Ele transformou o fogo em negócio, a tradição em marca e a autenticidade em diferencial.
Neste episódio do Match Gastronômico, Manu e Gabe recebem Santiago “Santi” Roig, o visionário por trás do Bracerito, Grindhouse 1%, Austral Carnes e Punta Blanca Ranch — projetos que redefiniram o conceito de churrasco e gastronomia artesanal no Brasil.
De suas origens na Argentina à consolidação como um dos nomes mais criativos da cena gastronômica nacional, Santi compartilha como construiu marcas com alma, cultivou equipes com propósito e transformou a chama da parrilla em uma filosofia de vida e gestão.
Um papo sobre paixão, identidade e futuro — direto da brasa para os negócios.
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Neste episódio do Match Gastronômico, Manu e Gabe recebem Santiago “Santi” Roig, o visionário por trás do Bracerito, Grindhouse 1%, Austral Carnes e Punta Blanca Ranch — projetos que redefiniram o conceito de churrasco e gastronomia artesanal no Brasil.
De suas origens na Argentina à consolidação como um dos nomes mais criativos da cena gastronômica nacional, Santi compartilha como construiu marcas com alma, cultivou equipes com propósito e transformou a chama da parrilla em uma filosofia de vida e gestão.
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Categoria
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DiversãoTranscrição
00:00Olá, olá, bem-vindos ao MET Gastronômico, o maior programa de gastronomia e empreendedorismo do Brasil.
00:13Eu sou a Manu Carvalho.
00:15Eu sou o Gabriel Carvalho e a gente está aqui de novo para explorar o sabor do sucesso e aprender com histórias inspiradoras.
00:21Olha, o nosso convidado de hoje é um argentino de alma brasileira que veio para cá com 10 anos,
00:25que transformou a paixão pelo fogo em um ecossistema de negócios e experiências.
00:30É isso aí, Manu. Ele é o nome por trás de casas como Bracerito, Grindhouse, enfim, diversos outros locais, Punta Blanca, Ranch, enfim, o cara não para de criar coisa nova.
00:40E você sabe que muito das pessoas que a gente traz criam muito, né? E a gente vai aprender bastante hoje com ele.
00:45Seja muito bem-vindo ao MET Gastronômico Santi Roig, tá certo? Como é que é? Meu espanhol tá...
00:51Bom, é um sobrenome em catalão, seria Rote, mas aqui falou Roig e a gente ia chamar Roig.
00:58Roig. Santi Roig.
01:00Santi Roig.
01:01Acabem que caiu para você, mas eu também errei.
01:06Olha, antes da gente começar, não esqueça de seguir a gente nas redes sociais, que é arroba match.gastronômico
01:12e se inscreva também no nosso canal do YouTube para não perder nenhum episódio.
01:16É isso aí. Santi, conta para o pessoal também as suas redes, para o pessoal poder acompanhar de casa aí.
01:21É, eu fico responsável pela rede oficial do restaurante, que é a Grindhouse Underline Bracerito.
01:29Depois a gente tem o Grindhouse Underline 1%, que é nosso mini express de lanchonete.
01:35É, tem o Punta Blanca Underline Ranch.
01:38Tem o meu, Santi Underline Roig666.
01:44O que mais?
01:46The Weird Factory, arroba The Weird Factory, que é de roupa.
01:49Ah, de roupa? Não conhecia esse projeto aí, mano.
01:52Tem uma porrada.
01:53Tem o Austral Carnes Underline Bracerito, que é a boutique de desoação online, para reservas de cortes.
02:00Que legal.
02:01Ih, acho que é isso.
02:03Você é um postador ou não?
02:04Eu sou muito ruim, sou velho, aquelas coisas que não entende direito como funciona.
02:12Qualquer atualização, eu já passo para frente, nem leio.
02:14E eu não assisto muita coisa no Instagram, mas eu posto muito.
02:17Todo dia eu posto alguma coisa.
02:19É, você é bem.
02:19Minha vida é, toda hora eu estou informando o que vai ter, em cada...
02:24Porque é difícil que no meu pessoal eu centralizo todas as informações dos outros.
02:27Então eu tenho que ficar...
02:29Sim.
02:29Ó, essa semana a gente vai fazer um hambúrguer tal no 1%.
02:31Depois vai ter um evento lá no Rancho, no Punta Blanca.
02:33Depois...
02:34Então tem...
02:36Todo dia eu faço.
02:36Mas você tem um histórico, Santi, de sempre ter sido bastante ativo em redes sociais, né?
02:40Sim.
02:41Eu me lembro que eu comecei a te seguir quando, acho que você estava montando o Punta Blanca,
02:44que você fazia umas viagens de cabana.
02:46Sim.
02:46Que eu ficava, pô, maravilhado.
02:49Você visitava umas cabanas muito loucas, lugares diferentes.
02:51Finlândia, Noruega.
02:52E eu falava, puta, que rolê louco, aleatório e tal.
02:56E eu, puta, naquela época eu já ficava te seguindo e olhando aquelas viagens e falando,
03:00pô, vou tentar fazer uma dessa um dia.
03:02Eu nunca consegui, depois vem as filhas, aí...
03:04Aí já é, acabou.
03:06Talvez quando elas tiverem 15 anos eu consigo.
03:09Agora não dá pra pensar.
03:10Agora minha viagem é Disney.
03:11É, é.
03:12Sei bem, sei bem.
03:13É.
03:13E aí a gente tava, tá sempre pensando nesse, por exemplo, que você falou das viagens, né?
03:21Sempre informando as pessoas, mas de uma forma natural.
03:23Eu não tenho nada que eu tenha que fazer post, não tenho nenhum script, não tenho nada.
03:28Você só vai e vai...
03:29Eu vou lembrando, acordo, falo, por que que eu tenho que falar?
03:31Aí não tem nada pra falar.
03:32Falo, ó, hoje é cardápio normal, reserva e tal.
03:34Sempre tem alguma coisinha pra falar.
03:35E se não fala, eu sou formado em propaganda.
03:39Então, eu sou da época onde custava muito caro, né?
03:43Você anunciar, fazer um quarto de página numa revista.
03:47Era uma coisa de empresa grande, né?
03:49E hoje você ter acesso a, sei lá, 50 mil pessoas com stories é grátis, né?
03:56É verdade.
03:56Então, eu uso essa ferramenta bastante, mas não sou blogueira, influência...
04:01E as suas casas têm o quê de customização diária, né?
04:04Todo dia você faz alguma coisa completamente diferente, tem um negócio meio público.
04:08Eu percebo um pouco...
04:09A gastronomia que eu escolhi, ela é muito fechada.
04:11Você mesmo teve restaurante em Buenos Aires, sabe bem que a gastronomia, por mais que tenha muita influência europeia e tudo mais,
04:18você vai nos restaurantes, eles têm basicamente o cardápio clássico argentino, é muito parecido todos.
04:23Então, eu tô há 13 anos profissionalmente em cozinha, tem uma hora que você fala,
04:28puta, cara, não aguento mais fazer as mesmas coisas.
04:30Então, sempre a gente vai dando uma inventada e mudada no cardápio aos poucos.
04:33E é uma cozinha autoral, né?
04:35Então, dá essa...
04:36Liberdade.
04:36Dá essa liberdade.
04:37Eu vou começar essa entrevista sendo polêmica.
04:40Ah, por quê, né?
04:41A gente veio pra isso.
04:43Por que não?
04:44Santi, a Argentina sempre foi reconhecida como a melhor carne do mundo.
04:49Tá.
04:49Você acha que ainda é ou você acha que existem outros lugares com qualidades tão bom quanto?
04:55Como é que é que você vê?
04:56Olha, eu vi nesses últimos 15 anos umas pessoas fazendo um trabalho incrível no Brasil.
05:04Tanto de agro, de DNAs, de raças, misturas, de ração.
05:11Melhorou e muito a carne brasileira.
05:13Eu acho que o que pega hoje é que, de modo geral, se você for em qualquer açouguizinho de rua,
05:19tosco, sujo da Argentina, você vai comprar uma puta carne, sabe?
