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Donald Trump afirmou que cartas unilaterais com tarifas são os novos acordos comerciais dos EUA. A correspondente Louise Maiana detalhou o plano de taxar 150 países e a pressão sobre Brasil, Índia e Japão. No estúdio, Mariana Almeida analisou o impacto global da estratégia.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

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Transcrição
00:00O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez pronunciamento para anunciar o progresso das negociações com alguns dos grandes parceiros comerciais.
00:09Também revelou o que ele planeja fazer com os parceiros menores.
00:13Nossa correspondente, Luizy Maiana, traz os detalhes direto de Washington.
00:18Olá a todos. Sim, essa expectativa a respeito das negociações e acordos envolvendo essa política tarifária do presidente norte-americano é a grande expectativa.
00:30E continuará sendo até pelo menos o dia 1º de agosto.
00:34E agora o que a gente tem? O presidente Donald Trump ressaltou que com o Japão os Estados Unidos devem manter o acordo conforme foi sinalizado na carta enviada ao país.
00:46Nessa carta os Estados Unidos estabelecem uma alíquota de 25% em cima dos produtos japoneses importados aqui nos Estados Unidos.
00:57Além do Japão, a gente viu também, a gente tem acompanhado de perto que existe uma delegação da Coreia do Sul em contato direto com a equipe econômica do governo de Trump.
01:08Então é mais uma possibilidade de acordo vindo também.
01:12O presidente chegou a falar da Índia.
01:14E na questão da Índia a gente tem aí um detalhe.
01:17A gente tem uma moeda de dois lados, uma faca de dois gumes.
01:20Um lado mais positivo, mais otimista, que é quando o presidente Donald Trump diz que com a Índia também já tem aí um pacote de negociações robusto, já esqueletado, já chegando para o processo final de acordo.
01:36O presidente elogiou o governo indiano, disse que a economia da Índia é forte, enalteceu aí esses acordos bilaterais.
01:46Agora do outro lado, o presidente americano, ele mesmo, ele já sugeriu uma tarifa de 100% para os parceiros comerciais da Rússia.
01:56E isso inclui a Índia, sobretudo porque a Índia também faz parte dos BRICS, que aí tem China e Japão também.
02:03O presidente disse que aplicaria essa alíquota caso, nos próximos dias, o governo russo não entrasse num acordo de paz com a Ucrânia.
02:12Por fim, o presidente Donald Trump também falou que as cartas enviadas, elas são, na verdade, o acordo.
02:19Ele disse isso porque muitas pessoas têm questionado, presidente, quantos acordos nós já temos?
02:24E ele disse, olha, cada carta enviada é o acordo, isso é o melhor que nós podemos fazer.
02:29Ele também chegou a dizer que para as economias menores, cerca de 150 países, eles vão receber apenas notificações e não essas cartas que ele tem mandado.
02:40Eles vão receber, então, a notificação e nesse documento estará sinalizado a alíquota que vai ser cobrada pelos produtos importados aqui pelos Estados Unidos.
02:52A gente separou uma fala do presidente Donald Trump em que ele explica tudo isso.
02:57Nessa fala, inclusive, ele volta a falar sobre o Brasil. Vamos acompanhar, então, a fala de Donald Trump.
03:03Já trouxemos mais de 100 bilhões de dólares e as tarifas realmente não foram muito aplicadas, com exceção de automóveis e aço.
03:12O dia 1º de agosto é um grande dia. É o dia em que um volume muito grande de dinheiro entra em nosso país.
03:18Fizemos acordos ótimos, fizemos um ontem. Ele foi anunciado.
03:23Temos outro a caminho, talvez com a Índia. Não sei.
03:26Estamos em negociação. Quando eu envio uma carta, isso é um acordo.
03:31Em outras palavras, é um acordo.
03:34Ah, quantos acordos você já fez?
03:37O melhor acordo que podemos fazer é enviar uma carta.
03:41E a carta diz que você pagará 30%, 35%, 25%, 20%, em um caso, 50% para o Brasil.
03:49E por que o que eles estão fazendo com o seu ex-presidente é vergonhoso?
03:52Eu conheço o ex-presidente. Ele lutou muito pelo povo do Brasil.
03:57Isso eu posso lhe dizer. E acredito que ele é um homem honesto.
04:01Acho que o que estão fazendo com ele é terrível.
04:03Então, sim, temos alguns negócios muito bons para anunciar.
04:07Mas toda vez que enviamos uma carta, isso é um acordo.
04:11O maior deles, na verdade, será sobre os 150 países com os quais realmente não estamos negociando.
04:18E eles são menores. Não fazemos muitos negócios com eles.
04:22Porque vocês têm muitos países. Vocês têm mais de 200 países.
04:27Muitas pessoas não sabem disso. Mas nós temos.
04:31Você sabe. Bem mais de 150 países que enviaremos apenas uma notificação de pagamento.
04:38E o aviso de pagamento dirá qual é a tarifa.
04:41E tudo será igual para todos, para esse grupo.
04:45Eles não são países grandes. E não fazem muitos negócios.
04:48Não é como os países com os quais fizemos acordos, como a China, como o Japão, com o qual estamos negociando.
04:57Mas acho que provavelmente cumpriremos a carta com o Japão.
