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O relator da PEC da Segurança, Mendonça Filho (União Brasil), adiou a votação do texto para a próxima semana. Segundo ele, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), pediu mais tempo para a articulação política. Reportagem: Victoria Abel.

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Transcrição
00:00Vamos agora falar com a Vitória Bel sobre a PEC da Segurança, porque parece que o relatório foi adiado pra semana que vem.
00:06Conta pra gente, Vitória Bel, seja muito bem-vinda.
00:10É isso mesmo, Evandro. Boa tarde pra vocês.
00:13Pois é, tinha uma reunião marcada pra hoje, reunião de líderes junto com o presidente da Câmara, Hugo Mota,
00:19e também com o relator da PEC da Segurança, Mendonça Filho, do União Brasil.
00:23Essa reunião foi adiada pra semana que vem.
00:26De acordo com o relator Mendonça Filho, que conversou com a gente,
00:30essa reunião foi adiada porque ele já tá fazendo uma conversa individual com os líderes partidários.
00:35Ele disse que já conversou com o Lindbergh Farias, do PT, com o Pedro Campos, do PSB,
00:41vai conversar com o Sócines Cavalcante, do PL, e que ele e o Hugo Mota avaliaram que,
00:45como eles já estavam fazendo essas conversas individuais, não era necessário uma reunião hoje,
00:49e que, portanto, ele pode afinar mais esse relatório pra apresentar, de fato, aos líderes formalmente,
00:56na terça-feira, que é quando, novamente, deve ter uma reunião de líderes.
01:00O que ele também nos contou é que um dos trechos que ainda está sendo construído,
01:05e justamente é um dos principais trechos, é a possibilidade de tentar constitucionalizar,
01:12ou seja, de colocar na Constituição, por meio dessa PEC,
01:15aquelas operações integradas entre polícias civis e polícia federal.
01:21Hoje já existe as chamadas FICUS, que é Força Integrada de Combate ao Crime Organizado,
01:27tem funcionado em alguns estados, mas ainda exige, claro, uma certa negociação e abertura
01:33de polícias civis com as superintendências regionais das polícias federais.
01:38Levando essa estrutura de integração pra Constituição, você, de certa forma,
01:44obrigaria as polícias a compartilhar esses dados e a fazer operações em conjunto,
01:49quando, é claro, fazer sentido, quando fizer sentido, como, por exemplo,
01:53em operações de combate a facções criminosas que acabem extrapolando fronteiras dos estados.
01:59E ele disse, então, que estruturar essa cooperação é a parte que está dando um pouquinho mais de trabalho
02:05nessa PEC da Segurança, porque exige uma negociação maior também com governadores,
02:10mas deve ser um dos cernes da PEC da Segurança, que antes, vamos lembrar no texto original,
02:16trazia um empoderamento da Polícia Federal, que ficaria quase que coordenando essas operações
02:22contra facções criminosas e passando ali as coordenadas para as polícias civis.
02:27Agora, o que Mendonça Filho quer trazer é todo mundo no mesmo nível
02:30e deixar isso, de certa forma, estruturado pela Constituição.
02:34Além disso, também, essa PEC vai trazer na Constituição aquele sistema integrado de banco de dados,
02:44boletim de ocorrência, então, todo mundo vai ter, todos os policiais, é claro,
02:48terão acesso aos boletins de ocorrência e também aos dados dos criminosos
02:53que estejam presos em outras unidades federativas.
02:57O Mendonça Filho vai, então, conversar com os líderes na terça-feira.
03:00A expectativa é que quarta ou quinta-feira esse texto finalmente consiga ser votado
03:05na comissão especial e depois seguir para o plenário da casa.
03:10Vamos lembrar que o prazo que eles tinham dado anteriormente é do dia 10 de dezembro,
03:13que já é na semana que vem, mas tudo indica que pode ficar para ainda outra semana.
03:19Então, tudo vai depender, de acordo com o Mendonça Filho,
03:21se eles vão conseguir amarrar esse texto na terça-feira.
03:25Evandro.
03:25Muito obrigado pelas informações, viu, Vitória Bel, um bom trabalho para você aí em Brasília.
03:30Ô, mano, você entende que seria uma boa estratégia adiar,
03:34e até a pedido do presidente da Câmara, exatamente para conduzir já as articulações?
03:39Porque a gente costuma dizer que no Congresso Nacional,
03:42nenhum projeto vai à votação sem que a decisão já esteja tomada no bastidor.
03:47Se isso está acontecendo em relação à PEC da Segurança Pública,
03:50é porque a divergência ainda acende uma luz amarela ali para alguns líderes?
