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A decisão de Gilmar Mendes, que visa restringir a decisão sobre impeachment de ministros do STF ao PGR, gerou uma polêmica em Brasília e é vista como uma tentativa de blindagem do Supremo. A AGU já pediu a reversão da liminar, enquanto senadores, de diferentes lados, se articulam para dar uma resposta. O Morning Show debate o novo capítulo na tensão entre os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo.


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Transcrição
00:00E também a manifestação da Advocacia-Geral da União se colocando contra a medida do Gilmar Mendes
00:05nessa decisão monocrática, uma tentativa de realmente blindar os ministros do Supremo.
00:11A gente relembra também que desde 2021 são mais de 80 pedidos, principalmente em relação ao ministro Alexandre de Moraes,
00:19solicitações que foram feitas pelas mais diferentes frentes, principalmente da oposição.
00:23E aí você tem um volume grande onde também os ministros do Supremo podem ser alvos de cobrança.
00:30Quando você torna isso só por meio do Procurador-Geral da República, de fato, não tem como interpretar de outra forma
00:38a não ser que está tentando claramente blindar o STF, Jess.
00:42Perfeito, David. É uma PEC da blindagem versão Supremo Tribunal Federal.
00:47Eu até falei isso, mas é ADPF, né?
00:49Porque vem na cabeça uma blindagem.
00:50Não, mas vale a comparação porque o recurso que os parlamentares têm é a PEC.
00:56O recurso que aqui o ministro tem é a ADPF, mas é algo que blinda.
01:02E eu acho que a gente tem que ver até as nuances disso.
01:05Ele também tira o poder do cidadão poder entrar ali dessa terceira parte,
01:09o povo a quem compete todo o poder dentro da democracia fazer esses pedidos.
01:16Exatamente, os parlamentares representam justamente quem?
01:18O povo. O povo. O Congresso é o povo. É a casa do povo.
01:23Então, quando a gente tira esses recursos e mais, artigo 52 da Constituição Federal
01:28está lá como atribuição do nosso Senado.
01:32Quando a gente faz esse caminho de remoção e aqui entra-se uma nova situação,
01:37que é a avaliação da medida de acabar com o poder das decisões monocráticas
01:42da forma como elas se dão hoje, uma canetada mudou mais ou menos 70, 75 anos de ordenamento jurídico,
01:50até revogando e falando com leis lá do nosso passado, antes da Constituição de 88 também.
01:56Então, como que a visão de uma pessoa, de um ministro do Supremo Tribunal Federal,
02:01pode gerar todo esse impacto e toda essa insegurança?
02:03Nós já vimos isso em todas as áreas.
02:06Não só na lógica do impeachment, mas na lógica das empresas dentro do Brasil,
02:10na decisão ali do Twitter, das redes sociais, do banimento, da saída.
02:15Então, assim, essas decisões monocráticas, elas se mostram cada vez mais problemáticas.
02:20E, obviamente, vai ter uma resposta.
02:22Por quê?
02:23Ontem, todos, nós não vimos nenhum senador defendendo abertamente a posição e a decisão do ministro Gilmar Mendes.
02:31Mesmo nomes à esquerda foram contrários e críticos.
02:35O presidente do Senado, Avel Columbre, foi muito vocal nesta crítica.
02:39Vários senadores foram.
02:41Inclusive, de alguns opositores, eu escutei ontem,
02:44que agora eles vêm até margem para dar uma resposta,
02:47pautando um impeachment de um ministro do Supremo.
02:50Então, o efeito foi bem danoso em relação à medida e ela foi muito mal vista.
02:56E aí, entra a figura da AGU.
02:57A Advocacia-Geral da União, na figura do atual diretor ali, do atual ministro, que é o Jorge Messias.
03:06O que eles fizeram?
03:07Eles entraram com um pedido solicitando a revisão, a suspensão dessa liminar dada pelo ministro Gilmar Mendes.
03:14Obviamente, tendo em vista que ele foi indicado ao Supremo Tribunal Federal,
03:17isso também é um gesto à casa que o fará a sabatina, né?
03:21Que fará a sabatina dele.
03:22Mas eu não sei o quanto o Senado se sentirá acolhido nesse gesto,
03:27tendo em vista que o desejo amplo da maioria dos senadores
03:30era a indicação de um presidente anterior da casa, que era o senador Rodrigo Pacheco.
