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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), desistiu de levar o caso do deputado Alexandre Ramagem (PL), que trata sobre a perda de mandato, para votação no Plenário. A decisão ocorre logo após o STF anular a votação do caso envolvendo Carla Zambelli. Além disso, a Câmara também adiou a votação da PEC da Segurança para 2026. Reportagem: André Anelli.

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Transcrição
00:00O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, desistiu de levar para a votação ali no plenário
00:05e deve decidir agora na mesa a perda do mandato do deputado Alexandre Ramagem
00:10depois de toda aquela situação envolvendo a Carla Zambelli.
00:14Conta aí pra gente, seu André Anelli.
00:18Pois é, Evandro, o Hugo Mota acabou tomando essa decisão por conta justamente de toda aquela polêmica relacionada ao caso Carla Zambelli.
00:27Ela teve a perda do mandato parlamentar, então, determinada pelo Supremo Tribunal Federal
00:32e naquele âmbito da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça, o CNJ,
00:39que provocou também a prisão dela por 10 anos, pagamento de multa de 2 milhões de reais.
00:44Mesmo assim, Carla Zambelli acabou fugindo pra Itália na tentativa de não cumprir essas penas.
00:50Mesmo assim, o plenário da casa, o plenário da Câmara dos Deputados, com 30 votos ali de diferença,
00:56favoráveis a Carla Zambelli, acabou optando por manter o mandato parlamentar dela.
01:02Só que dessa forma, Carla Zambelli acabou optando por renunciar ao cargo.
01:07A Dilson Barroso já tomou posse na última segunda-feira, ele que era suplente dela,
01:12já foi então empossado pra ocupar a vaga do Partido Liberal.
01:16Então, pra evitar um descumprimento de medida no sentido do Supremo Tribunal Federal determinar uma ação
01:24e o Congresso Nacional acabar optando por outra,
01:27Hugo Mota vai levar à mesa diretora e não ao plenário da casa
01:31toda aquela decisão envolvendo o deputado federal Alexandre Ramagem.
01:36Lembrando que ele já foi condenado também no Supremo Tribunal Federal,
01:39só que por outro processo, no caso dele é por participação no chamado núcleo crucial da trama golpista,
01:46assim chamado pela Procuradoria-Geral da República e também pelo Supremo Tribunal Federal,
01:51porque nas palavras da PGR e também com o entendimento do próprio STF,
01:56Alexandre Ramagem teria atuado pra permitir, pra viabilizar o funcionamento de um gabinete paralelo,
02:02ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro,
02:05quando Ramagem era diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência
02:09e com as informações e com tudo aquilo que a agência tinha de acesso,
02:15monitorar oponentes políticos, jornalistas, enfim,
02:18com a finalidade de fazer com que Jair Bolsonaro e o entorno dele
02:22tivessem informações privilegiadas, em especial na época das eleições.
02:27Por conta disso, então, Alexandre Ramagem foi condenado à prisão,
02:32foi condenado também à perda do mandato parlamentar,
02:35só que igualmente como o Carlos Zambelli, ele acabou deixando aqui o Brasil,
02:39dessa vez, no caso dele, pela fronteira com a Guiana,
02:43pelo estado de Roraima, depois se dirigiu aos Estados Unidos,
02:47onde nesse momento é considerado foragido.
02:49Então, a decisão de perda do mandato parlamentar,
02:52que já foi determinada pelo STF, fica nas mãos agora da mesa diretora da Câmara dos Deputados.
02:59Alguns parlamentares ligados ao Partido Liberal
03:03dizem que se trata de uma quebra de acordo,
03:07porque Hugo Mota havia garantido que a deliberação em relação à perda
03:11do mandato parlamentar de Ramagem ficaria nas mãos do plenário,
03:14mas agora, então, vai para a mesa diretora da Câmara
03:17para evitar mais um desgaste com o STF.
03:20Evandro.
03:20O André Nelly, e a PEC da Segurança Pública, vai ficar para o ano que vem também?
03:28Vai ficar para o ano que vem, não só a PEC da Segurança Pública,
03:31mas também existe a expectativa de que o PL, o projeto de lei anti-facção,
03:35também fique para o ano que vem.