03:55Acende, Evandro. Não à toa, nessa semana, nós tivemos audiência pública
03:59com participação do governador Tarcísio de Freitas e do governador Ronaldo Caiado,
04:05e o tom, muito mais do que focar no aspecto propositivo para que o relator,
04:13deputado Mendonça Filho, que é do União Brasil, portanto,
04:16mesmo partido do governador de Goiás, Ronaldo Caiado,
04:19no lugar do tom ser mais propositivo para encaminhar o rumo que o relatório terá,
04:27os governadores focaram muito mais ainda em fazer críticas ao governo federal,
04:34ainda remetendo à versão original do texto, que todos nós sabemos não existe mais,
04:40porque o relator Mendonça Filho fez diversas modificações,
04:44como a Vitória Bel estava nos trazendo.
04:47Então, na prática, o que a gente vê é uma dificuldade de um texto mais técnico,
04:53e que tem sido conversado, que ele realmente flua como prioridade,
04:57porque muitos atores continuam fazendo o apego ao discurso eleitoral,
05:05onde é muito mais interessante culpar e acusar o governo federal
05:09de não ter uma proposta, do que efetivamente chegar a um acordo minimamente razoável
05:15sobre qual é a proposta.
05:17E, na minha leitura, o trabalho que vem sendo conduzido pelo relator Mendonça Filho,
05:22que não é um governista, que foi ministro do governo Temer,
05:25que é um quadro histórico da direita em Pernambuco,
05:29é um trabalho técnico e que conseguiu encontrar um caminho razoável,
05:33dirimindo a principal das críticas, que era uma eventual concentração de poderes
05:39no governo federal.
05:40Não é mais verdadeiro dizer que o texto com o relatório de Mendonça Filho
05:45terá concentração de poderes, terá um aumento da coordenação de esforços
05:50entre as diferentes esferas do Estado,
05:52e isso é essencial para melhorar o combate ao crime organizado.
05:56O Acácio Miranda, você concorda que Mendonça Filho entregue um relatório melhor
05:59em relação a essa PEC da Segurança Pública e que também o governo federal
06:03estaria fazendo a parte dele ao trazer essa proposta,
06:07ao propor algo que altere a maneira como a segurança pública funciona aqui no país
06:12e que, diante dessa boa proposta, entra aí o elemento político
06:17que é criticar por criticar para garantir a eleição lá na frente?
06:23Eu acho que a política, neste contexto, Evandro, tem um viés duplo,
06:28um viés em dois sentidos. Por quê?
06:32Primeiro, por mais que a gente faça críticas à política pela política,
06:36especialmente como decorrência da polarização,
06:39ela tem um segundo viés, que é o papel da política
06:43transpor esse tipo de discussão e chegar a um resultado
06:48que seja o melhor possível para todos.
06:52E é isso que o ministro fez, que o parlamentar fez neste contexto.
06:59E por que é o que ele fez nesse contexto?
07:01Ele ouviu todas as partes, ouviu os governadores,
07:05ouviu o governo federal, fez uma análise a partir do artigo 144 da nossa Constituição,
07:12entendeu que os estados no Brasil já são tolidos de muitos poderes
07:20e chegou a um resultado que a gente não pode tirar mais poderes dos estados,
07:26especialmente dada a característica do Brasil,
07:31o tamanho do Brasil e as peculiaridades regionais,
07:34e também dadas as características individuais de cada um dos estados.
07:38Porém, há necessidade de nós centralizarmos essa atuação em alguém,
07:44e ninguém melhor que a União para exercer este papel centralizador.
07:50Então, a partir do momento que são considerados todos esses elementos,
07:55é a melhor solução que se tem.
07:58É óbvio que no frigir dos ovos,
08:02a União vai abrir mão de um pouco do poder que pretendia exercer,
08:08e os estados também acabarão transferindo um pouco das suas prerrogativas para a União,
08:14para que seja exercido este papel de poder central.
08:18Mas no final do dia, o que importa não é quem exerça ou deixe de exercer esse papel.
08:25No final de um dia, o que importa é que os índices de segurança pública sejam melhorados,
08:31e nós, população, tenhamos uma sensação maior de segurança.
08:37Fala, Bruno Mousa, o que foi?
08:39Você discorda de alguma coisa?
08:40É, se eu não concordo tomar liberdade, não concordo muito com isso, não.
08:45Eu acho que toda e qualquer decisão, ela tende a ser mais eficiente,
08:50quando falamos de algo bastante grande, onde exige esforços, dinheiro, responsabilidades.
08:58Eu tendo a achar que essas decisões centralizadoras,
09:02elas tendem a ser muito mais ineficientes e facilitar a própria corrupção em si,
09:07e, em última instância, diminuir aquilo que nós queremos ver,
09:10que aí eu concordo com o Acácio, que é uma segurança maior para todos nós.
09:14Então, nesse ponto, eu acho que o grande X da questão aqui,
09:18o grande problema, está justamente na centralização desse projeto.
