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A partir desta quarta-feira (04), entrou em vigor a nova tarifa de 50% sobre as importações de aço e alumínio, determinada por Donald Trump. Mariana Almeida explicou os impactos para Brasil, Canadá, México e União Europeia.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump

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Transcrição
00:00E começou a vigorar a meia-noite de hoje a ordem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para dobrar as tarifas sobre o aço.
00:08A cobrança agora é de 50%. E esse assunto para a nossa correspondente Louise Maiana, em Washington, que traz mais detalhes sobre o que consta neste documento.
00:19Pois é, a partir da meia-noite aqui do horário de Washington DC, passou a valer essa nova alíquota de 50% sobre as importações de aço e de alumínio.
00:31Essa decisão foi tomada na última terça-feira pelo presidente Donald Trump e, claro, causou uma grande reação entre os parceiros comerciais.
00:41A União Europeia, inclusive, já sabendo dessa possibilidade, se preparou, se antecipou, montando aí um pacote robusto de políticas retaliatórias
00:52que vai afetar vários setores daqui dos Estados Unidos, inclusive os consumidores.
00:58O presidente do Canadá também se manifestou dizendo que essa é uma medida inaceitável e disse que vai responder à mesma altura.
01:06O Brasil também demonstrou preocupação com isso, porque o Brasil é o segundo país que mais exporta aço e alumínio aqui para os Estados Unidos.
01:17O Brasil gostaria que as regras vingentes lá em 2018 voltassem a valer agora.
01:25As regras já tinham como determinação o preço das cotas desses produtos.
01:30Então, ficaria mais fácil, mas o que a gente vê é completamente o contrário e agora o presidente Donald Trump aumenta essa alíquota tarifária.
01:39Falando em tarifas, a OCDE também reduziu a expectativa de crescimento para a economia global.
01:47A gente tinha aí um dado que caiu para 2,9% para 2025.
01:53Ano passado, a gente tinha 3,3%.
01:56A expectativa de crescimento aqui para os Estados Unidos também caiu de acordo com a OCDE.
02:02E a gente tem agora para o ano de 2025 uma expectativa de crescimento de apenas 1,6%
02:08e para o ano de 2026 uma expectativa de crescimento de apenas 1,5%.
02:15Lembrando que o presidente Donald Trump tem feito pressão para vários países.
02:20Nos últimos dias, ele inclusive enviou cartas formais pedindo para que os países enviem para a Casa Branca propostas de acordo e negociações.
02:31A gente também não pode perder de vista que no dia 8 de julho, praticamente daqui a um mês,
02:37a gente tem o encerramento daquele prazo, daquela pausa temporária das tarifas impostas lá no dia 2 de abril,
02:44o dia que Donald Trump chamou de o dia da libertação.
02:48De Washington, Louise Maiana, para o Times Brasil, licenciário exclusivo CNBC.
02:54E daqui a pouco teremos a análise do apresentador do Conexão, Marcelo Favalli,
02:59sobre a revisão da OCDE sobre o PIB mundial.
03:03Agora nós vamos falar com a nossa analista Mariana Almeida, que já está aqui nos estúdios do Agora.
03:10Oi Mariana, muito bom dia para você.
03:12Tudo bem?
03:12Como que você está nesta quarta-feira?
03:14Bom dia para você e bom dia para todo mundo que nos acompanha aqui no Agora.
03:17Chegamos na metade da semana, hein Mariana?
03:19Chegamos, quarta-feira, né?
03:20Quarta-feira.
03:21E nós vamos mostrar aqui uma arte, preparei uma arte para a gente entender um pouquinho sobre esse mercado de aço,
03:28dessas vendas do aço mundial para os Estados Unidos.
03:32Essa nova tarifa agora valendo para o mundo inteiro 50%, com exceção do Reino Unido,
03:36que a gente vai falar já já, que para o Reino Unido passa a valer ou continua valendo 25% de taxa.
03:44Mas então é o seguinte, Mariana Almeida, exportação de aço para os Estados Unidos.
03:47O Canadá é o maior vendedor deste produto para os norte-americanos,
03:52chegando a quase 6 milhões de toneladas em 2024.
03:56O Brasil, segundo maior vendedor, pouquinho mais de 4 milhões de toneladas vendidas no ano passado para os norte-americanos.
04:05O que acarretou aqui, ó, em 4 bilhões de dólares de faturamento com essas exportações.
