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O Ministro Gilmar Mendes concedeu uma liminar que inviabiliza pedidos de impeachment de Ministros do STF por parte de cidadãos, reservando essa prerrogativa unicamente à Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão suspende trechos da Lei do Impeachment (Lei 1.079/1950) e será submetida ao Plenário, sendo vista por críticos como mais um ato de blindagem do STF.

O corte debate a repercussão negativa no Congresso, com as críticas de Carlos Viana e do deputado Zucco (Líder da Oposição) ao ativismo judicial.

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Transcrição
00:00O ministro do STF, Gilmar Mendes, concedeu nesta quarta-feira uma liminar para limitar à Procuradoria-Geral da República os pedidos de impeachment de ministros da Suprema Corte.
00:12A decisão de Gilmar ainda é em caráter provisório e será referendada pelos demais integrantes da Corte em julgamento no plenário virtual.
00:20O pedido atendeu a uma ação impetrada pelo Solidariedade, partido de Paulinho da Força e pela Associação dos Magistrados Brasileiros.
00:30A ação foi revelada em primeira mão por o antagonista.
00:35Em sua decisão, Gilmar suspendeu trechos da Lei 1079, de 1950, conhecida como Lei do Impeachment,
00:43que tratam dos processos de responsabilização de ministros dos tribunais superiores, não só o STF, portanto.
00:52Na visão de Gilmar Mendes, a apresentação de denúncia por parte do cidadão é incompatível com a Constituição de 1988.
01:02Vamos entender o que decidiu exatamente Gilmar Mendes.
01:05Ele disse, segundo sua decisão, que apenas a Procuradoria-Geral da República vai poder apresentar denúncia contra os ministros do STF,
01:17mas não só do STF.
01:19Quórum de dois terços passa a ser obrigatório para a admissibilidade e instauração deste processo.
01:25O afastamento automático e corte salarial estão suspensos.
01:31Como era de se esperar, no Congresso, a decisão não desceu bem.
01:43Um dos primeiros a se manifestar contra a liminar de Gilmar Mendes foi o presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana.
01:52Vamos ver.
01:52Aqui está a grande nota oficial que começa dizendo que a decisão do ministro Gilmar Mendes ao restringir ao Procurador-Geral da República
02:01a legitimidade para solicitar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal
02:06exige uma posição clara em defesa da Constituição e do equilíbrio.
02:11E, no final, ele finaliza dizendo que o Senado permanece vigilante, firme e comprometido com a defesa da Constituição,
02:18da democracia e do direito de cada cidadão de ter sua voz ouvida pela instituição que representa a Federação e os Estados brasileiros.
02:26A íntegra dessa nota você pode acompanhar no nosso portal de O Antagonista.
02:31O líder da oposição, o deputado Juco, também reclamou. Vamos ouvi-lo.
02:35Absurdo. A decisão monocrática do Gilmar Mendes representa um ataque direto às prerrogativas do parlamento
02:42e aos direitos do povo brasileiro.
02:45Ao retirar de forma arbitrária o direito histórico de qualquer cidadão protocolar pedidos de impeachment contra ministro do STF,
02:53ele ataca o direito garantido há mais de sete décadas.
02:55A decisão rasga a Constituição e tenta substituir o Senado por uma tutela judicial sem qualquer amparo na Carta de 1988.
03:05É um movimento que usurpa competências exclusivas do Congresso Nacional e fere a soberania popular.
03:13A exigência de que apenas a PGR possa apresentar esses pedidos,
03:18somada à tentativa de impor um quórum inconstitucional de dois terços do Senado,
03:23configura um golpe branco contra o sistema de freios e contrapesos.
03:28Trata-se de mais um passo da escalada de concentração de poder que o país tem presenciado,
03:35aproximando o Brasil de modelos onde tribunais assumem funções legislativas e onde o cidadão perde sua voz.
03:44Entre os dias 12 e 19 de dezembro, quando o plenário do STF revisará essa medida,
03:49o país enfrentará um teste decisivo, preservar a democracia com respeito às prerrogativas do Parlamento
03:56ou aceitar que juízes decidam tudo enquanto o povo não decide mais nada.
