O economista Luiz Gonzaga Belluzzo expressa preocupação com a insistência na narrativa do risco fiscal, que, segundo ele, serve como pretexto para limitar investimentos públicos essenciais. Belluzzo critica a influência dos mercados financeiros na política econômica brasileira, alertando para os impactos negativos dessa abordagem na moeda nacional e no desenvolvimento do país.
Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/zqAwLUFBpck
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
#SoValeaVerdade
Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/zqAwLUFBpck
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
#SoValeaVerdade
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00E o senhor está preocupado sinteticamente, professor, por quê? Qual seria a razão principal da sua preocupação?
00:05Ah, boa pergunta.
00:07A razão principal da minha preocupação é o comportamento das forças que são importantes na economia e na sociedade
00:15e que repetem e repetem essa questão do risco fiscal, não é?
00:22Dizendo que vai haver calote da dívida.
00:24Isso, na verdade, é uma coisa que está espargida pelos mercados financeiros.
00:31Não é a culpa de fulano, ciclano, é do sistema como um todo, como eles concebem a economia.
00:39E aí você tem um bloqueio, porque você dificulta as ações do governo, se por acaso você tiver uma desaceleração forte,
00:50dificulta as ações do governo que, geralmente, no mundo inteiro, você vê que a Alemanha agora está fazendo um projeto
01:00de um trilhão de euros de gasto e a Alemanha era um país muito cauteloso, não é?
01:09Nunca se valeu da política fiscal para estimular a economia.
01:13Recentemente, como nos últimos três anos eles sofreram o choque do fim do abastecimento de petróleo pela Rússia,
01:25teve muita fuga, muita saída de empresas alemãs, Volkswagen, Mercedes, etc., para a China.
01:32A China é a grande receptora desses investimentos e ele está tentando recuperar a economia alemã fazendo uma coisa inusual, pouco usual
01:44para um país que, tradicionalmente, como é que a economia alemã foi vigorosa, cresceu?
01:56Sabe por quê? Porque eles tinham um superávit, um superávit comercial de 8% do PIB.
02:04Isso era a fonte de geração de renda e emprego na Alemanha.
02:11Desde a crise europeia, crise da Grécia, você se lembra, mesmo a crise da Espanha, etc.,
02:19Isso encolheu um pouco.
02:24Então, agora ele está recorrendo à política fiscal para poder reestimular a economia alemã.
02:35E, por incrível que pareça, a Alemanha tem as taxas de juros dos títulos por mais baixas que os Estados Unidos.
02:44Mais baixas que os Estados Unidos.
02:49Então, na verdade, houve um afluxo de liquidez para a Alemanha
02:54depois que o Trump começou a fazer essas trumpadas dele.
02:58Fazer as trumpadas, aí o pessoal correu.
03:01E nós não sabemos exatamente quais são as trajetórias e as consequências.
03:10Nem podemos saber se eu dissesse que eu sei.
03:13Eu estaria dizendo uma impropriedade, uma mentira.
03:16Mas, olhando as tendências, eu diria que a situação nos próximos anos não vai ficar muito fácil, não.
03:27Não vai ficar muito fácil.
03:29Professor, deixa eu perguntar uma questão para o senhor.
03:32Entre 1930 e 1980, o Brasil foi, provavelmente, no mundo ocidental, o país que mais cresceu.
03:39Seguramente.
03:40O Brasil era chamado de país do futuro.
03:42Então, eu estava vivendo melhor do que o meu pai e o meu filho viveria melhor do que eu.
03:48Sim, sim.
03:48Era isso.
03:49Muito bem colocado.
03:50Esse era o cenário.
03:50O que aconteceu conosco que, em certo momento, ainda no século XX, nós perdemos esse bom caminho do desenvolvimento?
03:59Boa pergunta.
04:01Aí nós temos o caráter crucial e maléfico da crise da dívida externa.
04:07Eu tive no governo, no período de inflação muito alta, tanto que suscitou a adoção do plano cruzado.
04:17Foi um congelamento de preço, que era uma coisa bastante imperfeita.
04:21Era emergencial, mas era imperfeita.
04:24Porque qual era a questão central?
04:27É difícil a gente encontrar alguém que se dê conta disso.
04:32A questão central é que, depois da crise da dívida externa, o Brasil não tinha capacidade de recuperar a sua solvência.
04:39Então, uma fuga do cruzeiro para o dólar.
04:46Uma fuga.
04:48Isso é muito semelhante à hiperinflação alemã.
04:54No caso da hiperinflação alemã, a gente vê com mais clareza.
05:00Porque o acordo de Paris ou de Versailles impôs à Alemanha as reparações de guerra.
05:15E, ao mesmo tempo, que bloquearam, por exemplo, a marinha alemã.