09:23Centralizar na própria União, por exemplo,
09:25as políticas públicas de segurança pública ou penitenciária,
09:29inclusive em alguns fundos que centralizarão esse dinheiro.
09:32Eu acho que, quanto mais descentralizado, melhor.
09:37Menos pessoas comandando quantidades muito grandes de dinheiro.
09:43Isso facilita e favorece uma corrupção com os incentivos perversos
09:47que nós conhecemos dentro da política.
09:49Então, eu mencionei aqui, por exemplo,
09:51eu sou muito mais a favor de uma GCM da vida,
09:53a Guarda Civil Metropolitana,
09:55ter uma capacidade ostensiva de combate ao crime
09:58nas micro-regiões que todos nós vivemos,
10:01do que você centralizar lá na União.
10:03Claro que nós não estamos falando aqui
10:04de o combate à fronteira,
10:07que tudo isso, ok, são coisas diferentes.
10:09Estamos falando do crime do dia a dia
10:11nas capitais brasileiras.
10:12Então, eu acho que a centralização,
10:14ela não ajuda, muito pelo contrário,
10:16ela desfavorece o que todos nós queremos,
10:19que é a qualidade de vida melhor no Brasil.
10:20E foi, Mano, você levantou a mão.
10:22Eu entendo a crítica do Bruno,
10:23mas eu discordo que o espírito do relatório do Mendonça
10:26seja de centralização.
10:28Eu diria que é muito mais de cooperação.
10:30Até do ponto de vista de guarda municipal,
10:32o texto vai incluir no sistema de segurança
10:36o papel dos municípios,
10:38o que é um avanço diante da situação hoje.
10:41Porque, ao mesmo tempo em que a descentralização
10:44e a autonomia gerencial por parte dos governadores,
10:48de suas polícias, é essencial,
10:50e acredito que o relatório do Mendonça Filho
10:54também corrobore essa visão,
10:56a gente não pode deixar de ter o mínimo de integração
11:00sobre dados, por exemplo.
11:02A gente não tem como tratar, por exemplo,
11:06furto e roubo ser classificado no estado
11:10de uma determinada forma
11:11e o roubo de mercadorias em rodovias
11:16ser classificado de outra forma no outro estado.
11:19Porque aí a gente fica comparando maçãs com bananas.
11:22E até hoje, no Brasil, a gente não conseguiu ter o mínimo acordo
11:26entre polícia civil, polícia militar e os diversos estados
11:30sobre como que a gente classifica alguns tipos de ocorrências policiais.
11:36Então, tudo isso, para que a gente possa ter
11:38mais inteligência e coordenação
11:40no combate ao crime organizado, que hoje atua como uma multinacional
11:44extremamente organizada,
11:46a gente precisa ter o mínimo de sintonia
11:49de um ponto de vista operacional,
11:52sem centralizar, mas aumentando a cooperação.
11:56Ô, Zé Maria Trindade, o que você pensa?
11:58Fecha por aí, meu amigo.
11:58Pois é, essa cooperação é fundamental e funciona.
12:03O grande exemplo aqui de grandes eventos
12:06como Copa do Mundo, Olimpíadas,
12:08houve uma centralização de informações.
12:12Não pode um país com a possibilidade
12:15de tirar 27 carteiras de motorista
12:19ou 27 identidades.
12:22Então, está tendo, já estão unificando decisões.
12:25Um policial não pode ser exposto a um perigo
12:29de abordar alguém e não saber quais são as informações contra ele.
12:34Porque, dependendo da informação que você tem
12:37contra uma pessoa que você aborda,
12:40é um tipo de abordagem.
12:42E é assim no Brasil, não tem unificação de informações.
12:47Alguém pode ter uma prisão decretada
12:50por algo muito grave em São Paulo
12:53e outro Estado que não tem.
12:54Alguns já estão colaborando, né?
12:56Isso é fundamental.
12:58Agora, o que eu acho um grande erro nisso aí,
13:00um grande erro é o seguinte.
13:02Vamos combater a violência e tal e tal.
13:03Eu não vi nenhuma lei nova definindo
13:07um piso para a segurança pública,
13:10novas condições e garantias para o policial,
13:14nenhuma possibilidade de valorização das polícias,
13:17e definição clara em lei dando mais autonomia
13:22e possibilidades de trabalho para a polícia.
13:26Toda a legislação está no sentido de aumentar penas
13:30e não sei o quê.
13:31Isso não adianta.
13:32O sentimento de impunidade é que faz o aumento
13:35da criminalidade aqui no país.
13:37Então, é uma lei capenga,
13:38que não vai resolver o problema
13:40e precisa imediatamente de uma lei
13:42valorizando as polícias
13:44e não estou vendo nem sinal disso.
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