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Empresas chinesas redirecionam exportações por países do sudeste asiático para contornar tarifas dos EUA. Daniel Cassetari, CEO da HKTC, analisa os impactos geopolíticos e logísticos dessa estratégia no comércio internacional e no posicionamento do Brasil no cenário global.

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Transcrição
00:00As empresas chinesas estão adotando estratégias para driblar o tarifácio do presidente Donald Trump.
00:05Elas estão redirecionando as exportações via Sudeste Asiático e reorganizando as cadeias globais de movimento.
00:12A gente vai falar sobre essa tática dos chineses com o Daniel Cassettari, que é CEO do HKTC e especialista em comércio exterior.
00:21Bom dia para você, Daniel. Seja bem-vindo ao Real Time.
00:24Bom dia, Marcelo. Bom dia a todos.
00:26Daniel, as exportações dos países asiáticos para os Estados Unidos aumentaram em maio.
00:31Você acha que esse pode ser um sinal de que essa estratégia dos chineses já está surtindo efeito?
00:36Isso é algo que a China já vinha fazendo há um tempo?
00:40Exatamente. É uma estratégia que a China utiliza.
00:44Na verdade, essa é uma estratégia que os importadores americanos utilizam.
00:49É uma prática muito comum.
00:50Às vezes nós temos a questão de dumping, às vezes nós temos uma questão de cota nas importações de produtos vindos da China para os Estados Unidos.
01:01Então, essa é uma prática já muito antiga de enviar para outro país e esse outro país reexportar para os Estados Unidos.
01:08Isso acontece também aqui no Brasil, tá?
01:11Principalmente na situação de vestiário.
01:13A China tem utilizado essas estratégias como forma de escoar seu produto, mas o que vai agravar ainda mais é porque tão logo o governo norte-americano já está percebendo essa manobra
01:28e eles irão, então, colocar a necessidade de certificado de origem, aí que está o grande problema.
01:35No momento em que eu envio uma mercadoria de um país para outro, eu tenho a necessidade de comprovar a origem, a produção daquilo dentro daquele país, eu não teria a documentação necessária.
01:46Então, isso aí, acho que como estratégia a curto prazo, ok, mas em médio e longo prazo não se sustenta.
01:53O valor das exportações chinesas para os Estados Unidos caiu 43% em maio, sobre o mesmo período do ano passado, um dado aí do Departamento do Ciência Americano.
02:03No entanto, as vendas globais da China aumentaram quase 5% nessa mesma época, de acordo com dados chineses.
02:10A gente pode concluir com isso que o gigante asiático está redirecionando as vendas para o exterior?
02:15Sim, nós podemos concluir isso aí, porque o que acontece?
02:20Quando o mercado está muito acomodado, igual esteve nos últimos 10 anos, ele é um mercado onde os países vão ditando a regra,
02:28quando acontece uma reviravolta no comércio exterior como esse, dessa forma,
02:33a necessidade de buscar novas demandas e novas ofertas é uma situação natural.
02:39Então, países, como o Brasil, que exportava uma quantidade de item para os Estados Unidos,
02:45e aí ele tem uma pequena tarifa e esse item não vale tanto a pena, ele busca novos mercados.
02:51Então, ele oferta esse produto para outros mercados.
02:54E com isso, novos mercados nascem.
02:57Então, por exemplo, mercados como o mercado lá na África do Sul, o mercado africano,
03:04até nós comentamos sobre a questão do BRICS, nós estamos falando aí nos últimos dias sobre o BRICS,
03:09são mercados que estão ali em pronto crescimento,
03:13eles estão somente aguardando as ofertas para iniciar a sua evolução em relação às demandas.
03:19Então, o ajuste no comércio exterior, ele é natural e é muito positivo,
03:26porque assim os países entendem outros mercados, outras ofertas e outras demandas.
03:32Então, isso tem sido, para o cenário mundial, para o comércio exterior, um ponto muito positivo.
03:39Mercados que nunca foram abertos antes, agora já estão chamando a atenção dos países como a China,
03:46como alguns países da Europa.
03:48Como é que você está vendo a negociação por parte do Brasil até agora?
03:53O Brasil se comporta como um país muito neutro.
03:57Apesar de o nosso sistema político se posicionar assim de uma forma muito contrária,
04:04mas a nossa reação, o comércio exterior é uma situação muito de setor privado,
04:10então ele tem uma reação muito natural.
