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Eles transformaram a tradição italiana em marca de desejo!

Ricardo e Márcia Trevisani são os nomes por trás do Grupo Ristorantino, referência em alta gastronomia com casas em São Paulo, Rio, Porto Alegre e, em breve, Brasília.
No papo com Manu e Gabe, o casal conta como construiu um império familiar sem perder a essência — da vivência de Ricardo no Grupo Fasano e na Itália, à visão estratégica e humana de Márcia, que faz da marca uma experiência completa.

Uma conversa sobre gestão, branding, expansão e o futuro da gastronomia italiana no Brasil — da cozinha ao coração dos clientes.

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Diversão
Transcrição
00:00Olá, olá, bem-vindos ao MET Gastronômico, o maior programa de gastronomia e empreendedorismo do Brasil.
00:13Eu sou a Manu Carvalho.
00:14Eu sou o Gabriel Carvalho e a gente está aqui de novo para explorar o sabor do sucesso e aprender com histórias inspiradoras, não é, Manu?
00:20Olha, presta atenção que o convidado de hoje, na verdade são os convidados.
00:25Os convidados.
00:26Formam um casal que são muito admirados nesse setor gastronômico.
00:31É isso mesmo, Manu. Na verdade, ele tem anos de experiência, veio de uma trajetória de fazano, enfim, tiveram experiência na Itália.
00:39E ela veio do marketing para transformar esse mundo de gastronomia em grandes marcas, né?
00:43Exatamente, Gabi. Eles são os criadores do Maremonte, do Laçu. Eu acho que você já sabe de quem eu estou falando.
00:50Grupo Ristorantino.
00:52É isso aí. Sejam muito bem-vindos, Ricardinho e Márcia. Foi um prazer enorme ter vocês aqui com a gente.
00:57Aê! Esse casal icônico!
00:59Está super animado. Eu já chamo o Ricardinho para vir aqui, já tem mais de um ano, Manu.
01:03Mas ele estava abrindo Riviera, estava abrindo não sei o quê, nunca conseguia tempo. Agora ele conseguiu um tapeio para a gente.
01:09Minha vida parece a sua.
01:10É, estamos ficando doidos.
01:11Estamos ficando doidos.
01:12Ajudadíssimo.
01:13É isso aí.
01:13E antes da gente começar, siga a gente nas redes sociais, que é arroba-mete.gastronômico.
01:18E se inscreva também no nosso canal do YouTube para não perder nenhum episódio.
01:22É isso aí. Márcia e Ricardo, conta para o pessoal um pouquinho das redes de vocês, para o pessoal poder seguir acompanhando o que está acontecendo.
01:27Vou deixar a Márcia aqui, que ela que é a fera no negócio, né?
01:31Então, as redes do Ristorantino estão todas juntas em um só, que é o arroba-ristorantino-underline.
01:36Lá a gente tem o Ristorantino Café, o Ristorantino Riviera, Rio.
01:39Ah, está tudo dentro da mesma comunidade.
01:41É, tudo que é Ristorantino, inclusive café, está lá no Ristorantino-underline.
01:45E aí tem o LaSue-underline-ristorante.
01:49Legal.
01:49Uma pergunta, antes da gente começar, vamos começar aprendendo.
01:54Márcia, você que vem desse mundo de publicidade, você acha que ter uma conta para um grupo vale mais a pena ou você teria várias contas?
02:03Por exemplo, você falou que o Ristorantino está em uma conta só.
02:06Sim.
02:07Faz mais sentido para você?
02:08Eu acho que na hora que a gente tem bastante marcas, assim, para mim, mais de três já é bastante.
02:13Pelo trabalho que dá, é bastante mesmo.
02:15Eu acho que aí já vale a pena, porque tem a sinergia de uma com a outra, né?
02:18Os nossos clientes, eles flutuam mesmo, entre um e uma.
02:20O fim, a comunidade é a mesma, né?
02:21Sim.
02:22Muda a ocasião, eventualmente.
02:23Sim, muitas vezes, sim.
02:24Então, a gente teve, assim, já cliente que fala assim,
02:26Poxa, não sabe o que existe, o Ristorantino Jardim, esclito da Ribeira falando isso, né?
02:30E aí, assim, através das redes, essa sinergia é muito positiva, né?
02:34Se a gente tivesse só dois, talvez não, mas com um pouco mais de contas no total, eu acho que ajuda bastante.
02:40Faz mais sentido.
02:41Eu acho.
02:42Deixa você maluca, né?
02:44Bastante.
02:46Gente, antes da gente começar, Manu, vamos...
02:49Eu estou doido para começar com o meu que está aqui, então...
02:51Também.
02:51O que vocês trouxeram para a gente provar hoje aqui, Cardinho, Márcia?
02:55Bom.
02:56Os clássicos do restaurante.
02:57Os clássicos.
02:58Você quer falar, Marcia?
02:59Pode falar.
03:00Então, posso falar ou você fala?
03:02Vou falar.
03:03Bom, então nós temos, primeiro, essa amarelinha aqui.
03:08Está muito bonita.
03:08É uma polenta.
03:10Isso é uma polenta com açafrão.
03:13Uau!
03:13E essa polenta nós servimos no Ristorantino dos Jardins, que é o nosso aperitivozinho de bar, né?
03:21É o nosso agrado para a espera.
03:24É claro que, às vezes, quando o cliente já vai direto à mesa, às vezes eles já...
03:28Quero a polentinha que vocês me servem lá no bar, porque ela realmente é viciante.
03:33É viciante.
03:34Maravilha.
03:34Ela não é frita, tá?
03:35Ela é assada.
03:36Isso é muito legal.
03:37É uma polenta assada.
03:39Dá um trabalho danado para ser feito, imagina.
03:41Muito fininha.
03:42É muito fina.
03:43E você vai comendo, assim, sem parar, né?
03:46É muito agradável mesmo.
03:48Muito gostoso.
03:48Isso.
03:49Bom, e aí, seguindo numa ordem, e nós trouxemos o nosso pão.
03:55Nosso pão é...
03:57Primeiro eu vou dizer assim que tudo que nós fazemos, nós servimos, nós procuramos sempre
04:02produção própria.
04:04Procuramos sempre fazer dentro de casa.
04:07Então, voltando, o pão, feito em casa, né?
04:10É um pão de castanha, castanha do Pará, correto?
04:14É do cuvér, que é maravilhoso.
04:16É do cuvér, isso.
04:16Queijo de cabra.
04:17Queijo de cabra.
04:18Aí é legal.
04:18Como é que eu sei?
04:19É, aí tem o grissine, que é um grissine integral.
04:22Feito em casa também.
04:23Também tudo feito em casa.
04:25Aí nós temos uma geleia de tomate, que é um tom...
04:31É um pouco até as pessoas, às vezes, acham que é goiabada e tal.
04:34Pela aparência.
04:35Pela aparência.
04:36Mas ela é uma geleia de tomate e um queijo de cabra.
04:40Então, essa geleia vai em cima do queijo de cabra, servido no couvert.
04:46E aí, seguindo uma sequênciazinha, nós temos a nossa famosa lasanha, que é uma lasanha
04:51de carne de vitela, com uma fonduta de queijo parmesão, uma glace da própria carne, né?
05:00E em cima, lascas de trufas pretas.
05:03Essas trufas são em conserva, quando tem trufa preta fresca, aí nós usamos a fresca,
05:11mas normalmente ela é em conserva.
05:13E, assim, para finalizar lá, hoje o pudim, que é também o nosso clássico, é o pudim de pistache, um pistache siciliano, que também é muito...
05:23A lasanha, talvez, é o prato mais famoso, né?
05:27Sim, é o nosso prato mais famoso.
05:29Nós estamos com a lasanha desde a nossa abertura de 2014, né?
05:332015, é que nós desenvolvemos a lasanha.
05:35A lasanha já está fazendo 11 anos.
05:3711 anos.
05:38Tem história, Salão.
05:39Tem história, tem história.
05:41E, assim, com certeza, é o nosso carro-chefe, a lasanha e o pudim.
05:45Muito legal.
05:46Inclusive, várias vezes, o Risto Torentino já viralizou nas redes sociais, falando,
05:51ah, estou experimentando a lasanha mais cara de São Paulo, né?
05:54Tem algumas coisas...
05:55Ela torna-se a mais trufa.
05:56Ela vai pro ufa, né?
05:58E é muito...
05:59Sem dúvida é a lasanha mais rebuscada do mercado de São Paulo, pelo menos daquilo, acho que eu conheço.
06:04É a lasanha mais...
06:05Mais gourmetizada, né?
06:07Então, ela ficou um pouquinho mais elaborada.
06:09E eu não sei se vocês ainda estão com isso, Ricardinho, mas na época do delivery, eu pedia a lasanha de vocês no delivery e era um serviço, assim, chocante.
06:18Continua sendo.
06:20Fala, cara, que negócio magnífico isso, a embalagem, o jeito que vem.
06:22Você recebe um presente.
06:24É um presente.
06:24Chegar uma lasanha do Risto Torentino em casa era, putz, chegou um presente.
06:29É, seria a ideia.
06:30Eu acho que a gente tem que depois falar um pouco mais desse nosso delivery com essa lasanha e como é que ela chega.
06:40Vou deixar depois a Márcia falar um pouco sobre isso, porque realmente tem uma história até muito bonita em cima dessa...
06:46Agora eu estou curiosíssima.
06:47Vamos lá, vamos lá.
06:49Vamos abrir com essa história?
06:50Vamos abrir com essa história, que eu estou curiosíssima.
06:52Que é um hit.
06:53Não, para mim, mudou minha referência do que é um delivery bem feito dentro da gastronomia.
06:59Eu vou dizer assim, o que...
07:00Inclusive, eu ouso a dizer que é um dos deliveries mais bem feitos de São Paulo, por ser realmente, de fato, parecer que é um presente.
07:08A gente chegou a ganhar um prêmio.
07:09Vou mostrar depois foto aí.
07:11Essa embalagem.
07:11Exato.
07:12Mas é uma embalagem que parece uma bandeja e que vem cada um contando a sua história.
07:17Olha, eu vou dizer assim, esse delivery, essa lasanha, essa embalagem, ela nasceu em um momento, vamos dizer assim, crise nossa.
07:29De crise do país, ela nasceu neste momento.
07:35Talvez uns dois meses antes.
07:37Foi antes.
