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O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, confirmou que tarifas de até 50% começam a valer em 1º de agosto. A medida atinge Brasil, Europa, Canadá e outros países. Felipe Machado analisou os impactos, o impasse nas negociações e o risco para empresas exportadoras.

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Transcrição
00:00E boa tarde para você, Felipe Machado, quanto tempo.
00:02É verdade, Natália, bem-vinda de volta. Boa tarde, boa tarde a todos.
00:06Valeu. E o Felipe está aqui para a gente falar do secretário de Comércio dos Estados Unidos,
00:10Howard Lutnik, que afirmou que 1º de agosto é o prazo final para a entrada em vigor
00:14nas novas tarifas anunciadas por Donald Trump, né?
00:17Só que ele ressaltou que negociações com os países poderão continuar após essa data, né, Felipe?
00:23Essa declaração é um recado direto para a União Europeia, mas também aqui para o Brasil, podemos entender assim?
00:29É, para o Brasil, claro. A gente vem falando muito sobre isso ao longo da semana.
00:32A gente sabe que essa data para começarem a cobrar as tarifas de 50% no Brasil é também dia 1º de agosto.
00:38O que o Howard Lutnik quis dizer, o secretário de Comércio americano,
00:42é que essa é a data onde vão passar a valer as tarifas.
00:45Então, por exemplo, para o Brasil, 50%.
00:47Para a União Europeia, como o Diego estava falando agora há pouco, de 30%, tarifas altíssimas a partir de 1º de agosto.
00:54Fora as outras tarifas que ele já declarou, 25% para o México, 35% para o Canadá.
01:00E o Howard Lutnik falou o seguinte, os países que não receberam cartinha vão ficar com 10%,
01:05são economias menores, então os Estados Unidos não estão tão preocupados.
01:08Vai aplicar uma tarifa básica de 10%, que, lembrando, já é altíssimo.
01:12Bom, o Howard Lutnik também disse o seguinte, ele disse que a partir do dia 1º de agosto,
01:17nada impede que os países também não tentem negociar.
01:19Os países podem seguir tentando negociar, podem entrar em contato com os Estados Unidos
01:23e tentar reverter as tarifas que foram aplicadas, mas ele disse, foi meio que assim, implacável.
01:29A partir do dia 1º de agosto, começam a valer as tarifas que foram anunciadas
01:32por meio de cartas enviadas a cada país.
01:36Quer dizer, mesmo países que estavam tentando negociar com o próprio caso do Brasil,
01:40a gente tem uma negociação que é comercial e uma negociação que é política.
01:43Porque a gente lembra que aquela exigência do Donald Trump foi para justamente
01:47que o STF abandonasse o processo contra o Bolsonaro, que claro que não vai acontecer.
01:53Mas do ponto de vista comercial, o Brasil já enviou uma carta para os Estados Unidos,
01:57tem uma delegação que está chefiada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin,
02:01que vai tentar fazer algum tipo de negociação comercial.
02:04O grande problema é que não existe uma lógica comercial
02:09que o Brasil possa tentar atender os Estados Unidos, porque nada foi exigido.
02:14Quer dizer, não é que os Estados Unidos pediu, vamos tirar as tarifas de tal produto
02:17ou vamos acabar com tal taxa de importação.
02:21Não teve uma declaração pragmática em relação a alguma tarifa
02:27que possa ser levada para a mesa de negociação.
02:30Então, as exigências políticas não vão ser atendidas.
02:33E se a gente vai tentar ter essa negociação comercial,
02:36mas, enfim, é muito difícil que os Estados Unidos realize
02:41ou aceite essa negociação antes do dia 1º de agosto,
02:45que já está praticamente aí.
02:46Temos o quê? Temos 10 dias, né?
02:489 dias, né?
02:499 dias, enfim.
02:50Então, é um prazo muito pequeno, muito curto,
02:52porque você imagina, o Brasil já mandou uma carta para os Estados Unidos,
02:55não houve resposta.