04:13Ele não arruma tanta encrenca, vamos dizer assim, ele faz o ajuste da operação.
04:18Então, as exportações para os Estados Unidos,
04:21os impedimentos que os Estados Unidos vêm colocando aos outros países,
04:25as barreiras que o Brasil, que o empresário brasileiro,
04:29ele já começa a imaginar que pode cair sobre ele,
04:32ele imediatamente já começa a buscar novos mercados.
04:35Então, essa reação dentro do Brasil tem sido muito positiva,
04:41tanto em busca de novos fornecedores para os produtos que nós importamos,
04:45quanto a busca de novos clientes aos produtos que nós exportamos.
04:49Professor, a gente viu que Vietnã fechou um acordo com o Washington nessa semana
04:53que prevê uma taxa de 40% sobre os produtos embarcados pelo país.
04:58Você acha que esse acordo já tem como alvo as exportações chinesas
05:04que são trianguladas pelo Vietnã?
05:07Com certeza, com certeza.
05:08Os Estados Unidos estão fazendo essa jogada de ir atrás dos outros.
05:14Então, quando o intuito é atacar a China, principalmente a China e a Índia,
05:20quando ele tem esse intuito e ele vai atrás dos parceiros comerciais,
05:24o objetivo dele é não deixar com que isso evolua,
05:29é não deixar com que essas estratégias evoluam.
05:32Porém, o pensamento sobre o comércio exterior que o Donald Trump exerce,
05:37ele é um pensamento muito de briga, de desgaste,
05:42tendo em vista que ele teria outros meios para fazer isso
05:45sem precisar taxar e sem precisar ter esse desgaste com os outros países.
05:49Sem dúvida.
05:50A gente mostrou agora há pouco aqui no programa a intenção da China
05:53de financiar essa ferrovia do Atlântico ao Pacífico.
05:57A gente sabe que é um projeto super ambicioso,
05:59que tem barreiras geográficas bem difíceis de serem transpostas,
06:03mas, pensando de forma otimista, se esse projeto for adiante, for realizado,
06:09você acha que muda o patamar do Brasil no mercado internacional de comércio?
06:15Principalmente no asiático.
06:16Ele muda principalmente no asiático.
06:19A China, todos os investimentos que a China exerce sobre o mundo,
06:23elas são de interesse próprio.
06:25Então, a China faz uma análise sobre as questões logísticas,
06:29sobre rotas de navio, sobre toda essa operação e entrada nos países,
06:35como é o caso agora na América do Sul,
06:38implementando, investindo em ferrovia,
06:41ela faz isso como uma estratégia de negócio dela.
06:44Então, com certeza, vai melhorar muito o fluxo do comércio exterior na América do Sul,
06:51ou seja, nós teremos outras opções, nós teremos outras rotas,
06:54nós teremos outros prazos, bem como outros preços.
06:58E isso, pra China, favorece muito.
07:00À medida que a China prepara o local pra onde os seus produtos vão,
07:05ela consegue criar maior fluidez dos seus produtos.
07:08Quando a gente fala que a China vai bancar um projeto como esse,
07:11usando uma linguagem popular aí,
07:13que tipo de atuação a China tem?
07:15Imagina que ela financie, principalmente, empresas chinesas pra construir, não é por aí?
07:20Exatamente.
07:21Ela financia...
07:22A China é um país onde ela investe muito nas suas indústrias.
07:25Então, o governo chinês, independente de quem for a empresa que for construir aqui no Brasil
07:31essa ferrovia, ele vai investir pesado financiando o processo,
07:37e de contrapartida, a concessão tem que ser ali de uma empresa chinesa.
07:43Então, a contrapartida para o investimento,
07:45em todos os casos que eu tenho conhecimento no mundo,
07:48a China investe, porém, quem é detentora do domínio dessa operação
07:53é uma empresa chinês e, indiretamente, o governo chinês.
07:58Daniel Cacetari, CEO da HKTC,
08:01muito obrigado pela sua participação hoje aqui no Real Time.
08:03Bom dia.
08:05Bom dia.
08:05Eu que agradeço.
08:06Até logo.
08:07Até logo.
08:07Tchau.
08:08Tchau.
08:09Tchau.
08:10Tchau.
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