05:00Estamos muito próximos de um acordo com a Índia, em que eles abrem as portas.
05:05A Indonésia não era um país aberto.
05:08Agora é.
05:09E eles têm cobre de qualidade.
05:10E provavelmente o maior volume de cobre.
05:14Fizemos um acordo com a Indonésia.
05:16Não pagamos nenhuma tarifa.
05:18Zero.
05:18E temos acesso total ao comércio.
05:21Esse é um acordo fenomenal para nossas empresas.
05:25E fizemos um acordo com eles, como você sabe, de 19%.
05:29Eles pagam 19%.
05:31É um bom negócio para eles.
05:33E, nesse caso, é um bom negócio para nós.
05:37E a nossa analista, Mariana Almeida, já está aqui conosco nesta manhã de quinta-feira.
05:42Oi, Mari. Muito bom dia para você. Tudo bom?
05:44Tudo bom, Eric. Bom dia para você.
05:45Bom dia para todo mundo que nos acompanha no Agora.
05:47Muito bem.
05:49Mariana Almeida, Donald Trump dizendo que já está evoluindo aí uma negociação
05:53para chegar a um acordo com a Índia.
05:55E que também poderia alcançar um acordo em breve com a União Europeia, que recebeu 30% de taxa.
06:00O importante é a gente saber quais são as bases desse acordo.
06:04Porque eu relembro que com a China, eles anunciaram um acordo, mas não sabiam detalhes.
06:09Depois anunciaram.
06:10O importante é sempre saber quais são os detalhes, já que, por exemplo, a Índia virou um player importante para o mundo
06:15depois dessa guerra mais polarizada que aconteceu entre Estados Unidos e China.
06:20Muitas empresas também foram ali para o mercado indiano, inclusive a Apple de Tim Cook.
06:26Sim, acho que teve uma...
06:28Enfim, é interessante saber se tem alguma excepcionalização, se tem alguma questão,
06:32como o caso do problema de acesso prioritário às terras raras, que foi no caso da China,
06:35que acho que você está mencionando também, além das tarifas.
06:38Acho que a gente sabe pouco dos acordos.
06:40Inclusive, essa fala que a Luiz Maiana destacou de Donald Trump demonstra uma tentativa dele
06:45de simplificar um tema que, na prática, seria complexo.
06:47Simplificar no sentido de falar, as minhas cartas já são acordos, cartas enviadas unilateralmente,
06:54ou seja, decisão dos Estados Unidos recebida por outros países, que ele denomina, portanto, de acordos,
07:01querendo trocar o que se conhece como acordo, que acordos são processos debatidos, negociados
07:06e assinados por ambos os lados e não notificados de um lado a outro.
07:10Então, tem uma prática que, neste momento, é a prática que ele vem tentando consolidar
07:14e trabalhando uma certa narrativa meio de fim da história desse grande capítulo aí das tarifas.
07:21Por que fim dessa parte?
07:23Porque ele está dizendo, eu vou mandar essas cartas e é isso, gente, acabou, vai funcionar assim.
07:27E eu acho que tem esses vários pontos que a gente está vendo, Indonésia, Índia,
07:32vamos ver como é que fica o capítulo brasileiro,
07:34mas se isso realmente são as últimas cartadas dos Estados Unidos,
07:38vai se consolidando um ambiente que foi o ambiente prometido por Donald Trump,
07:42que é de um mundo muito mais tarifado, com espaços do ponto de vista de entrada dos Estados Unidos
07:49nos outros países muito facilitados e saídas dos países para os Estados Unidos muito dificultadas.
07:55Ou seja, um ambiente mais caro, com menos comércio, menos eficiência
08:00e menos condição de desenvolvimento coletivo com cooperação internacional.
08:04O sinal é bastante ruim e Donald Trump vai tentando entregar o que ele prometeu no dia 2 de abril,
08:10que é fazer a América grande, fazer os Estados Unidos principais, prevalecer o que vem dos Estados Unidos,
08:16sem cooperação, sem visão internacional, sem compromisso com o desenvolvimento global,
08:20que era o que antes a América também defendia e que parece que ficou para trás na história, infelizmente.
08:25O Maria Almeida também vale a gente lembrar que no dia 2 de abril, o dia do Liberation Day,
08:30a Índia foi taxada em 26%, então era a tarifa inicial.
08:35E agora a gente vai caminhar para uma negociação, esse percentual pode cair um pouquinho,
08:41dependendo, como eu disse, das bases desse acordo, não é, Mari?
08:43Pois é, lembrando que todos os países já estão taxados em 10%,
08:47então você tem um adicional das diversas tarifas, fora o que já tem também no aço, na indústria automobilística.
08:54Então, do ponto de vista da formação de preços, é um salto bastante significativo em termos de protecionismo mesmo,
09:00que para o conjunto dos países significa voltar para casa e pensar como é que,
09:05aliás, não só países, mas cada empresa também, entender qual é a estratégia neste novo ambiente,
09:10que é um ambiente, sim, muito mais regulado e regulado a partir dos Estados Unidos,
09:15numa regulação do ponto de vista de restrição mesmo de acesso a mercados.
09:19É isso, porque Donald Trump quer transformar a balança comercial norte-americana
09:23em superavitária com o mundo todo, né?
09:26Vamos ver se esse plano ele vai conseguir executar.
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