07:38Porque ela tem uma historinha aqui que eu acho que a Márcia pode contar com mais propriedade.
07:42Posso contar, posso contar.
07:43Porque a Márcia foi a...
07:45Porque foi assim.
07:45Alguns clientes, com muita intimidade, pediam para a gente mandar a lasanha delivery.
07:51E a gente não tinha embalagem, não era preparado para isso.
07:53Antes da pandemia é isso, um pouco antes.
07:55E aí a gente mandava, né?
07:56A Melda, a Márcia Gomei, alguns outros amigos.
07:58E todo mundo falava, Márcia, vocês têm que pôr isso no delivery, porque chega muito bem, né?
08:02Eu falava, Ricardo, olha só o que o pessoal estava falando.
08:05Você está maluca.
08:05E é verdade, né?
08:06Mas se dá as massas, já fica a lasanha que melhor.
08:08Viaja melhor.
08:09Mas a gente nem imaginava isso na ocasião, porque...
08:11E aí a gente fala, você está louca colocar o delivery nosso...
08:14Porque na época ninguém falava em alta gastronomia e delivery.
08:17Não existia, né?
08:18Antes da pandemia não existia.
08:19A gente tinha uma preocupação de como vai chegar essa...
08:21Claro.
08:22A experiência é uma preocupação até hoje, né?
08:23Hoje.
08:24Mas acho que a pandemia ensinou as pessoas a comerem no delivery também.
08:28Entendem um pouco.
08:29E era um preconceito.
08:31Alguns pratos não vão bem, claro.
08:32Mas alguns são possíveis de chegar direitinho, né?
08:35Total.
08:36Mas existe um preconceito com isso.
08:37Eu acho que era um preconceito mesmo.
08:38E aí como a gente tinha essa experiência, falava, cara, vamos pôr, vamos pôr...
08:40Não, não, não, não, de jeito nenhum, né?
08:42Eu insisti tanto que um dia ele disse,
08:44Então, o que você disse para mim?
08:45Eu cheguei para a Márcia, eu lembro que a gente estava no escritório.
08:48Falei, Márcia, eu só vou colocar essa comida nossa, não é só a lasanha.
08:54Eu só vou admitir um delivery quando um dia fica um desafio para você.
09:00Primeiro que a qualidade tem que chegar ótima.
09:01Sim, tem que chegar legal.
09:03Mas eu quero que o cliente tenha uma experiência de receber um...
09:06Foi esse exatamente que você falou aí.
09:08Olha, e a percepção que eu tenho, chega.
09:10Tem que ser um presente ou se delivre.
09:12Nós temos que surpreender.
09:15Então eu quero...
09:15Tem que ser uma caixa de joias.
09:16Uma caixa de joias.
09:18Foi o que a gente falou.
09:19Cara, é um...
09:20Mas ele falou isso achando que a gente não ia conseguir realizar.
09:22Joguei isso para eles.
09:23Eu falei, vou falar isso porque eles não vão realizar.
09:24Vamos criar um desafio.
09:25Não vou colocar no delivery.
09:28É, exatamente.
09:29Falei, tudo bem.
09:31Aí comecei a pesquisar e descobri, preciso falar, o Luizinho da Esquadra.
09:35E aí chamamos eles.
09:37Luiz, é o seguinte, cara, preciso desse desafio e você vai me ajudar a colocar essa lasanha
09:41no delivery porque eu tenho certeza que vai dar certo, porque eu sei que ela chega bem.
09:44E eles fizeram.
09:44A gente, mais de seis meses, a gente criou vários protótipos.
09:48Mas chegava protótipo para caramba.
09:50Não.
09:50Sob medida.
09:51Não.
09:51Reprovando.
09:52Não.
09:52Eles fizeram sob medida para a gente.
09:53Até você falou.
09:54A nossa caixa é uma caixa que não dá código para outros clientes, porque ela é sob medida
10:00da nossa lasanha, né?
10:01Nossa, eles tiveram muita paciência.
10:03E fizeram muitos protótipos, né?
10:04E só um PS, para quem está em casa e nunca comeu a lasanha do Ristorantino, é uma
10:10lasanha que ela tem dois molhos.
10:12Sim.
10:13E esses dois molhos, eles também viajam montar.
10:16Olha lá, ó.
10:17Eu vou montar aqui.
10:18Posso montar?
10:18Pronto.
10:19Ricardinho, montagem do Ricardinho.
10:20Mostra aí, Ricardinho.
10:22Você quer dar uma mexidinha?
10:23Tem aqui um...
10:24É, porque já deu uma esfriada.
10:25Deu uma esfriada.
10:27Então, com esses dois molhos...
10:29É, mais ou menos ela é isso aqui, né?
10:31A gente vai fazer um...
10:32Só uma...
10:33Um improviso.
10:33Um improviso aqui.
10:35Ela é servida.
10:36É, o molho é um pouco mais líquido aqui, agora eu já ensinei um pouquinho, né?
10:38É, o molho está concentrado, então ele é mais líquido.
10:41Vou deixar aqui mesmo.
10:42E a glace que vai aqui.
10:46Eita, deu vontade de comer.
10:47Olha, essa glace demora muito tempo para ser feita.
10:53Quanto tempo?
10:54Dezoito horas.
10:55Dezoito horas de panela ali para reduzir.
10:58Tem um azeitezinho, Ricardinho.
10:59Faz o zigue-zague do azeitezinho.
11:01Vou tirar aqui, vou por aqui.
11:03E aqui nós servimos com...
11:06Então, eu acho que é importante, enquanto a gente está aqui no programa, né?
11:10Você que está em casa nos acompanhando, entenda que é uma história que o restaurantino
11:16conta de uma forma diferente dentro da sua casa.
11:19O Gabriel já está...
11:20Oh, não vou resistir.
11:22Já vai atacar.
11:23Peraí, né?
11:23Depois desse serviço magnífico.
11:25E é super interessante essa lasanha, porque você pode escolher o tipo da garfada que você quer.
11:30É.
11:31Às vezes você quer mais com molho glacê, às vezes você quer mais com...
11:35É diferente.
11:36Às vezes você quer com os dois molhos.
11:38E vocês conseguiram contar essa história dentro do delivery, o que eu acho muito legal.
11:42Então, assim, finalizando, a gente conseguiu criar a tal da embalagem, que parecia um porta-joias,
11:45um presente.
11:46Ricardo se seduziu e falou, conseguiram.
11:48A gente fez vários testes, chegou com uma qualidade.
11:50Aí ele deu o praça a torcer.
11:51Aí ele falou, ok.
11:52Deu o praça a torcer, mas eu deixei isso aí.
11:54Aí entra o Ricardo na história.
11:56Vamos negociar com o iFood.
11:57O iFood fez uma...
11:58Eles queriam muito que a gente entrasse.
12:00E porque ainda não tinha alta gastronomia no iFood, né?
12:03E eles precisavam romper com isso.
12:05Trazer isso.
12:06Isso tudo foi antes da pandemia.
12:08Janeiro de 2020.
12:10Aí a gente negociou com eles.
12:12Eu lembro que eles deram pra gente 20 mil embalagens.
12:16Negociamos seis meses.
12:17Seis meses sem taxa.
12:18Sim, sim.
12:18Era uma coisa muito interessante.
12:19Seis meses sem taxa.
12:21Você entrou com a pandemia, você sem taxa de entrega.
12:23E no momento que eu quisesse começar a tocar o negócio.
12:28Porque não é que eu falei, assinamos o contrato e vamos começar.
12:31Não.
12:32Ele precisava tomar coragem ainda.
12:34Aí assinamos o contrato.
12:36Gente, parece mentira, né?
12:37Assinamos o contrato.
12:39Em março.
12:40Deu dois meses.
12:41A pandemia.
12:42Deu mais dois meses lockdown.
12:44E a gente tem 20 mil embalagens.
12:4820 mil embalagens.
12:49Na frente.
12:50Nossa.
12:50A gente botando que até hoje o nosso delivery é o quê?
12:5320%?
12:53Não, mas eu preciso dizer uma coisa.
12:55Graças à Márcia.
12:56Eu acreditava muito.
12:57Você vê que é um casal de coisas.
12:58É isso.
12:59É intuição feminina, né?
13:01Intuição feminina.
13:01Por isso que eu perguntei quando a Antônia vai nascer.
13:06Porque eu acho que a intuição feminina é fantástica.
13:08Não falha, não falha, não falha.
13:09Não falha.
13:10E aí a gente teve essa felicidade, né?
13:14De estar com tudo pronto na pandemia.
13:16A gente foi muito.
13:17E como é importante, né?
13:18Ver a cabeça de vocês dois funcionando.
13:20Que é uma cabeça, talvez mais do racional, uma cabeça um pouco do emocional publicitário.
13:26É, é, é.
13:27Uma combinação forte essa.
13:28É isso.
13:29Mas vamos voltar um pouquinho pro eixo aqui, porque a gente, pô, a história é magnífica.
13:32A gente vai, se deixar, fica cinco horas de programa.
13:36Ricardinho, você passou 24 anos no Grupo Fasano.
13:4020 anos no Grupo Fasano.
13:41E depois mais alguns anos na Itália.
13:43É, eu comecei no Grupo Fasano jovem.
13:45Comecei com 18 pra 19.
13:48Fiquei, isso era no Fasano lá da Rua Mauri.
13:51Rua Mauri.
13:51Onde é a sua, quase sua forneiria hoje, hein?
13:54Perfeito.
13:55Fasaninho, né?
13:55Fasaninho.
13:56Era o Fasaninho.
13:57E que vocês tenham grandes operações lá, de frente das suas operações fantásticas lá.
14:03Não, e graças a Deus, a Margarita está indo bem.
14:05Sou fã de vocês.
14:06Ó, obrigado, cara.
14:07Muito, muito, parabéns.
14:08Eu, Beto, ouvir isso de um cara que a gente idolatra no setor é...
14:12Parabéns pelo trabalho.
14:13O Júlio Labate ali tem que ficar muito feliz com essa sua participação.
14:16E o Júlio é muito amigo, né?
14:17Então, mais do que sorte.
14:18Estou muito feliz.
14:19Bom, então a gente está falando do Fasano.
14:22Fiquei até...
14:23Fiquei emocionado quando eu falo das histórias de passado.
14:26Porque é muito a minha vida nessas coisas.
14:29Ah, e uma história completa, né?