03:36Tem uma coisa nessa tensão entre os poderes,
03:39que é como se eles tivessem armas para essa batalha entre legislativo e judiciário.
03:46O impeachment de ministro é como se fosse uma bomba atômica nessa guerra.
03:50O que o ministro Gilmar fez na prática foi desarmar o Senado nessa batalha.
03:58E aí a questão fica muito desequilibrada e por isso é muito natural
04:04que a gente assista a algum tipo de resposta por parte do Senado Federal.
04:09É mais ou menos assim, né?
04:10Cada um tem uma bomba nuclear, só que aí você retira a potência de um só.
04:17Só recepcionar o pessoal de volta que está nos acompanhando pelo rádio.
04:20A gente está contextualizando aqui a decisão do ministro Gilmar Mendes
04:24sobre essa blindagem aos pedidos de impeachment.
04:28E aí você tem duas potências nucleares e aí você...
04:32Havia uma trocação de tiros, vamos dizer assim.
04:34Exatamente.
04:34Aí um chegou por meio da canetada e tirou o poder de...
04:37Exato.
04:38Na prática é o seguinte, o Senado julga ministros.
04:41E os ministros julgam os senadores.
04:43Exato.
04:43Então um tem a arma apontada para o outro.
04:46Quando o ministro Gilmar Mendes dá essa decisão liminar,
04:51na prática ele está dizendo o seguinte,
04:53eu vou manter as minhas armas contra os senadores,
04:57mas eu vou tirar dos senadores as armas que eles têm contra a minha classe.
05:03Então na prática isso gera um desequilíbrio entre os poderes que,
05:08na minha visão...
05:09Aí eu queria até ouvir um pouco o que é que a Priscila acha como jurista,
05:14mas eu acho que isso é um desequilíbrio entre os poderes
05:17que é flagrantemente contra um aspecto essencial do espírito da nossa Constituição.
05:24Priscila, muita gente também questiona assim,
05:26qual que é o poder da AGU nesse contexto todo?
05:28Ela que chancelaria o pedido ou cabe a...
05:31Não, o que que acontece?
05:34Que é o trâmite para você reverter uma decisão de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
05:38Foi um pedido feito por um partido, né, em específico.
05:41Então o que que acontece?
05:43Que é o partido do Paulinho da Força,
05:45que é o relator do projeto da Anistia.
05:48Parêntese fechado.
05:50Só para fazer assim uma linha do tempo, né,
05:52para que a nossa audiência entenda.
05:54Então o Poder Judiciário, ele não pode abrir mão,
05:56se alguém pedir que ele se manifeste,
05:58ele não pode falar não quero.
05:59Então esse é um ponto, tá?
06:00Estou dizendo que é certo, só para a audiência entender.
06:03Então foi pedido a ele que, né,
06:05olha, vamos então entender que os ministros não devem, então,
06:10serem julgados através do impeachment por qualquer do povo.
06:13Há ali uma discrepância entre uma legislação que antecede a Constituição da República
06:19e o que diz o artigo 52 e também outros da Constituição
06:23que colocam, né, ali a Procuradoria-Geral da República
06:26como titular de algumas ações.
06:28Então o que que se entende pela Procuradoria ser ali a titular de ações de alta patente?
06:35E é essa a discussão.
06:36Agora, aqui precisa ficar bem claro que são jogos políticos
06:41tentando interpretar uma legislação que é feita também por político, ou seja...
06:45É, não tem como a gente interpretar de outra forma, visto que a direita
06:48provavelmente vai despontar no Senado Federal.
06:51Existem articulações, todo dia a gente debate sobre isso aqui no programa
06:54e aí poderia sofrer também uma represália por parte da direita, da oposição.
06:59Eu acho que essa questão é muito maior do que a esquerda e direita.
07:02Não, mas eu acho que o David coloca um ponto.
07:04Ontem eu falei com três senadores e um deles deu uma análise nessa linha.
07:09O que que eles também avaliam?
07:10Eles avaliam que...
07:11Vamos pensar.
07:12Qual que foi o último pedido de impeachment que o Senado Federal,
07:15nesses tantos que se teve, que todo dia tá lá em relação aos ministros,
07:20pautou?
07:21Nenhum.
07:22Não tem, assim, não teve o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes,
07:26do ministro Gilmar Mendes, não houve isso.