05:22Entendi.
05:23E no Brasil você consegue ter uma carne espetacular, às vezes até melhor do que a do Dom Julio, vai?
05:28Não sei.
05:29Se você pegar os grandes, talvez o Brasil já esteja pau a pau, ou ainda maior, né?
05:34Que são as potências.
05:35A gente tem um selo argentino que é o 481, que depois tem até a marca 481, mas o selo 481, que não é exatamente...
05:43É um protocolo de criação.
05:44É um protocolo para a venda para a Europa.
05:46Então, o Brasil não tem esse selo, ele está na cota Hilton.
05:49A cota 481, se eu não me engano, é argentino, uruguai, Estados Unidos, Canadá e Austrália, ou África, mas acho que é Austrália.
05:55Então, tem algumas diferenças ainda na carne.
05:59Eu, por ser argentino, eu vejo a carne de pasto, que é a maioria das carnes argentinas que tem muito pasto, muito pasto bom, dos pampas.
06:08Então, a carne de animal solto, ela é mais dura.
06:12Então, o brasileiro acho que gosta de mais maciez, o brasileiro gosta de mais margoreio.
06:15Aí tem uma diferença da idade também.
06:16E aí tem a diferença da idade, tem a diferença do modelo de criação do gado.
06:21Então, você faz confinamento, faz uma manipulação do alimento, você deixa ele sempre comendo as mesmas coisas.
06:26Você vai ter todos iguais.
06:28Já o gado solto a pasto, primeiro que ele é mais caro.
06:31Você vai ter que, se ele tem algum problema, alguma patologia, sei lá, qualquer coisa, você vai precisar ir a cavalo, achar esse bicho na fazenda.
06:38Vai precisar pegar todo esse custo que está dentro do gado solto, que é lindo.
06:43Ah, o animal solto, livre, comendo, né?
06:46É poético, mas é caro, dá trabalho.
06:49E a carne também não é padronizada.
06:52Então, você pode pegar dois animais da mesma fazenda e um assado de tira completamente diferente do outro, porque eles estão soltos lá, né?
06:58Então, o argentino tem muito disso, da carne ser mais amarelada, a gordura ser mais amarelada, tem mais sabor, sabor a pasto.
07:04E o brasileiro gosta de mais marmoreio, mais tudo igual.
07:06Ele quer ir em um restaurante comer exatamente o mesmo assado de tira, todo dia.
07:10No fim, se você fosse escolher entre Brasil e Argentina para comer carne, você escolheria qual?
07:16Puta, a Argentina.
07:16Boa, é isso que a gente queria.
07:18É, eu acho que não só por isso, porque o açougue a Argentina tem mais variedade também.
07:24Aqui dificilmente você consegue cortes como a mojerra que eu trouxe, né?
07:28Que lá é super comum, no mercado, você acha?
07:29Pra onde vai a mojerra do boi brasileiro?
07:31Vai tudo pra indústria farmacêutica, pra fazer tintas, pra fazer cosméticos, pra fazer ração.
07:38Que às vezes deve se pagar melhor do que...
07:41É, aqui não tem mercado.
07:43Pra você conseguir um selo pra comercializar vísceras, é um custo alto pro frigorífico.
07:48E se não tiver demanda, não vai se pagar esse selo.
07:50Pra que que ele vai ter?
07:51Então o cara vai ter um selo de mojerra, vai ser uma venda muito pequena a nível nacional.
07:56Então ninguém arrisca com isso.
07:59Já o argentino come, todo mundo come mojerra, assim.
08:02É como se fosse o coraçãozinho de galinha do Brasil.
08:04É engraçado isso, você chega pra minha gente e fala, vocês comem coração de galinha?
08:07Que é, mano?
08:08Coração de galinha?
08:09Vocês comem coração de galinha?
08:10E aqui eles falam, é glândula do coração.
08:12É cultural.
08:15Mas eu acho que como eu entrando no açougue, eu feri no açougue argentino.
08:19Eu vou pegar um.
08:20Eu vou ter mais variedades.
08:21É, aproveita que esse daí tem que sair da grelha, põe.
08:23Pinga um limãozinho que eu não sei se eu pinguei.
08:26Fica melhor.
08:27É maravilhoso, de qualquer jeito.
08:28O manjer é bom demais.
08:29É.
08:29Olha, eu vou te falar também, essas empanadas lindas.
08:33Lindas, enfim, tá tudo maravilhoso.
08:35Eu tô louca pra experimentar, só que o Gabriel que me serve, né?
08:38Porque normalmente eu já não consigo mais.
08:41Você tem muitas marcas, né?
08:43Acho que a gente citou aqui alguns dos Instagrams que você cuida.
08:46E o Gabriel tava falando que tudo é muito personalizado.
08:49Como que você escolhe o conceito daquilo que você vai lançar?
08:57Como é que você diferencia o que você tá lançando?
08:59E as ideias, né?
09:01Como você falou, hoje o menu vai ser assim em um, outro no greenhouse de um jeito.
09:08Como é que você define isso?
09:11A cabeça é uma só, né?
09:12É.
09:13Eu tenho várias marcas, mas o público é o mesmo.
09:17Pode até ser meio que um erro, né?
09:19Porque eu não consigo ampliar muito.
09:21Meu público, ele é muito alinhado com a nossa proposta.
09:26Então, eu tenho as marcas, mas a linguagem é praticamente a mesma.
09:31O cara que vai pro Punta Blanca pra fazenda é o cara que gosta de churrasco.
09:35Que é o cara que se interessa por desossa.
09:36Que é um cara que pode também ir no bracerito, mas também come um lanche rápido de hambúrguer.
09:43Mas eu vou te falar, Santi, minha leitura de fora, eu não sou um cara de marca, tá?
09:46Manu é minha sócia cabeça de branding.
09:49Eu sou o cara muito mais de gestão e etc.
09:51Mas assim, quando eu olho um pouco do que você faz, e eu acho que esse é o caminho mais inteligente,
09:56você tem várias marcas que sim falam com o mesmo público,
10:00mas eu acho que elas têm ocasiões de consumo muito distintas.
10:03Então, o que você acaba fazendo, você consegue extrair o máximo da comunidade
10:07que você construiu em volta da tua marca maior, né?
10:09Que eu acho que é o que permeia tudo.
10:11Que é um pouco do que a gente tenta fazer com a churrascada.
10:14Churrascada, você tem o Jardim agora lá no Ibirapuera,
10:16que é uma, querendo ou não, uma ocasião um pouco mais sofisticada.
10:19O evento, que é um momento para a família passar um fim de semana no festival.
10:25Então, assim, a gente tenta, dentro da mesma comunidade que já está construída,
10:29aumentar as ocasiões de consumo que aquela comunidade consegue consumir a nossa marca.
10:34Que é um pouco do que eu vejo no seu negócio.
10:36Pô, tem desde o Punta Blanca, que você vai passar um fim de semana com a família,
10:40até o Grindhouse, que você vai fazer um jantar muito mais intimista,
10:44focado para a carne e tal.
10:45Então, eu acho isso um acerto.
10:47Pouca gente entende a força da comunidade, cara.
10:50É, eu acho que todos eles são uma extensão verdadeira do nosso convívio como família.
10:56Então, assim, a gente vai viajar para Minas toda semana com um carro antigo, 1965,
11:00uma picape velha, toda hora estou quebrado na estrada e tal.
11:03Então, assim, eu poderia fazer uma empresa de peças de carros antigos, sabe?
11:07Eu jamais entraria como uma sociedade com um carro novo, por exemplo.
11:11Entendeu?
11:12Então, todas as propostas que a gente tem, é tudo verdadeiro.
11:16O pessoal, a desossa, não é que eu achei alguém, eu aprendi a fazer desossa, eu vendo desossa.
11:22Pô, estamos vendo que o nosso público, ele está querendo cortes que não se acham.
11:26Tá, então vamos fazer uma boutique que vende esses cortes.
11:28Mojeca, vacio, entranha, morcija.