14:30Muito legal.
14:32Bom, então o Fasaninho era lá atrás.
14:34Comecei com 18, 19 anos.
14:36Só que aquele Fasano durou muito pouco.
14:38Durou dois anos.
14:40Porque aí a JHS comprou o prédio, o terreno e tal.
14:43E aí eu fui embora para a Itália.
14:45Fiquei quase 10 anos trabalhando na Itália.
14:49Eu fazia sala no Fasano.
14:51Era garçom, comim garçom.
14:54E quando eu fui embora, eu falei, cara, eu não vou ser garçom comim na Itália.
15:02Eu falei, eu vou para a cozinha.
15:03E o Luciano Boceja, que era o chefe na época do Fasano,
15:07a família dele tinha restaurante no Lago de Garda.
15:10Aí o Rogério conversou com o Rogério Fasano, conversou com o Boceja e tal.
15:14E eu fui para lá.
15:16E fiquei dentro de cozinha por nove anos.
15:20O Fasano reabriu.
15:22Eu não, assim, conversei com o Rogério e tal.
15:24Eu não quis voltar.
15:25O Boceja voltou para a inauguração e tal.
15:27E eu acabei arrastando minha história.
15:29E fiquei por algum bom tempo.
15:32Quando o Rogério resolveu abrir o Gero na Doc Lobo,
15:36que era em frente ao Fasano.
15:37Aí ele falou, cara, volta, não sei o quê.
15:40Aí eu acabei voltando para a inauguração do Gero.
15:42E aí eu engatei Fasano até 2010, mais ou menos.
15:46Fiquei com eles novamente.
15:48Que legal, que história incrível.
15:48O que você aprendeu no Fasano?
15:50A gente fala aqui no Médio Gastronômico
15:52que o Fasano é realmente uma das grandes escolas aqui do Brasil.
15:55Ensina grandes chefes.
15:57Ouso dizer que é a maior escola de serviço e atendimento
16:00da gastronomia brasileira.
16:02Mas, assim, com alguma folga.
16:03Minha percepção, tá?
16:05Eu concordo.
16:06Eu concordo.
16:07Queria saber seu aprendizado lá.
16:09Poxa, aprendizado gigante, né?
16:12Assim, eu acho que tudo isso é uma construção, né?
16:15Eu acho que tem...
16:16Eu não posso dizer, assim, que a minha vida foi só Fasano.
16:21Eu comecei no Tatinde, eu tinha 15 anos.
16:23O Dom Fabrício?
16:24O Dom Fabrício.
16:25Muito bem.
16:26Era o seu Mário, dona Yolanda lá.
16:29Então eu comecei com eles.
16:30Já pra mim...
16:31Então você começou no Guarujá?
16:33Não, era na Paulista.
16:34Depois quando veio pra cá.
16:35Comecei na Paulista.
16:36E foi assim, o Tatinde foi o que despertou a paixão pelo salão, pela gastronomia.
16:47Eu vou contar rapidinho.
16:49Eu era boy num escritório de contabilidade, que era da minha tia.
16:54E eu fui entregar um dos documentos no Dom Fabrício.
16:58E não tinha entrada de serviço ali.
17:00Ali era a entrada principal, entrava todo mundo.
17:03Funcionário e tal.
17:03E eu entrei pra entregar o documento à tarde.
17:06Era tipo quatro horas da tarde.
17:08E tinha uma mesa ainda lá que estavam atendendo.
17:11Eu vi o Guilherme Arantes naquela mesa.
17:14O Guilherme Arantes bombava naquela época, né?
17:16Eu falei, cara, Guilherme Arantes, que máximo, que não sei o quê.
17:21Aquilo pra mim foi mágico.
17:25Voltei pro escritório e falei, tia, eu quero trabalhar naquele lugar.
17:28Aí ela foi, conversou com o seu Mário e a dona Yolanda.
17:32Eu era, tinha 15 anos de idade, 14, 15.
17:34Me chamava você de miniboy.
17:35Eu era miniboy no escritório dela.
17:37Era pequenininho e baixinho, né?
17:38Miniboy.
17:39Aí minha tia conversou com ele, fui pro Tatini, fiquei lá um tempo.
17:44Eu não aguava gastronomia nunca mais.
17:46Então, e aí ali a gente já despertou algo na minha salão.
17:50Salão pra mim sempre foi uma coisa muito forte.
17:54O atendimento com o público, cliente, é claro que a cozinha, a comida, é óbvio que faz parte disso tudo.
18:01Quanto é que você recebeu o Guilherme Arantes no Gaiano depois de anos?
18:05Parece que vamos atropelar tudo aqui.
18:07Não, não, só pra dizer isso.
18:08Você sabe que eu, quando eu tinha os restaurantes na Ribeira, isso, puxa, tá falando de 80 e...
18:1380, anos 80, que eu vi o Guilherme Arantes lá no Tatini.
18:18Eu falei, num momento da minha vida, eu consegui fazer um show lá no Guilherme Arantes, lá na Ribeira de São Lourenço,
18:27num restaurante que a gente tinha, que era ao lado do Maremonte, que era o Gaiana, que era de frente pro mar.
18:33Eu falei, vou fazer um show com o Guilherme Arantes aqui, vou contar essa história pra ele.
18:37Recebeu o Guilherme Arantes com os anjos dele, olha.
18:38E aí eu trouxe o carro, talvez a centelha pra você entrar nesse negócio.
18:43Foi muito legal, foi muito legal.
18:45Foi muito gratificante.
18:46Bom, então, assim, falando de experiências, né, que você me perguntou.
18:51Então, acho que é tudo uma combinação de coisas.
18:54Ter entrado no grupo Fazano muito cedo, eu tive uma oportunidade muito grande.
19:00Eu comecei no Fazano, a minha diferença de idade pro Rogério era muito pequena.
19:05A gente tem um ano e meio, quase dois anos só de diferença.
19:08O Rogério é muito jovem.
19:09E naquela época, ele tinha vinte e pouquinho.
19:15Com um gás, com uma energia ali, naquele...
19:21Eu era muito jovem, começando.
19:23E eu tive uma identificação, tivemos, eu acho que eu e o Rogério...
19:27Amizade dura até hoje.
19:29Até hoje.
19:30A gente, eu falo com o Rogério, assim, com certa frequência.
19:33A gente se fala.
19:34Então, teve ali uma sintonia muito grande.
19:39Teve uma sintonia muito grande.
19:41E eu lembro, assim...
19:44Eu vou te contar uma coisa, assim, que eu marco até hoje.
19:46E o Rogério era jovem, eu e eu jovem.
19:49E a gente fez...
19:50Eu lembro que ele fazia umas reuniões e tal.
19:52Aí ele fazia uma reunião de equipe no salão do Fazano e tal.
19:56Aí ele falou, assim, pro time.
19:59Porque aquele...
20:00Puto, porque tinha acontecido umas coisas lá de serviço.
20:03Aquelas coisas, né?
20:04Que você sabe bem aí.
20:06Aí eu lembro que ele falou, assim...
20:08Cara, eu tinha 18 anos de idade.
20:10Ele falou, aqui dentro tem só um garçom.
20:15Ele olhou pra mim, entendeu?
20:16No frente de todo mundo.
20:17Cara, aquilo pra mim foi de uma...
20:19De uma responsabilidade tão grande ouvir aquilo.
20:2318 anos ouvir isso.
20:25Muito grande.
20:25De Rogério Fazano.
20:26E a gente tinha cara lá que são hoje...
20:29E na época eram também.
20:31Mas, né?
20:33Foi muito importante, acho, ter ouvido aquilo lá atrás.
20:37Porque me trouxe uma responsabilidade com o grupo, com eles, com as coisas.
20:42E aí foi embora e...
20:43Sei lá.
20:44E aí aprendeu na escola.
20:45Eu falo, assim, algumas pessoas me perguntam...
20:47Pô, o que você gostaria de ter aprendido na sua carreira que você não teve oportunidade?
20:52E eu acho que a idade traz pra gente muita experiência, conhecimento, que ajuda muito.
20:56Mas ela tira tempo, né?
20:58A gente tem muita coisa pra cuidar.
20:59Tá sempre correndo atrás do rabo.
21:02Se eu pudesse voltar no tempo hoje, 20 anos atrás, eu ia pedir um aninho na escola do Fazano.
21:06Pra poder ter essa escola de vocês de servir, atender, receber, cuidar, olhar pra detalhe.
21:12Uma coisa é isso que você está dizendo.
21:15O Rogério é um cara obcecado pelos detalhes.
21:18É, com certeza.
21:18Ele é obcecado pelos detalhes.
21:20E isso aparece em tudo dele, né?
21:22Exato.
21:22Tá no hotel, tá no restaurante, tá em qualquer lugar que ele toca, tem um olhar pra detalhes.
21:28E o Rogério, veja, é uma coisa bem interessante.
21:30Ele nunca foi...
21:31Rogério, ele é tímido.
21:33Às vezes os clientes até comentavam, né?
21:36Pô, mas o cara é arrogante, passa aqui, não sei o quê.
21:38Não, era timidez mesmo.
21:40O Rogério nunca foi um cara de serviço, né?
21:43De sala.
21:44Poucas vezes ele ia na mesa, servia e tal.
21:47Ele era mais o diretor do negócio.
21:50É isso.
21:50Ele era o diretor.
21:51Que era o sonho dele, né?
21:52Ver de cinema, enfim.
21:54Então era assim, então ele tinha...
21:56E aí ele sabia muito bem como a maestria é que a gente estava falando aqui dos atores, né?
22:01A gente tem que...
22:03Conseguir manter todos os atores no eixo.
22:05No eixo.
22:06E ele fazia isso como a maestria...
22:08Fazia, não.
22:09Faz.
22:09Faz.
22:10Faz até hoje.
22:11Em qual momento que você falou, vou empreender?
22:16Eu vou falar...
22:17Foi em 2000...
22:19Em 1999.
22:21Eu estava ainda no Fasano, no Gero.
22:24A gente naquela época era muito assediado.
22:27O mercado assediava muito...
22:29A equipe toda.
22:30A equipe toda.
22:31Porque essa época...
22:33Nós abrimos o Gero em 94.
22:3595, 96, 97.
22:37O Gero era o lugar de São Paulo que mais bombava.
22:42A lista de clientes do Gero abria restaurante em qualquer lugar do Brasil.
