai dizer, gente, foi horroroso, assim, não fala.
05:06Mas eu acho que a gente não pode tirar aqui o grau de severidade do que tá se estabelecendo,
05:12porque é isso, não é o pior cenário em termos de uma alta tarifa que bloqueia comércio,
05:17mas é um grau muito importante de intervenção, de seleção de diversos setores específicos
05:23e não é, o empacotamento geral dos acordos acaba não sendo só um reequilíbrio entre balanças comerciais
05:30de maneira generalizada.
05:31São setores específicos, setores estratégicos e negociações muito caso a caso ali que vão sendo feitas
05:38sem que a gente conheça, de maneira geral, qual que é a intenção dos Estados Unidos.
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