04:03A oposição seguirá firme e unida para barrar este avanço autoritário.
04:08Nenhum ministro está acima da Constituição.
04:11Quem também se manifestou foi o senador Eduardo Girão.
04:17Ele disse que escárnio dos escárnios, justamente um dos campeões de pedidos de impeachment,
04:24Gilmar Mendes, anula o já desmoralizado Senado Federal.
04:29Isso é o que chamo de advogar em causa própria.
04:32Agora é fechar as portas ou reagir à altura,
04:35pois Gilmar Mendes já havia se manifestado publicamente várias vezes contra tais pedidos.
04:43Ou seja, deveria ter se declarado suspeito.
04:47Com a palavra, Davi Alcolumbre.
04:51Wilson Lima e Rodolfo Borges, muito boa tarde.
04:55Já começando por você, Rodolfo.
04:57Gilmar Mendes está atropelando a Constituição,
05:00moldando conforme o sabor do vento, vento ditado por ele, diga-se.
05:06Boa tarde a todos.
05:07Essa é uma boa figura de linguagem aí.
05:09O Duda Teixeira escreveu uma análise dizendo exatamente isso,
05:12usou esse termo do atropelamento.
05:14Está lá no portal da revista Cruzoé.
05:18Eu usei rascunha.
05:20Ele está rascunhando a Constituição.
05:21Eu não estou dizendo que ele está reescrevendo ainda,
05:23porque, como o deputado Zucco mencionou,
05:26isso deve ser referendado ainda pelos pares do Gilmar Mendes.
05:29Então, por enquanto, é um rascunho que ele está fazendo.
05:33É um negócio impensável isso.
05:37É um absurdo, no final das contas,
05:40porque não é que o STF não possa julgar o que é constitucional ou não,
05:47analisar a Constituição.
05:48Agora, se é para mudar a legislação,
05:50se é para regulamentar, por assim dizer,
05:52o impeachment do ministro do STF,
05:53isso tem que ser feito pelo Congresso Nacional.
05:55Se é que algo precisa ser feito,
05:57é o Congresso que tem essa prerrogativa.
05:59E o Supremo tem a prerrogativa de dizer se isso está certo,
06:01se está errado, ou se encaixa ou não
06:03nessa perspectiva da Constituição.
06:07O que o ministro Gilmar Mendes fez na decisão proferida hoje,
06:12e vou usar aqui entre aspas,
06:14porque é uma expressão que ele usou já quando deu uma entrevista
06:17meses atrás,
06:19ele fez uma leitura política.
06:21Leitura política é o que ele disse que fez
06:23quando ele conduziu o STF a mudar a perspectiva sobre prisão após segunda instância.
06:30Então, ele admitiu, na entrevista que ele deu,
06:32sobre o assunto, dizendo que fez uma análise política do cenário,
06:36e a partir da análise política do cenário,
06:38conduziu o STF a mudar o momento em que se prende no Brasil.
06:42Ele fez de novo nessa decisão,
06:45e está ali,
06:46ele menciona o caso da Hungria,
06:47ele menciona o caso da Venezuela,
06:49e ele fala sobre uma mudança,
06:52ou o que ele considera ali,
06:54classifica como uma perseguição
06:55das cortes constitucionais no mundo inteiro,
06:59e aí ele está, obviamente,
07:00considerando, no contexto brasileiro,
07:02essa perspectiva dos aliados do Jair Bolsonaro
07:05de conseguir maioria no Senado
07:07a partir da eleição de 1926,
07:09para conseguir eleger um presidente do Senado,
07:12e que esse presidente do Senado,
07:13alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro,
07:16receba, pela primeira vez,
07:17um pedido de processo de impeachment
07:19de um ministro do STF,
07:21e esse processo seja instaurado.