03:38Determinações e escolhas do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota,
03:41depois de uma reunião de líderes no dia de ontem,
03:45em que ele chegou à conclusão de que não existe consenso
03:48para nenhuma das duas matérias, nem para a PEC da Segurança Pública
03:51e nem para o projeto de lei anti-facção.
03:54Então, Hugo Mota vai dar mais tempo para que lideranças parlamentares
03:59discutam os termos desses acordos,
04:02lembrando que são dois projetos de origem do Executivo Federal,
04:05partiram aqui do Palácio do Planalto,
04:07também do Ministério da Justiça,
04:09e que tiveram as relatorias escolhidas na Câmara dos Deputados
04:13por parlamentares que são considerados da oposição ao governo.
04:18Isso tudo acabou gerando um desgaste aqui com o Palácio do Planalto também,
04:22com o Executivo Federal.
04:24Houve diversas mudanças em relação aos textos,
04:27principalmente o projeto de lei anti-facção.
04:30Teve diversas mudanças na Câmara dos Deputados,
04:33houve críticas aqui por parte do Palácio do Planalto,
04:36mudanças já também quando chegou para a tramitação no Senado,
04:40e agora, retornando à Câmara dos Deputados,
04:42existe a expectativa de que apenas no ano que vem,
04:45quando houver pelo menos um pouco mais de consenso,
04:48ou mínimo de consenso,
04:50essa é a expectativa de Hugo Mota,
04:52esses projetos possam encaminhar,
04:55possam ser encaminhados,
04:57possam então avançar no Congresso Nacional.
04:59Evandro.
05:00Muito obrigado, André Anelli.
05:01Um abraço para você.
05:02Vamos falar primeiro sobre essa situação envolvendo Alexandre Ramagem,
05:05em todo o detalhe agora de que se deixa de levar para o plenário,
05:10e de se cumprir um provável acordo que teria sido fechado com a oposição,
05:15para uma decisão na mesa de diretores.
05:17Zé Maria Trindade, é contigo que eu quero começar falando sobre esse tema.
05:21Depois do que aconteceu com a Carla Zambelli,
05:24o presidente da Câmara, Hugo Mota,
05:26usa isso como precedente para não repetir a mesma situação com Alexandre Ramagem.
05:30E aí eu quero entender de você,
05:32em qual situação o presidente da Câmara toma a melhor decisão,
05:39a melhor atitude,
05:40no caso de Carla Zambelli,
05:42ou no caso de Alexandre Ramagem,
05:43ou em ambos os casos ele está tomando uma decisão
05:46baseada no que espera do Supremo Tribunal Federal?
05:49Olha, no caso Ramagem,
05:53ele foi orientado ali,
05:55foram nele,
05:56dizer, olha, não repita o caso Zambelli com Ramagem,
06:00não, isso não dá certo.
06:02Desobedecer uma ordem da justiça é desmontar o sistema,
06:06não pode,
06:07senão o outro,
06:08ah, também não vou obedecer a ordem do Supremo.
06:12Há um grande equívoco nisso,
06:13todo mundo falando em cassação,
06:15não é cassação,
06:16é supressão e extinção do mandato.
06:20A extinção se dá por morte,
06:22renúncia ou decisão judicial.
06:24Foi o que aconteceu com o Supremo.
06:25O Supremo determinou a extinção do mandato
06:28e manda para a Câmara dos Deputados
06:30que a prática, a Constituição diz,
06:32ouvida a Câmara nesses casos,
06:34ou o Senado em caso de senador.
06:36Mas é só ouvida para ver se o processo foi legal,
06:39se estava,
06:40foi devidamente assinado,
06:42e o processo deve ser cumprido.
06:44Ah, cassação é diferente.
06:46Cassação tem que passar pelo Conselho de Ética,
06:48Comissão de Constituição e Justiça
06:50e Plenário da Câmara.
06:51Agora, existem sim dúvidas sobre esse rito,
06:55porque ele não é totalmente regulamentado.
06:57Quando decidiu mandar para a Comissão de Constituição e Justiça,
07:01o caso do Zambelli,
07:02eu falei aqui,
07:02isso não vai dar certo.
07:04A Comissão de Constituição e Justiça
07:06foi no sentido de suspender o mandato.
07:09Mas aí, quando chegou no plenário,
07:11o plenário disse,
07:12olha, não vamos suspender o mandato.