11:31Vamos fazer isso, ninguém tem.
11:33Então, eu escuto bem o meu público,
11:36que é uma vantagem de quando você está atrás do balcão todo dia.
11:38E, Sante, você citou que tem uma marca de moda também.
11:42Então, aonde que a moda entra nessa vida?
11:45Não, na verdade, eu comecei com ela depois que eu me formei.
11:48Eu trabalhei um tempinho com comunicação, com a Cristina Carvalho Pinto, na Full Jazz.
11:53E aí, depois eu saí e já fui para o mercado de vestuário.
11:57E aí era surf, skate, rock, tatuagem, essas coisas, né?
12:01E aí a gente criou uma marca chamada The Weird Factory.
12:03Ficou até hoje, mas é que ela está meio que no hiato,
12:06porque eu não tenho tempo para fazer.
12:08Mas eu conheci muita gente através da marca.
12:12Mas ela está viva hoje?
12:13Ela está viva.
12:14Hoje, hoje, hoje, eu estava reclamando,
12:16porque acabou de sair do ar, não sei que coisa que eu falei,
12:19que eu não entendo nada.
12:20Liguei para o cara e falei, o que aconteceu?
12:22Não pagou domínio?
12:23Sei lá, estava fora do ar o site.
12:25Mas ainda tem, vendo óculos, meia, tênis, camiseta.
12:28Legal.
12:28Faz sentido você trazer essa sua comunidade,
12:32que é amante de carne, para o fashion?
12:35Esse é o único dos projetos que não se conversa muito.
12:38Não tem cada conexão.
12:39Eu comecei ali quando eu tinha, sei lá, 17, 18 anos.
12:43Hoje eu estou com 44.
12:45E por muito tempo era um mercado...
12:48Meu segmento era o pessoal de surf, rock, tal, festa.
12:52E aí, quando eu fui para a gastronomia, foi uma ruptura, assim.
12:55Já comecei a trabalhar com outro público e aí foi evoluindo.
12:57Então, tem gente que ainda me acompanha, que é cliente e tudo mais,
13:02que vem daquela época da roupa,
13:04mas eu não achei uma maneira ainda de juntar os dois mundos, sabe?
13:08Por isso que ela está no hiato.
13:09Não tem o espaço físico, não tem o espaço para criar.
13:12Então, a última coleção que eu fiz, que antes eu desenhava,
13:14eu tinha amigos, eu peguei tudo.
13:16O cara da Indonésia, passava proposta, comprava o desenho.
13:19Aí eu falei, puta, já não é a mesma coisa, né?
13:20Não tem mais amigos.
13:21Então, eu falei, puta, eu vou voltar.
13:22Quando for a hora de voltar, se eu tiver tempo e gana,
13:25e tiver estruturado, depois eu volto com o vestuário.
13:29Mas é aquilo, eu comecei sozinho, sem fluxo de caixa,
13:33numa brincadeira de faculdade.
13:35E aí, quando eu fazia festa de lançamento da coleção,
13:38fazia tchoripã, vendia cerveja, faturava o ano inteiro do que eu vendia.
13:41Mais do que a roupa.
13:42Aí você falou, puta, tchau.
13:43Você começou a ter, enfim, acesso, não acesso à gastronomia,
13:51mas acesso a vender a gastronomia.
13:53Sim, sim, sim, sim.
13:54Aí sim, nos eventos da moda.
13:55Nos eventos de moda.
13:56Eu sempre cozinhei igual...
13:59Na escola tinha o bullying, né?
14:00Na nossa época tinha o bullying.
14:01Então, o gordinho ia para o gol.
14:03Não interessa se ele joga futebol ou não.
14:04O mais gordinho, você tampa o gol, você fica no gol.
14:07E o argentino, você sabe fazer churrasco.
14:09Então, eu já automaticamente, o cara argentino faz churrasco aí.
14:13Faz o churrasco.
14:14E não sabia, né?
14:15Então, eu ficava lá, fui aprendendo.
14:16Então, todas, desde a época de marca de roupa ou festas,
14:21festas de família, festas dos amigos e tal,
14:23eu ficava na churrasqueira.
14:24E aí, eu sempre gostei, né?
14:26E aí, acho que começou o negócio de eu ver que aquilo lá tinha um potencial.
14:30Eu gostava.
14:31Ficava horas e horas e horas, todo mundo aproveitando a festa
14:35e eu queria ficar lá no cantinho, vendo fogo, servindo.
14:39E aí, eu comecei a ver isso como um potencial de business.
14:41Dali que começou, fazendo choripana.
14:43Você viu que o choripana era o que vendia e faturava.
14:46Mais que camiseta.
14:47Caraca, cara.
14:48A gente ficou inteiro, você foi errando, desenhando.
14:50Para a costureira, tem que fazer botão de dito.
14:52Quando eu trabalho, eu medo aqui, o choripana.
14:53Claro, não.
14:54Aí, eu tinha um sócio na época, comecei a falar,
14:57pô, vamos, aí os caras não queriam muito transformar o fundo da loja
14:59num barzinho.
15:01Falei, cara, aí começou a meio que separar.
15:03Cada um foi aos poucos indo para um lado.
15:05Eu abri o meu primeiro empreendimento gastronômico junto com a loja.
15:10A loja ficava na rua de baixo.
15:11Então, eu trabalhava com fazer estampa de dia.
15:13Subia, abria só à noite.
15:15E ficava fazendo churrasco à noite.
15:16E aí, a gastronomia foi consumida.
15:18E você falou que na época, você não...
15:20Enfim, apesar de ser argentino, não era um especialista em churrasco
15:22e foi aprendendo na brincadeira com os amigos.
15:25Sim, sim, sim.
15:25Onde é que você buscou...
15:27Eu, como seguidor seu, eu te acompanho e vejo que você hoje,
15:31tecnicamente, conhece muito de desossa.
15:33Sim.
15:34Você foi muito mais profundo do que um parrilheiro normalmente vai
15:37ou um churrasqueiro ou um chefe.
15:39Você entrou muito, enfim, dentro do universo da carne, churrasco e tal.
15:45Onde é que você foi buscar esse conhecimento?
15:46Você foi para a Argentina?
15:48Cara, fui também.
15:49Fui em frigoríficos, fui estudar.
15:51Fiz todo tipo de estudo possível prático.
15:52Você fez sozinho?
15:54Fui sozinho.
15:55Sozinho, autodidata.
15:56É uma mistura de coisas.
15:57Primeiro, eu comecei a ver...
16:00Eu estava na hora certa, no momento certo,
16:02onde a gastronomia de fogo estava em alta.
16:05Talvez até pelo Francis Malman, que estava no Chef's Table.
16:08Enfim, começou toda aquela onda do cara lá do salzinho.
16:13E o churrasco voltou em alta e eu estava bem nessa hora começando.
16:17E aí eu comecei a identificar que começaram a ter os eventos de churrasco,
16:22churrascar e tudo mais.
16:23Era todo mundo na barraquinha, do mesmo jeito e tal.
16:26Eu falei, mas será que esses caras sabem de ossar um boi?
16:29E aí uma vez eu estava viajando, um amigo meu...
16:32Os meus amigos nunca me viram como cozinheiro.
16:34Os amigos antigos, né?
16:35Eles viram a transição.
16:36Falei, olha, o cara abriu, está dando certo.
16:38Do nada, vira um cozinheiro.
16:39Aí o cara falou, meu, mas se eu pegar...
16:41Aí ele estava passando por um passo e falou,
16:42se pegar um boi e a gente matar,
16:44você sabe fazer churrasco com o boi inteiro?
16:46E eu, para não ficar feio, falei, claro, velho.
16:48Mas não sabe nada.
16:48Eu não sei.
16:49Não sei, não tem ideia de dançar a picanha, cara.
16:50Saberam qual faco usava para abrir o boi.
16:52E eu falei, mano, a maioria não sabe.
16:54Se eu chegar ali para a maioria dos churrascos,
16:56eles não vão saber.