07:24É nesse contexto que o Gilmar Mendes,
07:25ele não menciona diretamente o plano bolsonarista,
07:28mas é nesse contexto que ele faz toda a análise dele,
07:31e aí só para entrar em alguns pontos,
07:34alguns méritos ali,
07:35que ele julga,
07:36ele disse que não está julgando a questão ainda,
07:38o que ele fez foi tomar uma decisão,
07:41porque,
07:42sob o argumento de que ela precisa ser tomada logo,
07:45para evitar algum prejuízo,
07:47o prejuízo no caso seria a abertura de um processo de impeachment
07:49de um ministro do STF,
07:51e aí ele compara na decisão,
07:53provocado pelo pleito do Solidariedade
07:56e da Associação dos Magistrados do Brasil,
07:59o impeachment do ministro do STF
08:00com o do presidente da República.
08:02E aí o argumento apresentado e endossado,
08:07por enquanto, pelo Gilmar Mendes,
08:08é de que no caso do impeachment do presidente da República,
08:11a Câmara serve de filtro,
08:14para que depois o processo seja aberto no Senado.
08:17Então o Gilmar Mendes concorda com esse pleito,
08:21de que a PGR teria um papel parecido com o da Câmara,
08:26no caso do impeachment do presidente.
08:28Então passa pelo filtro da PGR,
08:29e só então pode ser encaminhado,
08:31apresentado para o Senado Federal.
08:34É um, ele está criando esse procedimento.
08:38Ele disse que faz sentido criar,
08:40e portanto endossou,
08:42tem que ver se os pares dele vão concordar com isso,
08:45mas não me parece também,
08:47eu não vejo ali, talvez, André Mendonça,
08:50ou algum ministro que vá discordar do Gilmar Mendes
08:54nessa perspectiva.
08:54Agora, é criativo.
08:58Ele realmente está criando um procedimento
09:00à luz do que se faz,
09:04do que a legislação prevê,
09:06no caso do presidente da República,
09:10mas assim, não é prerrogativa dele fazer isso.
09:12Uma última questão que eu queria tocar rapidamente
09:15é que tem uma ironia aí.
09:17O Gilmar Mendes, pela decisão,
09:19empodera a PGR.
09:21Coloca, olha, a PGR tem que ser,
09:23tem que fazer parte desse processo.
09:24Ironicamente,
09:26desde que foi aberto de ofício
09:28pelo Supremo Tribunal Federal
09:29o inquérito das fake news,
09:31a PGR perdeu muita relevância
09:34nesse contexto de STF.
09:35O STF não esperou ser provocado pela PGR
09:38para abrir um inquérito.
09:40Desde então,
09:41a PGR meramente passou a carimbar
09:43decisões do STF.
09:45É claro que teve ainda procurador que tentou,
09:48teve procurador que inclusive se manifestou
09:51contra o inquérito das fake news,
09:52mas isso não serviu para nada para o STF.
09:54Então, tem essa ironia aí
09:56de que o STF,
09:57que meio que botou a PGR debaixo do braço
09:59nos últimos anos,
10:02agora está dando uma prerrogativa
10:04importantíssima para a PGR
10:06num contexto, obviamente,
10:08de se proteger,
10:09como o próprio ministro Gilmar Mendes
10:10deixa claro ali na sua decisão.
10:12Apesar de não mencionar diretamente
10:13o plano bolsonarista,
10:15está ali a ameaça
10:16do primeiro impeachment
10:18de um ministro do STF
10:19que está na decisão do Gilmar Mendes,
10:21não mencionado diretamente,
10:23mas está diluído ali.
10:24Antes de passar a palavra ao Wilson Lima,
10:27meu caro Rodolfo,
10:29é lícito pensar também
10:30que esse poder hoje,
10:31que foi transferido à PGR,
10:33Procuradoria Geral da República,
10:35também pode ser tirado,
10:36caso o Procurador Geral da República
10:38não seja alinhado
10:39aos interesses do Gilmar, não?
10:40Vamos lembrar do que aconteceu
10:44no impeachment da Dilma Rousseff.
10:47Ela foi cassada,
10:48teve um mandato cassado,
10:49mas os direitos políticos
10:50preservados.
10:52E aí fica sempre,
10:53no Brasil,
10:54essa perspectiva de que
10:55a legislação vai ser moldada
10:56e vai ser modulada
10:57ao sabor dos ventos
10:59de quem estiver mandando
11:00naquele momento.
