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Trump tenta diálogo com Xi Jinping em meio à pressão interna. José Pimenta, diretor de relações governamentais e comércio internacional da BMJ, analisa os impactos do tarifaço e os dados da OCDE que apontam estagnação nos EUA e avanço da Índia como destaque global.

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Transcrição
00:00Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping,
00:04devem conversar ainda esta semana sobre a guerra tarifária segundo a Casa Branca.
00:10Sobre o assunto eu converso agora com José Pimenta,
00:14que é diretor de Relações Governamentais e Comércio Internacional da BMJ,
00:21a quem eu começo a conversa agradecendo pela presença mais uma vez.
00:25Pimenta, ainda estamos no campo das especulações,
00:29porque a Casa Branca disse que estava tentando, estava quase marcado já uma conversa,
00:34obviamente por telefone, por videochamada entre o Trump e o Xi Jinping.
00:38O governo chinês ainda não teve a mesma confirmação,
00:42ou não deu a mesma confirmação com a mesma força que o Donald Trump,
00:46só que nesse meio do caminho nós tivemos o relatório da OCDE
00:50que pinta um mundo bastante mais favorável para a China.
00:54diante dessa possibilidade de conversa,
00:57diante do cenário mostrado pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico,
01:03eu queria saber a sua avaliação do que deve ser essa conversa,
01:06porque o Donald Trump falou, ah, eu vou dar as cartas na mesa,
01:10mas me parece que se for marcada essa conversa, não vai ser bem assim, né?
01:14Boa noite, Marcelo, boa noite a todos aqueles que nos escutam, os telespectadores,
01:21que têm toda razão, os Estados Unidos estão vivendo um momento de pressão,
01:25já não é de hoje, é uma pressão realizada pelo setor privado,
01:29algumas matérias que vocês veicularam já mostram isso,
01:33é uma pressão vivida também por alguns congressistas e também por alguns governadores,
01:38notadamente o governador de Massachusetts, governador da Califórnia,
01:41nesses últimos dias dando fortes declarações contra a política comercial e migratória
01:47e a política fiscal do Trump.
01:50Então o Trump começa a colher aquilo que ele começou a plantar,
01:54aquilo que ele plantou lá no começo do ano,
01:57a gente sabia que o primeiro trimestre do ano ainda não iria ter todos os resultados colhidos,
02:05vamos dizer assim, por conta desse tempo econômico que é necessário,
02:09justamente de resposta, e agora a gente começa a ter os problemas,
02:14e sobretudo em relação à questão comercial.
02:18Então você tem toda a razão quando você fala da OCDE,
02:23mas note que o FMI já há um mês atrás já havia reduzido a projeção global,
02:29a projeção de crescimento global de 3,3% para 2,8%,
02:33a projeção também de crescimento dos Estados Unidos de 2,8% para 1,7%.
02:39E agora uma redução drástica também da OCDE,
02:43a economia norte-americana crescendo pouco mais de 1,5%,
02:46o que vai impactar a economia global, porque a gente sabe
02:49a importância dos Estados Unidos, a maior economia do mundo ainda,
02:53e também o que responde aproximadamente por 25% de tudo que é comercializado no mundo.
02:59Então hoje, diante desses dados, diante de uma realidade que se impõe,
03:06diante de um déficit fiscal que vem acumulando cada vez mais problemas específicos,
03:13e é tanto no nível macro, até mesmo microeconômico,
03:16porque isso vai impactar crédito, vai impactar política monetária,
03:20então a gente sabe que de maneira geral o Trump está pressionado.
03:23a sua popularidade vem caindo, os Estados Unidos já flertam com o cenário de estagiflação,
03:29não é de hoje, onde a gente vai ter aí, em tese, se tudo se programar e sair dessa forma,
03:36um baixo crescimento, como já é dado pelas instituições internacionais,
03:41desemprego começando a aumentar em algumas camadas,
03:43isso tudo combinado com uma inflação que ainda persiste.