05:17Então, isso provocou uma fuga incrível do marco alemão, que só se recuperou em 1924,
05:28quando o Jalmar Sacht, que é um sujeito interessante, porque foi ministro do Hitler,
05:34e teve, na verdade, um protagonismo negociando isso antes do Hitler,
05:39negociando com os americanos e com os ingleses.
05:45E ele conseguiu um empréstimo, um empréstimo de estabilização feito pelo Banco Morgan.
05:57Eu sempre insisto em ter uma particularidade, porque depois da Primeira Guerra,
06:04a Inglaterra começou a perder a sua hegemonia para os Estados Unidos e para a Alemanha.
06:13E, no caso dos bancos americanos, eles começaram a operar de maneira intensa internacionalmente.
06:26Aí o Banco Morgan financiou a Alemanha, fez um empréstimo de estabilização muito importante.
06:33E, quando fez esse empréstimo, você recuperou a confiança na moeda alemã.
06:39Certo? Você estabilizou a inflação e recuperou a confiança.
06:46Então, voltando aí ao caso do Brasil,
06:51nós tivemos uma derrota, uma perda muito grande,
07:00depois da crise da dívida externa,
07:02que o fenômeno foi o mesmo,
07:04foi uma fuga da moeda nacional.
07:06Nós só não tivemos uma hiperinflação,
07:09vou falar uma coisa aqui,
07:11hiperinflação, porque nós criamos a indexação dos ativos financeiros.
07:20Então, a indexação tem um duplo papel.
07:23Ao mesmo tempo que ela impediu a explosão da hiperinflação,
07:27quer dizer, uma fuga desordenada na moeda,
07:30porque a indexação funcionou como uma garantia,
07:33ao mesmo tempo a indexação continuava projetando a inflação para frente.
07:39O movimento de decisões de preços das empresas
07:44começou sempre a tentar se antecipar a inflação que ocorrer
07:49para manter o rendimento real.
07:52Eu até não vou fazer propaganda.
07:55Eu escrevi um livro chamado Depois da Queda,
07:58com o meu grande amigo Júlio Sérgio Gomes de Almeida,
08:04que trata exatamente o tempo inteiro desse processo.
08:08Não devia fazer propaganda.
08:10Não, que isso.
08:11Isso não é caso de propaganda,
08:12é de reafirmação da exposição do senhor.
08:15Quer dizer, então, o senhor colocaria uma data,
08:17o historiador tem mania de dados algumas vezes,
08:20mas porque sem o tempo não há história.
08:241982, quer dizer, o momento da crise da dívida externa,
08:27que começa a ter um problema no México,
08:30lembrar, atinge depois o Brasil,
08:32os dois maiores devedores eram o Brasil e o México.
08:35E a Argentina também era uma grande devedora.
08:36E a Argentina era uma grande devedora,
08:38em Sul-América Latina,
08:40quer dizer, aí a gente é pego, como diriam,
08:42no futebol, no contrapé.
08:43Contrapé, é isso.
08:44E aí, a partir dali, foi muito...
08:46Porque o plano cruzado, só lembrar quem nos acompanha,
08:49os mais novos, foi em 1986, em fevereiro.
08:53E com esse congelamento de preços e salários,
08:55foi até as eleições, na época era 15 de novembro,
08:58depois teve o cruzadinho, né?
08:59Sim, o cruzadinho.
09:01Mas era uma política de contenção da inflação
09:07bastante precária.
09:08Eu, como participei disso,
09:11tenho liberdade para dizer.
09:14E porque você está numa situação de
09:20ensilhamento da sua capacidade de decidir,
09:26porque a questão central era exatamente
09:29a fuga da moeda nacional,
09:32que desatou esse processo inflacionário.
09:37E, às vezes, essas coisas...
09:41Eu estou dando o exemplo da Alemanha
09:42exatamente para apresentar um paralelo
09:47entre os dois fenômenos.
09:49Não foi só no Brasil, no México também,
09:53a inflação disparou,
09:54e na Argentina também.
09:56E a Argentina até hoje não conseguiu se reequilibrar.
09:59E a desconfiança que eles têm até hoje
10:02em relação à moeda nacional, né?
10:04Que é algo que passou décadas, né?
10:07Exatamente.
10:07Você apontou uma coisa muito importante,
10:10que eles guardam dólar na gaveta ou no colchão.
10:13É verdade.
10:14Ainda hoje está se reproduzindo,
10:16que a demanda de dólar explodiu depois do Millet.
10:19Então é incrível.
10:21Então, justamente sobre isso, professor,
10:23os planos de estabilização.
10:25O cruzado acabou não dando certo.
10:28Em 1987, Plano Brest.
10:30Plano Brest.
10:31Plano Verão.
10:32Igualmente.
10:32Todos eles...