11:02Wilson Lima.
11:04Boa tarde para você, Inácio.
11:05Boa tarde, Rodolfo.
11:06Mas, principalmente,
11:07boa tarde para você,
11:08meu amigo e minha amiga
11:09de um antagonista
11:09que nos acompanha
11:10aqui ao vivo.
11:12Olha, é um dia quente
11:13aqui no Senado, tá?
11:14Porque essa história,
11:16utilizar um jargão jornalístico,
11:18caiu como uma bomba
11:20aqui no Senado Federal.
11:22Agora, pouco conversava
11:23com integrantes da oposição
11:24antes de entrar no ar
11:25e eles me falam
11:25que vão prometer,
11:26que vão fazer,
11:27que vão tomar
11:28algumas atitudes
11:29e eles prometem
11:30uma reação mais sistêmica.
11:32Nesse momento,
11:33eu estou até que olhando
11:33aqui um pouco para o lado
11:34para ver se consigo ainda
11:35falar com o líder da oposição
11:38na Câmara,
11:38o Luciano Zucco,
11:39que ele está,
11:39nesse momento,
11:40no gabinete do Rogério Marinho,
11:42que é o...
11:43Zucco!
11:44Zucco!
11:45Deputado Zucco!
11:47Pronto, ó.
11:48Eu falava nele,
11:48nesse momento,
11:50eu tinha combinado com ele
11:51para a gente conversar,
11:51veio aqui rapidinho.
11:53Deputado,
11:53seja muito bem-vindo
11:54ao Meio Dia Brasília
11:54mais uma vez.
11:56Eu estava falando agora
11:57no ar
11:57que o senhor,
11:58nesse momento,
11:58conversava com o Rogério Marinho
12:00para discutir a questão
12:01dessa decisão
12:02do Supremo Tribunal Federal.
12:04Tem alguma deliberação
12:06nesse momento?
12:06a oposição vai se reunir
12:08agora à tarde
12:09para adotar
12:10as principais medidas?
12:11Já marcamos uma coletiva
12:12de imprensa agora
12:13para as 16 horas,
12:14acabamos de decidir.
12:16Vamos realmente mostrar
12:18para o Brasil
12:19que a Constituição
12:20está sendo rasgada,
12:22que a democracia
12:23está sendo ferida,
12:24que essas casas
12:25estão sendo fragilizadas.
12:27É inadmissível
12:28que um ministro,
12:28de forma monocrática,
12:30simplesmente
12:31legisle.
12:33Cabe aqui
12:33a gente
12:34realmente estruturar
12:36os impeachment
12:37dos ministros
12:39do Supremo.
12:40E ele está passando
12:41inclusive a responsabilidade
12:42para o PGR,
12:42tirando a possibilidade
12:44do cidadão
12:44poder
12:45colocar também
12:47a sua opinião
12:48por meio
12:49do Senado da República.
12:51Então,
12:51a gente está
12:52recebendo essa notícia
12:53com muita indignação.
12:56Não acreditamos
12:57que isso
12:57possa avançar.
12:58e vamos procurar
13:00também os presidentes
13:01da Casa,
13:01Hugo Mota
13:02e Davi Alcolumbre.
13:04Vamos nos posicionarmos
13:05nessa coletiva
13:06que será realizada
13:07às 16 horas,
13:09mas fica registrado
13:10o desrespeito
13:12para com o Congresso Nacional,
13:14para com a sociedade brasileira.
13:16É inadmissível
13:17que ele queira,
13:19de forma monocrática,
13:21conduzir
13:21os processos
13:23de impeachment
13:23que envolvem
13:25justamente
13:25os ministros
13:26do Supremo Tribunal Federal.
13:28reclamaram
13:29tanto
13:29da tal
13:29PEC
13:30e da blindagem
13:30e eles estão
13:31se blindando.
13:32Uma blindagem
13:33suprema,
13:34literalmente.
13:34Total,
13:35uma blindagem
13:35que escancara
13:38essa busca
13:40pelo poder
13:41do Supremo Tribunal Federal
13:42que hoje
13:42já é desequilibrado.