22:46Era, assim, maluco, maluco.
22:49A gente era muito trabalho.
22:51A gente era muito trabalho.
22:51A gente pode falar aí da nossa vida pessoal, de quanto negócio de trabalho mesmo.
22:56Mas a gente era muito assediado ali naquela época.
23:00Então, em 99, eu recebi uma proposta.
23:04Um cara da Ribeira de São Lourenço me chamou para abrir um restaurante lá.
23:09Um italiano, Franco Marchetti.
23:11Que ele tinha um restaurante, que ele não era do ramo, não estava muito bem.
23:15E aí ele falou, cara...
23:16Era cliente lá dos restaurantes e tal.
23:20Aí eu fui olhar a Márcia...
23:24O pai da Márcia construía lá na Ribeira.
23:26Eu acabei indo lá.
23:28A gente tinha apartamento.
23:29Tinha apartamento e tal.
23:30Eu não conhecia muito a Ribeira.
23:31Porque ela ia mais.
23:32Porque nessa época era só ralar mesmo.
23:35E eu cheguei para o Rogério e falei...
23:36Rogério, eu estou com uma oportunidade de fazer um restaurante na praia.
23:40A gente...
23:41Talvez eu vou ter uma vida um pouco mais tranquila e tal.
23:44Você queria fazer uma em pizzaria.
23:45Você via isso.
23:46É.
23:46Eu ia fazer uma pizzaria, tá?
23:48Aí eu lembro...
23:50Eu estava no Gero.
23:51O Rogério me ouviu.
23:53Aí ele falou, vem comigo.
23:54Aí eu atravessei a rua.
23:56Que ele só fazia o zig-zag toda hora.
23:58Gero fazendo, fazendo Gero.
23:59Aí ele sentou comigo no bar do Fasano.
24:03Falou o seguinte.
24:03Falou, cara...
24:04Você quer abrir o restaurante na praia no final de semana?
24:08Então vamos fazer o seguinte.
24:09Eu te libero sexta à noite, sábado e domingo.
24:14De segunda a sexta até a hora do almoço.
24:16Você vai trabalhar para a gente no grupo.
24:18Você vai me ajudar aí, abrir as casas e tal.
24:20Você achou que ia ter uma vida mais tranquila.
24:21Aí ele falou...
24:22Você vai...
24:23Eu vou deixar você levar...
24:24Porque naquela época a gente fazia as massas, né?
24:27E não eram todas feitas no momento.
24:30Aí ele falou...
24:31Eu deixo você levar o ravioli de mozzarella para a praia.
24:34E uma sobremesa.
24:37A gente falava que era...
24:38Muito legal.
24:38A gente falava que era fazendo...
24:39Muito legal.
24:39Ele me segurou no grupo.
24:41A gente divulgava isso.
24:42A gente deixava divulgar.
24:42E ao mesmo tempo te manteve feliz.
24:44Não, ele manteve feliz.
24:44O maior erro das pessoas é querer prender os outros com contrato, com briga, com proibições.
24:49Mas também você ter falado para ele que...
24:52Enfim, já teria uma porta aberta, né?
24:54Para você contar que você tinha uma oportunidade.
24:56Claro, lógico.
24:57Que é a liberdade.
24:58E ele pensar numa solução que todo mundo saísse ganhando, perfeito.
25:02Foi o Maremonte ou não?
25:04Foi o Maremonte.
25:04Foi o Maremonte.
25:05Aí nasceu o Maremonte.
25:06Aí nasceu.
25:06Era um love de outro restaurante.
25:08Aí eu criei a marca lá, Maremonte.
25:11Porque um dia eu falei, vou abrir em montanha, em Campos do Jordão, que a gente adora.
25:15Falei, vou abrir um restaurante de mar e outro lá em montanha.
25:18Era Maremonte.
25:18Era Marem e Ribeira.
25:19Monte era...
25:20A gente pensava na sazonalidade, né?
25:22Então, Monte vai ser em julho, para o pessoal lá de Campos.
25:25E lá, Maremonte, vai ser janeiro e fevereiro.
25:28Essa era a ideia original.
25:30E aí foi.
25:31Mas não rolou, porque a Ribeira, graças a Deus, foi tão bem que esquece Campos do Jordão.
25:35Mas eu me lembro quando a Maremonte veio para São Paulo.
25:38Tipo, foi um marco, assim, da gente falar, nossa, uma pizzaria de Riviera veio para São
25:43Paulo e é muito boa, a gente tem que ir.
25:44Mas uma coisa que eu preciso dizer assim, eu só vim para São Paulo em 2011, quando eu
25:51saí do Fazano em 2010, porque moralmente eu jamais iria fazer um...
25:56Quebrar um contrato que eu tinha com o Rogério.
26:00Perfeito.
26:00Eu saí do grupo, aí eu estava...
26:03Eu tinha um non-compete com o grupo de dois anos e tal, mas a pizzaria eu pude abrir
26:11em São Paulo.
26:12Você já tinha.
26:12Ok?
26:12Ok.
26:13E aí eu vim para São Paulo com a pizzaria, a primeira foi lá na...
26:18Na...
26:18Na...
26:18Nos Jardins.
26:19Nos Jardins.
26:20Nós, no primeiro ano, nós ganhamos como a melhor pizza pela Via de São Paulo.
26:23Foi, comendo e beber.
26:24Foi muito legal, comendo e beber.
26:26Aí abriu porta para a gente abrir mais unidades.
26:29Não, foram várias unidades, vocês venderam...
26:31Vendemos sete.
26:32Foi a Alphavira de Campinas, sete do interior, né?
26:35Isso.
26:35Teve a Alphavira de Campinas, Ribeirão Preto.
26:37Foi para o Jair Cozer.
26:38Foi para o irmão, para o Ari Cozer.
26:40É verdade.
26:41O Ari Cozer.
26:41Que tem hoje o NB também.
26:43O NB e tem mais os Maremontes aí, que tem algumas unidades mais, né?
26:46Bem legal.
26:47E ele é um cara de projetos escaláveis, né?
26:50É.
26:51Sim.
26:51Bom, veio do fogo de chão.
26:53Fogo de chão, né?
26:54Sim, sim.
26:54Mas tá aqui.
26:55Então, assim, foi um pouco essa...
26:56A dinâmica foi essa daí, né?
26:59Manu, o papo tá bom, mas a gente tem que conhecer um pouco mais deles agora, né?
27:02Exatamente.
27:02Então, vamos agora ao Retrato do Convidado.
27:07Retrato do Convidado.
27:08Má, qual foi a melhor experiência gastronômica da sua vida?
27:15Ixi.
27:16Ai, é uma coisa meio pessoal assim, né?
27:18Foi lá em Alba, no Castelo de Guarene, que é um relé chatô, que é um castelo de verdade,
27:26lá de 1900 e bolinha, 1800 e alguma coisa aliás, que o Ricardo me levou de surpresa no meu aniversário.
27:32Isso faz o quê?
27:33Dois anos atrás.
27:34Acho que é isso.
27:35E a gente chegou desembarcando do avião, meu aniversário acabando, porque já era aquele dia.
27:42Veio um problema com o carro na hora da gente pegar o carro.
27:44Chegamos em cima da hora, eu não sabia de nada.
27:47Aí veio aquele castelo, aquela coisa maravilhosa, tudo verdadeiro.
27:52E aí eles serviram pra mim uma couve-flor, uma...
27:56Uma fatia.
27:57Uma filé, assim, de couve-flor.
27:59E eu sou super védia, assim, né?
28:00Cara, aquele negócio foi inesquecível pra mim, pelo todo o entorno, né?
28:04Aí tinha o Fugue Portini maravilhoso.
28:05Cara, aí a gente logo...
28:07Uma troca de aula.
28:07Eu não quis nem saber, eu já fiz a foto, falei, Henrique, pelo amor de Deus, nosso chefe,
28:10me ajuda, a gente tem que...
28:12Tem isso, tem o que entender.
28:13Hoje tem.
28:14Se você for no restaurante, no café, tem o Cavolofiore de Guarene, né?
28:20Que essa couve-flor pra mim foi uma coisa fantástica.
28:22Legal.
28:22Então fica a dica, tá?
28:24Pra quem estiver lá em Alba, tá?
28:25Aí o momento...
28:25Couve-flor do Castelo de Guarene, maravilhoso.
28:27Uma surpresa no aniversário, num lugar lindo, com a comida maravilhosa, aí...
28:31Foi demais.
28:32Na Itália, né?
28:32E tem lá no restaurante no café, tá?
28:34É isso.
28:34Bye, Henrique, Fondorf.
28:36Marketing tá em tudo, mano.
28:38É isso aí, ó.
28:39Vai lá, vai lá.
28:40Ricardinho, qual profissional da gastronomia te inspira hoje?
28:44Tá fácil essa também.
28:45Tá fácil.
28:45Fala, tem que perguntar outra.
28:46Alguém precisa?
28:47Alguém precisa dessa resposta?
28:49Essa não tá fácil, tá fácil.
28:50Não, eu vou...
28:51Preciso falar uma coisa.
28:52Começa com um R.
28:53Não, eu vou dizer uma coisa.
28:54Depois é.
28:55Olha, calma, eu vou dizer uma coisa aqui.
28:58Óbvio que eu vou falar que é o Rogério, que é o cara que me inspira muito, que realmente
29:03me inspirou.
29:05E ajudou a formar.
29:07Me formou.
29:08O que eu sou hoje, eu devo muito ao...
29:10Eu vou dizer assim, não só ao Rogério, eu devo à família Fazano, porque foi realmente...
29:14Sua grande palma.
29:15Meu, eles...
29:16O Fabrício, o Andréa.
29:18Andréa, a gente era sócia do Buffet Fazano.
29:21Eu comecei o Buffet Fazano junto com a Andréa.
29:23Eu e ela, eram sócios do Buffet.
29:26A gente começou junto uma parceria muito legal.
29:28Fomos pra Itália juntos.
29:29Compramos o enxoval pro Buffet.
29:33E o que que era o Buffet Fazano?
29:34Era fazer eventos na casa dos clientes.
29:37Iamos pras fazendas dos clientes e tal, fazer aqueles jantarzinhos na época.
29:43A gente começou ali com o Buffet.
29:44Então, assim, eu tenho um vínculo com toda a família, né?
29:47O Fabrizinho e tal.
29:48Com os filhos da Andréa.
