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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que é "difícil explicar taxa de desemprego baixa" no país, um dado que historicamente pressiona a inflação, mas que está sendo acompanhado pela estabilidade de preços. A declaração foi dada após o IBGE registrar o desemprego em 5,4%, o menor patamar da série histórica.
Galípolo ressaltou que os dados do mercado de trabalho "reforçam uma economia forte" e resiliente, que cresce e gera vagas sem que isso dispare a inflação.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/ulS9-F5PD0s

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Transcrição
00:00O presidente do Banco Central afirma que o mercado de trabalho aquecido no Brasil
00:03reflete na postura do BC sobre a política monetária.
00:07Repórter Matheus Dias chegando com as últimas informações,
00:11o que declarou Gabriel Galípolo, que esteve hoje aqui em São Paulo.
00:14Não é isso, Matheus? Boa noite.
00:18É isso sim, viu, Tiago? Boa noite pra você, boa noite a quem nos acompanha.
00:21Ele esteve presente, então, num evento da XP Investimentos, aqui na capital paulista.
00:26Lá comentou bastante sobre o mercado financeiro muito movimentado,
00:31o mercado de trabalho aqui no país bastante aquecido e chamou bastante atenção pra esse ponto.
00:36Isso porque dados mostram que em outubro, no trimestre encerrado em outubro,
00:41a taxa de desemprego no país marcou a mínima histórica desde que ela começou a ser contabilizada em 2012.
00:48A taxa de desemprego no país, então, a 5,4% é a marca histórica,
00:53só que gera um efeito que chama bastante atenção, principalmente do presidente do Banco Central.
00:58Ele é melhor do que ninguém sabe, que é a alta taxa de juros.
01:01Costuma gerar um efeito no mercado de trabalho de desaceleração.
01:06Só que no momento atual, isso é justamente o contrário.
01:10Mesmo o Brasil com a taxa de juros a 15%,
01:13a maior taxa de juros do país nos últimos 20 anos
01:16e a segunda maior taxa de juros do mundo,
01:19o mercado de trabalho no país continua aquecido.
01:21Tiago, os dados mostram que só em outubro,
01:24mais de 85 mil empregos foram criados no país
01:26e de janeiro a outubro, quase 2 milhões de empregos foram criados,
01:30sejam eles formais ou informais.
01:33E pra Galípolo, isso mostra o quão difícil tem sido ler o mercado de trabalho aqui no país
01:37e que isso justifica uma maneira, uma ação mais cautelosa,
01:43um modo de trabalhar mais cauteloso da autoridade monetária.
01:46Vamos ouvir.
01:47Pegar um país que a taxa de juros subiu como subiu,
01:50o desemprego caiu, a inflação caiu,
01:52você fala, como é que faz, né?
01:54Pra você explicar um negócio desse tipo,
01:56você vem lá um número com 5.4 desemprego e queda na participação.
02:00Então, tudo isso eu acho que reforça a posição que a gente tem falado desde o início,
02:06que eu acho que tem sido a estratégia principal na nossa comunicação, né?
02:08Eu tenho dito que é tentar ser o máximo de transparente possível,
02:14explicar mesmo como a gente tá vendo as coisas,
02:16sem tentar induzir ou coisa desse tipo assim.
02:19Como é que a gente tá vendo as coisas?
02:21Apresentar quando a gente tem dúvidas efetivamente, né?
02:24E tentar ser humilde perante esse cenário e a complexidade de aproximar ele.
02:29Então, sendo muito sincero, como você bem colocou,
02:32esse é um cenário que uma série de fatores locais, mas também globais,
02:36tem afetado muito o comportamento de mercado de trabalho.
02:38Não tem sido simples fazer análise sobre mercado de trabalho.
02:42Essa que é a verdade.
02:44Mas eu acho que, como a gente comentou aqui, por diversas métricas,
02:47também eu acho que é difícil você contestar um mercado de trabalho
02:51que se mostra aquecido.
02:56Pois é, Galipo exaltou também outros dois pontos nessa reunião.
02:59Ele falou primeiro do PIX, exaltou bastante o método de pagamento,
03:03que segundo dados apresentados por ele,
03:05movimentou mais de 300 milhões de reais só na Black Friday,
03:08aqui no país, e ele disse que, comparando com outros países,
03:13a ferramenta deixa o Brasil em vantagem competitiva.
03:16E, por fim, foi questionado sobre a taxa de juros,
03:18se ela continuará a 15%, já que o Comitê de Política Monetária
03:22se reúne novamente nos dias 9 e 10 de dezembro,
03:25daqui a cerca de uma semana.
03:28E ele deu a entender que a taxa de juros vai continuar assim,
03:31defendendo novamente essa postura cautelosa do Banco Central.
03:35Mas falou que apenas depois da reunião vai se ter essa notícia em definitivo,
03:39a decisão divulgada, viu, Tiago?