13:43Eles já
13:44legislam,
13:45mas
13:46vamos ver
13:47todos os mecanismos
13:48que a gente pode
13:49tomar
13:50sobre este fato
13:51e às 16 horas
13:52vamos nos posicionar
13:53nessa coletiva
13:54de imprensa.
13:55Agora, deputado,
13:55me parece,
13:56aí vamos falar um pouco
13:57sobre legislativo.
13:59Me parece que
13:59no primeiro momento
14:00até conversei
14:01com técnicos
14:03legislativos
14:03hoje pela manhã
14:04depois que saiu
14:04essa decisão
14:05e o que que eu
14:06sondei aqui
14:08no Congresso
14:09com o pessoal
14:10da assessoria.
14:11É que me parece
14:12que uma solução
14:13seria você
14:14ou você
14:16aditar a lei
14:18do impeachment
14:18ou você fazer
14:19uma outra lei
14:20do impeachment.
14:21Só que,
14:22obviamente,
14:22e culpa,
14:23eu estou falando
14:23de lei ordinária,
14:24não estou falando
14:24de PEC.
14:26Aí demandaria
14:27basicamente
14:27de um quórum
14:29de maioria simples.
14:32Poderia ser
14:33uma possibilidade
14:34você fazer,
14:34você reformar
14:35a lei do impeachment,
14:36você entrar
14:36nessa discussão
14:37e será que o Congresso
14:38tem clima hoje
14:39para isso ou não?
14:39Mas tu vê,
14:40a tua condução
14:42de raciocínio
14:42envolve
14:43Câmara e Senado
14:45e não Supremo.
14:46Então,
14:47se houvesse
14:47uma proposta
14:48de um parlamentar,
14:50de uma bancada
14:51que tivesse
14:52como a gente
14:55passar pelas comissões
14:57de mérito,
14:57como a gente avaliar,
14:59caberia à Câmara
14:59e ao Senado
15:01esta análise
15:02e não um ministro
15:03de forma monocrática.
15:05Mais uma vez
15:06aconteceu isso
15:07por ocasião
15:08do PDL
15:09que envolviu
15:10o aumento do IOF
15:11que o Congresso
15:12384,
15:16era até de minha autoria,
15:17384 deputados,
15:1981 senadores votaram
15:21e o ministro
15:21Alexandre de Moraes
15:22com uma caneta
15:23fechou o Congresso.
15:24E agora a mesma coisa,
15:25eles estão
15:26se protegendo,
15:28se blindando.
15:30Isso é inadmissível
15:30se o Congresso
15:31Nacional
15:32não tomar,
15:34não fazer
15:35uma resposta
15:36muito firme,
15:38fecha-se,
15:39fecha-se
15:39essas casas.
15:42Nós precisamos
15:42ter a responsabilidade
15:43de entender
15:44esse momento.
15:45Isso é justamente
15:46no momento
15:47que eles estão
15:48enxergando
15:48que há
15:49um descrédito
15:51por parte do Supremo
15:52e que as próximas eleições
15:53podem trazer
15:54senadores suficientes
15:55para realmente
15:56equilibrar essas casas,
15:57realizar os impeachment
15:58que a gente
16:00precisa entender
16:01se são necessários
16:02ou não.
16:03Mas cabe
16:04ao Senado,
16:05cabe aos representantes
16:06do povo
16:07que são
16:07a Câmara e o Senado
16:09e não eles.
16:10Então,
16:11estamos estudando aí
16:13todas as ferramentas
16:15para que a gente
16:16possa realmente
16:17impedir
16:19que isso seja feito.
16:20Eu sei que hoje
16:21o Supremo
16:22tem uma força
16:23desproporcional,
16:25mas é momento
16:26da Câmara e do Senado
16:28dar uma resposta
16:28à altura.
16:29Obrigado, deputado
16:30Luciano Zucco.
16:30Sei que o senhor
16:30tem que correr
16:31para a outra reunião.
16:32Eu te agradeço.
16:32Um abraço.
16:33Tá aí, Rodolfo.