29:50Assim, é minha família.
29:53Então, eu tenho essa...
29:55Porém, eu vou dizer uma coisa.
29:58Talvez você fique um pouquinho...
30:01Você é um cara que me inspira muito.
30:03Pô, Ricardinho.
30:04Eu não falo um negócio desse que eu vou me emocionar aqui.
30:06A Manu sabe o quanto eu já falei de você aqui.
30:11Até o estúdio ficou meio assustado.
30:13Até o estúdio emocionou.
30:15Cremeu o estúdio.
30:16Calma aí.
30:17Momento...
30:18Momento de...
30:20Muita emoção aqui.
30:21É muita emoção tremendeira aqui.
30:24Não, é verdade.
30:25De verdade, Ricardinho.
30:26Você é um cara muito...
30:28É jovem, né?
30:29É um cara que tem uma história na gastronomia muito legal.
30:34Eu sei o quanto você se dedica.
30:36Você está aqui hoje.
30:37Vocês criarem esse programa.
30:39E é um programa que vocês fazem com tanta leveza.
30:44Que isso é muito legal.
30:45A leveza.
30:46A felicidade.
30:47Cara, eu acho que isso é uma coisa muito gostosa.
30:50Estar aqui hoje com vocês, para nós aqui, é um prazer.
30:54Muito.
30:54É para ser assim.
30:55Aqui é para...
30:56Então, eu acho...
30:58É uma honra, né?
30:59É a parte...
31:00Isso é feito em dupla.
31:02São vocês dois que fazem esse programa ser do jeito que ele é.
31:05Mas você me perguntou assim, de inspiração no meu ramo profissional.
31:09Com certeza.
31:09Mas ele também é minha inspiração, Ricardinho.
31:11Obrigado, Ricardinho.
31:12É verdade.
31:13Para mim é importante ouvir isso de você.
31:14Você é um cara muito dedicado.
31:17Um cara...
31:18Eu sou muito apaixonado.
31:19Apaixonado.
31:20Correto.
31:20Como você.
31:21É isso.
31:21Eu acho que esse negócio é paixão.
31:27Se você não tiver paixão...
31:28Eu concordo.
31:29A gente tem que amar receber, amar, cuidar, amar...
31:32É isso aí.
31:32Da forma que vocês nos receberam aqui hoje, é a forma...
31:36Eu estou me sentindo dentro de um restaurante.
31:38Que bom.
31:39Mas essa é um pouco a ideia.
31:40É isso aí.
31:40Estar aqui batendo papo como se estivesse em casa.
31:42Tanto aí, está a falar.
31:43É essa a ideia, né?
31:44Se vocês não fossem restaurantour, o que estariam fazendo hoje?
31:50Márcia?
31:51Eu?
31:51Eu sou meio metida artista plástica, né?
31:54Eu adoro artes plásticas, pintura, cerâmica.
31:58Então, eu já naveguei um pouco por esses...
32:01Já bebi um pouco dessas fontes.
32:02Já pensou em fazer cerâmica para o restaurante?
32:04Já, já pensei.
32:05Mas não consegui conciliar, né?
32:07Dá para fazer tudo.
32:09Então, lá no Marimonte, vendiam as telas minhas.
32:12Tinha as telas que vendiam lá no próprio restaurante.
32:14Então, eu me aventuro muito nessa parte de artes plásticos.
32:16Adoro, desde pequenininha, né?
32:18Então, se eu conseguisse conciliar, eu...
32:21Partiria para as artes plásticas, com certeza.
32:23Que tem muita conexão com marketing, publicidade, né?
32:25O mundo artístico.
32:26Cria teatro também, né?
32:27Cria teatro, né?
32:28Sempre fui metida com essas coisas, né?
32:29Então, eu era o menestrel do Oswaldo Mochinegro por anos, assim.
32:32Então, meu sonho era ser atriz.
32:33Então, eu tenho essa parte do viés artístico, né?
32:35Legal.
32:36E você, Ricardo?
32:37Poxa vida.
32:38Eu nem sei, cara.
32:39Porque, assim...
32:40Ah, eu posso falar.
32:40Você podia ser várias...
32:41Posso falar?
32:42Posso eu responder?
32:42Porque ele é humilde.
32:45Ricardo, ele tem os dons para muitas coisas que a gente vê.
32:48E a gente fala, cara, você podia fazer isso.
32:51Ele podia ser personal stylist fácil.
32:53Homens e mulheres e crianças.
32:55Realmente está sempre ligado.
32:56É coisa do italiano, isso eu não sei, né?
32:57Mas é uma coisa de...
32:59Sabe?
32:59Da moda, da roupa, não sei o que.
33:01Assim, os uniformes que o Ricardo escolhe.
33:03Todo mundo fala, gente, tem que ser uniforme isso?
33:05Não posso levar para casa?
33:06Não posso usar isso?
33:06Não, eu não posso na festinha, não.
33:08Porque são...
33:09Sabe?
33:09E você tem um prazer com essa coisa, né?
33:12Então, assim, é um dom.
33:15Chega, né?
33:15Não, tem mais uma coisa que eu preciso falar.
33:17A coisa da arquitetura.
33:18É incrível.
33:19A gente senta com os arquitetos e tal, né?
33:21Para poder conceber a dinâmica dos restaurantes, né?
33:25E sempre tem uma...
33:27Um embrião inicial.
33:28Mas o Ricardo sempre dá um toque mágico
33:30que os próprios profissionais falam.
33:32Porra, eu não pensei nisso antes, Ricardo.
33:34Obrigado.
33:34Mas eu vou te falar uma coisa.
33:35Vamos assinar juntos.
33:36Que legal.
33:36É incrível.
33:37E não é só a questão da dinâmica do restaurante.
33:40É a questão da orientação, da...
33:43Sensorial, né?
33:43Sensorial da coisa.
33:45Mas eu acho que o nosso trabalho...
33:46É muito além.
33:47É incrível.
33:47Tem muita conexão com a arquitetura.
33:48Tem dom para isso.
33:48Tem, né?
33:49Muito, muito.
33:50É só ver.
33:51O próprio Fasano, o Rogério,
33:52ele tem muita identidade dele.
33:54Sim.
33:54Com certeza...
33:54Participa muito.
33:55Não é porque ele larga na mão do arquiteto
33:56e fala, faz um restaurante.
33:57E a decoração de interiores também, né?
33:59Ele perturba, ele dá o toque dele, ele bota...
34:01Porque eu acho que tem que ser um...
34:03É o seu restaurante.
34:04É a sua identidade.
34:05É a extensão da sua casa.
34:06É a extensão da sua casa.
34:07Exatamente.
34:07Tem que ter a sua cara.
34:08Exatamente.
34:09Porque se você for fazer uma casa nova,
34:12você vai pedir para o arquiteto fazer...
34:14Eu não gosto de azul, eu gosto de vermelho.
34:15Mas tem que dar o seu toque pessoal, né?
34:17Você que vai estar lá todo dia,
34:18você tem que se sentir bem, né?
34:19Isso, perfeito.
34:20Mas a casa tem muito dom para isso.
34:22Tem muito dom para isso também.
34:23Não, e dá para notar,
34:24porque as casas têm um charme.
34:26É, é, é.
34:27E assim, o que eu falo,
34:29o charme não vem do arquiteto.
34:30Quando eu olho o charme da casa,
34:32eu não olho para o arquiteto.
34:32Quem foi o arquiteto que fez?
34:33O arquiteto, ele dá a essência, ok,
34:36mas o charme, o toque,
34:37vem de quem está ali.
34:39É, de quem está novo.
34:40Mas a Marcia participa bastante nisso aí também.
34:42Legal.
34:42Ah, é, eu sou meio metida.
34:44Duplinha aqui.
34:45E qual ingrediente não pode faltar
34:47na cozinha de vocês?
34:48Esse aqui, se você dá uma taça para ele,
34:51ele vai encher de azeite,
34:52essa vez eu embeber a taça inteira.
34:53É impressionante.
34:54Até no recejão, vamos combinar,
34:55você coloca.
34:56Eu boto também.
34:57Cara, o recejão para mim com azeite é feijão.
34:59Não, o Ricardo tem uma blasfêmia, né?
35:02Mas ele vai em restaurante...
35:03Tem um restaurante chinês que eu adoro,
35:05que se chama Hiping Chan.
35:06Não sei se vocês conhecem.
35:06Muito bom, adoro.
35:07Eu adoro.
35:08Gosto mesmo, que é uma comidinha fresca, bacana.
35:10Gente, ele leva aquele azeitezinho.
35:13Às vezes tem alguns pratos que eu falo,
35:14meu, tinha que ter um azeite aqui.
35:16Aí leva.
35:17E eu vou, eu já falei para a Marcia,
35:18eu vou levar escondido uma garrafinha dele.
35:21Como chama aquele macarrãozinho branco de arroz?
35:23Mas aí eu tenho uma nora
35:25que é, que trabalha com a gente,
35:27que é a Malu, que é de cozinha e tal.
35:29Ela não deixa.
35:30A Malu fala,
35:31tio, você está louco?
35:32Se o cara viesse no seu restaurante
35:33e levasse um negocinho de ketchup
35:35e você ia ficar puto se ele colocasse lá dentro.
35:37Verdade.
35:38Não faça isso.
35:39Aí eu me controlo.
35:41Imagina o cara colocando um shoyu
35:42no seu espaguete alho e óleo.
35:44É a mesma coisa.
35:45É a mesma coisa.
35:45Ela não deixa.
35:46Então ele não faz.
35:47O azeite é sua vida,
35:49não pode faltar.
35:50E para você, Mar?
35:51É o ingrediente?
35:54Eu não sei se é o ingrediente,
35:54mas eu sou chocólatra.
35:56Ah, chocolate também.
35:58Chocolatinho.
35:59É bom.
35:59É o ingrediente.
36:00Se fosse a última refeição,
36:02chegou o fim do mundo.
36:03O que vocês comeriam?
36:06Aí eu preciso me redimir, gente.
36:07Não é marketing, não.
36:08Eu realmente sou maluca
36:09para essa lasanha.
36:10Eu sou realmente.
36:11Ricardo é testemunha.
36:12Realmente, ela é muito boa.
36:13Eu vou te falar uma coisa.
36:14Eu tenho uma...
36:16Eu e as torcidas, né?
36:18Do Corinthians e do Palmeiras.