03:48Você pode perceber também que os Estados Unidos, que o Trump,
03:51ele tem batido muito forte no presidente do Banco Central norte-americano,
03:55o Jerome Powell, para que ele abaixe as taxas de juros do Banco Central,
04:01hoje na casa de 4,5%, o Powell é irredutível,
04:05diz que não vai abaixar, justamente porque se preocupa com a inflação.
04:09Então, quando a gente olha para o tripé fiscal e para o tripé comercial,
04:17tripé fiscal, comercial e também relacionado à inflação,
04:21a gente sabe que o Trump está numa sinuca de bico.
04:24Pimenta, deixa eu traduzir um pouco em números isso que a gente estava falando,
04:28está aqui um compilado, o relatório da OCDE gigantesco,
04:31mas eu trouxe alguns países para a gente olhar esse traço,
04:35do que foi 2024, estou falando de crescimento do PIB,
04:38a realidade de 2025 e a projeção para 2026.
04:42O impressionante é que a gente entende a relevância dos Estados Unidos,
04:45obviamente, com maior potência, maior mercado consumidor,
04:48o tarifácio tem dois meses, cheio de vai e vem,
04:52nós estamos falando numa comparação de um primeiro semestre ainda do ano,
04:56a gente ainda tem a outra metade,
04:58mas a gente já tem esse cenário bastante complicado.
05:01Então, os Estados Unidos, vou começar a puxar por aqui,
05:03terminou um crescimento do PIB em 2024, 2,8%,
05:08em 2025, como você falou, um pouquinho maior de 1,5%,
05:15mas a gente tem uma queda aqui de 1,2% que é muito sério,
05:24e para, opa, aqui, e para 2026, um crescimento ainda menor de 1,5%,
05:32enquanto a China, que tem a maior relação comercial com os Estados Unidos,
05:36obviamente, cresceu 5%, deve ter um crescimento menor,
05:40mas ainda perto dos 5% e cai mais sensivelmente em 2026.
05:45Sabe o que me chamou a atenção, Pimenta, nesse relatório?
05:48Parece que a Índia está ali quietinha, olhando a briga,
05:51porque o crescimento dela se mantém, inclusive, numa trajetória de subida.
05:576,2% em 2024, 6,3% em 2025,
06:02e aqui há, segundo a OCDE, quem vai mais crescer em 2026 com 6,4%.
06:08A Índia com esse ponto fora da curva, ainda mais inserida nesse contexto.
06:13Por que é tão diferente?
06:15E aí, o desafio Pimenta, a gente tem um minutinho só de conversa,
06:18porque tem tantos outros assuntos que eu preciso tocar aqui.
06:21Marcelo, é importante notar que não só a Índia,
06:24mas todos os países, de alguma forma, vão tentar atrair para si
06:28benesses comerciais, vão tentar atrair para si
06:32essa fuga de cérebros que deve ocorrer de pesquisadores dos Estados Unidos.
06:37Isso deve se propagar, deve ter uma diáspora muito forte.
06:41Aí, mundo afora, então, China, Índia, Europa, a própria Europa,
06:45a União Europeia já anunciou um plano de mais de 500 milhões de euros
06:49para atrair esses pesquisadores.
06:51Então, a Índia já vem crescendo a passos largos há um bom tempo,
06:55já suplantando até o crescimento econômico da China,
06:57tem uma demanda interna muito represada,
06:59uma população economicamente ativa
07:02em algumas etapas, vamos dizer assim,
07:05em alguns aspectos sociais jovem,
07:08e um poder de consumo ainda que tem muito a crescer.
07:10Então, ainda esse crescimento ainda vai se desenrolar dessa forma
07:14durante muito tempo.
07:15Mas note que a Índia, ela disputa ainda no âmbito dos BRICS
07:18esse vácuo, vamos dizer assim, deixado pelos Estados Unidos.
07:23Pimenta, queria agradecer sempre uma aula contigo.
07:26Obrigado mais uma vez.
07:27Conversei com o José Pimenta,
07:29diretor de Relações Governamentais e Comércio Internacional da BMJ.
07:35Tenho certeza que a gente vai se falar muitas vezes
07:37e em breve os assuntos estão pintados todos aqui.
07:40Pimenta, obrigado mais uma vez.
07:42Até a próxima.
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