16:35Informação quentinha.
16:36Eu estava mais ou menos
16:37tinha programado
16:38com o Luciano Zucco
16:38para ele entrar aqui
16:39ao vivo com a gente.
16:41Por isso que eu estava
16:41olhando,
16:42estava até preocupado
16:42e ele acabou.
16:44Como eu te falei
16:44agora há pouco,
16:45ele teve uma reunião
16:45agora há pouco
16:46com o Rogério Marinho.
16:46Está aí.
16:47Informação quentinha
16:47naquela linha
16:49que eu havia adiantado
16:50para vocês.
16:50Ou seja,
16:50a oposição já traçando
16:52os próximos passos
16:53para reagir
16:54a essa decisão
16:56do ministro
16:57Gilmar Mendes.
16:57Mas olha,
16:58como eu falei
16:58para o Luciano Zucco,
16:59não é uma situação fácil,
17:00porque agora
17:02depende de um...
17:04A solução,
17:04mas se implora
17:05nesse momento,
17:06é realmente você
17:06optar por uma mudança
17:07ou na lei do impeachment
17:08ou você apresentar
17:09uma outra
17:10em uma outra lei do impeachment.
17:12Só que aí tem outra
17:12detalhe,
17:13mesmo que você apresente
17:14alguma pauta legislativa
17:16aprovada pelas duas casas,
17:18há sempre um partido
17:19que pode ingressar
17:19com uma ação direta
17:20de constitucionalidade.
17:21É bom lembrar
17:22que essa ação
17:22do Gilmar Mendes,
17:24ela foi para o...
17:26Essa ação,
17:27ela é uma ação
17:27de dois autores,
17:29tá?
17:29É da Associação
17:31dos Magistrados Brasileiros
17:32e do Solidariedade,
17:33partindo do comandado
17:35pelo Paulinho da Força.
17:36Ironicamente,
17:37Paulinho da Força,
17:38que é o relator
17:38do PL da dosimetria,
17:40enfim,
17:40era para ser anistia,
17:41mas agora virou dosimetria,
17:42e hoje talvez
17:43não se fale nem mais nisso.
17:45E tem mais outro detalhe,
17:47Rodolfo,
17:48porque agora você,
17:50a oposição,
17:51vendo esse cenário,
17:51ela muda um pouco
17:52o foco da sua atuação.
17:54A anistia vai ficar
17:55um pouquinho de lado,
17:56ela não vai ser abandonada,
17:57mas fica um pouco de lado,
17:58e se queremos torcer,
17:59agora eles vão ter que atuar
18:00contra essa eliminada
18:03do Gilmar Mendes.
18:03esse caso foi para o plenário virtual,
18:06ele deve ser alvo
18:07do referendo
18:08dos outros
18:09dez integrantes da corte,
18:11e aí, Rodolfo,
18:13politicamente falando,
18:15eu ia entrar nessa parte
18:15do comentário
18:16antes da entrevista
18:17com o Zucco,
18:18seguinte,
18:19a oposição,
18:20ela se vê agora
18:21em maus lençóis,
18:21porque eles perderam
18:23o grande rumo
18:24que eles poderiam ter
18:25em 2027,
18:27que é essa questão
18:28do impeachment de ministro
18:29do Supremo Tribunal Federal,
18:30ou seja,
18:31a questão da norma
18:32do Gilmar Mendes,
18:32ela não só coloca a PGR,
18:34não só empodera a PGR,
18:35como você falou,
18:36como também obriga
18:37que o processo de impeachment
18:38aqui seja mais difícil,
18:40seja mais complicado,
18:41você precisa de dois terços
18:42do Senado
18:44para aprovar
18:45um processo de impeachment,
18:47ou seja,
18:47ficou tudo mais complicado,
18:49e agora a posição
18:50vai ter que atuar muito
18:51para não só fazer
18:53uma bancada forte do Senado,
18:54como fazer uma bancada
18:55que de fato tem a quórum
18:56qualificada para 27,
18:58e ainda vai ter que derrubar,
18:59achar uma fórmula
18:59de forma de derrubar
19:01essa eliminada
19:03do Gilmar Mendes,
19:03ou seja,
19:04muda todo o jogo
19:05para a gente,
19:06isso é importante,
19:08muda não só
19:09o confronto
19:10lá no Supremo Tribunal Federal,
19:11como muda todo o jogo
19:12político para 2026.