36:19Eu tenho uma sensibilidade com glúten, né?
36:20E a gente tem a lasanha de trantino
36:22sem glúten e sem lactose.
36:23São os milagres do Henrique.
36:25Tem essa versão.
36:26O Henrique desenvolveu lá.
36:28Ele vai além de trazer a cor de Guarine.
36:30Ele fez a lasanha sem glúten e sem lactose.
36:32Que legal.
36:33A meu pedido, olha que privilégio.
36:34Eu comeria...
36:35Então, para mim, seria ela.
36:36Do Carlos Pizza.
36:38É fantástica.
36:40Só com pomodoro e um alite do Marcantabric.
36:43Para mim, seria...
36:45Já era.
36:46Estamos na Itália, né?
36:47Estamos na Itália aqui.
36:49É isso.
36:49Onde os chefes comem?
36:52Onde eles comem?
36:56Márcio e Ricardinho agora só valem nomes de restaurante.
37:00Melhor italiano.
37:03Caramba.
37:03Mas não vale nenhum de vocês, né?
37:05Porque senão está fácil.
37:06Eu posso...
37:07Al Moro em Roma.
37:09Ó.
37:09Adoro Al Moro.
37:11E o Carbonara lá é maravilhoso.
37:13Eu adoro um Linguine Alevongli.
37:14Você viu que ele saiu...
37:16O cartucho é lá de um dia.
37:17Ele saiu do Brasil para...
37:19Tô muito rápido, Ricardinho.
37:21Falou, não vou arrumar problema do meu lado.
37:22Deixa eu, ó...
37:23Sai pela tangente.
37:24Boa.
37:25O melhor...
37:26É a melhor pizza.
37:28Eu acho que já falei aqui.
37:29Eu adoro o Carlos Pizza.
37:31Adoro.
37:32Mas a Márcia pede em casa às vezes.
37:34Eu adoro o Primo Basílico.
37:36Também.
37:36Eu sou das antigas.
37:37Eu também gosto.
37:38Adoro.
37:38Eu também gosto.
37:40Grandíssimo trabalho de caras.
37:41Eles são fantásticos.
37:42O melhor hambúrguer.
37:44Foi negação, Paola.
37:45Eu acho.
37:46Desculpa.
37:47Interromper.
37:48Hambúrguer na Márcia Pizza.
37:49É maravilhoso.
37:49Ó, eu vou te contar uma história desse hambúrguer.
37:51Posso?
37:51Beve, por favor.
37:52Rápida.
37:53Merece.
37:54Vou falar o seguinte.
37:55Você sabe a história desse hambúrguer?
37:57Menor ideia.
37:57Eu vou te contar essa história, tá?
37:59Estava falando com o Rogério no dia desses.
38:01Porque eu vi uma pessoa que é envolvida nesse hambúrguer.
38:06E encontrei ele esses dias.
38:07A gente ficou falando lá.
38:09Tem uma pessoa que ia muito no grupo fazano, que era o Jacques Nasser.
38:15Ele era, na época, esposado com a Michele Nasser.
38:19Que a Michele, ela era a proprietária do Emporio, tinha a Conceição, que trabalhava com a marca Emporio Armani.
38:27E nós tínhamos o Café Armani.
38:29O Rogério tocava o Café Armani nessas épocas.
38:34E eu fiquei muito próximo da família lá, Nasser.
38:36E o Jacques ia bastante nos restaurantes.
38:39Uma noite, ele estava com o filho na forneria.
38:43Aí ele chegou pra mim e falou o seguinte.
38:45Cadeon, eu queria comer o hambúrguer, mas eu não gosto de comer o pão de hambúrguer.
38:53E eu tenho uma coisa, a Marcia sabe disso.
38:56Eu não gosto de comer o hambúrguer com o pão de hambúrguer.
39:00Eu gosto de comer pão de hambúrguer com ele mais crocante, com um pão diferente.
39:05Aí eu cheguei pro Jacques e eu falei, Jacques, vamos fazer o seguinte.
39:10Naquela época o Rogério, a gente já tinha desenvolvido os paninis forneria.
39:14Que era os sanduíches na massa da pizza.
39:17Que era tipo uma baguetezinha.
39:19Nós tínhamos um pizzaiolo que era o tiro.
39:21Que era um napoletano tiro espósito que só aprontou aqui no Brasil.
39:25O Rogério sabe bem disso.
39:26Pelo amor de Deus.
39:27Ele deu trabalho.
39:28Muito trabalho.
39:29Deu ser bom de forno.
39:30Era bom de forno, mas olha...
39:31Deu ser bom de forno.
39:32O Rogério deu trabalho.
39:34Deu ser bom de forno também.
39:35O tiro deu trabalho.
39:37Deu trabalho.
39:38A gente tava falando dele...
39:38Deixou problema pro passado.
39:40Muito.
39:40Bom.
39:41E aí, o Jacques, eu cheguei pra ele e falei, vamos fazer o seguinte.
39:45A gente vai fazer um...
39:47Eu vou fazer um trabalho num hambúrguer diferente.
39:50Você topa experimentar?
39:51Ele falou, topo.
39:53Eu fui pro tiro, falei, tiro, faz uma coisa.
39:56Pega o hambúrguer, porque a gente tinha o hambúrguer.
39:58Põe ele dentro da massa do sanduíche.
40:01Tipo um panini de hambúrguer.
40:02Um panini de hambúrguer.
40:03Aí o tiro, cara, fez aquele formato super legal, que era o...
40:08Ele simplesmente fechou no...
40:09Uma massa de pizza no formato.
40:10Botou o...
40:12Queijo.
40:12O queijo.
40:13Fechou.
40:14E levamos...
40:15Eu nem experimentei.
40:16Aí ele já levou fechado.
40:17É, já levou o sanduíche fechado.
40:20Tipo um mini calzone.
40:20Um mini calzone.
40:21Um mini calzone.
40:22Um mini calzone.
40:22Porque tinha o calzone.
40:23Isso aí.
40:24E eu botei pro...
40:26Pro Jacques experimentar.
40:29Foi o sucesso.
40:31Foi fantástico.
40:31Eu nem tinha comido.
40:33Porque saiu, mandei pro cara.
40:34Ele comeu.
40:35Achou.
40:36Não, tava maravilhoso.
40:38Fantástico.
40:39E aí a coisa...
40:40Vamos botar isso no cara.
40:41Aí foi.
40:41E é hoje o principal.
40:43O principal.
40:43É.
40:43Marca a gente.
40:44É como a nossa lasanha.
40:45Quando acontece essas coisas do prato.
40:47É muito interessante isso.
40:49Quando é desenvolvido um prato.
40:52Essa lasanha foi uma coisa.
40:54Ah, essa lasanha foi desenvolvida.
40:56Apareceu.
40:57Surgiu lá no nosso time.
40:59Ok.
41:00E ela começa.
41:02E é muito interessante.
41:03Ela continua evoluindo, né?
41:04A gente vê a evolução.
41:05Não, ela espalha, né?
41:06Ela não para.
41:07É.
41:07Espalha pro Brasil inteiro, né?
41:08E a mesma coisa com o sanduíche lá.
41:10Com o hambúrguer.
41:11Foi indo, foi indo, foi indo, foi indo.
41:13Cara, é uma dimensão do negócio.
41:16Muito legal.
41:18Então assim, só um adendozinho do sanduíche.
41:22E eu tenho que falar.
41:23Qual é o meu melhor hambúrguer?
41:24Forneiria.
41:25Eu ia perguntar isso.
41:26É o seu favorito.
41:26Não tenha dúvida.
41:27Não tem como, né?
41:28E vocês aí...
41:29Por sinal, eu comi anteontem.
41:31E olha, eu...
41:32É de imagem, né?
41:33Eu estava já...
41:34A gente já estava conversando aqui em off.
41:35Eu acho que vocês vão fazer um bem para o Brasil, para São Paulo.
41:40É revitalizar essa marca e deixar esse hambúrguer ainda mais famoso.
41:45A gente está muito animado.
41:46É maravilhoso.
41:47De levar essa marca para um novo momento dela.
41:49Espero não.
41:505 anos, Marca.
41:51Eu tenho certeza que vai ser São Paulo Forneiria fantástico.
41:56Obrigado.
41:56Ó o concurso.
41:57Também acho.
41:58Animados.
41:59Gente, melhor árabe.
42:01Ai, Almanara.
42:03A gente ama.
42:04Eu vou dizer o seguinte.
42:05Eu concordo com a Marcia.
42:06Esses meninos, né?
42:06Eles têm um produto...
42:08É muito bom.
42:09Eles, para mim, não é só árabe.
42:12Para mim, o Almanara é o tipo de restaurante, mas que mantém padrão por...
42:18O Almanara, para mim, tem uma palavra que resume.
42:21Consistência.
42:22Exatamente.
42:23Eu estava almoçando hoje com o Chico do Jardim de Nápoles e a gente estava falando
42:27exatamente isso.
42:28É de...
42:28É do Almanara, o quanto ele é bom em qualidade e consistência.
42:31Nossa, se renova, né?
42:32Agora, você dando um foco para a bar, que a gente está observando.
42:35Então, eles estão se renovando sempre e mantendo sempre...
42:38Mas, assim, são inspiração para a gente aqui.
42:40Eu acho.
42:40De manter padrão.
42:42É impressionante.
42:42É impressionante.
42:43O delivery vai super bem.
42:44É impressionante.
42:44É mesmo.
42:45A gente adora.
42:45Eu gosto muito do Almanara.
42:47E comida japonesa, qual o favorito de vocês?
42:49Ah, a gente gosta do Zen Sushi.
42:50Zen Sushi é um nani.
42:52Em casa, a gente vai bastante...
42:54É aqui pertinho, né?
42:56É aqui pertinho, né?
42:56E aparece muito aqui.
42:57É.
42:57É claro que a gente conhecemos tantos, né?
43:00Como vocês aqui.
43:00O japonês hoje tem demais.
43:02A gente tem grandes amigos.
43:04Mas o Zen Sushi é...
43:05Acaba criando vínculo, né?
43:07Não precisa frequentar mais, né?
43:08Não, e o Sushi tem um pouco disso, né?
43:09É o Sushi Man que você cria a sua relação.
43:11É, exato.
43:11Ele entende o seu jeito.
43:13É.
43:13O seu tamanho de Sushi.
43:15Tem tudo.