07:28Então não é um risco imediato.
07:31Claramente não é uma medida que o Senado tem usado em imprudência.
07:35Embora cobrado, não tem sido pautado.
07:37A gente viu muito isso com o senador até anterior ao Columbre, o Rodrigo Pacheco.
07:42Então a realidade é que não tem sido usado da maneira como ele tenta colocar na decisão
07:47em relação a esse risco.
07:48Agora, o que que nós temos no ano de 2026?
07:52A troca de dois terços do Senado.
07:55É muito claro, e até pelos discursos que a gente tem visto,
07:59que uma pauta importante para a direita em relação ao Senado
08:05será compromissos em relação, talvez, a pedidos de impeachment.
08:10Então tem muita gente que tá se colocando no pleito, falando,
08:13olha, vote mim porque eu votaria pelo impeachment de determinado ministro.
08:18Então existe aqui também uma situação eleitoral.
08:21Afinal de contas, se agora o Senado não tem mais o poder de pautar o impeachment,
08:27por que qualquer candidato, pré-candidato,
08:30ofereceria isso como um critério de análise numa eleição?
08:34Não ofereceria.
08:36Então eu não acho que eles estão dialogando com o agora,
08:39eu acho que eles também estão dialogando com o futuro
08:41em relação a uma blindagem, a críticas e até mesmo a como isso vai ser
08:46trabalhado na eleição do ano que vem.
08:48Gabriel, tem um ponto também assim, só um minutinho, mano.
08:52Tem um ponto assim, existem todos esses pedidos,
08:56o Davi Alcolumbre, presidente do Senado, já recebeu,
08:59só que não pautou nenhum deles.
09:02Então a gente deve se lembrar disso.
09:03Exato.
09:04Me parece que foi uma medida até precipitada, até pelo timing.
09:09Nessa semana a gente teve o Toffoli colocando sigilo total ali na operação do Master,
09:16no processo do Banco Master.
09:18Isso já causou ali uma certa preocupação em relação a isso com a população,
09:24a população se mostrou contra isso.
09:26Aí agora, do nada, o Gilmar Mendes faz isso.
09:31Ele diz que agora o Senado não pode mais pedir o impeachment do STF.
09:36Isso pega mal.
09:37A população vê isso de uma forma ruim.
09:42O timing é muito ruim.
09:44O Brasil tem três poderes, judiciário, executivo e o legislativo.
09:49No impeachment da Dilma, o judiciário, esses três poderes,
09:52eles deviam estar horizontalmente na mesma faixa de poder.
09:57Ou seja, um deveria atuar não em cima do outro,
10:02mas com os outros poderes de forma horizontal, vamos dizer assim,
10:07na mesma pratrileira.
10:09Só que quando teve o impeachment da Dilma, o judiciário teve que subir de nível.
10:12Teve que assumir um pouco mais o Brasil.
10:14Depois que aconteceu esse impeachment,
10:16a gente não viu mais o judiciário descer na escala de poder.
10:20A gente viu ele escalar.
10:21E isso é uma preocupação.
10:23Se o Senado Federal, nesse momento, não tomar uma decisão forte em relação a isso,
10:29vai acontecer ainda mais essa escalada de poder em relação ao judiciário.
10:34O Senado Federal agora tem que ser forte,
10:37ele tem que mandar uma mensagem forte para o judiciário
10:40de que, cara, não é bem assim.
10:42Não dá para você tomar uma decisão monocrática
10:44e definir que agora a população não tem mais o poder de pedir o impeachment do STF.
10:50Porque, como a gente comentou aqui, o Senado, ele foi eleito pela população.
10:55E está na Constituição esse poder do Senado de pedir impeachment do STF.
11:00Então não dá para, em uma decisão monocrática,
11:03o Gilmar Mendes tomar essa decisão,
11:05é até contra a Constituição, de certa forma,
11:08tomar essa decisão e está tudo bem.
11:10A gente não pode, o Senado Federal agora não pode baixar a cabeça,
11:14porque se baixar a cabeça nesse momento,
11:17vai ver mais ainda o STF escalando o poder
11:21e não voltando nunca mais àquela escala de poder,
11:25àquela prateleira de poder,
11:26onde o Legislativo, o Executivo e o Judiciário deveriam estar juntos,
11:30governando o Brasil juntos.
11:33E tem a questão da credibilidade, né?
11:35Você...
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