07:14E aí, o presidente,
07:16o ministro Alexandre de Moraes,
07:18determinou a suspensão,
07:20deu prazo.
07:21Se ele não cumprisse,
07:23era desobediência à justiça.
07:24Isso é crime,
07:25é crime de responsabilidade.
07:27Veja como jogar uma instituição
07:30numa crise.
07:32É claro que a gente questiona a origem
07:34de todo esse processo.
07:35no caso da Carla Zambelli,
07:37nem é dos atos do dia 8,
07:39nem é um processo político,
07:41uma coisa muito mais grave,
07:42invasão do site do CNJ.
07:44Mas, enfim,
07:46já houve um precedente
07:47e não foi bom para o presidente,
07:49lá que o Natan Donadon,
07:52que foi condenado,
07:54e aí a Câmara resistiu,
07:57e ele acabou sem mandato,
07:59foi cassado,
08:00e enviado pra Papuda.
08:02Então, assim,
08:03a Câmara,
08:04se não aceita uma decisão do Supremo,
08:07tem que caçar antes
08:08pra impedir esse vexame
08:10de um deputado ser condenado
08:12e ter o mandato extinto.
08:16Esse é o nome.
08:17É o mandato extinto.
08:18Quem caça é a Câmara dos Deputados.
08:20Caçar só de mandato
08:21é a Câmara dos Deputados.
08:22Então, agora, com ramagem,
08:24é não repetir o erro, né?
08:25Exatamente.
08:26Você é Maria Trindade.
08:27Piperno,
08:27como é que você avalia agora
08:28essa decisão de Gubota?
08:31Eu acho que
08:32a primeira,
08:33o caso da Carla Zambelli,
08:35certamente deixou sequelas, né?
08:38Então, é claro que é óbvio,
08:40tá muito claro
08:40que ele não quer
08:41repetir o mesmo erro
08:42e esticar a corda,
08:44enfim, do mesmo jeito.
08:46Até porque ele sabe
08:47também que a autoridade dele
08:49é cada vez mais contestada.
08:51Ele tá com o poder enfraquecido.
08:53Ele é, certamente,
08:56o presidente da Câmara
08:57mais fraco dos últimos tempos
08:59e paradoxalmente
09:00ele foi o eleito
09:01com o recorde
09:02de, enfim,
09:03de votação.
09:04Olha que coisa estranha, né?
09:05Mas é aquela coisa, né?
09:07Pra chegar a esse número
09:09esplêndido aí de votos, né?
09:11Essa coisa, enfim,
09:14eloquente,
09:15ele teve que
09:15fazer acordos
09:17com todo mundo
09:18e propor
09:19coisas conflitantes
09:22pra um lado e pro outro.
09:23Como é que ele paga
09:24essa conta agora?
09:25Você acha que ele tá
09:26no nível de Severino Cavalcante,
09:27hein, Piperno?
09:28Você sabe que eu tenho
09:28pensado muito
09:29nesses últimos dias, né?
09:30Até porque os padrinhos
09:32não são tão diferentes assim,
09:33embora Hugo Mota
09:34tivesse também
09:35bastante proximidade
09:37com o deputado
09:38Eduardo Cunha, né?
09:39Que chegou, inclusive,
09:40a colocá-lo lá
09:41como o...
09:43lá o presidente
09:44da comissão
09:45do...
09:46lá do que
09:47investigava Petrobras e tal, né?
09:49De qualquer forma,
09:51ele é, sim,
09:53alguém que tem
09:54um mandato
09:54muito parecido
09:55com o do Severino Cavalcante.
09:57Só que o Severino Cavalcante,
09:58na verdade,
09:59ele foi um acidente
10:01bancado pelo baixo clero
10:03aproveitando-se
10:04de divisões
10:06do governo Lula, né?
10:08O governo Lula
10:08chegou a lançar
10:09dois candidatos...
10:10o PT tinha
10:12dois candidatos
10:13a presidente da Câmara.
10:14É um negócio absurdo.
10:15Eles não chegaram
10:16a um acordo entre eles,
10:17foram os dois
10:17e o Severino ganhou.
10:19O Hugo Motta
10:21já foi exatamente
10:21o contrário, né?
10:23Já foi quase
10:23que um candidato
10:24próximo do consenso.