02:56O Brasil não adianta o vice-presidente Geraldo Alckmin
02:59desembarcar em Washington, bater na porta da Casa Branca
03:01e falar assim, olha, vamos conversar e tal.
03:03Não é uma coisa que acontece.
03:04Então, está uma situação complicada.
03:07Então, tudo leva a crer que se não tiver uma resposta dos Estados Unidos
03:11em relação a isso, as tarifas de 1º de agosto,
03:14como vão valer para todo mundo, segundo o secretário de Comércio,
03:17também vão valer para o Brasil.
03:18Então, eu acho que o governo brasileiro tem que estar preparado
03:20para talvez, não sei se seria o caso de algum pacote de benefícios,
03:27de subsídios, nesse primeiro momento,
03:29para que as empresas brasileiras possam se preparar
03:31para esse momento de ajuste, tentar buscar um período,
03:35talvez, para buscar outros mercados em relação a alguns produtos,
03:38para tentar redistribuir suas exportações.
03:45Porque a gente sabe, muito dessa questão, por exemplo, do PIX,
03:48que estava assim na carta do Trump,
03:51não, mas o Brasil está fazendo práticas irregulares.
03:55Não, na verdade, o PIX é uma criação de inovação.
04:00Os Estados Unidos não podem achar que só a inovação,
04:02só quando é feita lá, é que vale.
04:03Quando é feita nos outros países, também tem que valer.
04:05É assim que é o capitalismo, pelo menos era,
04:07no mundo normal, que até antes do início do ano.
04:10Então, seria a mesma coisa, Natália,
04:12da gente falar assim,
04:13as empresas de lista telefônica vão mover uma ação contra o Google
04:17porque acabou com o trabalho delas,
04:19acabou com os produtos delas.
04:20As empresas de carro elétrico vão ser processadas pelas empresas de petróleo
04:25porque os carros não rodam mais com gasolina.
04:27Não faz sentido nenhum,
04:28eu estou usando exemplos malucos, até fora de questão.
04:32Mas é justamente por isso.
04:33Então, empresas, por exemplo, como Visa, Mastercard, American Express,
04:37que são as grandes bandeiras de cartão de crédito,
04:40são americanas.
04:41Também temos Apple Pay, Google Wallet,
04:44temos o PayPal, não podemos esquecer o PayPal,
04:46que é o meio de pagamento eletrônico,
04:47que um dos proprietários é o Peter Thievel,
04:50que é um aliado do Donald Trump, de primeira hora,
04:54ele é um super extrema-direita,
04:55até um dos idealizadores ali dessa estratégia
04:59que liga a extrema-direita às big techs.
05:02Então, o Peter Thievel, é claro,
05:03que não está gostando nada de ver o Pix.
05:05O Pix, a gente viu a matéria até do Diego Mesogiorno,
05:07nosso correspondente na Itália,
05:09dizendo que já vai começar a funcionar em alguns países da Itália,
05:12da Europa, ele trouxe, acho que o caso da França.
05:15A gente vê que tem uma movimentação na América do Sul
05:17para o Pix poder também começar a ser usado
05:20aqui na América do Sul.
05:21Então, tudo isso leva a esse cenário
05:24dos Estados Unidos não quererem,
05:26as empresas americanas não quererem perder mercado,
05:28mas não é por meio de um tarefaço econômico
05:30que você prejudica um país
05:32quando as suas empresas têm que correr atrás do prejuízo.
05:35Elas que criam formas de inovação
05:36que permitam que continuem no mercado, né, Nath?
05:38Mas ou menos por aí, né?
05:39E quantas vezes a gente já falou aqui,
05:41já ouviu entrevistados falando, né,
05:43de como o Pix virou uma referência mesmo,
05:44uma inspiração mundo afora, né?
05:47Exatamente, porque o Pix,
05:48ele não passa pelas bandeiras de cartão de crédito.