10:33Em 1989, Plano Collor,
10:35março de 90,
10:36e o Collor 2 em maio do ano seguinte.
10:39Isso.
10:39Fracassaram.
10:40Ainda bom que você é bom historiador,
10:41você lembra.
10:43Plano Real,
10:43que diferença ele teve
10:45em relação a esses planos que fracassaram?
10:48E o Plano Real, nesse sentido,
10:49foi exitoso em relação ao combate da inflação?
10:52A inflação é bom lembrar quem nos acompanha,
10:54porque os mais novos não lembram.
10:55Chegamos a ter uma inflação anual de quatro dígitos.
10:58Uma verdadeira loucura.
11:00O que o Plano Real tinha
11:01e o que os outros não tinham,
11:03que deu certo,
11:04e se o senhor, naquele momento,
11:07em 1994,
11:09na metade do ano,
11:10governo Itamar Franco,
11:11o senhor acreditava no Plano Real?
11:14Eu acreditava, sim.
11:15Por quê?
11:17Porque o Brasil de...
11:20Eu me lembro
11:20que eu tive uma conversa
11:23com o John Kenneth Galbraith.
11:26E o Galbraith falou
11:27uma coisa que é muito importante
11:29para a nossa compreensão,
11:30que houve uma crise financeira em 91,
11:33que não foi uma crise
11:34de abarroar
11:35todas as instâncias da economia,
11:39mas, na reação à crise,
11:42se teve uma emissão
11:43de moeda forte,
11:45de dólares,
11:46muito grande.
11:47E o Brasil,
11:49você sabe que no período
11:50da inflação alta,
11:54o Brasil tinha reservas negativas.
11:57O Brasil tinha reservas negativas.
12:00Então, o que aconteceu?
12:03Dado o fato de que durante...
12:04Olha só como é paradoxal,
12:06aparentemente.
12:08Dado o fato de que você
12:09teve uma inflação muito alta,
12:13os ativos brasileiros,
12:15a despeito da...
12:17Ficaram baratos.
12:19Então, depois da crise,
12:20isso acontece frequente.
12:22Os caras vieram para cá.
12:23Então,
12:24ou investiram aqui
12:26em títulos públicos
12:28e outras coisas.
12:29E nós acumulamos reservas
12:31de 40 bi de dólares.
12:35E foi a partir dessas reservas
12:38que o plano real
12:40foi capaz
12:42de ancorar
12:43no dólar.
12:45Não sei se você se lembra,
12:46ou provavelmente se lembre,
12:47que no primeiro momento
12:49do plano real,
12:51a relação dólar-real
12:54era a seguinte,
12:550,83 dólares
12:57por um real.
12:59Certo?
12:59Sim.
13:00E aí eles fizeram
13:01a banda diagonal endógena,
13:03que era uma caminhada
13:07da desvalorização cambial
13:09bem prudente.
13:14Então,
13:15isso causou
13:18uma valorização
13:21do câmbio brasileiro.
13:23Certo?
13:24Então,
13:25em economia, sim,
13:26você toma uma decisão
13:29e não olha
13:29as consequências
13:31colaterais,
13:33laterais disso.
13:35Né?
13:35Então,
13:36o que aconteceu
13:37foi que você valorizou
13:39o real.
13:41Né?
13:42E,
13:43concomitantemente,
13:44eu não sei se você se lembra,
13:47a taxa de juros,
13:48a taxa selic média
13:50no período
13:5094,
13:5299,
13:53quando houve
13:53a crise do plano real,
13:55foi de 25,5%.
13:57Taxa de juros real.
13:59Estou falando
14:00descontada
14:00a inflação.
14:03Agora,
14:04o pessoal fala,
14:05mas então,
14:05o pessoal do plano real
14:06não sabia o que estava fazendo.
14:08Não sabia,
14:09só que a gestão
14:11é muito mais complicada.
14:14Né?
14:14Porque você tem que,
14:16na verdade,
14:17o que você estava fazendo?
14:18Você estava tentando
14:19impedir que a inflação
14:21retornasse.
14:23Né?
14:23E até hoje,
14:25nós estamos
14:27gozando dos benefícios
14:30e malefícios
14:31do plano real.
14:33Né?
14:33O benefício
14:34seria,
14:35professor,
14:35a queda
14:36da inflação.
14:38Os malefícios,
14:39o câmbio
14:40e os juros.
14:41Sim.
14:42Aí,
14:43os malefícios
14:44são da abertura
14:45financeira,
14:47que nós fizemos
14:48exatamente
14:48na ocasião
14:50do plano real.
14:51Então,
14:52você levantou
14:53uma questão
14:54importante,
14:55né?
14:55Que essa relação
14:57cambe os juros.
14:58Né?
15:00É...