16:56Eles sabem assar uma picanha,
16:58mas será que se o animal estiver ali deitado,
17:00vai saber cortar certinho?
17:02E aí eu falei, puta, cara, preciso aprender,
17:04porque eu quero fazer esse mundo,
17:05esse crossover entre os açougueiros,
17:07que não é costume você ver açougueiro fazendo churrasco,
17:11e o churrasqueiro não faz açougue.
17:13Eu falei, puta, eu quero fazer essa transição.
17:15E aí eu comecei, comprei a carcaça,
17:17custou uns 4 mil reais,
17:18uma carcaça, um quarto traseiro, né?
17:21Que é onde sai mais cortes.
17:22Você tem um desafio,
17:22porque você acaba tendo que usar ele inteiro.
17:24Exato, você corta uma picanha errada,
17:26você perdeu.
17:26Mas como eu tinha restaurante já,
17:28então, na pior das hipóteses,
17:30você tem 100 quilos de carne moída.
17:32É, virou hambúrguer.
17:33Para fazer alguma coisa,
17:34fazer empanada, fazer qualquer coisa.
17:36Que aí é um ponto que eu acho que você foi um dos caras,
17:38que talvez puxou essa inovação em São Paulo,
17:40que é misturar o churrasco, o fogo,
17:42com o hambúrguer gourmet.
17:43Como é que foi essa ideia?
17:46Foi um pouco disso?
17:46Cara, estou pegando aqui uma carcaça,
17:48eu preciso dar uso?
17:50Não, na verdade,
17:52já antes de eu começar a fazer desossa,
17:55eu comecei uma portinha,
17:57que eu falei, puta, menor churrascaria.
17:59Era o slogan pessoal meu,
18:00era a menor churrascaria de São Paulo.
18:03Era uma parrija, né?
18:04Não se ouvia muito falar de parrija em 2012.
18:08Muito menos de entranha, mojerras.
18:10Falei, puta, vou fazer uma de rua.
18:12Porque existiam lugares argentinos,
18:14mas era o Tchê Bárbaro,
18:16o La Cavagerice, o T-4-8.
18:18Que era meio aquele serviço mais careta.
18:20É, mas...
18:21Eu não digo nem careta.
18:22É uma leitura do portenho mais elegante.
18:27Vai de lugar mais sem família,
18:28mais caro, vinho.
18:30Mas em Buenos Aires tem muito daquela coisa do pedreiro,
18:33de você comer carne rápido.
18:34Falei, puta, isso não existe.
18:35Então vamos fazer uma portinha pequenininha,
18:38com uma grelha minúscula.
18:39Só que desde o começo eu falei, puta,
18:41tem que ter entranha, tem que ter morsígia, tem que ter...
18:43Aí eu falei com a Nádia, que era da Pirineus.
18:46Eu lembrava que eu estudei no Miguel de Cervantes
18:48com uma menina que o pai dela fazia charcutaria.
18:51Eu nem lembrava que era a Pirineus.
18:52Eu achei ela no Facebook, Orkut, nem lembro.
18:54Pô, mas foi logo na Pirineus.
18:55É, aí eu falei, Nádia, o seu pai ainda faz?
18:58Aí depois que eu descobri que eles estavam com a Pirineus.
18:59Então a gente começou a botar a sobraçada.
19:02Enfim, aí no meio eu falei,
19:03será que vai se sustentar uma churrascaria pequena numa portinha?
19:07Preciso de hambúrguer.
19:08Preciso de alguma coisa que bate caro.
19:09Que dá giro.
19:10Caia.
19:10É.
19:11Aí eu falei, hambúrguer todo brasileiro come.
19:13Só que eu falei, puta,
19:14será que dá pra fazer um hambúrguer na grelha,
19:15na leia, do lado das carnes?
19:17Eu não sabia nada.
19:18Falei, puta, será que vai demorar pontos?
19:20Todo mundo começou...
19:21Aí eu abri a casa e começaram os pontos.
19:23Ah, eu era sozinho na grelha,
19:25pequenininho, um monte de gente na rua.
19:27Hambúrguer, tenho 30 hambúrgueres pra fazer,
19:29esse mal passei.
19:30Eu falei, já gritei, ó,
19:31todos os hambúrgueres igual, cara.
19:33Não vai dar pra fazer ponto.
19:34Não dá.
19:35Que virou uma marca, né?
19:36Virou uma marca.
19:36Depois, ah, o cara é escroto, ele nega o ponto.
19:39Não é que eu nego o ponto,
19:40eu não consigo fazer.
19:41Não dá pra eu atender sozinho.
19:43Se você tem mania de produção, uma chapa,
19:45um faz aqui, depois...
19:46Aí dá pra você, de repente, atender.
19:48Eu prefiro mandar um ponto
19:50que talvez agrade a pouco menos pessoas
19:52do que fazer ponto e errar todos os pontos.
19:55Então é mal passado,
19:57é o que eu sei fazer,
19:57que eu acerto e tchau.
19:59E é muito gostoso também, né?
20:01Hambúrguer é bem passado.
20:01Pra mim, não tem nem dúvida.
20:03E aí foi essa transição do hambúrguer.
20:07Eu vi a gente entrando lá e cochichando assim,
20:09ó, daí a gente pode fazer assim.
20:10Falaram, putz, esse cara vai copiar tudo.
20:12Aí já começaram a fazer
20:14bastante casas que também...
20:16Tinha um problema pra você, assim,
20:18de ver que ia ser copiado de alguma forma?
20:21Tinha, no começo tinha.
20:21Você ficava chateado?
20:23Eu ficava puto,
20:24porque era uma cópia muito descarada, assim, sabe?
20:26Era o mesmo hambúrguer,
20:28a mesma coisa, igualzinho, tudo.
20:31Eu fiz uma brincadeira,
20:32peguei a caixinha do McDonald's de batata frita
20:35e botei uma faca assim na parede, né?
20:36E ficou a caixinha.
20:37A galera ia lá tirar a foto aí
20:38e comecei a ver a galera botando a mesma caixinha
20:40com a má faca.
20:42Aí eu falava, puta, cara, tudo bem.
20:43A cópia, todo mundo fala, não...
20:45Mas você vê que é o sucesso ideal.
20:47É, o sucesso.
20:48A cópia é um elogio.
20:48O problema é quando é igual
20:49e o cara vende um pouquinho mais barato
20:51e quer...
20:52E aí ele estoura
20:54e as pessoas conhecem ele
20:55e não conhecem o original.
20:56Aí eu ficava com medo,
20:57eu falava, porra,
20:58às vezes vem alguém com muita força
20:59e vai colocar,
21:00botamos hambúrguer na parrilha.
21:03E ele que vai ganhar o mérito.
21:04Ninguém vai lembrar do pequenininho, né?
21:05Então eu ficava puto.
21:06Mas depois, isso fazem 13 anos,
21:09hoje em dia...
21:10É, eu confesso que eu já passei
21:12por essa fase também, sete de...
21:13Puta, veneno, copiando alguma coisa minha e tal.
21:15Mas eu acho que tem duas coisas.
21:16A primeira é que a cópia não vem com alma.
21:20Cara, eu já vi...
21:21Não tem como copiar.
21:21Eu já entrei em churrascarias
21:23iguais a fazendo a churrascada,
21:24que é igual, assim...
21:25E o cara fala pra mim.
21:26Fala, cara, eu passei um mês
21:28indo pra churrascada
21:29três vezes por semana,
21:31anotando tudo que tinha que ter
21:32e fiz isso daqui.
21:34Aí eu olho e falo,
21:35pô, mas que merda,
21:35porque tá toda diferente.
21:37Errou.
21:38Porque não tem a alma.
21:39E não adianta.
21:41Por outro lado, eu fico lisonjeado.
21:42Eu falo, cara, se você quiser copiar,
21:44pô, vem aqui, eu te abro a porta.
21:45Olha, não tem problema.
21:46Mas você sabe que é isso, assim...
21:50Hoje é mais importante
21:52você olhar o outro
21:53como um colaborador
21:55do que como um concorrente.