05:50Então, é claro que as bandeiras de cartão de crédito...
05:52Claro que incomoda, eles incomodam.
05:53Claro que eles não vão gostar.
05:54Claro.
05:54Mas é mais ou menos como, né,
05:55tantas outras, tantas outras,
05:58outros mercados foram,
06:00foram disruptivos,
06:03foram, né, destruídos pela internet.
06:05Então, vão falar assim,
06:06ah, vamos começar a...
06:06Ah, eu acho que até o ministro Fernando Haddad usou,
06:09vamos usar telefones fixos,
06:10porque, vamos processar a Apple,
06:13porque os telefones fixos
06:14foram tirados do mercado graças aos celulares.
06:17Enfim, é só uma série de exemplos
06:19para a gente mostrar
06:20como tudo isso não faz sentido nenhum
06:21e a inovação, ela veio para ficar.
06:23E se ela veio a partir do Brasil,
06:25as empresas também têm que aceitar isso.
06:27É, exatamente.
06:27Não necessariamente significa o fim mesmo, né?
06:30Muitas vezes essas coisas,
06:31os meios de pagamento, eles convivem, né?
06:33A gente tem visto essa convivência aí nos outros lugares.
06:36Sim, e que eles, se for o caso,
06:37que eles também descobram outras maneiras
06:39de também cobrarem menos, né?
06:41Serem mais baratos e tudo mais.
06:42Então, não é porque você criou o Kindle
06:45que as empresas de livros vão processar a Amazon, né?
06:49Então, assim, tem toda uma questão de inovação
06:52e disrupção nesse mercado de tecnologia
06:56que ela vale tanto para a internet
06:58quanto para os carros elétricos,
06:59quanto para os carros voadores,
07:01quanto justamente pelos meios de pagamento.
07:03Então, eu acho que essa questão,
07:05acho que o Brasil também não vai abrir mão.
07:06Então, vamos ter que arranjar uma maneira
07:09de conviver com essas tarifas,
07:10se esse for o caso mesmo.
07:12E é isso que, certamente, as empresas,
07:14quem importa, quem exporta, está se preparando, né?
07:16A gente não sabe qual vai ser o fim dessas negociações,
07:19se vai ter algum sucesso,
07:20se vai ter alguma flexibilização.
07:22Então, o que tem para trabalhar é agora, né?
07:24Exatamente.
07:24Esse valor e esse prazo.
07:25E, Nath, uma coisa que é interessante,
07:28que eu acho que é assim,
07:28que as empresas brasileiras estão começando
07:30a prestar atenção,
07:31que é importante, por exemplo,
07:32os produtores de café,
07:33os produtores de suco de laranja,
07:35que são muito afetados, né?
07:36A própria Embraer,
07:37entrar em contato com os seus pares americanos, né?
07:41Com as empresas americanas,
07:42para que haja também uma pressão do lado de lá,
07:44para que o governo Trump reveja essas tarifas.
07:47Porque é claro que o Brasil vai sair perdendo,
07:50o Brasil vai ser muito prejudicado com isso,
07:52mas as empresas americanas
07:53e o público americano consumidor também
07:54vai ser muito impactado.
07:56Então, o suco de laranja,
07:58imagina assim,
07:59isso é uma coisa cultural nos Estados Unidos,
08:01você tomar suco de laranja de manhã,
08:02você tomar café de manhã.
08:03É só você imaginar que a Starbucks
08:05é a empresa que processa o café que vem para o Brasil
08:07e vende em toda a Starbucks.
08:09Então, a Starbucks vai ter que pagar 50% a mais no café?
08:12Quer dizer, os consumidores americanos
08:13estão preparados para pagar 50% a mais
08:15no café da Starbucks?
08:16Eu acho que não.
08:17É, dá certo.
08:18Obrigada, Filipe.
08:19Obrigada, Filipe.
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