10:26Mas ele é um candidato,
10:27mas ele é um presidente
10:28tão fraco quanto.
10:30Fala, Gani.
10:32Olha só,
10:33é...
10:34O Zé...
10:34Ah, rapidinho, Gani.
10:355h24,
10:36quem nos acompanha
10:36pela rádio,
10:37aquele rápido intervalo,
10:38daqui a pouco,
10:38espera vocês.
10:39Nas outras plataformas
10:40seguimos.
10:41Diga, Gani.
10:41Olha, o Zé toca
10:42num ponto
10:43que é crucial.
10:45Existe uma grande dúvida,
10:46e eu estava lendo
10:47o artigo 55
10:48da Constituição Federal
10:50que diz respeito
10:51à perda de mandato
10:53por parte
10:54de um parlamentar.
10:55O artigo é muito claro
10:56estabelecendo
10:57as condições.
10:59Condenação criminal
11:00após o trânsito
11:01em julgado.
11:02Mas ele é vago
11:03dizendo,
11:04ou melhor,
11:05não dizendo,
11:06se a Câmara
11:07dos Deputados
11:09deve ratificar
11:12a decisão.
11:12ou seja,
11:13se mesmo
11:15tendo o trânsito
11:17em julgado
11:17deve passar ali
11:18por uma votação
11:19na Câmara dos Deputados
11:21ou a perda
11:21do mandato
11:22ela é automática,
11:24é proforma.
11:25Então,
11:26diante desta dúvida
11:27que gerou toda
11:28essa confusão,
11:29por quê?
11:30Porque,
11:30embora a Constituição Federal
11:32seja muito clara
11:33em relação
11:34à perda de mandato
11:36estabelecendo as condições,
11:37ela não é clara
11:38no rito.
11:40Como é que se dá
11:40a perda do mandato?
11:42E aí gerou toda a confusão
11:44no caso da Carla Zambelli.
11:46Provavelmente,
11:47agora,
11:47a fim de evitar
11:48este conflito
11:50com o Supremo Tribunal Federal,
11:52ele restringe
11:53a decisão ali
11:53para a mesa diretora.
11:56Não é inconstitucional,
11:58não é ilegal,
11:59até porque
11:59a Constituição
12:00não diz absolutamente
12:01nada sobre isso
12:03nesse caso.
12:04Bruno Moussa,
12:04eu quero só saber
12:05a sua avaliação
12:06para a gente arrematar
12:06da maneira
12:07que você avalia
12:08que as decisões
12:10tomadas
12:10pelo presidente
12:11da Câmara
12:12levam em consideração
12:13um certo
12:14temor
12:15daquelas que poderiam
12:16vir do Supremo Tribunal Federal.
12:18Sem dúvida.
12:19E, bom,
12:20tudo que todo mundo
12:21comentou aí
12:21já está interligado.
12:22São vários casos
12:23que vão acontecendo
12:24e que todos eles
12:25de alguma forma
12:26se conectam, né?
12:27Vale lembrar também
12:28que o plenário aqui
12:29ele já se mostrou
12:30algo fora do controle, né?
12:32Já houve, por exemplo,
12:33decisões anteriores
12:35que foram tomadas
12:36pela mesa diretora
12:37que é toda comandada
12:38por Hugo Mota.
12:39Então, talvez,
12:40isso traria
12:40algum tipo
12:42de controle
12:42maior
12:43em cima
12:43desse caso.
12:44A verdade é que
12:45o nome de Hugo Mota
12:46vem cada vez
12:47sofrendo mais,
12:49entre aspas,
12:50talvez,
12:50complicações
12:51do ponto de vista
12:51de medição
12:53de força,
12:54respeito
12:55que ele passa
12:56para o plenário,
12:57para o restante
12:57da casa,
12:58como líder ali
12:59que deveria
13:01exercer,
13:02digamos,
13:03mais respeito,
13:04como eu sempre falo,
13:04mais por admiração
13:05do que por autoridade,
13:06mas isso talvez seja
13:07um pouco de ingenuidade.
13:09Então, no meu entender,
13:10para ser bastante objetivo,
13:12tem muito a ver com isso.
13:13Talvez esse plenário,
13:15entre aspas,
13:16fora de controle
13:17e uma mesa diretora
13:18que seria
13:18mais facilmente
13:20controlada por ele.
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