21:56Sim, sim.
21:57Hoje eu vejo de outra forma.
21:58Enfim, é isso, né?
21:59Hoje eu vejo de outra forma.
22:00Mas é isso, eu passei por essa fase também.
22:02Quando você cria alguma coisa...
22:03Mas dá ódio, né?
22:04Na hora dá.
22:04Dá ódio, dá ódio.
22:05É, quando você cria alguma coisa diferente
22:07e fala, cacete, é isso.
22:08E aí você vê poucos meses depois igualzinhos.
22:11E, por exemplo, o negócio da faca...
22:13Eu lembro que eu tenho uma agência de PR, né?
22:16E aí, com a minha agência de PR,
22:18a gente cuida de muito restaurante,
22:20a gente decidiu criar um menu
22:22com todos os restaurantes que a gente cuida.
22:25São mais de 20.
22:26Aham.
22:27Meu, não é que eu recebi
22:28de uma agência concorrente
22:30da nossa idêntico, mais mal feito?
22:32Tipo assim, eu tinha uma bordinha assim,
22:34o cara fez com a bordinha assim.
22:35Aí eu falei, meu, copia,
22:37mas copia é diferente, né?
22:39É a mesma cor, tudo igual.
22:41É aquele papo de tipo...
22:43Pra dar coach, pra dar teoria,
22:45você fala, cara,
22:46pensa que você é referência.
22:48Mas quando é que você...
22:49Você fala, vai se fuder,
22:50quem que tá copiando?
22:50Dá cara dura,
22:51o cara não mudou nada.
22:52Até o prato,
22:54a gente fazia no caixãozinho,
22:55começaram a copiar o caixãozinho.
22:56Uma hamburgueria num caixão.
22:57Ah, eu lembro do caixão.
22:58Mas é uma puta, cara, galera...
22:59Mas é um momento também
23:01que aí eu percebi isso
23:03quando eu comecei a ser muito copiada.
23:04No momento que você é muito copiado,
23:06quer dizer que você precisa
23:06criar uma coisa nova.
23:08Aí é que tá.
23:08Então, te faz...
23:09Isso é bom.
23:10Te força, te força.
23:11Se eu não tivesse tido
23:12todas essas cópias,
23:12não existia o Guend House desse jeito.
23:14Exatamente.
23:15Porque eu falei, então tá.
23:15Agora já tá todo mundo fazendo.
23:16Agora eu quero ver a cara copiar,
23:17a desossa e a galera sentar na minha frente.
23:19Quero ver, fazer igual eu faço ali.
23:21É isso.
23:21Dá pra fazer,
23:22mas se fizer,
23:22ele vai me motivar
23:23pra fazer outras coisas.
23:24É feito disso também, né?
23:25De você falar,
23:26puta, agora eu vou fazer um festival,
23:27eu quero ver esse cara fazer tudo.
23:28É, entendeu?
23:29Eu vou falar de um outro negócio
23:31que eu sei que já foi muito copiado o seu também
23:33e que esse eu quero muito ir lá conhecer,
23:35que é o Ponta Blanca.
23:37Como é que foi a ideia, cara?
23:38Ele nasceu pra ser um legado?
23:41Não, a galera vai falar,
23:42pô, o cara é uma metida,
23:42ele inventou as cabanas.
23:45Não, assim,
23:46quando eu falo copiado,
23:48o que eu gosto de falar é que
23:48o conceito de cabana de...
23:52Eu tô há oito anos,
23:53de oito anos pra cá,
23:54não tinha muito.
23:54Você não ia no Airbnb
23:55e pegava uma cabaninha
23:56no meio do mato.
23:57É, isso...
23:58Tem quanto tempo que você tá com o Buda Blanca?
23:59Oito anos, oito anos.
24:01Acho que esse conceito
24:01começou a acontecer o quê?
24:02Uns cinco?
24:03Ah, é.
24:03Então foi na pandemia
24:04que deu o boom.
24:06Então, antes de montar,
24:07eu viajei.
24:08Como você falou,
24:09eu fui pra Finlândia,
24:10Ilhas Farrell,
24:11Islândia,
24:13Tasmânia,
24:14puta,
24:15eu viajei em Chile,
24:16um monte de lugar.
24:17Estados Unidos,
24:18Inglaterra,
24:18Inglaterra tem um monte de cabana,
24:20cara.
24:20Eu não sabia.
24:21Muito foda, muito.
24:22Eu adoro,
24:22eu monei lá um ano e meio.
24:23Cabanas assim, né?
24:24É,
24:25pro outro lado ali,
24:26pro lado mais oeste.
24:29E aí,
24:30qual que era a ideia?
24:32O que é o conceito de cabana?
24:33É você ser meio rústico,
24:35se isolar da sociedade, né?
24:37Aquele ermitão
24:38que vai cortar sua própria lenha
24:40e vai pegar uma cabaninha
24:41longe de todo mundo.
24:42Normalmente é lugar frio,
24:43montanha,
24:44que tem um cachorrinho lá,
24:45uma espingarda,
24:46um violão.
24:47É cabana, né?
24:49E esse era o que...
24:50O Dicotinho contou
24:50o conceito da cabana.
24:52Eu nunca nem tinha parado.
24:53Eu não tinha parado
24:54no apesar.
24:54Sabe,
24:54tudo fogãozinho a lenha.
24:56E 90% das cabanas
24:57estão no Airbnb hoje
24:58já virou coxinha.
24:59Virou cabana,
25:00faria live.
25:00Exatamente.
25:01Copiaram errado.
25:02Exatamente.
25:03Então,
25:03quando a gente pegou
25:04toda essa ideia,
25:05porque eu também
25:06copiei entre as coisas,
25:07fiz essa viagem mundial ali
25:08pra pegar ideias,
25:10pra referência.
25:10Então eu via,
25:11por exemplo,
25:12tá,
25:12legal,
25:13tinha lugar que eu fiquei
25:14na casa do cacete,
25:15assim,
25:15longe de tudo.
25:16Tava até medo,
25:17você fala,
25:17putz,
25:17aconteceu alguma coisa?
25:18Tô, né?
25:18E fala,
25:20pô,
25:20tem que ter um mini-market.
25:21Tem que ter pelo menos
25:22alguma coisinha,
25:22um vinho.
25:23É,
25:23porque o cara precisa,
25:24ele não leva.
25:24O cara levou no mercado,
25:25acabou o vinho.
25:25Esqueci a escova de dente.
25:2640 minutos de uma cidade,
25:28de um lugar, né?
25:29Escova de dente,
25:29fio dental,
25:30né?
25:31Preservativo.
25:32É.
25:32Então a gente falou,
25:33pô,
25:33vamos fazer uma cabaninha
25:35que tenha um mini-market
25:36no meio.
25:36Já é uma coisa
25:37que já não tem normalmente,
25:38né?
25:39E aí o que eu vejo muito
25:40é que o pessoal faz
25:41esse conceito da cabana,
25:42que você pega no Pinterest, né?
25:45No Airbnb ali,
25:46você faz aquela cabana linda,
25:47a nossa tem teto de pasto,
25:49tudo de madeira,
25:50lindona,
25:50triângulo,
25:51frame,
25:51que chama, né?
25:52É glamping,
25:52não é?
25:53É glamping.
25:53Só que você entra
25:54no catálogo da Tokstok,
25:56assim, né?
25:56É verdade.
25:56É tudo LED,
25:58com a cama,
25:58com...
25:58É verdade.
25:59Aí você fala,
25:59porra,
26:00cadê a cabana, cara?
26:01É catálogo da Tokstok.
26:02Um hotel, sei lá,
26:03um Hilton dentro.
26:04Então é um diferencial do nosso
26:06e eu acho que a galera
26:08não copia porque fala,
26:09puta,
26:09o meu cliente não vai ficar
26:11num fogão a lenha,
26:11se fudendo lá,
26:13entendeu?