04:11E o terceiro maior vendedor exportador de aço para os Estados Unidos,
04:16o México ali vizinho dos norte-americanos, com um pouquinho mais de 3 milhões de toneladas.
04:21Com essa tarifa dobrada agora de Donald Trump, aqui, ó, deve ter alguma influência negativa.
04:29Deve cair um pouquinho as vendas, né, Mari?
04:32Sem dúvida. Na verdade, bom, vamos lembrar que a intenção e até o discurso de Donald Trump
04:37quando ele foi anunciar também esse novo aumento, é exatamente fazer um cinturão, né?
04:42Fechar praticamente as importações de aço, dizendo, inclusive aos produtores nacionais dos Estados Unidos de aço,
04:48que ninguém tiraria a indústria deles.
04:50Então, na prática, é isso mesmo que é o objetivo. O objetivo é cortar isso aqui.
04:54Essa é a intenção de Donald Trump, que tem uma redução expressiva, segundo ele, 25% era uma taxa que os exportadores,
05:02ou seja, estes três aqui, mais que outros países que têm uma exportação menor,
05:06mas que também colocam seu produto nos Estados Unidos, poderiam, em alguma medida, assumir.
05:13Segundo Donald Trump, no discurso dele, teria margem a 25%, ainda está dando para pegar uma margem,
05:18aperta daqui, negocia dali, inverte câmbio, porque isso é importante, né?
05:23O que chega aqui é uma relação do câmbio e da taxação para chegar ao preço final dentro dos Estados Unidos.
05:29E ele disse, com 25%, o pessoal está furando aqui.
05:32Vamos construir esse muro, vamos parar com isso.
05:34E aí que vem os 50%.
05:35Então, a intenção é, sim, fazer uma pressão maior.
05:39Acho que nesse ambiente aqui, importante lembrar, Canadá e México, além de dois grandes exportadores,
05:44estão também sendo pressionados por diversas outras alíquotas e pressões dos Estados Unidos em relação às fronteiras.
05:51O Brasil está aqui quase intrometido em dois pontos de grande acirramento.
05:55Canadá, inclusive, já dizendo que vai anunciar aí depois um pacote adicional de retaliação em relação a esses 50%.
06:01Então, está esquentando, me parece que o Brasil está sumindo, já começou a precificar eventuais perdas aqui.
06:09Isso aqui corresponde, viu, Klein, pensando em invertido, a mais ou menos 30% do que o Brasil exporta de aço.
06:14Então, para o Brasil tem um efeito, é significativo, é o que você falou, 4 bi é 4 bi, vai ter um efeito.
06:19Agora, seguem as negociações, a ideia do Brasil, desde sempre, é tentar ter cotas, né, ou seja, que foi o que aconteceu lá em 2018.
06:27Tá, coloca a tarifa, mas libera um pedacinho, uma parte.
06:30Uma margem ali, uma parte.
06:32Exatamente, tem uma margem sem a cota para garantir alguma entrada de volume do aço nos Estados Unidos.
06:38E vamos ver como fica isso, porque lembrando, se Donald Trump fala para a indústria nacional,
06:42olha só, a gente vai proteger vocês, é a indústria direta de produção de aço.
06:47Agora, quem usa o aço como insumo, que são outras indústrias...
06:51É, a indústria automotiva, precisa muito do aço, né, pode ter um impacto direto.
06:56Terá um impacto direto em preço, é por isso que a gente fala da escalada de preços, né.
06:59A tarifa, na verdade, do ponto de vista da análise econômica mais ampla, o que você está falando é o seguinte,
07:05vai reduzir o volume total de oferta de aço interno, porque no curto prazo não tem como reagir a indústria nacional,
07:11mesmo tendo como reagir, muito provavelmente, a um aço que passa a ser mais caro internamente.
07:17Então, o produto fica mais caro direto, fica mais caro como insumo, aumenta a escalada geral, né.
07:23Aí, como o insumo está mais caro, a inflação fica maior, tem uma pressão, compra-se menos,
07:28a produção final acaba sendo menor, que é o que a gente sempre vem falando,
07:31que é o efeito tarifário que se conhece, é o efeito de redução da atividade econômica no fim das contas.
07:36Legal, então esses são os números do ano passado e agora vamos ver números mais recentes deste ano aqui,
07:41nesta segunda tela.