43:16É isso.
43:17No lado pessoal.
43:18Melhor comida brasileira.
43:20Caramba, a gente também tem um vínculo aí de uma comida brasileira aqui.
43:25É o compadre.
43:25Não sei se vocês já foram.
43:26É o compadre, né?
43:27É o compadre.
43:28Tanto a gente faz até as festas de fim de ano.
43:30Gente, tem que ir no Lá Center.
43:31Na Zona Norte.
43:33No Lá Center.
43:33Ele tem um buffet.
43:34No Lá Center, lá na...
43:35No Lá Center.
43:36Pertinho do Lá Sul, lá.
43:38É, Center Norte.
43:39Desculpa, era no Center Norte.
43:41No Lá Center.
43:41É no Lá Center mesmo.
43:42É dentro do Center Norte.
43:43É no Lá Center.
43:44E é um buffet enorme de comida brasileira, né?
43:48Não, mas...
43:48Tudo bem.
43:49Eles têm uma comida...
43:50São os meninos do Nozu.
43:51Pessoal da Zona Norte mesmo, né?
43:53Mas eu...
43:54Não é...
43:55Para mim, restaurante não é só a comida.
43:57Ah, nunca é.
43:58Não é só isso.
43:58Nunca é.
43:59É algo a mais.
44:00E o que para mim tem de fantástico que vocês têm que ir lá um dia...
44:04A dona, a proprietária, ela está todos os dias na cozinha.
44:09Ah, isso faz todo dia.
44:10Todos os dias.
44:11E são uns caras super bem, estão muito bem.
44:15Ela está lá.
44:16Por prazer.
44:17E os filhos, que são os dois, sempre tem um lá.
44:21É fantástico.
44:22É, a gente sabe.
44:23É fantástico.
44:23As nossas festas de fingendo sempre são...
44:25Como é o nome de novo?
44:26Só para agora.
44:26Ô compadre.
44:27Ô compadre.
44:28Ô compadre.
44:28É realmente grande, enorme, muito...
44:32Maravilhoso.
44:33Inclusive tem oído bastante ali na região, até porque a gente está constrante na Água Branca,
44:37que querendo ou não é mais próximo.
44:38Vamos marcar, a gente vai, ó, vamos...
44:39É, é muito legal.
44:42Aí a gente come a sobremesa lá no Laçu e vê aquela vista.
44:44Isso mesmo, isso mesmo.
44:45Que nem é bonita.
44:46Nem é, nem é, nem é.
44:48Isso aí, obrigado.
44:49Ô, legal.
44:50Melhor sobremesa.
44:51Eu vou aproveitar e vou provar a sobremesa aqui, enquanto vocês...
44:54Melhor sobremesa?
44:55Eu vou no tiramissu do fazano.
44:58É.
44:59Boa escolha.
45:00Aceito, concordo.
45:02Gostei.
45:02E a comida favorita de vocês?
45:04Onde que é e o que é?
45:07A comida favorita?
45:09Cara, eu gosto de tanta coisa, né?
45:11Difícil.
45:12Onde a gente perguntou?
45:13Porque tem um restaurantezinho, que ele é meio fora do radar, mas a gente vive lá, né?
45:17A gente vive lá.
45:17É uma coisa meio íntima nossa, né?
45:20E tem uma comida suíça.
45:22Olha, só totalmente fora do esperado, né?
45:24É, eu vou comer lá o schnitzel.
45:26É.
45:26Eu amo schnitzel.
45:28É o schnitzel.
45:28Páprica schnitzel, então?
45:30É o Florinda lá em Campo Belo.
45:32Ah.
45:32É.
45:32Em Campo Belo.
45:33É.
45:33É uma casa adora.
45:35É uma casinha.
45:36Tem, tem.
45:36É suíça.
45:37Tem os fundis e tal.
45:38Nossa.
45:39A Marceia é húngara, né?
45:40Florinda.
45:40A Marceia é húngara.
45:41Então, você tem muita culinária de afinidade.
45:43Afinidade com isso.
45:44Pra mim, é uma coisa de vovó, né?
45:45De vovó.
45:46Então, assim, é um...
45:47A gente adora.
45:47É uma casinha numa esquina pequenininha, toda cheia de florzinha, de detalhe, né?
45:52Ah, que legal.
45:52Deve ser um charme.
45:53A gente adora.
45:54Fora...
45:54Hashtag fica a dica, Florinda.
45:56Hashtag vou também.
45:58Vamos colocar na nossa lista.
45:58Florinda, vamos lá prová-lo.
45:59Mais um pra nossa lista.
46:01E o que vocês não comem de jeito nenhum?
46:04Eu, particularmente, não como ostra, porque...
46:06Pensar em adquirir algo...
46:06Já passou mal uma vez?
46:07Não, não, não.
46:09Eu nem consigo experimentar, porque eu sei que o bicho tá vivo lá.
46:11Me dá um nervoso, uma afeição horrorosa.
46:12Não, não, não.
46:13Eu adoro.
46:14Ostra eu não consigo nem experimentar.
46:15Eu já passei mal e continuo comendo.
46:17Chegamos agora de florzinha.
46:18Eu nem quero correr o risco.
46:19Eu não consigo comer de ostra ali, que tava maravilhosa.
46:21Ah, é.
46:21O bicho vivo não vai comigo, não.
46:23Mas eu...
46:23E você, Ricardo?
46:23Eu como tudo.
46:25O que que eu não como?
46:26Uma pasta cozida, vai?
46:28Isso é...
46:28Isso é...
46:29Passada do ponto.
46:30É, incomoda.
46:31Eu acabei de voltar de um voo internacional agora, no final de semana, e eu cometi o erro
46:35de pedir a pasta.
46:36É, aí...
46:37Tinha que ir na pasta.
46:37Eu fui na pasta.
46:39Foi uma colherada, eu fechei a pasta, fiquei até sem graça de devolver, mas foi, cara,
46:42eu prefiro ficar com fome, porque não dá pra comer.
46:44É ruim demais.
46:45Você dá uma garfada, ela quebra inteira no garfo.
46:48Você fala, putz, ferrou tudo.
46:49É, eu acho que é com pasta...
46:51É melhor não comer.
46:52Não é que eu não aguento comer, mas é melhor não comer.
46:55Não vale a pena.
46:56É isso.
46:57As calorias, né?
46:58Essas daí a gente fica de olho.
46:59Não vale.
47:00Não vale a pena, né?
47:01Não vale.
47:02E olha, chegou o momento panela de pressão.
47:07Panela de pressão.
47:08Olha, muitos grupos estão investindo em formatações mais leves, como cafés, bistrô, fast casual.
47:18Como é que vocês enxergam essa tendência dentro do grupo de vocês?
47:21Eu vou voltar sempre lá, primeiro, lá pro grupo Fasano, né?
47:27Nós fizemos o Gero Café em 97, que era... qual foi o modelo lá do Gero Café?
47:34Era fazer um restaurante voltado pra shopping, com um ticket um pouco mais baixo...
47:40É inacessível.
47:40Pra um, né?
47:41É, uma coisa mais democrática, né?
47:42Mais democrática.
47:43Shopping, uma coisa mais democrática.
47:45E foi um sucesso.
47:46Então, assim...
47:48Vocês fizeram um pouco esses movimentos, né?
47:49Dentro do grupo, algumas vezes.
47:50Em 97 a gente tá falando.
47:52Fizemos o Gero Café.
47:53O próprio Ristorantino Café.
47:53Aqui a gente tem o Ristorantino Café com uma marca.
47:56E aí a gente criou o Ristorantino Café lá no Pátio Genópolis, meio nesse...
48:00É, com esse propósito.
48:00Com esse propósito.
48:01Vamos fazer algo um pouco mais democrático, com...
48:04É...
48:05Levar a qualidade Ristorantino pra esse espaço...
48:09Um pouquinho menos sofisticado.
48:10Um pouquinho menos sofisticado e prato sem ver um pouco mais...
48:14Mas tem a lasanha e o pedido de pistache.
48:16É, porque é Ristorantino.
48:17Tem, tem.
48:17Tem igualzinho.
48:18E às vezes...
48:18Mas outras opções, né?
48:20E são os pratos mais vendidos.
48:22Olha só.
48:23Legal.
48:23E o preço é o mesmo?
48:24O preço é o mesmo.
48:25É.
48:25Desses produtos, sim.
48:26Mas tem opções de pratos um pouco mais intensas.
48:28Sim, sim, sim.
48:29Mas é um prato que tem um semi-viado.
48:31Que tem a qualidade Ristorantino que não dá pra mudar.
48:34Por isso que eu perguntei.
48:35Porque também você criar um produto igual o seu, né?
48:40Do Ristorantino e fazer ele um mais barato ou diferente, não faz sentido.
48:44Não, não faz sentido.
48:45A gente tem o mesmo valor.
48:47Então, eu acho que é poder levar um ticket mais embaixo, né?
48:54Não, faz todo sentido.
48:55Que é o que vai pra Brasília também, né?
48:56É.
48:56Brasília vai ser...
48:57Nós estamos abrindo em Porto Alegre, né?
48:59É, se comentou.
48:59O café ou o Ristorantino?
49:01Vai ser Ristorantino.
49:02Em Brasília vai ser Ristorantino e Café.
49:04Brasília, Ristorantino.
49:05É questão do shopping, né?
49:06É um shopping mais boutique, muito mais nichado.
49:08É que é o ambiente Ristorantino.
49:09Como a Vila de Mó, Vila de Mó, Ristorantino.
49:11Porque é um shopping também bem nichado, tal.
49:14Tipo aí, assim, então...
49:15Hoje, quantos Ristorantinos vocês estão?
49:19Ristorantinos são quatro, né?
49:20É, o Jardins, o Café, Rio de Janeiro, Ribeira de São Lourenço, né?
49:25E agora vai ter Porto Alegre e Brasília.
49:28Pra seis.
49:30Mais o Laçu.
49:30Mais o Laçu.
49:32E o Laçu, assim, foi pra gente um...
49:34O Laçu, pra mim, assim...
49:36Eu lembro quando vocês estavam abrindo, eu fui lá.
49:39Tá fora do eixo...
49:40Fui conhecer quando tava fechado.
49:43O Laçu tem uma história, assim...
49:45É magnífica aquela...
49:46Uma história muito, assim...
49:48Não sei se a gente tem tempo aqui, mas vou contar rapidinho.