26:14Eu acho que tem duas coisas,
26:15acho que a galera
26:15não entende o valor
26:16do que você tá fazendo,
26:17a maior parte das pessoas
26:18quer copiar,
26:19e segundo,
26:20se tentar não vai conseguir,
26:21porque isso é,
26:22de novo,
26:22é onde tá a alma.
26:23É você que é naquele tapete.
26:25Só que entra naquele negócio
26:26que ela falou.
26:27Aí começou a copiar,
26:28eu comecei a ver,
26:29meu, igual,
26:30eu desenhei a porta,
26:33é uma porta giratória
26:34e todos os toquinhos,
26:35eles fazem tipo um mosaico
26:36e eu pintei indígena,
26:38assim,
26:39meio quilim,
26:40e deixei essa porta.
26:41E depois de uns quatro,
26:43cinco meses,
26:43tinha uma camanha lá,
26:44a porta igual,
26:45assim,
26:45mesmo pintou.
26:47Aí eu falei pro cara,
26:48falei,
26:48pô,
26:48essa cara de pau,
26:49ele falou,
26:49não,
26:49eu comprei,
26:50não sei aonde essa porta,
26:50ele não comprou.
26:51Meu amigo,
26:52foi eu que pintei.
26:53Aí,
26:53só que essas cópias fazem...
26:54Eu adorei que você fala, né?
26:56É,
26:56eu falo,
26:56eu falo.
26:57Eu falo,
26:58hoje mesmo eu vou te contar,
26:59daqui a pouco eu te conto
27:00o que a Mirna escreveu lá,
27:01se eu vou esquecer,
27:02a Mirna escreveu,
27:03ah,
27:03que absurdo esse restaurante,
27:05eu tava com vontade de ir,
27:07mas comecei a ler as respostas
27:09e a vontade passou.
27:11Aí eu fui ver quem era,
27:12na bio tava escrito,
27:13milionária,
27:14sexy,
27:14não sei o que na bio.
27:15Falei,
27:16eu ia te responder,
27:16mas eu li sua bio.
27:18Perdi a vontade.
27:18Perdi a vontade de responder,
27:19passou.
27:20Então,
27:21esse esquema da concorrência
27:23me fez,
27:24quando eu vi essas coisas,
27:25falei,
27:25puta,
27:26vamos colocar os cavalos no quintal.
27:28Então,
27:28você começa a se reinventar.
27:29Aí o cara tá tomando café da manhã,
27:30tá o cavalo,
27:31porque normalmente o cavalo tá,
27:32tá aqui.
27:33Aí começaram a botar burro,
27:34começaram a botar os cavalos.
27:35Falei,
27:35fudeu,
27:36compra cervo.
27:37Aí a gente comprou cervo.
27:38Puta fortuna,
27:39não sei aonde,
27:39vieram os cervos de Goiânia.
27:41Nossa,
27:42e agora tá os cervos no quintal.
27:43Falei,
27:43puta,
27:43agora os caras vão ter que copiar com o cervo.
27:46E aí o cervo tem toda uma questão,
27:48tem que alambrar o terreno inteiro.
27:49Foi puta roubada,
27:50porque na hora você entra,
27:51a ideia é boa,
27:53vai ter cervo,
27:53vai ter os bambis lá, né?
27:54Mas pra ter o bambi,
27:55você tem que cercar tudo,
27:56senão ele foge.
27:57Se ele fugisse,
27:58algum hóspede deixar a porteira aberta,
28:00você nunca mais pega.
28:01Então, assim,
28:02são coisas que é a diversão do empreendedorismo essa.
28:05E faz parte da concorrência.
28:06E que cria a sua identidade só.
28:08Eu acho que duas coisas que a gente falou aqui,
28:10eu sei que a gente vai entrar da cara.
28:11Tá no retrato,
28:12na hora da retrato aqui,
28:13pra conhecer mais o Sante.
28:16Duas coisas que eu acho muito importantes
28:17que a gente tá falando aqui.
28:19Um,
28:19concorrência te traz inovação.
28:22E dois,
28:23o timing.
28:24Porque normalmente,
28:25você tá ali fazendo trabalho
28:27pro timing acontecer.
28:28É verdade.
28:29Quando a gente fez o Ponta Blanc,
28:30que entrou pandemia.
28:31Todo mundo queria se isolar,
28:32no lugar seguro.
28:33Não,
28:33você tava no lugar certo,
28:34na hora certa,
28:35pronto pra receber.
28:36Tá,
28:36é a sorte.
28:38Entendeu?
28:38Então,
28:39é isso.
28:40Vamos pro quadro,
28:41Manu.
28:41Vamos.
28:42E agora chegamos ao retrato do convidado.
28:47Retrato do chefe.
28:50Sante,
28:50qual foi a melhor experiência gastronômica
28:52da sua vida?
28:54Puta,
28:54difícil.
28:55Escolher uma melhor experiência,
28:57gastronômica.
28:58Acho que,
28:58pra mim,
28:59a gastronomia,
28:59que é a simplicidade do fogo,
29:02do churrasco,
29:03é ver meu filhinho de dois anos
29:04assoprando fogo,
29:05assim,
29:06fazendo churrasco em casa.
29:08Mas,
29:08indo um pouco além,
29:09acho que provar a baleia
29:10nas Ilhas Farrell,
29:13que tem toda aquela,
29:14meio que a matança das baleias,
29:16tradicional,
29:17anual,
29:18que tem o Greenpeace por trás,
29:19tal,
29:19enfim.
29:20É uma história longa,
29:21por isso que eu perguntei.
29:21É uma carne boa?
29:22É uma carne boa,
29:23mas tem que ser muito bem feita.
29:24Assim,
29:25eles têm as baleias lá
29:26e servem a comunidade inteira
29:28por o ano todo,
29:29praticamente.
29:30Então,
29:30é quase que um ramon,
29:31assim,
29:32é uma...
29:33E aí,
29:33tem o fio de lá.
29:34Vai ficando um dry age.
29:34Então,
29:35vai ficando um dry age,
29:36se come com batata.
29:37É uma experiência bem interessante.
29:38Eu achei bem legal.
29:40Qual profissional da gastronomia
29:41te inspira,
29:42Santi?
29:43Eu acho que eu acompanho bastante
29:44o trabalho do Guido Tassi,
29:46que é um argentino
29:46que faz bem completo,
29:49desde charcutaria.
29:50Ele trabalha no preferido,
29:52junto com o Dom Cúlio.
29:53Ele é tipo o cozinheiro do Pablo.
29:56É,
29:56bom.
29:57Já tendo novos caminhos aí.
29:59Novas referências.
30:00É isso.
30:01Se você não fosse o que é hoje,
30:03o que teria escolhido fazer,
30:04Santi?
30:06Eu acho que sempre fui fã de música.
30:10Não seria música,
30:11mas eu faria a composição de jingles,
30:13talvez.
30:14Uau!
30:14Ou ser um backing vocal
30:16de alguma banda,
30:17lá no fundo.
30:19Eu gosto muito de cantar,
30:20de compor,
30:21mas não de...
30:22Mas você canta?
30:23Você tinha uma banda,
30:23não tinha?
30:24Tinha banda de rock,
30:25mas eu tenho minhas coisas.
30:27Ele fez tudo, né?
30:28Roupa, banda de rock,
30:29publicidade...
30:30E quase jingle.
30:32Um monte de coisa,
30:33tudo mal feito.
30:34Mas a gente faz.
30:35Pintou a porta da cabana.
30:37Mostrói as cabanas,
30:39o bicho é...
30:40Santi,
30:41qual ingrediente
30:41não pode faltar
30:42na sua cozinha?
30:42Hum...
30:44Não sei se seria bem
30:45o ingrediente,
30:46mas acho que embutidos.
30:47Acho que ir pra cozinhar.
30:48Achei que você ia falar fogo,
30:49eu tava super esperando
30:50falar carne.
30:51É, fogo, é.
30:51Vai vir carne.
30:53É, é.
30:54Mas até sem fogo,
30:56fazer um chorizo curado.
30:58Verdade,
30:58dá pra fazer sem fogo.
30:59Isso, um x-torra.
