O Congresso aprovou o orçamento de 2026, com superávit primário de R$ 34,5 bilhões. A repórter Thalita Laurino explicou os cortes em programas sociais para ampliar emendas parlamentares, enquanto Vinicius Torres Freire analisou o acordo político que destravou a votação.
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00:00O Congresso Nacional aprovou o orçamento de 2026, prevendo um superávit primário de R$ 34,5 bilhões no próximo ano.
00:10Ligeiramente acima da meta fiscal, que equivale a 0,25% do PIB.
00:17Vamos abrir o Jornal da Té Brasília, conversar com a repórter Thalita Laurino.
00:21Thalita, boa noite para você. A gente sabe que agora o texto segue para a sanção do presidente Lula.
00:26O que mais prevê o orçamento do ano que vem?
00:30Oi, Cris. Boa noite para você e para todos.
00:35É isso mesmo, Cris. O Congresso Nacional aprovou hoje, numa sessão conjunta, ou seja, numa sessão com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, a Lei Orçamentária Anual de 2026.
00:47Esse relatório passou antes na CMO, a Comissão Mista de Orçamento.
00:52E o que ele prevê? Ele prevê um superávit de R$ 34,5 bilhões e destina R$ 61 bilhões somente para emendas parlamentares justamente em ano eleitoral.
01:06Desse valor, R$ 11,1 bilhões em emendas são acolhidos dentro da programação dos ministérios, ou seja, são geridos pelo Executivo Federal.
01:17Para chegar a esse volume de emendas justamente em ano eleitoral, o relator precisou cortar áreas sensíveis sociais.
01:26Na Previdência, por exemplo, a redução foi de cerca de R$ 6,2 bilhões, uma redução líquida.
01:35Esse corte acendeu, é claro, um alerta no governo federal e técnicos já prevêem que devem ter corte de gastos para que os recursos possam ser garantidos e para que o governo consiga fechar, então, as contas públicas.
01:50Além da Previdência, outros programas também foram atingidos para abrir espaço para as emendas.
01:56O Seguro Desemprego, por exemplo, perdeu R$ 391 milhões.
02:02Já o Auxílio Gás foi reduzido de R$ 5,1 bilhões para R$ 4,7 bilhões.
02:08E o programa Pé-de-meia, que é um dos principais do governo federal, uma das principais vitrines, inclusive, de campanha do presidente Lula, teve uma perda de R$ 436 milhões.
02:21A ministra do Orçamento, Simone Tebit, até chegou aí na CMO, a Comissão Mista de Orçamento, para tentar reverter alguns valores.
02:29Mas o relatório seguiu dessa forma.
02:33O resultado é um orçamento com mais emendas parlamentares e menos espaço para programas sociais.
02:42Agora, esse relatório segue para a sanção do presidente Lula.
02:46Volto com vocês aí em São Paulo. Cris?
02:49Talita, obrigada pelas suas informações.
02:51E eu vou conversar com Vinícius Torres Freire, nosso analista de política e economia.
02:55Vinícius, boa noite para você.
02:57Por que a aprovação do orçamento saiu tão facilmente assim?
03:02Boa noite, Cris. Boa noite para todo mundo.
03:04A gente lembra que, durante quase o segundo semestre inteiro, o governo sofreu várias derrotas, com o Congresso dizendo que não aceitaria a aprovação de aumento de impostos e coisas parecidas.
03:17Bom, nessa semana, o Congresso aprovou o aumento de impostos.
03:20Aprovou o aumento de impostos sobre Fintech, sobre BET, sobre o pagamento de juros de capital próprio, uma remuneração que as empresas dão a seus acionistas.
03:29E aprovou também uma redução de benefícios tributários, que, na verdade, acaba sendo, na prática, um aumento de imposto.
03:37Bom, esse dinheiro serviu para azeitar e arredondar o orçamento de 2026.
03:43Estava faltando dinheiro e, sem isso, o governo ia ter que fazer remanejamentos, cortes, provavelmente cortes em emendas.
03:49Mas, os parlamentares têm como prioridade o quê? Garantir dinheiro de emendas.
03:55Aprovaram esse aumento de impostos e, então, facilitaram a aprovação do orçamento de 2026.
04:01Não só isso. No ano passado, quer dizer, neste ano, foi aprovado o orçamento, neste ano, atrasado, em março.
04:08Isso fez com que o governo pudesse limitar o pagamento de todas as suas despesas, emendas, inclusive, para um ritmo de 1,18 avos por mês.
04:17Quer dizer, reduziu muito o pagamento, ficou com muita coisa para pagar até o final do ano e ainda faltou.
04:23Os deputados e senadores não querem que isso se repita no ano de 2026, que é eleitoral.
04:30Querem um orçamento aprovado, que o governo possa começar gastando 2026 regularmente e, de modo que eles tenham dinheiro para a emenda antes da eleição.
04:41Quer dizer, fizeram um esforço concentrado para garantir dinheiro para eles.
04:45Mais do que isso, eles tiraram dinheiro de despesas obrigatórias, como as da Previdência, para botar em emendas também.
04:53Só que, em geral, o dinheiro para a Previdência está subestimado, o gasto acaba estourando.
04:59Se tiraram, vai faltar ainda mais, vai ter que ter um remanejamento.
05:02Fizeram essa gambiarra para tentar se reservar mais dinheiro.
05:05No final das contas, o que rolou foi um acordão.
05:08O orçamento está aprovado, dinheiro de emenda pode ser liberado a partir de janeiro, tem dinheiro de mais imposto, que foi tão criticado ao longo do ano, e por isso que o orçamento saiu.
05:18E, claro, se não aprovasse o orçamento, podiam ter mais trabalho.
05:22Mas, já 22, dia de começo de recesso, o pessoal já queria sair para a praia ou para a fazenda logo nessa sexta-feira de noite.
05:30É isso aí. Obrigada, viu, Vinícius. Já, já te chamo de novo.
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