O apagão em São Paulo, que já ultrapassa 50 horas, expõe a ineficiência da Enel e a polêmica política sobre a concessão. Em meio ao caos, a crise se agrava com a denúncia chocante de funcionários parceiros cobrando até R$2.500 de propina para restabelecer a energia. A bancada do Morning Show debate o prejuízo milionário para o comércio, a falta de previsão da concessionária e a urgência de uma resposta para os quase 800 mil imóveis afetados na cidade.
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00:00Estar trabalhando, Isadora Brizola, o pessoal da concessionária de energia, porque muitas pessoas ainda continuam no apagão aqui em São Paulo com informações ao vivo com o Marcelo Matos, que vai trazer pra gente quantas pessoas ainda continuam sem energia e os prejuízos gerados, né, por conta dessa situação. Matos, é com você, meu amigo.
00:20Matos, é com você, meu amigo.
00:50Nós que pagamos todo o Congresso, Supremo, enfim, todos aí o funcionalismo público.
00:58Mas como você dizia, né, e também há um choque envolvendo a concessionária Enel, o ministro Alexandre de Silveira, poucos entendem a sua posição de renovar a concessão da Enel, que vai vencer lá em 28, mas ele quer antecipar essa renovação.
01:14Isso abriu um atrito muito grande aqui, as críticas do prefeito Ricardo Nunes, do governador Tarcísio de Freitas, que ontem defendeu mais uma vez a intervenção na Enel.
01:24É uma concessão federal, administrada justamente no âmbito federal, mas quem sofre é a população aqui da Grande São Paulo, principalmente de capital.
01:33Vamos, então, ao último balanço que foi divulgado pela Enel.
01:37Somente aqui na capital, né, passou a tempestade, mas não veio a bonança para pelo menos 570 mil clientes, né.
01:45É bom a gente dizer ponto de luz, um cliente, né.
01:47Então, quer dizer, a população pode ser muito maior.
01:50Então, clientes, 569 mil, ainda desde quarta-feira, sem energia elétrica aqui em São Paulo.
01:56Juntando a Grande São Paulo são 772 mil, né.
02:00Então, a gente falava dessa renovação, há uma cobrança muito grande, né, porque os caminhões da Enel de manutenção foram vistos lá parados no pátio.
02:09Houve todo o questionamento do prefeito Ricardo Nunes.
02:11Essa cobrança, por que que não houve, então, um empenho maior, essa resposta que nunca acontece.
02:16A gente sabe que nós tivemos aí a terceira maior marca em relação aos ventos, 98 quilômetros por hora.
02:23O estrago foi geral, mas isso desde o início da semana já havia esse boletim meteorológico.
02:28A gente sabia que ia ter muita chuva e depois muito vento.
02:31E toda essa questão já faz muito tempo que há uma reclamação dessa resposta da Enel, né.
02:38Então, fica toda essa situação, esse debate político.
02:42O ministro quer renovar e antecipar a renovação.
02:45O prefeito, ele garante que o prefeito e o governador estão chorando, que não pode se transformar tudo isso numa discussão política.
02:53Já aqui em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes garantiu que ele indicou conselheiros para Enel, o ministro Alexandre Silveira.
02:59Então, toda essa situação é política também, é econômica, mas quem paga o pato é a população aqui de São Paulo.
03:05Em relação ao comércio, mais uma vez, a repetição, a FEComércio avalia que pelo menos um bilhão e meio já de prejuízo,
03:11desde quarta-feira, muitos estabelecimentos ainda sem energia elétrica vão perder todo aquele material que está armazenado lá no freezer.
03:19Pode correr o risco e tudo mais.
03:20É um prejuízo muito grande, de fato.
03:22Então, a questão dos voos, hoje houve uma melhora, mas nós tivemos aí ontem, nós trouxemos ao vivo para vocês aí,
03:29congestionadíssimo o Aeroporto Internacional de São Paulo, o Aeroporto de Congonhas.
03:33Mas hoje, Congonhas já tem uma situação mais tranquila, né, podemos dizer assim, com três voos que foram cancelados hoje em Congonhas.
03:41Então, nós continuamos acompanhando árvores e mais árvores ainda caídas por São Paulo.
03:46Todo esse trabalho continua, mas infelizmente são quase 800 mil clientes, 10% dos clientes da Enel.
03:53E aquela coisa, você não tem alternativa, né?
03:55Se você tivesse alternativa para buscar uma outra empresa, uma outra forneção, mas você não tem.
03:59Você é cliente cativo, você paga direitinho, mas vai continuar a ficar sem luz aí.
04:05E não há uma previsão, portanto, ainda mais que possa indicar.