19:14Rodolfo?
19:15É, assim,
19:16no final das contas,
19:17o Wilson destacou bem,
19:18ainda que o Congresso
19:19consiga aprovar
19:20uma legislação nova
19:21para o impeachment,
19:22no final das contas,
19:23quem vai ter a última palavra
19:24sempre é o Supremo Tribunal Federal,
19:26então,
19:27de fato,
19:27ficam reféns,
19:28e ainda que consigam
19:29fazer alguma coisa,
19:31continuarão reféns.
19:32Agora,
19:33o Wilson destacou
19:33a perspectiva de 26.
19:36O que a oposição,
19:38o que os bolsonaristas
19:39de fato querem
19:40não é nem
19:40aprovar o impeachment
19:42de um ministro do STF,
19:44eles precisam
19:44é eleger o próximo
19:45presidente do Senado
19:46para poder ameaçar
19:48com o impeachment.
19:50É claro que essa ameaça,
19:51diante dessas mudanças
19:52que o Gilmar Mendes fez,
19:53se elas forem,
19:54se elas permanecerem,
19:56essa ameaça
19:56fica mais difícil
19:57de ser feita,
19:58porque não adianta só
19:59eles elegerem o presidente
20:00do Senado,
20:01eles vão ter que conseguir
20:01dois terços do Senado
20:03para o impeachment
20:05e ainda vão ter que convencer
20:06o PGR.
20:09E aí,
20:10depende,
20:12vamos pensar aqui,
20:13vamos projetar,
20:14se elege um bolsonarista
20:16ou alguém aliado
20:16do Bolsonaro,
20:17indica o seu
20:18procurador-geral da República,
20:21consegue eleger
20:22para a presidência
20:24do Senado
20:25um aliado
20:25e ainda precisará
20:28de dois terços.
20:28E aí,
20:30isso é possível
20:31de que aconteça,
20:32pode ser que isso aconteça ainda,
20:34diante de todas
20:34essas amarras
20:35que o Gilmar Mendes
20:36está colocando aí.
20:38Mas,
20:38sempre vai ter,
20:40diante do voluntarismo
20:41dos ministros do STF,
20:43é de se imaginar
20:43que eles também
20:45não vão ficar olhando
20:46tudo isso
20:47parados,
20:48que é o que está acontecendo agora.
20:49O Gilmar Mendes,
20:50ele deu uma decisão,
20:53uma decisão eliminar,
20:55como se
20:56estivesse em vias
20:58de ser aceito
20:58um processo de impeachment.
20:59Isso não está acontecendo,
21:00a gente não tem essa informação
21:01de que tem,
21:03ou a não ser
21:03que o ministro Gilmar Mendes
21:04tenha mais informações
21:06de que existe aí
21:07alguma articulação
21:09para que o presidente do Senado,
21:11que é o Davi Alcolumbre hoje,
21:12receba
21:13um processo de impeachment
21:15e abra
21:15o processo de impeachment
21:16de um ministro do STF.
21:18Quer dizer,
21:18isso aí a gente está,
21:19todo mundo esperando
21:20no Brasil inteiro
21:21depois de 27.
21:23Então,
21:23ou o ministro Gilmar Mendes
21:24está sabendo de alguma coisa
21:25e tornando a questão
21:26urgente agora,
21:28ou então ele está
21:28se precavendo
21:29e aí fica a perspectiva
21:32de que o STF,
21:33ao tomar essa ação agora,
21:35diante de qualquer movimento
21:36da oposição,
21:38oposição ao governo Lula hoje,
21:39os bolsonaristas,
21:40eles também vão continuar
21:41se mexendo.
21:42E aí,
21:42e aí,
21:44e aí,
21:44e aí,
21:45e aí,
21:45e aí,
21:46e aí,
21:47E aí
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