07:43Então, em março deste ano, o Canadá vendeu para os Estados Unidos 367 mil toneladas.
07:50E o Brasil quase ali, já quase implantando em aço na venda, chegando a 364 mil toneladas.
07:56E a grande preocupação é que deve derreter um pouquinho este número,
08:02deve haver alguma negociação aí desse setor do aço, do governo brasileiro,
08:07em relação aos Estados Unidos, para que é o que você falou,
08:11para que tenha uma margem aí sem a taxação ou sem taxação de 50%, Maria Almeida.
08:16Pois é, e assim, do ponto, essa questão da negociação das cotas é algo que o governo brasileiro
08:21vem insistindo, que teve algumas negociações internas, o governo brasileiro indicando
08:25que isso tinha, dando sinais aí de que há esperança, há possibilidade que isso aconteça,
08:30mas do lado dos Estados Unidos não tem nenhum anúncio nesse sentido mais contundente.
08:35O Donald Trump, em particular, não fez falas específicas sobre o caso brasileiro.
08:39Esses valores aqui, é importante dizer que eles são de março, antes do Liberation Day,
08:44antes da segunda escalada, mas o aço já tinha sido anunciado.
08:47Então, aqui já tem uma reação de antecipação também de importações.
08:51Então, basicamente, se vendeu mais, porque se sabia que ia se vender menos.
08:56Então, você vende mais para poder depois vender menos e no bolo ser menos afetado.
09:00Sim, e para a gente amarrar, a gente falou dos principais vendedores de aço para os Estados Unidos,
09:05o Brasil segundo, mostramos aqui, e falar um pouquinho da Europa, para a gente finalizar
09:10essa questão do aço, a Europa toda taxada 50%, mas Reino Unido recebeu um tratamento diferenciado
09:16porque Donald Trump disse o seguinte, eles foram bonzinhos, fizeram um acordo comercial
09:21com a gente lá atrás, no mês passado, então eles vão ser taxados em apenas 25%, Mário.
09:27Vão manter os 25%, né?
09:28Vão manter 25% e não 50%.
09:31Isso. Acordo com o Reino Unido, só para a gente lembrar, o que estabelecia esse acordo?
09:34Estabelecia a permanência de uma taxa única de 10%, tirando o caso do aço, mas no geral
09:3910%.
09:40E o Reino Unido se comprometendo a baixar de 5,3% para 1,9% ou 8%, ou seja, tendo uma queda
09:47das tarifas do Reino Unido em relação aos Estados Unidos. Nesse caso, uma negociação
09:52aí bastante explícita, mas que termina com qual resultado? Com uma taxação maior do ponto
09:58de vista dos Estados Unidos e menor do ponto de vista da Inglaterra. Só que os efeitos
10:02para a balança comercial desses dois países são muito diferentes do que quando a gente
10:05fala para o resto do mundo, porque a Inglaterra e os Estados Unidos já tinham uma balança
10:08que já era mais equilibrada, vez ou outra superávit dos Estados Unidos, vez ou outra
10:13superávit na Inglaterra. Nesse cenário, tudo mais constante, que é algo que o economista
10:19gosta de falar, analisando, só parando aqui. Se a balança estava mais ou menos equilibrada
10:24e agora as tarifas inglesas são menores e as americanas são maiores, em tese o que vai
10:30acontecer é que os Estados Unidos vai vender mais do que a Inglaterra, impondo, portanto,
10:34neste caso, um déficit para a Inglaterra. Então, assim, é um cenário diferente, é um cenário
10:40que não está consolidado. A economia inglesa tem menos dependência dessa relação, porque
10:45tem um setor também de serviços e de exportação para outros países muito robusto, mas o exemplo
10:52que o Donald Trump está querendo dizer é basicamente esse. Olha só, estou aceitando propostas,
10:56venham aqui, baixem suas tarifas. Quem baixar a tarifa e favorecer minha balança comercial,
11:01eu vou favorecer também aqui. Esse é o jeito dele de falar, essa é a aposta que ele está
11:05fazendo, é uma aposta que no que se estudou do ponto de vista de livre comércio, no que
11:10se apostou enquanto economia internacional em livre comércio, é uma aposta que encarece
11:14e ganha mais ineficiência, mas é o que ele está dizendo.
11:16É isso, a conferir nos próximos meses, então, o reflexo desse aumento tarifário.
11:21Até já, Maria Almeida.
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