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O governo deve apresentar até a próxima quinta-feira a proposta do novo auxílio emergencial. No Papo Antagonista, Felipe Moura Brasil comentou os possíveis impactos da medida.
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Transcrição
00:00O governo federal pretende apresentar até quinta-feira a proposta do novo auxílio emergencial.
00:05O valor deve ficar entre R$ 200 e R$ 250 por beneficiário.
00:10A expectativa é que o coronavoucher chegue a 42 milhões de pessoas
00:14e o custo dele esteja entre R$ 20 e R$ 30 bilhões.
00:18O ministro da Economia, Paulo Guedes, está preocupado com a inclusão
00:22de uma cláusula de estado de calamidade na PEC emergencial.
00:26Ela permitirá que a União flexibilize gastos em 2021
00:34e evitaria uma violação do teto de gastos.
00:38A equipe econômica do governo federal estima que o coronavoucher
00:41vai atender pelo menos 40 milhões de pessoas neste ano.
00:45O número é maior do que os R$ 32 milhões previstos inicialmente pelo ministro Paulo Guedes.
00:52A gente já falou muito aqui desse assunto no programa.
00:55Falou, inclusive, que esse valor precisaria diminuir
00:58porque foi feito de uma maneira populista também
01:03em parte pelo Congresso Nacional
01:05e aí, de uma maneira ainda mais grave, pelo presidente da República
01:09porque o governo nem queria muito esse negócio de auxílio emergencial.
01:13Aí, pressionado, ofereceu lá o auxílio de R$ 200.
01:16Aí foi o Congresso e falou, não, esse auxílio tem de ser maior e tal
01:20e aprovou o auxílio de R$ 500.
01:22Aí o governo Bolsonaro falou, não, não vou deixar com o Congresso
01:25esse crédito por parte dos beneficiários que vão receber esse valor,
01:31vão achar que o Congresso é o responsável.
01:33Então, vou aumentar mais um pouquinho aqui para dizer que fui eu que fiz,
01:36foi nós que fizemos.
01:38Aí aumentou para R$ 600, um cálculo que depois foi criticado por vários analistas econômicos
01:44que acharam que era melhor fazer um pouquinho menos, mas por mais tempo.
01:48E agora, vocês vejam que tem um BAC de R$ 600 para esse valor entre R$ 200 e R$ 250 tem um BAC.
01:58E já há análise, inclusive no meio político, uma delas saiu hoje no Antagonista,
02:04mostrando que a tendência de popularidade do Jair Bolsonaro é de queda,
02:08mesmo com o auxílio emergencial, porque também vai haver uma frustração
02:14entre os beneficiários do auxílio emergencial por essa perda de renda,
02:19já que o valor vai ser reduzido a princípio para ficar abaixo da metade.
02:29Então, Jair Bolsonaro, além de toda a conduta desastrosa, para não dizer criminosa,
02:35no combate à pandemia, combate que ele boicotou, que ele sabotou e continua fazendo isso,
02:40além da sabotagem do combate à corrupção, além de todos os estelionatos eleitorais,
02:46ele pode perder aquela popularidade entre as pessoas que estão lá numa situação de desespero,
02:54essa que é a realidade, e não acompanham tanto o noticiário político,
02:59e às vezes tem a sua posição de acordo com a BNES que está recebendo naquele momento,
03:08porque acha que o governo está ajudando ou não está ajudando.
03:11E essas pessoas podem ficar aí também numa relação ruim com o governo,
03:15apesar de toda a propaganda que o governo vai fazer, tentando explicar tudo e tal.
03:20Mas vocês sabem que a meta é fazer o possível para estender ao máximo
03:25a ponto de chegar às eleições de 2022 com um apoio considerável
03:32entre os beneficiários do auxílio emergencial para reeleger o presidente da república,
03:36que precisa, como toda a sua família, do foro privilegiado,
03:39precisa da caneta, precisa da ABIN, precisa da PF, precisa do PGR,
03:45precisa de tudo isso que ele tem usado para tentar garantir a impunidade geral,
03:52porque não é só da família, porque aí entra aquilo que até o Barroso disse
03:56nessa entrevista que a gente vai citar daqui a pouco,
03:59que nessas camadas ricas e poderosas da população
04:04sempre tem algum envolvido numa coisa errada,
04:11ou que tem um parente, ou que tem um amigo, ou que tem um filho e tal,
04:14não sei o que, e nessa hora todo esse pessoal se une.
04:17E o Bolsonaro percebeu isso e percebeu que poderia juntar todo mundo
04:23para se salvar, salvar a sua família, mas percebeu também que fazendo isso
04:29ele poderia conseguir apoio político para permanecer no governo.
04:33Porque vocês estão vendo que todos os políticos encalacrados com a justiça,
04:39mesmo que tentem rivalizar e posar de oposicionista o Jair Bolsonaro
04:44em alguns outros temas, principalmente nessa parte mais de divisão ideológica,
04:50eles estão com o Bolsonaro na parte de vamos anular tudo,
04:56vamos anular tudo, vamos deixar a impunidade valer
04:58e eventualmente reestruturar os esquemas criminosos,
05:02porque fica essa possibilidade, é isso que eu estou dizendo,
05:05e se tiver ali os criminosos querendo fazer isso,
05:09eles poderão fazer, porque a estrutura de combate à corrupção
05:12está sendo desmantelada.
05:14Então o Bolsonaro percebeu tudo isso, está fazendo tudo isso
05:18e precisa incorrer naquilo que ele criticava quando era o PT que fazia.
05:24Então tem os tweets lá do Jair Bolsonaro,
05:27que a gente já mostrou nesse programa,
05:28chamando de Bolsa Farelo,
05:31e dizendo que aquela turma ia ficar no poder com o Bolsa Farelo.
05:36E hoje é exatamente aquilo que ele faz.
05:40O Bolsonaro, repito aqui de uma maneira geral sobre esses temas que eu estou abordando até aqui,
05:46ele cumpre as promessas do Haddad.
05:49Claro que tem uma situação emergencial,
05:53mas na qual ele não apresenta coerência,
05:56como a gente já falou aqui, Diogo Mainardi falou também,
05:59ele quer estender o auxílio emergencial enquanto ele sabota o combate à pandemia.
06:03Quer dizer, o auxílio emergencial é para durar durante a pandemia,
06:09justamente em razão das pessoas não terem a possibilidade de trabalhar.
06:12Só que ele quer que tudo volte à normalidade,
06:15mesmo sem vacina, da qual ele desdenha,
06:17cuja distribuição ele sabota,
06:21que as pessoas não usem máscara,
06:24porque ele desdenha da eficácia da máscara,
06:27que parem de frescura, ele chama de frouxo,
06:30chama de maricas e tal.
06:32Então, ele colabora para que a situação se agrave
06:36e, ao mesmo tempo, quer prorrogar o auxílio emergencial.
06:40Quer dizer, o auxílio emergencial era para durar
06:43menos do que o bolsonarismo faz com que ele dure.
06:49É para ele durar durante o tempo que o país precisa se estruturar
06:52para vacinar a sua população
06:54e para preparar, enquanto a população não está vacinada,
06:58tudo de maneira a funcionar dentro desse novo esquema
07:02em que as pessoas precisam tomar certos cuidados.
07:05E aí
07:13E aí
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