03:42É isso, Matheus Dias.
03:43É bom lembrar também, até o fim do ano tem mais uma reunião do Copom,
03:47a gente continua acompanhando até daqui a pouquinho.
03:49Deixa eu chamar a Denise Campos de Toledo.
03:52Você vê que o presidente do Banco Central disse que é difícil explicar
03:54por que o emprego está dessa maneira.
03:56Se você explicar melhor, eu volto para você, para o Banco Central, Denise.
03:59Não tem todo esse preparo, não, Tiago.
04:02E é uma grande batata quente, que na verdade...
04:05Ele foi muito sincero, ele falou que ele busca transparência,
04:08por isso ele já de início disse que não ia falar nenhuma grande novidade,
04:12mas o mercado de trabalho foi a grande novidade,
04:15porque ele tinha feito dois pronunciamentos também em eventos
04:17no começo da semana passada, na sexta-feira saíram os dados da PNAD,
04:21que mostraram aí o menor nível de desemprego da série histórica, né?
04:26E isso reforça a preocupação com o ritmo de demanda,
04:30com o aquecimento da economia, e isso que chama atenção na avaliação dele.
04:35Não é exatamente o mercado de trabalho, é o fôlego da atividade econômica,
04:38porque a própria economia, o PIB, tem garantido aí uma expansão superior
04:42à que era esperada.
04:43Até se imagina que ele possa mostrar agora, no terceiro trimestre,
04:46uma certa desaceleração, o PIB vai ser divulgado na quinta-feira,
04:50mas o mercado de trabalho forte, você vê o setor de serviços,
04:54também foi citado, continua tendo um ritmo importante,
04:57isso dá margem para mais aumentos de preços,
05:00é um dos focos aí de resiliência dos aumentos de preços.
05:03Então, o que ele citou é que as variáveis que normalmente caminham juntas
05:07passaram a se mover em direções inesperadas.
05:10Então, o que se imagina é que com o aperto monetário,
05:13com juros muito elevados, com crédito mais caro,
05:17se acabe tendo uma desaceleração da atividade de modo geral,
05:20uma queda da demanda, e quando a demanda diminui,
05:24restringe o espaço para reajuste de preços.
05:27Então, esse é um processo normal, mas aí nós estamos com uma taxa de juros histórica,
05:31juros muito altos há muito tempo,
05:34tem problemas de inadimplência, de endividamento elevado,
05:37mas a demanda segue lá firme.
05:39E até o recorde de PIX, né, Tiago?
05:41Acabou reafirmando isso, foi na Black Friday,
05:44muita gente deve ter comprado, antecipado, inclusive compras de Natal,
05:48e esse recorde é um indicativo, foi dia de 13º também.
05:52É, e hoje saiu o Boletim Focus, como toda segunda-feira,
05:55o mercado crava ainda os juros a 15%,
05:59mas faz um reajuste para baixo da inflação, é isso?
06:04É, exatamente, Tiago, nós temos até uma arte para mostrar o que aconteceu.
06:08O mercado reduziu a projeção do IPCA deste ano,
06:12de 4,43% e a do ano que vem para 4,17%,
06:17é a terceira queda consecutiva da projeção do mercado para a inflação deste ano,
06:22manteve as previsões do PIB, 2,16% de crescimento,
06:26é mais do que se esperava quando começou o aperto monetário mesmo,
06:29quando a Selic chegou nos 15%,
06:31para o ano que vem crescimento de 1,78%,
06:34dólar a 5,40% neste ano, 5,50% no ano que vem,
06:3815% é aposta unânime do mercado financeiro na reunião de dezembro do Copom,
06:44agora para 2026 ela pode cair para 12%,
06:47houve uma redução no relatório foco já da semana anterior,
06:51e eu vou mais longe, para 2028 o mercado cortou a projeção média
06:56de 9,75% para 9,5%.
06:59Isso está ocorrendo porque eles sabem que o Banco Central
07:02não fica satisfeito com o fato de se ter essa projeção do IPCA
07:06abaixo do teto da meta, que é 4,5%.
07:09Galípulo já deixou evidente que o objetivo do Banco Central
07:12no horizonte mais longo é trazer a inflação para os 3%,
07:16que é o centro da meta,
07:18e isso só deve acontecer lá para 2018,
07:20e aí nós teríamos uma taxa menor de 9,5%,
07:23mas a gente vê que é um horizonte de aperto monetário,
07:26ninguém está contando com um afrouxamento muito grande não,
07:29nem mesmo no ano que vem, que é um ano de eleições,
07:31a Selic ainda deve permanecer em um patamar bem alto, 12%,
07:35principalmente se a inflação ceder para esses 4,17%.
07:39O juro real, que é a diferença entre a taxa Selic e a inflação,
07:43vai continuar muito alto, Tiago.
07:45Então é isso, o mercado está entendendo bem esse recado de Galípulo.
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