15:01Esse sistema
15:03monetário
15:04financeiro
15:04internacional,
15:06ele é profundamente
15:07hostil
15:08e danoso
15:09aos países
15:10que têm moedas
15:11não conversíveis.
15:13Eu sempre dou isso
15:14e você lembra.
15:14Mas o que você está falando
15:15de moeda não conversível?
15:17Eu dou um exemplo.
15:18Eu faço o seguinte,
15:19você vai
15:20a França,
15:22desce
15:22no aeroporto
15:23de Paris,
15:24pega uma nota
15:25de 100 reais
15:25e apresenta
15:26no caixa
15:27para ver se ele troca.
15:28O que ele vai fazer?
15:29Chamar o guarda.
15:31Certo?
15:31Porque não é conversível
15:32a moeda.
15:33Aliás,
15:33isso é a característica
15:34de todas
15:35as moedas
15:38de países
15:40emergentes.
15:40Não foi por acaso
15:42que a Europa
15:43criou o euro.
15:45Que é uma forma
15:46de se defender
15:47dessa hegemonia
15:48do dólar.
15:50e com essa
15:51liberdade
15:52de movimento
15:53de capitais
15:53você tem
15:55flutuações
15:56da taxa de câmbio
15:57porque eles
15:58entram e saem.
15:59Não só isso.
16:01É que ao longo
16:02dos últimos anos,
16:04isso já existia
16:05nos anos 20,
16:07foi criado
16:08um mercado
16:09de contratos
16:11futuros.
16:13Então,
16:14contratos de câmbio
16:16e juros.
16:16o que é o contrato?
16:18Uma ponta
16:19está apostando
16:20no que vai
16:21desvalorizar
16:22e outra ponta
16:23diz que
16:25vai valorizar.
16:27Então,
16:27na execução
16:28do contrato,
16:29você vai ter,
16:31dependendo
16:32do movimento,
16:34se está se aproximando,
16:35por exemplo,
16:37da pessoa
16:38que,
16:39daquele contratante
16:40que escolheu
16:43a desvalorização,
16:45o outro
16:45que escolheu
16:46a valorização
16:46tem que botar
16:47uma chamada
16:48de margem.
16:49Tem que botar
16:50um dinheiro ali.
16:52Porque,
16:52certamente,
16:54isso é uma forma
16:54de controlar.
16:56Mas,
16:57esses instrumentos,
16:59eu tenho até
16:59escrito com
17:00o Manfred Beck,
17:01que é um
17:02amigo meu
17:03e foi
17:06professor
17:07da PUC
17:07também,
17:09nós temos
17:09escrito
17:10artigos
17:11para mostrar
17:12a importância
17:12dos mercados
17:13futuros.
17:14Porque,
17:15aí é o seguinte,
17:16você tem
17:17esse fenômeno,
17:20ele revela
17:22o caráter
17:23abstrato
17:24da riqueza
17:25monetária.
17:26Então,
17:26você está fazendo
17:27uma aposta
17:29sobre
17:30essa
17:31forma
17:33mais
17:34abstrata
17:35possível.
17:35Porque o dinheiro
17:36tem,
17:38eu vou citar
17:38aqui,
17:39porque tem
17:40um tal
17:40de Karl Marx,
17:42né,
17:42que falou
17:43do,
17:46ele é um
17:47teórico,
17:48o Marx é um
17:49teórico
17:49monetário
17:50impressionante,
17:51né,
17:52ao longo dos
17:52três volumes,
17:53sobretudo no
17:54quarto,
17:55mas ele
17:56chamava de
17:57riqueza
17:57abstrata,
17:58acumulação de
17:59riqueza
17:59abstrata.
18:00para se
18:01contrapor,
18:02na verdade,
18:03ele apresentava
18:04os movimentos
18:05relativos
18:06entre
18:06a acumulação
18:09de riqueza
18:09abstrata
18:10e
18:11o desempenho
18:14da economia,
18:15né,
18:17e todo mundo
18:18fala com
18:19Marx,
18:19não sei o que,
18:20que ele falava
18:21da luta
18:22de classe,
18:23sem dúvida,
18:24tinha lá
18:24relação capital-trabalho,
18:26porém,
18:26a questão
18:27central
18:28era esse
18:30propósito,
18:32esse objetivo
18:32estrutural
18:33de uma economia
18:35capitalista,
18:36que é a acumulação
18:36de riqueza
18:37monetária,
18:39não é?
18:39Ou seja,
18:40os empresários
18:42que fracassam
18:43nessa acumulação,
18:44eles somem.
18:46Então,
18:46é uma questão
18:47sistêmica,
18:49o sistema
18:50funciona assim,
18:51você pode se
18:52virar de
18:52ponta cabeça
18:54que
18:54você não vai
18:56conseguir contestar
18:57isso,
18:57o sistema
18:57funciona assim.