31:00Eu sou fanático
31:01por salaminho.
31:03Também.
31:03Então o que você mais curte
31:04dentro da gastronomia
31:05é charcutaria.
31:06Acho que sim.
31:07Ah, não é temporada, né?
31:09Tem temporada que eu falo...
31:09Tá nessa fase,
31:10tá nessa fase agora.
31:11Qual seria a sua última
31:14refeição no fim do mundo?
31:15Chegou o dia
31:16que vai acabar tudo,
31:17você precisa escolher
31:18o que você vai comer.
31:19Acho que um king crab
31:20defumado com um molhinho
31:22de manteiga,
31:22aquela pata de caranguejo.
31:24Você é louco,
31:25é a melhor coisa do mundo.
31:26Ou um ramon pata negra,
31:28um dos dois, vai.
31:29Um belota.
31:30É, é, é a melhor tá.
31:32Qual o seu guilty pleasure,
31:34Santi?
31:34Aquela coisa que você fala,
31:35putz, isso aqui eu não consigo
31:36não comer.
31:37Quando bota na frente,
31:38fudeu, posso estar cheio.
31:40Eu acho...
31:41Putz, aí você me pegou.
31:44É um cara controlado na comida.
31:46Mojeira, Mojeira.
31:47Mojeira.
31:47Sempre tem lugar pra Mojeira.
31:48É, Mojeira é foda.
31:49Eu gosto muito.
31:51O meu é pouco manteiga,
31:52mas a Mojeira estaria na lista.
31:53Estaria na lista.
31:55E agora chegou a parte
31:56onde os chefes comem.
31:58Onde os chefes comem.
32:02Agora só vale o nome de restaurante.
32:04Melhor italiano, Santi.
32:06Eu ia muito com meu pai
32:07no Vicolo Nostro.
32:08Adoro.
32:09Boa, bem bom.
32:10Tradição, né?
32:11Tradicional.
32:12A melhor pizza.
32:14É Brasil ou pode ser Argentina?
32:16As duas.
32:17É, vamos dar uma dica, gente.
32:17Fugaceta, na Guerrinho.
32:19Ou, eu gosto de uma
32:21do Mercado de Pinheiros.
32:22Ela se chama Napoli Centrale.
32:24Napoli Centrale é muito boa.
32:25É, boa.
32:26Muito boa, gosto bastante também.
32:28Melhor hambúrguer.
32:30Big Mac.
32:32Big Mac.
32:33A gente comeu semana passada.
32:34Eu acho o Big Mac espetacular.
32:35Eu também.
32:36Mas eu acho uma outra categoria, sabia?
32:38É outra categoria, com certeza.
32:40Mas é um hambúrguer.
32:41Mas, assim...
32:43De hambúrguer.
32:44Senão falaria do blooming...
32:46Do burning lá do Morumbi, na Giovanni, sabe?
32:49Caramba, nunca.
32:50Nunca foi?
32:51Nossa.
32:51Sei qual que é, mas eu nunca comi lá.
32:53Cara, eu pedi o mal passado, com dois queijos.
32:56Prato, cheddar e champignon.
32:57Mal passado, assim, sangrando.
32:59E foi ele que me inspirou a fazer o hambúrguer.
33:03O hambúrguer mal passado.
33:04De fazer hambúrguer na grelha.
33:05Eu falei, pô, tem que ter hambúrguer.
33:05Como é que chama?
33:07Chamava blooming.
33:08Era blooming, é isso aí.
33:09Antes do ladeirão subindo, você sobe o estádio do Morumbi, sentido Jardim Sul.
33:13Fechou?
33:14Daí mudou pra burning.
33:16E agora não sei se mudou pra blooming de novo.
33:17Não é ainda blooming?
33:18Porque o blooming, a imagem da marca tá muito clara na cabeça, na frente da...
33:23E aí eu não sei se voltou.
33:25Mas se não for o Mac, vai, que pra mim é o Big Mac, é...
33:29Os outros eu acho muito ruim, tá?
33:30Essas coisas novas, assim, do Mac, eu não gosto.
33:32Sempre que eu provo, me arrependo.
33:34Quando tem novidade.
33:35É o Big Mac mesmo.
33:36Mas assim, Mac Chicken, Big Mac, Quarteira.
33:39Eu sou do Mac, não sei se eu vou bater.
33:40É infância.
33:42Mas se for pra um hambúrguer, vai, um lugar de hambúrguer, sem ser lanchonete assim,
33:45fast food, seria provavelmente o burning ou o blooming, vai.
33:51Vale a pena pra eu ir lá.
33:53Anotado.
33:53É porque ele ficava 24 horas.
33:55Então a gente voltava, moleque do show, sei lá, show de rock e tal,
33:58vai pra lá uma da manhã e chegava, não tem ninguém,
34:01pegava aquele hambúrguer, morrendo de fome, assim, putz, é bom.
34:04Sempre que o melhor árabe.
34:07É, Síria, uma portinha que tem ali perto do Mackenzie, se eu não me engano.
34:11Um tiozinho.
34:13Pedi esses dias e nem sabia se tinha mídia, né?
34:17Um tiozinho mesmo e o cara me mandou um áudio.
34:20Tudo com sotaque árabe.
34:21Aí veio tudo errado.
34:24Mas eu achei legal porque era bom.
34:26Era gostoso.
34:26Era bom, eu tinha visto, como é que chama, o cara, tem um cara que fala de restaurantes,
34:32um veinho com os cabelos todos desmanchados assim, não sei se sabe quem é.
34:35Ele fala muito de história de restaurantes, de boteques, de lanchonete,
34:38ele falou desse árabe, aí eu descobri que eles estavam depois no iFood, ele facilitou.
34:42Porque quando eu entrei em contato com o cara, eu falei, nossa, que desastre.
34:44Não deu pra entender nada, eu tenho um áudio.
34:47Deixa quieto, deixa quieto.
34:48É errado, mas eu comi.
34:49Mas eu gostei porque é um dono, um veinho.
34:52É autente e a comida boa, que é o mais importante.
34:55E a comida é boa.
34:57Melhor comida japonesa?
34:59Gostei muito da experiência que a gente foi com a minha esposa no Uto.
35:03Uto, muito bom.
35:04Ele é muito bom.
35:05Gosto bastante também.
35:06Melhor comida brasileira?
35:09A Bar do Bill, meu vizinho lá, acho que a mãe dele e ele.
35:12É um botequinho na Cardearco Verde, de esquina.
35:16E bem simples, assim, bem boteco.
35:19E nos fundos a mãe dele faz manteiga de garrafa, baião de dois.
35:22É muito bom.
35:23Olha, Gostei.
35:24Bar do Bill.
35:25Ele tava disputando prazeres da mesa, acho que no passado, como melhor.
35:28Melhor isso.
35:30Melhor sobremesa, Sante.
35:32Flam, que eu trouxe aí pra vocês.
35:33Eu, inclusive, já vou pegar um pedaço aqui.
35:36Joga o molinho, joga a calda.
35:37Tem que jogar a caldinha, caldinha.
35:39Essa calda é o...
35:41A sua comida favorita, enquanto eu também, junto com o Gabriel, vou experimentar aqui.
35:46Minha comida favorita, eu teria que dizer milanesa.
35:51Milanesa?
35:51É, sou um fanático por milanesa.
35:53E onde você come?
35:55Milanesa mal passado também, não?
35:55Putz, eu faço milanesa.
35:57É, não, não.
35:58Milanesa, eu não faço mal passado, não necessariamente, ela pode ser.
36:02Mas o que eu gosto da milanesa é quando ela é grudada.
36:06É bom, né?
36:07Puta, né?
36:07É, a massa é bem grudada.
36:09A massa não solta, né?
36:10É colada, assim.
36:11E tem algumas técnicas pra isso, então eu sou fanático de milanesa.
36:14Nossa, é muito bom.
36:15Sante, o que você não come de jeito nenhum?
36:18Putz, eu não gosto de anis.
36:20Eu não gosto do gosto de anis, eu não gosto de azeite trufado.