04:10Vai ser daqui uma hora, duas horas, então a concessionária também não faz essa previsão.
04:14Vamos continuar acompanhando e daqui a pouco voltamos com mais informações ao vivo aqui na Jovem Pan.
04:19Retorno com você, Tarso.
04:20Valeu, Marcelo Matos. Muito obrigado pelas informações.
04:23É impressionante também, né?
04:24Ontem a gente teve aqui o representante da Enel dizendo que eles estão trabalhando e tudo,
04:28só que não quis dar prazos pra gente.
04:30A gente perguntou várias vezes pra ele.
04:32E uma outra situação também que tem ocorrido, até dois boletins de ocorrência foram registrados,
04:36denúncias tanto em Diadema, na Grande São Paulo, de funcionários terceirizados da Enel
04:41querendo cobrar propina pra religar a energia.
04:43Algumas pessoas até relataram que pagaram entre mil até dois mil e quinhentos reais.
04:49Tudo isso foi registrado até na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo.
04:54Um funcionário de uma empresa parceira da Enel foi levado para a delegacia pelo subprefeito
04:59da região, o Rafael Manitoga, né?
05:03Após admitir ali que realizou o bico e cobrou.
05:07Bico, né?
05:07Bico.
05:08Detalhe, bico.
05:09Ele falou que fez um bico.
05:10E cobrou dois mil e quinhentos reais pra religar a energia de um endereço na região.
05:15Nós temos até um trecho dessa conversa e vamos exibir agora.
05:19Dois e meio pra religar o conector, né?
05:48Porque precisa ter uma certa quantia aí pra religar o serviço, tudo.
05:52É um absurdo que a gente vive no nosso país.
05:54É um absurdo.
05:55E imagina quantas casas ficaram.
05:57Foi 1,5 milhão de casas.
05:59Não, no começo lá 2,2 milhões.
06:02Aí depois passou pra 1 milhão e 500 mil imóveis, né?
06:06Não são pessoas.
06:07E agora a informação, né?
06:09800 mil.
06:09Pelo Marcelo Matos, mais de 800 mil pessoas.
06:11Na verdade, pessoas não.
06:13Imóveis, domicílios com energia desligada.
06:16Quem vai primeiro, né?
06:18Aí começa a surgir realmente aquela coisa que a gente falou.
06:22Burocracia, corrupção ligada diretamente, né?
06:26E como tem tantas casas assim sem luz, vai surgir casos como esse.
06:30A gente tá no Brasil, né?
06:31Sim.
06:31Inclusive, a polícia civil tá investigando já essa situação, disse que tá apurando
06:36e vai chegar aos responsáveis por esse esquema de corrupção.
06:39Mas o grande responsável é a incompetência da Enel, né?
06:42É, exatamente.
06:42Porque se houvesse a relegação com a velocidade necessária, não haveria espaço pra surgirem
06:51esses casos de corrupção de terceirizados cobrando valor por fora.
06:56Isso é justamente resultado do caos, de um plano de resiliência que não tá funcionando
07:02e de um plano de contingência que tá muito longe da eficiência necessária.
07:07O que é surreal, pensando no tamanho que tem em São Paulo
07:10e pensando que toda vez que tem uma intercorrência climática minimamente fora do normal,
07:19a gente tem esses casos de blackout com horas e horas de energia faltando pras pessoas.
07:27Ontem foi ainda falado que foi colocado 3 mil pessoas na rua pra tentar resolver o problema, né?
07:32De um dia pro outro.
07:33Mas é uma matemática básica.
07:35Se você fizer 3 mil por 2 milhões de clientes, a gente tá falando de 0,15%.
07:39Você não tem nenhum por cento ali de funcionário pra atender o tanto de cliente que tem.
07:43Por isso que a gente tá entrando 48 horas agora e ainda metade ali, praticamente um terço,
07:48ainda está sem luz.
07:50Além do fato de que muito da discussão que existe agora nesse momento,
07:53e a gente tava conversando sobre isso, né, mano?
07:55Dessa questão da responsabilidade.
07:57Porque existe a responsabilidade da Eno, mas quando a gente vê a coisa na prática,
08:00acontece o fato de que, poxa, a árvore caiu, a árvore é uma responsabilidade da prefeitura.
08:04Então a prefeitura tem que ir lá, tirar a árvore, e a prefeitura é uma parte estatal,
08:08a Eno é uma parte privada, então são duas partes que não se comunicam,
08:12e aí fica aquele toma lá da cá, e quem sai prejudicado é sempre a gente que tá aí,
08:1650 horas seguidas sem luz.
08:18Então essa discussão, acho que ela é interminável toda vez que tem um temporal aqui em São Paulo,
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