49:50Depois vocês cortam, se não tem.
49:53Foi aquela história do Calil lá, que é o construtor que fez o prédio.
49:58O Calil era um cliente nosso, lá da Ribeira e tal.
50:02E insistiu muito pra que a gente abrisse esse lugar que ele tinha lá,
50:07no topo de um prédio que ele idealizou, botar um giratório.
50:12Eu vou te falar, eu não iria.
50:14Então, cara...
50:15Eu não teria feito a aposta que você fez.
50:17Hoje, assim, vendo sucesso, eu ia falar...
50:19Pô, que pena que eu não ponho mais.
50:20Mas o Gabriel, no primeiro momento, a gente também rejeitou a ideia, né?
50:22Eu, o Calil, eu não queria acordar.
50:23Ele me levou, eu e a Márcia, ele foi no restaurantino,
50:26almoçou comigo e com a Márcia.
50:27Nós fomos lá duas vezes durante o dia, eu e a Márcia.
50:31O negócio é, tem 28º, 29º, 30º andar, 3 vezes de dia.
50:37Que preguiça, né?
50:38Aquela coisa...
50:39Fora do eixo, a gente não conhece, desde barriga, né?
50:41Quem será aquele cliente?
50:42A gente deu uma esfriada.
50:44E o Calil, assim, muito...
50:46Ele acreditava muito no projeto.
50:49Mas ele foi muito estratégico.
50:50Muito.
50:51Aí, o que ele fez?
50:52Ele falou, ele pensou, ele viu um dia que ia ter uma lua cheia,
50:58um dia que ia ter...
50:59O céu não estaria nublado.
51:00O céu não estaria nublado, maravilhoso.
51:02Ele falou, Ricardinho, ó...
51:03Márcia, eu vou buscar vocês aí,
51:06eu quero trazer vocês aqui no Laçú...
51:08A noite.
51:09Para vir à noite.
51:10A gente não tinha ido à noite ainda.
51:11Não tínhamos ido à noite.
51:13Aí, o prédio estava quase pronto, né?
51:15Eu acho isso do jeito.
51:16Eu não tinha inaugurado o prédio ainda.
51:17Não, é diferente.
51:18É diferente.
51:19Mas o prédio ainda estava no finalzinho da construção.
51:21E a gente subiu, já tinha elevador,
51:23já acabaram de inaugurar ele no elevador.
51:24Nós tínhamos um elevador de exclusivo.
51:26E ele falou, eu quero que vocês...
51:27Não, não tinha elevador de exclusivo na época.
51:28A gente entrou pela parte normal.
51:30Mas tinha acabado de inaugurar.
51:31O elevador, mas o prédio ainda estava indo,
51:33no finalzinho da construção.
51:34Só tinha uma lâmpada naquele soquete, assim, sabe?
51:37Aquela coisa de coisa.
51:38E ele falou, eu não quero que vocês olhem para frente,
51:40só quando eu andar.
51:40E a gente foi tateando, assim,
51:42com a luz do celular, o chão.
51:43Que saco!
51:44A nuvem, eu estou fazendo.
51:4519º andar.
51:46Aí ele pôs a gente no meio do giratório,
51:48na ponta, assim,
51:49naquele lugar que você sente uma andorinha, né?
51:51Colocou a gente lá e falou assim,
51:52agora vocês podem abrir os olhos.
51:56E foi isso que ele fez.
51:56Aí vocês falaram, tá bom, vai,
51:58vamos fazer um restaurante.
51:59Foi isso aí.
51:59Cadê a caneta?
52:01Cadê a caneta?
52:02Aí eu, cara,
52:04a gente saí de lá,
52:05a gente olhava um placador e falava assim,
52:07como assim, Ricardo?
52:08Mas eu saí de lá e liguei para o João,
52:11que o João era nosso sócio.
52:12Sim.
52:12Eu falei, João,
52:13primeira coisa, cara,
52:14eu já tinha falado,
52:14vamos ter um restaurante novo.
52:15Eu já tinha falado para ele do negócio e tal.
52:18Feijão,
52:18cara,
52:19é do cacete,
52:20nós temos que abrir esse negócio,
52:22porque é maravilhoso e tal.
52:23E o João falou assim,
52:24mas,
52:24ai,
52:24que preguiça de carro até aí,
52:26o que você respondeu?
52:26Eu falei,
52:26cara,
52:27não se preocupa que tem um helipom.
52:30Resolveu o problema dele.
52:31Ok.
52:32Aí foi.
52:33O Júlio Labate
52:34deu uma força muito grande para esse projeto,
52:37porque aí a gente levou o Júlio lá também à noite,
52:39antes do João.
52:40O Júlio foi lá.
52:42Mas eles foram de primeiro.
52:43O dia que eles foram conhecer,
52:44eu já toparam.
52:45E é um dos lugares mais bonitos,
52:47eu acho,
52:47de São Paulo.
52:48É muito legal,
52:48a vista é muito legal.
52:49É o mesmo.
52:49Se eles foram lá,
52:50é muito legal.
52:51Ampla, né?
52:51Bom,
52:52se vocês pudessem dar algum conselho
52:54para quem está começando a empreender
52:55no nosso setor,
52:56o que vocês diriam?
52:59Cara,
53:00eu diria para,
53:01Faz o que o coração manda.
53:03É isso aí,
53:04eu faço sempre o que o coração manda, meu.
53:06Eu acho que a gente tem que seguir o instinto,
53:09seguir o...
53:10É óbvio que envolve dinheiro,
53:13envolve muita coisa, né?
53:15Envolve projetos, sentimentos.
53:18Mas eu acho que a intuição,
53:20o sentimento,
53:21ouvir o coração,
53:22para mim,
53:23é o negócio.
53:24É porque se for racional demais...
53:26Você não abre.
53:27Você não faz nada.
53:28Nesse país,
53:29não está fácil.
53:30Se for racional demais,
53:31eu acho que não faz.
53:32Então,
53:32tem que ir um pouco no instinto,
53:33no faro,
53:35na confiança e na fé, né?
53:37É isso.
53:37Claro que é muito cômodo a gente falar isso,
53:40ah,
53:40você está 50,
53:4240 anos em restaurante,
53:44né?
53:45Você tem toda a sua experiência aí.
53:47Mas eu,
53:48mesmo com 40 anos hoje de negócio,
53:52se eu tivesse que começar hoje,
53:53eu iria começar ouvindo sempre no meu coração.
53:56Sempre o estímulo.
53:57Eu acho que isso é...
53:59Eu acho que uma certeza que a gente também ganha nesse tempo.
54:01A gente não sabe que vai acertar todas,
54:03mas é a gente continuar,
54:04ir aprendendo.
54:05Mas isso eu acho que é o day by day do empreendedor.
54:09A gente sempre está tentando vencer o dia de hoje.
54:12É isso mesmo.
54:13E a gente sempre coloca outras metas,
54:15porque aquela meta para o empreendedor,
54:17quando você bate,
54:18você acha outra.
54:19Vai para a próxima, né?
54:20Exatamente.
54:21É o que eu quero falar.
54:22Tem que estar em movimento, né?
54:23Tem que estar em movimento.
54:23O objetivo é estar em movimento.
54:25E é um perfil diferente.
54:27Você vê que nem todo mundo nasce para ser empreendedor,
54:29porque é uma garra completa.
54:31É, porque é um sobe e desce, né?
54:32É como o eletrocardiograma, né?
54:34Se está parado, é porque está morto, né?
54:36O negócio é assim mesmo.
54:37Sobe e desce.
54:38Então é aquela coisa.
54:38A gente sabe que quando está no alto,
54:39a gente não se ilude, né?
54:42Mas quando está embaixo, também não fica...
54:43É isso.
54:44Fundo do poço.
54:45Eu acho que é sempre o bolo.
54:46O próximo passo é sair, né?
54:47É o bolo no forno.
54:49Você tem que estar sempre olhando para não queimar.
54:50Então não adianta.
54:53Você tem que estar sempre lá.
54:54Às vezes dá uma queimadinha,
54:55mas bota uma calda em cima para ficar gostoso e segue a vida.
54:58Isso é o jogo.
55:00Olha, que casal excepcional.
55:02A gente estava ansioso, né, Gabi?
55:04Pô, esse papo a gente estava esperando há muito tempo, né, Manu?
55:06Uma verdadeira aula e de cumplicidade,
55:09que eu acho mais legal.
55:09Aqui a gente percebeu que um sempre joga a bola para o outro.
55:12Cara, isso para mim, falar agora,
55:15enfim, saindo um pouco do papo do programa,
55:16foi uma das coisas mais incríveis do papo de hoje, sabe, Manu?
55:18O quanto vocês são sintonizados, cara.
55:21Totalmente.
55:21De verdade, assim, pô, eu sou casado há 13 anos
55:25e ver essas coisas eu acho muito bonito.
55:27Parabéns.
55:27Muito legal.
55:28E a Márcia, até fora do...
55:30A gente se conheceu com...
55:3215 anos.
55:3215 anos.
55:33Ela tinha 15 anos.
55:34Nós nos conhecemos no Guarujá.
55:36Ela namorava o meu primo.
55:38É.
55:39E a gente...
55:40Isso foi em...
55:41Ela tinha 15 anos.
55:42Eu voltei a falar com a Márcia.
55:46Ela tinha...
55:4629.
55:47Caramba.
55:48Uau.
55:49É porque o Ricardo casou na Itália, tal, e separou.
55:51Na Itália.
55:51Voltou a separar.
55:52Voltei.
55:52Ela também já tinha terminado o meu primo há anos e tal.
55:56E depois que a gente...
55:58Se encontrou.
55:59Se encontrou.
55:59Três meses a gente estava morando junto.
56:00Estava morando junto.
56:01Legal.
56:01E fazem 30 anos.
56:02Não, faz 30 anos, né?
56:03Fez 30 anos o mês passado.
56:05Que legal.
56:05Que lindo.
56:06Muito bonita a sintonia de vocês.
56:08Pessoal, se você também curte histórias de quem constrói marcas com propósito,
56:11se inscreve no canal e compartilha esse episódio.
56:13É isso aí.
56:14Até a próxima com mais histórias que fazem a gastronomia brasileira fedor.
56:19Um beijo.
56:19A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
56:42Realização Jovem Pan
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56:46Jovem Pan
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56:48Jovem Pan
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