36:24Sério?
36:24É, não tem nada que eu não coma de jeito nenhum, assim, né?
36:27Até brigo em casa que eu falo, porra, né?
36:29Tudo bem você não gostar, mas come.
36:30É, não come.
36:31Eu não tenho nada que eu não coma.
36:33Mas se puder evitar...
36:35Se alguém come no mundo, eu como.
36:37A minha pergunta é essa.
36:38Se tem alguém que come isso, aí eu não sabe por quê.
36:41Já eu, só não come.
36:42Pode ser coisa que eu não gosto, eu não come sempre, mas...
36:45Eu não como nada.
36:46Como assim?
36:47Não como nada.
36:48Eu sou uma fruta.
36:48Sério?
36:48Do mar, pra elezinha, pra Manu, eu não come nada.
36:50Mas, peraí, você come porco?
36:52Como porco, como carne, mas coelho já acho um bichinho forte, não gosto.
36:56Baleia não comeria.
36:58Eu sou chata.
36:59A gente precisa se contrapor, entendeu?
37:02Você faz coelho lá no Grindhouse?
37:03Não, lá não faço.
37:04Já comi.
37:05Eu ia te mandar uns coelhos, porque lá em casa tá dando coelhos sem parar.
37:07Sério?
37:08Pô, eu posso fazer o prato do dia.
37:09Vou mandar uns 30 coelhos pra você falar.
37:10Manda, manda, manda que eu mando alguma coisa.
37:13Alguma coisa eu invento coelho.
37:14Por exemplo, eu não iria.
37:16Mas é, eu nasci...
37:17Tinha que ter mais alguns defeitos, e um deles foi chata pra comer, infelizmente.
37:22E tem um programa de gastronomia.
37:24Mas o que você come, você é...
37:27Por exemplo, vai, você gosta de pizza.
37:28Se aí você é chata na pizza, tem que ser...
37:29Zero, zero, zero.
37:31Não, eu sou de boa.
37:32Ela é de boa.
37:32Ela come qualquer coisa dentro do que ela come.
37:34Dentro do mundo mais limitado.
37:36Vamos pro panela de pressão agora.
37:38Vamos lá.
37:38Chegamos agora no momento panela de pressão.
37:43Panela de pressão.
37:44Sante, se você pudesse dar uma dica de ouro pra quem está começando no setor da gastronomia
37:51hoje, qual seria?
37:53Bom, começando a empreender no setor ou trabalhar na cozinha, por exemplo?
37:59Os dois.
38:00Os dois.
38:01É, tem que ser genuíno, tem que ser verdadeiro com as ideias.
38:07Tentar se diferenciar, tentar fazer alguma coisa que você vá pra casa sentindo que você
38:10tá sendo verdadeiro com o que você quer.
38:14Porque a gente vive no...
38:15A cozinha, ela é exaustiva, né?
38:17Ela é mesmice, ela é dia a dia, ela é quente.
38:19Ela é constância, né?
38:20Ela é constância, ela é pressão demais.
38:22A gente tem a pressão lá no Guendalho que as pessoas não fazem ideia.
38:26Porque não só quase todo mundo que vai lá faz churrasco, então você já tá lidando
38:31com uma pessoa que já faz alguma coisa.
38:33Então você tem que superar aquela...
38:35Expectativa.
38:36Na expectativa, e ele tá na frente, né?
38:38Eu não posso queimar um pão que o cara vê.
38:40Então, quando você vai escolher trabalhar com gastronomia, você tem que saber que é
38:45um ambiente de calor, não só calor físico, mas também de ânimos.
38:49Então, leva a paulada, você tá no corre, você pede um garfo e você vê a outra pessoa
38:54e você fala, ah, o garfo!
38:56Então, a pessoa que não tem esse estômago, gastronomia não é pra ela.
39:03Tem que ser dois estômagos, né?
39:04É, exatamente.
39:07E, Santi, na sua opinião, qual o maior desafio de gestão nas redes de restaurante hoje
39:11do Brasil?
39:12Acho que padronizar, principalmente pra gente que trabalha com insumos vivos, né?
39:16Um animal é diferente do outro.
39:18Então, toda a norma de vigilância sanitária é muito complexa.
39:23A mais pra você que ainda vai na desossa, a mais a fundo.
39:26Então, padronizar, tentar manter muito bem os seus custos, a sua folha de pagamento.
39:33Se você tem uma pessoa que faz trabalho de dois, valorize essa pessoa.
39:39Folha de pagamento, ou seja, funcionários inflado e desperdícios é o que mata a empresa.
39:45Você pode chegar muito fácil numa reunião e falar, precisamos aumentar nosso faturamento
39:49em 20%.
39:49Mas é muito mais fácil você economizar 20%.
39:52Para de jogar copinho de plástico, você tem muito mais controle do que você fazer um
39:57marketing e conseguir atender pessoas novas.
39:59Então, acho que o segredo do negócio é cuidar dentro de casa primeiro.
40:03E, naturalmente, o negócio vai crescendo.
40:06Eu costumo dizer, eu falo pro meu time, pra custo, a gente tem uma caixinha de ferramenta.
40:10Eu abro e saio pegando tudo.
40:11Aqui eu preciso da chave de ferro, aqui é da chave Philips, ali eu mexo nisso.
40:15Pra venda, é tentativa e erro.
40:17Eu tenho que ficar dando o tiro pra ver o que volta.
40:19Eu não tenho uma receita de bolo.
40:21Exatamente.
40:21Então, o que você falou, tá muito mais fácil dentro de casa, quando é custo, controlado,
40:25que tentar olhar pra fora e falar, vamos vender, vender, vender.
40:28Mas aí você só consegue isso se o dono não tiver presente, né?
40:31Se o dono não tiver uma figura de liderança.
40:33Se não, como é que você vai passar pras pessoas não terem desperdícios se o dono nem
40:36tá lá?
40:37Nem tá lá, tá gastando.
40:38Não tem.
40:38Então, é um mundo que, realmente, você vira uma família ali.
40:41Eu amo as pessoas que eu trabalho.
40:43A gente tem uma equipe incrível.
40:44Outro dia eu falei, acho que eu tô em 13, 14 anos, eu tô com a equipe mais redonda
40:48e mais...
40:49Que bom.
40:50É a harmonia, que eu falo.
40:51Não adianta.
40:52Se começar a sair de harmonia, pode ser o melhor funcionário do mundo.
40:55Começou com fofoquinha, começou a um querer passar pro seu outro, tchau.
40:58Manda os dois embora, tchau.
41:00Porque não pode ter esse tipo de coisa no ambiente que ele contamina.
41:03Aí fudeu.
41:03É um ambiente que a gente convive muito tempo num ambiente estressante.
41:07Sim.
41:07Tem que estar com a harmonia, não tem jeito.
41:09Olha, Santi, foi, assim, uma honra te escutar pra grávida matar desejo.
41:16Foi incrível mesmo.
41:17Muito obrigada.
41:18Dá pra ficar horas aqui, né?
41:19Tem um monte de perguntas que a gente não vai fazer.
41:21Não é?
41:21O Santi vai ter que voltar mais uma vez.
41:23Não, ele vai voltar com um novo negócio, né?
41:25Você já sabe.
41:25Mais alguma coisa.
41:26Até o ano que vem um outro negócio.
41:29O cliente fala que vai parando e não para, cara.
41:31É isso aí, pessoal.
41:34E se você também acredita que comida é sobre conexão e história, já se inscreve
41:38no canal e ativa o sininho pra não perder nenhum episódio.
41:41Até a próxima, pessoal, com mais histórias inspiradoras.
41:44Um beijo.
41:56A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan
42:03de Comunicação.
42:08Realização Jovem Pan
42:10A kalkina da terceira
42:11A animação
42:12A конце
42:13A Kink出a
42:16A baia
42:16A helpless
42:17A criança
42:18A inning
42:19A
42:21A
42:21A
42:21A
42:21A
42:22A
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42:26A
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42:38A
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42:40A
42:40Aiciosa A
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